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Natuya
Amor e Misticismo
1
Natuya
Amor e Misticismo
Ubirani Yaraima
1996
Natuya
Amor e Misticismo
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“Em meio a floresta existe u ser mágico que controla os rios e as nascentes... Um
que místico que leva embora as tristezas e devolve o amor...
Diegho Courtenbitter
Natuya
Amor e Misticismo
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Dedicatória,
Este livro é dedicado a mãe natureza e amor que ela tem por nós todos aqui na
terra.... Não sejamos filhos ingratos.... Ao tirar dela.... Devolvemos.... Ao destruir
dela.... Possamos reconstruir.... Tenhamos clareza em zelar pela nossa mãe
matéria e carbono.... Tenhamos bom senso ao cuidar de nossa essência.... Somos
um bem coletivo.... Algo que somente temos ao compartilhar com alguém...
Rusgat Niccus
Natuya
Amor e Misticismo
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Autobiografia
Nome: Ubirani Yaraima Aruana de Abrantes
Data de Nascimento: 04/06/1969
Data de Falecimento: 27/11/2016
Cidade Natal: Belém
Estado Natal: Para
País: Brasil
Nome do Pai: Uipiara Yaraima Aruana de Abrantes
Nome da Mãe: Anahí Aymane Aruana de Abrantes
Cônjuge: Tuane Aiyra Itapema Aruana de Abrantes
Ocupação: Poeta, Escritor, Contista, Cronista, Fotografo, Grafista e Iluminarista
Profissão: Representante de Causas Indígenas do Governo do Pará e
Paragominas, Comerciante, Ativista Ambiental, Artesão e Chefe de Tribal
Bairro onde Morou na Infância: Aldeia Taguatinga
Locais onde Trabalhou: Governo do Estado do Pará, Prefeitura de Paragominas,
e Centro de Artesanato
Formação Acadêmica: Ensino Superior Completo
Lugares onde Morou: Pará, Maranhão e Piauí
Ideologia Política: Esquerda de Vanguarda
Gosto Musical: Cantos do folclore Tupinambá
Gosto Gastronômico: Peixes, Cobras, Cutias, Arroz Branco, Vinagreira, Farinha
d´água, e Pimenta
Religião: Tupã
Altura: 1,65 Mts
Etnia / Raça: Indígena
Aldeia / Povo: Tupinambá
Cor da Pele: Parda
Cor dos Olhos: Pretos e Pequenos
Cor dos Cabelos: Pretos Claros, Lisos e Compridos
Postura Física: Estatura Média
Tipo Físico: Magro, Dedos pequenos, Pés pequenos e Pernas Curtas
Tipo Físico Facial: Nariz pequeno e Afinado, Cabeça Oval e Queixo Arredondado
Trajes Habituais: Cocar de Penas Vermelhas, Amarelas, Laranjas, Pretas e
Brancas, Camisa Social Branca, Calça Preta, Sapatos Pretos e Várias Pulseiras e
Assessórios Indígenas.
Escritores Favoritos: Friedrich Wilhelm Nietzsche Johann Wolfgang von Goethe,
Fernando Pessoa, Lord Byron e Alvares de Azevedo
Pintores Prediletos: Vincent Willem van Gogh, Salvador Dalí i Domènech e
Oscar-Claude Monet
Músicos Preferidos: Franz Liszt, Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van
Beethoven e Frédéric François Chopin
Título Poético:
Curiosidade:
Idade: 47 anos
Orientação Sexual: Heterossexual
Natuya
Amor e Misticismo
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Heterônimo: Ubirani Yaraima Aruana
Historiografia: 1969 - 2016
Autor/Criador: Roosevelt Ferreira Abrantes
Ubirani Yaraima Aruana
Natuya
Amor e Misticismo
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“Amar é uma lembrança doce.... Amar é uma doença feliz... Amar um sofrer por
causa alguma.... É invenção de te amar....
Ubirani Yaraima Aruana
Natuya
Amor e Misticismo
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Livro: Natuya
Tradução: Amor e Misticismo
Gênero: Conto
Ano: 1996
Autor: Ubirani Yaraima
Titularidade: Este é um Heterônimos de Roosevelt F. Abrantes
Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente
Coletânea: Amores e Perdições
Ano de Finalização Escritural da Obra: 1995
Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Abril de 1995
Contatos:
End.: Rua das Palmeiras, n° 09
Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luís - Maranhão
Cep.: 65080140 – São Luís – Ma
País.: Brasil / Região.: Nordeste
Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918
WhatsApp.: (98) 9 8545-4918
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Natuya
Amor e Misticismo
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Prefácio
Este conto trata do misticismo indígena envolvendo o amor entre dois
jovens índios de tribos distintas.... O jovem Yaol da tribo Guajajaras e a Linda
princesa Tupinambá Natuya.
