O documento discute as principais razões para o surgimento e crescimento de cidades ao longo da história, incluindo o comércio, produção, poder político e religioso na Antiguidade, defesa na Idade Média, ascensão da burguesia no século XI, expansão do comércio na Idade Moderna e industrialização na Idade Contemporânea. Também aborda o crescimento de áreas metropolitanas e megalópoles, principais problemas urbanos, e a importância da sustentabilidade urbana.
2. Fig. Vista sobre Nova Iorque.
PRINCIPAIS FATORES DE SURGIMENTO E CRESCIMENTO DAS CIDADES
Área densamente construída e habitada, com:
• grande número de infraestruturas e
equipamentos sociais e coletivos;
• oferta grande e diversificada de comércio e
serviços.
CIDADE
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3. Na Antiguidade - Expansão do comércio e da produção artesanal, a
fixação do poder político-administrativo e a construção de grandes
templos que se tornaram centros de poder político, religioso e
económico.
PRINCIPAIS FATORES DE SURGIMENTO E CRESCIMENTO DAS CIDADES
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4. Fig. Vista sobre Lisboa.
Na Idade Média - Na Europa, com a queda do Império Romano e as
sucessivas invasões e guerras, as cidades rodearam-se de muralhas
e outras, também muralhadas, surgiram em lugares estratégicos de
defesa do território.
PRINCIPAIS FATORES DE SURGIMENTO E CRESCIMENTO DAS CIDADES
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5. A partir de finais do século XI - Retomou-se o crescimento
urbano, com a ascensão da burguesia, que impulsionou o
comércio e as oficinas de manufatura.
PRINCIPAIS FATORES DE SURGIMENTO E CRESCIMENTO DAS CIDADES
Fig. Comerciantes (burguesia), século XIV.
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6. Fig. Comércio numa rua de Londres.
Na Idade Moderna - A intensificação e expansão do comércio e o
desenvolvimento de alguns serviços fizeram aumentar a dimensão
e o número de cidades.
PRINCIPAIS FATORES DE SURGIMENTO E CRESCIMENTO DAS CIDADES
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7. Fig. Área industrial, Alemanha.
Na Idade Contemporânea - A industrialização gerou uma intensa
urbanização, nas regiões mais desenvolvidas, incluindo novas
cidades surgidas à volta de minas e indústrias ou projetadas e
construídas para albergar o imenso número de operários.
PRINCIPAIS FATORES DE SURGIMENTO E CRESCIMENTO DAS CIDADES
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8. Espaço que inclui a cidade principal (metrópole) e a área
suburbana, onde se estabelecem relações de forte
interdependência (emprego, comércio, serviços, etc.), com
intensos fluxos demográficos e económicos.
ÁREAS METROPOLITANAS E MEGALÓPOLIS
O crescimento urbano originou uma intensa suburbanização e surgem,
assim, as áreas metropolitanas.
Expansão do espaço edificado para as periferias, numa
mancha urbana quase contínua que, muitas vezes, absorve e
interliga cidades mais pequenas e faz surgir outras novas.
Fig. Cidades da área metropolitana de
Lisboa e proporção da população
nacional residente (2011).
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9. ÁREAS METROPOLITANAS E MEGALÓPOLIS
Se duas ou mais grandes áreas metropolitanas se interligam, forma-se
uma megalópolis.
Área urbana com grande dimensão e vários focos
polarizadores do desenvolvimento (as metrópoles), fortemente
interligados e interdependentes.
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Fig. Vista noturna das principais megalópolis, a nível mundial (2011).
10. Fig. Congestionamento, Sidney.
Fig. Comércio numa rua de Lisboa.
Fig. Viaduto, Xangai, China.
ÁREAS METROPOLITANAS E MEGALÓPOLIS
Ao desenvolvimento dos
transportes.
À expansão do comércio e
serviços, que fizeram aumentar o
custo do solo.
À saturação do espaço e a
dificuldade de circulação no
centro da cidade.
