2. Contexto histórico
✘ No século XVIII, a Revolução Industrial começou a alterar a fisionomia do
mundo do trabalho, enquanto no século seguinte será percebido o impacto
dessas mudanças.
✘ As novas máquinas modificaram profundamente as relações de produção,
com o desenvolvimento do sistema fabril em grande escala e a divisão do
trabalho.
✘ Deu-se também uma revolução nos transportes, com o navio a vapor, a
construção de rodovias e ferrovias. Novas fontes de energia, como o petróleo
e a eletricidade, substituíram o carvão.
✘ Acentuou-se o processo de deslocamento da população do campo para as
cidades, que passaram a concentrar grande massa trabalhadora.
3. Contexto histórico
✘ A partir de 1870, o
aumento da
produção alterou o
capitalismo liberal,
que substituiu a livre
concorrência pelo
capitalismo dos
monopólios, com a
formação do grande
empresariado, bem
como forte
monopólio dos
✘ Em busca de
matéria-prima e
visando a
garantir mercado
para a absorção
dos excedentes
da indústria, o
capitalismo
expandiu-se
dando início ao
imperialismo
colonialista.
✘ Nessa fase,
países como
Inglaterra,
França, Bélgica,
Itália e
Alemanha
retalharam a
África e a Ásia
em colônias.
4. ✘ O século XIX representou o período da consolidação do poder dos
burgueses, que até então tinham sido os opositores ao regime
aristocrático e feudal.
✘ Após as revoluções, ainda na primeira metade do século XIX, eles
lutavam contra as forças reacionárias da nobreza desejosa de
restauração e só a partir de 1848 se instalaram no poder em toda a
Europa.
✘ O contraste entre a riqueza e a pobreza era cruel nesse século em que
a jornada de trabalho se estendia de 14 a 16 horas, inclusive com mão
de obra infantil e feminina.
✘ Para enfrentar essas dificuldades, o proletariado fortaleceu-se como a
classe revolucionária, opondo aos interesses burgueses suas próprias
reivindicações.
✘ Os movimentos dos trabalhadores se inspiraram nas ideologias críticas
6. ✘ Enquanto o Estado se esforçava para
oferecer a escola gratuita para os pobres,
é bem verdade que os ricos ainda
procuravam as escolas tradicionais
religiosas.
✘ De fato, a urbanização e a industrialização
criaram o fenômeno das crianças na rua, e
havia a necessidade de “controle do corpo
infantil”, a fim de evitar os problemas
sociais que daí poderiam derivar.
✘ Apesar das críticas dos religiosos à
educação laica, lentamente os governos
conseguiam intervir inclusive nas escolas
particulares, mediante legislação que
buscava uniformizar o calendário escolar,
o controle do tempo, o currículo, os
procedimentos, criando os “sistemas
educativos nacionais”.
7. ✘ Deu-se uma grande expansão da rede escolar,
não só em número de escolas, mas na ampliação
da escola elementar, da rede secundária e
superior, além da novidade da pré-escola.
✘ Na reorganização da rede secundária, mantinha-
se a dicotomia que destina à elite burguesa a
formação clássica e propedêutica, enquanto para
o trabalhador diferenciado da indústria e do
comércio é reservada a instrução técnica.
✘ No ensino universitário, ampliado e reformulado,
foram criadas as escolas politécnicas para atender
às necessidades decorrentes do avanço da
tecnologia.
✘ Iniciados por Froebel, surgiram os “jardins da
infância”.
✘ O interesse pela educação estendeu-se às escolas
normais, denominação genérica dada aos cursos
9. O ideário do século XIX
✘ Além de sofrer a influência das alterações econômicas e sociais, o
pensamento pedagógico do século XIX precisa ser compreendido a partir
do estágio em que se encontravam naquele momento a filosofia e as
ciências, bem como da revolução cultural caracterizada pelos ideais
românticos que se opunham de certa forma ao racionalismo iluminista.
10. Principais pedagogos
✘ Os principais pedagogos cujas ideias
fertilizaram o século XIX foram o
suíço-alemão Pestalozzi e os
alemães Froebel e Herbart.
✘ Além deles, no final do século, os
filósofos Dilthey e Nietzsche
anteciparam a crítica à escola
tradicional.