Natuya uma das índias mais bela de sua tribo é elegida princesa em uma
convença de guerra e é oferecida em casamento para a aldeia Xavante. Este
arranjo matrimonial foi criado para pôr fim a uma guerra sangrenta e insana entres
os Tupinambás e Xavantes. Um conflito ardente que durava mais de 20 anos. Este
confronto havia levado a morte mais de 50 mil índios de ambos os lados... E a
guerra apesar de truculenta, ainda não havia elegido um vencedor.
Yoal apaixonado pela jovem Natuya não se conforma com o destino de sua
amada e resolver fugir com a sua amada. Mas depois de três luas, os dois são
pegos no meio da mata pelo Xavantes. Yaol é preso e Natuia é destinada a um
sacrifício Xavante, após descobrirem que ela já havia se deitado com Yaol e,
portanto, impura para a aliança matrimonial ente as tribos...
Natuya é entre a Grande Serpente Sucumbira, mas Yaol consegue escapa
de seu cativeiro e vai ao encontro de Natuia no alto do rio Kaituna. Este seria o
local onde a serpente devorava os seus sacrificados.
Yaol porem antes de salvar Natuya é surpreendido pela Mãe D´água que o
deseja sexualmente... E sabendo de seu poder o índio se entrega a criatura
sobrenatural. Eles passam a noite juntos e este recebe da dona dos rios uma
porção mágica para enfrentar a Grande Serpente.
No entanto, Yaol é traído pela Mãe D´água e Natuya usa a porção contra a
serpente, transformando-a em uma grande pedra de sal... Infelizmente Natuya
compartilha do mesmo destina da serpente por ainda estar enrolada a calda de
Sucumbira...
Yaol é levado para o fundo do rio pela Mãe D´água e Natuya passa a viver
em forma de pedra de sal juntamente com Sucumbira no fundo do rio Kaituna. No
entanto, Natuya ainda inconformada passar a procurar por seu amor... Natuya se
materializa na forma humana atraindo inúmeros jovens para o fundo do rio. A
grande maioria homens entre 13 e 20 anos. E assim ela vai levando muitas
pessoas inocentes para morte na esperança que alguns deles seja de fato o seu
amado Yaol.
Abrantes F. Roosevelt
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo I
A Pedra do Rio....
Os luares de uma terça-feira, geralmente de uma lua cheia, mas comumente, as
sete da noite, no rio Gurutil, no interior de Mirinzal, uma estranha e gigantesca
pedra, tem o habito de submergir do fundo do rio.
A pedra de aparência exógena fica boiando no meio do leito do rio por até seis
horas de forma initerruptamente. Voltando a afundar depois que esse horário se
extingue. Muitos visitantes acham sobrenatural que uma pedra daquele tamanho
consiga flutuar sobre a lamina do rio durante todo esse tempo.
Os moradores mais antigos, revelam que este ritual, esta manifestação impropria
da natureza ou este rito sobrenatural, ocorra deste a década de 40, quando os
primeiros Abrantes e Ferreiras vieram para habitar estas terras.... Isto tudo
acontece de maneira muito habitual e sempre após a luz da lua que se erguer
sobre o rio.
Antigamente, todos os moradores tinham medo de banhar sobre as suas águas,
principalmente durante este período sobrenatural que circundava o fenômeno. Há
década vários registros de afogamentos foram identificados nesta região do rio.
Entre as vítimas, pouco eram moradores do Gurutil, a maioria era de turistas,
visitantes ou viajantes que desconheciam o fenômeno produzidos pelas suas
aguas...
Antes dos afogamentos, a pedra produz um redemoinho eloquente, uma enchente
inusitada e em seguida um superaquecimento de suas águas.... As margens do rio
ficam turbulentas e agitadas... E uma índia sempre aparece sozinha cantando no
meio do riacho...
E, portanto, deste que viram a bendita índia, estes banhos a noite são evitados
pela população local. O fenômeno sempre ocorre em uma terça-feira, sobre um
luar de lua cheia e todos eles sempre eram fatais para quem teimasse em banhar.
O resultado era sempre o mesmo e pela manhã, quando o rio secava, devolvia as
suas vítimas, os relatados sobre como estavam os corpos destas pessoas eram
as mais intrigantes e impressionantes.