A expansão suburbana deveu-se:
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11. AS MAIORES AGLOMERAÇÕES URBANAS
Fig. Capitais e aglomerações urbanas com mais de 5 milhões de habitantes (2011).
É na Ásia e América Latina onde se localiza o maior número de
aglomerações urbanas de grande dimensão.
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12. Fig. Resíduos urbanos, numa rua de Nova Iorque.
GRANDES CIDADES, GRANDES PROBLEMAS
AMBIENTAIS
Fig. Vista do centro da cidade de Xangai, ar completamente poluído.
Emissão de fumos e
gases poluentes.
Produção de grande
quantidade de
resíduos urbanos.
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13. Fig. Favela, Rio de Janeiro.
Fig. Congestionamento, Pequim.
Fig. Sem abrigo, Nova Iorque.
GRANDES CIDADES, GRANDES PROBLEMAS
ECONÓMICOS E SOCIAIS
Tráfego rodoviário intenso,
que origina
congestionamentos.
Falta de planeamento.
Isolamento e pobreza dos
idosos, sem abrigo e de
muitos imigrantes.
Expansão de bairros de
habitação precária, nos
países em desenvolvimento.
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14. Fig. Central Park, Nova Iorque.
CIDADES INCLUSIVAS E SUSTENTÁVEIS
As cidades concentram mais de metade da população mundial e são
os centros polarizadores do desenvolvimento. Por isso, promover a
sustentabilidade urbana é a melhor forma de garantir um
desenvolvimento sustentável mundial.
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15. SUSTENTABILIDADE URBANA
Correto uso do espaço.
Sistemas de transporte que garantam a fluidez do tráfego.
Igualdade de oportunidades e de condições de vida dignas e
saudáveis.
Empenho e responsabilização das empresas na criação e
manutenção de emprego e na contribuição para o
desenvolvimento da cidade.
Sustentabilidade ambiental, evitando a ocupação indevida de
solos com aptidão agrícola e florestal, etc.
Fig. São Paulo, Brasil.
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16. Funções urbanas
Função comercial.
Função defensiva.
Função industrial.
Função cultural.
Função religiosa.
Função político-
administrativa.
Função residencial.
FUNÇÕES URBANAS E ÁREAS FUNCIONAIS
Áreas onde predomina uma ou
um conjunto de funções.
A localização das diferentes
funções é influenciada pelo
custo do solo, que tende a
diminuir do centro para a
periferia.
ÁREAS FUNCIONAIS
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Fig. Planta funcional, Coimbra.
17. ÁREAS DE COMÉRCIO E SERVIÇOS
O centro ou CBD – Central Business District (área central de negócios)
– em Portugal, designado como Baixa, situa-se geralmente na parte mais
antiga da cidade e concentra as funções mais importantes: comércio e
serviços especializados, centros de decisão, espaços culturais, etc.
Fig. Rossio, Lisboa.
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18. Fig. Ribeira, Porto.
ÁREAS RESIDENCIAIS
As áreas residenciais têm características próprias e ocupam diferentes
espaços da cidade, consoante o nível social da população.
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19. Fig. Área industrial, Alemanha.
ÁREAS INDUSTRIAIS
Nos países
desenvolvidos, a
indústria está a
deslocar-se
progressivamente para
áreas suburbanas e até
rurais, instalando-se
frequentemente em zonas
ou parques industriais.
A função industrial associou-se, desde o seu início, ao espaço urbano.
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Fig. Área industrial, Alemanha.
20. Fig. Parque industrial, China.
ÁREAS INDUSTRIAIS
Nos países em desenvolvimento, a
função industrial está em
expansão, fixando-se nas maiores
cidades e constituindo um
importante fator atrativo do êxodo
rural, o que dinamiza os serviços e o
comércio interno e externo.
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21. Fig. Área residencial, Califórnia.
ÁREAS FUNCIONAIS
ATIVIDADE
1 – Caracteriza as áreas residenciais das cidades.
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22. Fig. Área antiga de Coimbra.
PRINCIPAIS TIPOS DE PLANTA URBANA
Típica das antigas
cidades islâmicas, em
zonas medievais de
cidades europeias e nas
que tiveram ocupação
muçulmana.