Os moradores locais afirmavam que as vítimas pareciam estar sugadas, ocas ou
vazias por dentro, como se estivessem sido comidas pelo lado de dentro de seus
corpos. Havia ao final do ato macabro, apenas pele, cabelos e ossos. As imagens
destes afogamentos eram sempre aterradoras, tenebrosos e grotescos para se
presenciar.
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo II
A Lenda da Pedra do Rio...
O rio Kaituna para os indígenas sempre foi um lugar sagrado.... Os deuses dos
indígenas já faziam morada sobre o seu leito.... E antes mesmo que o sol pudesse
tocar as suas margens... O deus Kimauara em passagem pela terra, banhou ali
para lavar-se depois de que travado uma dura batalha contra Yamutara no grande
céu cinza de Yachara...
Uma lenda ainda mais intrigante relata que o próprio sangue divino deste deus
iniquo foi misturo àquelas águas... E muitos indígenas acreditam que as
propriedades mágicas, sobrenaturais e curandeiras destas águas tem a ver com
esta passagem de Kimauara neste rio...
A enorme pedra gingante de aparência avermelhada que submergir e paira
solitária flutuando na lamina do leito do rio Kaituna, está relacionada em parte a
este poder divino deixado por Kimauara através de seu fluido sanguíneo...
É possível ver a pedra submergir durante o período matinal, afundando e
imergindo a cada duas horas ao longo do dia.... Mas é a noite que ela apresenta a
maioria de seus fenômenos sobre naturais mais incríveis e inacreditáveis...
A noite a pedra boia e rodopia em seu próprio eixo, afunda e emerge com
violência até o alto da lamina d´água, subindo cerca de meio metro a dois metros
de distância em relação ao pleito horizontal do rio, atividades que fazem com que
o rio tenha grandes ondulações, promovendo arrebentações incomuns e agitadas
que vão do leito até as margens.... Também é possível ver enormes variações de
enchentes e grandes vazões de água doce em todo o perímetro do rio...
E próximo da meia noite é possível perceber o superaquecimento de suas
águas.... Alguns peixes após este fenômeno sempre aparecem mortos... Mas a
maioria dos animais e parte da vegetação estão resistente ou adaptados ao
fenômeno...
O brilho intermitente e translucido desta pedra é outro fato que demanda
curiosidade... A luz da lua.... Principalmente o brilho da lua cheia, causa
verdadeiros fenômenos óticos.... Um ato que atrair banhista e em todo caso,
também tragédias.... Muitos acabam afogados por tentar ver a pedra em seu
estado emergido.... Pois a pedra ainda que imersa, continua imanado luz e
vibrações...
Alguns relatos identificaram que várias pessoas foram literalmente esmagadas
pelo peso da rocha, ou ficaram presas entre o chão do rio e a rocha, logo após
mergulharem para ver os fenômenos que a pedra produzia no fundo do rio...
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo III
A Índia Prometida...
Uma lenda antiga contada pelos moradores de Aliança, Caminho de Deserto,
Centro de Guilherme e Santa Joana afirmava que a origem da pedra tinha a ver
com um conto indígena Tupinambá e Xavante muito antigo... A Pedra seria a
representação de uma linda índia que foi aprisionado por um feitiço.
Trata-se da vida de uma índia tupinambá chamada Natuya Urana que se
apaixonou perdidamente pelo índio da aldeia Guajajará conhecido apenas pelo
nome de Yaol. Reza a lenda que a pequena índia com apenas 13 anos de idade
foi elegida pelos tupinambás como princesa em tempos de guerra, isto precisava
ser feito para cumprir um ritual tribal. A jovem índia seria oferecida em casamento
para pôr fim ao conflito.
Esta eleição tupinambá tinha com proposito o pronunciamento do fim de uma
guerra tribal que já se estendia por mais de 20 anos. Uma subversão entre
Tupinambás e Xavantes que deixara mais de 50 mil mortos. A princesa seria
prometida em casamento a um jovem índio Xavante. O filho do pajé daquela
aldeia.
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo IV
A Paixão Indígena...
Entretanto, apesar dos planos da aldeia tupinambá e dos ensejos dos Xavantes
para pôr fim à guerra sangrenta.... Tudo deveria ocorrer como o acordado. Mas o
destino não estava de acordo.
Em um primeiro momento, tudo estava alinhado as regras das duas tribos, mas as
paixões não seguem nenhuma regra... O coração da jovem Natuya já estava
ligada ao coração de Yaol. Ambos estavam apaixonados. E os dois já possuíam
um pequeno romance a mais de 100 luas.
O jovem Guajajará de também 13 anos de idade, não se conformava com a perda
de seu amor em troca de um acordo estupido entre as tribos guerreiras... Os
tupinambá e os Xavantes deveriam encontra uma outra saída para o conflito...