PLANTA IRREGULAR
Desenvolve-se sem
obedecer a nenhuma
organização, em ruas
estreitas que, muitas vezes,
resultam em becos sem
saída, escadinhas, etc.
Dificulta a circulação e a
orientação na cidade.
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23. PRINCIPAIS TIPOS DE PLANTA URBANA
PLANTA ORTOGONAL
Fig. Vila Real de Santo António.
Sem planeamento, pela
divisão dos terrenos, ou
planeada.
Organiza-se em
quadrícula, com muitos
cruzamentos em ângulo
reto.
Usada em todas as
épocas, é muito comum
por ser de fácil aplicação
e permitir a divisão regular
da propriedade.
Alonga os percursos,
quando não há diagonais,
e os cruzamentos
dificultam o trânsito.
As ruas tornam-se muito
ventosas, se a sua
orientação não considerar
o sentido dominante do
vento.
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24. PRINCIPAIS TIPOS DE PLANTA URBANA
PLANTA RADIOCONCÊNTRICA
Fig. Évora.
Sem planeamento, a partir de
um porto, castelo, etc., ou
planeada.
Utilizada em cidades onde se
pretende tornar um dado lugar
acessível ou dar-lhe destaque.
Organiza-se a partir de um
ponto (praça, monumento, etc.)
ou núcleo central (castelo,
centro antigo da cidade, etc.), do
qual saem radiais que são
intersetadas por circulares.
Torna o centro acessível e
facilita o trânsito, permitindo
ligar as diversas áreas da cidade
sem passar pelo centro.
Alonga os percursos, pois as
ruas são em arco.
Dificulta a divisão dos terrenos
pelas parcelas irregulares.
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25. Fig. Vinhas do vinho do Porto, Região do
Douro.
Fig. Vista sobre a cidade do Porto.
INTER-RELAÇÃO ESPAÇO URBANO/ESPAÇO RURAL
As áreas urbanas e as áreas rurais têm características próprias, que as
tornam interdependentes e complementares.
- predomínio de ocupação
agrícola e florestal;
- pequenos aglomerados
populacionais.
ÁREAS URBANAS ÁREAS RURAIS
- forte concentração de
pessoas e atividades
económicas;
- grande número de
infraestruturas e
equipamentos;
- boa oferta de comércio e
diversidade de serviços.
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Oferecem:
- grande diversidade de
bens e serviços
especializados;
- opções de ensino,
emprego, diversão, etc.
Oferecem:
- produtos agrícolas,
artesanais e
especialidades regionais;
- espaços de lazer e de
contacto com a natureza,
etc.
26. Fig. Cidade de Lisboa.
PORTUGAL…
Cidade – em Portugal
De acordo com a Lei n.º 11/82, Art. 13.º e 14.º, considera-se cidade um
aglomerado populacional contínuo, com um número de eleitores superior a
8000 e, pelo menos, cinco de dez equipamentos coletivos (ex.: instalações
hospitalares com serviço de permanência; farmácias; corporação de
bombeiros, estabelecimentos de ensino, etc.).
Importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica poderão
levar a uma ponderação diferente dos requisitos anteriores.
O processo de urbanização foi mais intenso nas décadas de sessenta e
setenta do século XX e, atualmente, perto de três quartos da população
reside em áreas predominantemente urbanas.
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27. PORTUGAL…
Duas áreas
metropolitanas.
Extensa mancha de
urbanização difusa no
litoral.
Uma urbanização linear
no litoral algarvio.
Uma rede de pequenas e
médias cidades no
interior.
O sistema urbano português é
caracterizado por:
Fig. Cidades, nas
AML e AMP
(2011).
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Fig. Cidades, em Portugal
continental (2011).
28. ÁREAS FUNCIONAIS
ATIVIDADE
2 – Comenta a
afirmação seguinte.
“A distribuição geográfica
das cidades evidencia
padrões de litoralização
e bipolarização.”
Fig. Cidades, em Portugal continental
(2011).
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