Pois Yaol estava convencido que não perderia a sua Natuya.
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo V
A Fuga...
Os dois resolvem fugir da aldeia... Yaol estava determinado em viver aquele amor
com Natuya... Mas infelizmente, eles são pegos depois de três luas pelos
Xavantes no meio da floresta em plena fuga....
Natuya é separada de Yaol.... E é levada até a aldeia Xavante.... Um comunicado
formal é pronunciado até os tupinambás... A princesa Tupi estava sobre a posse
dos Xavantes.... Mas algo muito sério havia ocorrido.... É confirmado que a jovem
índia Tupinambá havia se deitado com o Guajajará.... E, portanto, ela havia se
tornado impura para o selo acordado entre as tribos.... O pacto havia sido
quebrado...
Natuya não era mais pura e não servia mais para o casamento tribal como forma
de aliança entre as tribos. Uma reunião entre os anciões foi sugerida.... Resolveu-
se então converter o casamento em um sacrifício religioso. E os Xavantes tinham
prioridade para o sacrifício...
A índia seria oferecida “A Grande Serpente”, aquela que possuía e envolvia o
enorme rio.... O rio Kaituna.... A grande Sucumbira era um deus antigo dos
Xavantes. E era a ela que a jovem seria oferecida como pagamento e sacrilégio
para o fim da guerra... A jovem foi levada para o alto da montanha, onde nasce o
rio Kaituna.... Os indígenas acreditavam que a grande serpente era a única
culpada pela guerra.... Então seria ela também a finalizar o conflito entre as
tribos....
O rio Kaituna também seria a morada da grande serpente... E seria naquele local
que se iniciaria os rituais... Natuya seria devorada pela grande “Deusa
Sucumbirá”.
Os trabalhos ritualísticos chegavam a seu fim... os cânticos foram cantados, os
banhos foram preparados e as oferendas estão dispostas... Natuya enfim foi
devidamente preparada, amordaçada, perfumada e deixada para a grande
serpente.... O rito estava completo... Natuya esperava pela serpente...
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo VI
O Jovem Guerreiro Yaol
O jovem guerreiro Yaol consegue escapar do cativeiro... E sabendo o que
aconteceria com Natuya, apressa os passos para salva a sua amada. A noite
estava por cair... a lua estava preste a sair no horizonte... E Yaol ainda estava no
meio do caminho quando encontra as duas tribos voltado do cerimonial de
sacrifício no meio do caminho...
Um jovem índio Xavante percebe a presença de Yaol no alto da arvore e tentar
alerta os demais homens de sua tribo... Yaol é forcado a mata-lo, levando-o para
cima da arvore... O jovem que Yaol matou tinha aproximadamente a mesma idade
que ele... isto seria algo inadmissível... Um crime ainda mais grave... E matar
alguém tão jovem, seria a sua sentença de morte.... Yaol sabe que seria morto
desta vez.... A prisão somente, não seria uma opção... Yaol teria certamente a sua
morte decretada....
Yaol precisava salva Natuya e fugir para bem longe das três aldeias.... Pois os
Xavantes, os Tupinambás e os próprios Guajajarás não os perdoaria. A noite
enfim caíra... E a mata fechada começava a apresentar os seus perigos.... Os
animais com hábitos noturnos sairiam para a sua caça diária.... E Yaol seria um
alvo fácil para estes animais....
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo VII
A Mãe D’água...
Yaol estava próximo a caverna da grande serpente... Mas antes mesmo de entra
na gruta.... Algo o esperava entre a cachoeira, as pedras e a gruta... Yaol achou
que fosse uma pantera, um tigre ou um outro felino desconhecido para ele... Mas
ele estava enganado... O animal tinha feições humanas...
A sua frente estava algo que ele sempre ouviu falar... Mas nunca tinha visto antes
em sua vida... Tratava-se de uma das mais linda e belas mulheres do mundo...
Muito bonita, confina, porém, também muito perigosa... Era ela mesma... Yaol não
tinha dúvidas... A dona dos rios, a dona das águas, a dona dos lagos e também
das cachoeiras... Ela estava lindíssima sobre aquele luar... Os seus olhos
vermelhos, os seus cabelos pretos, as unhas cor de fogo, sua boca gelada
expelindo frio... A sua pele cor de neblina, e o seu corpo escamoso como a um
peixe... E ao mesmo tempo que tudo aquilo lhe tornará atraente, também a
tornava repulsiva e indigesta...
A criatura pediu para que eu me aproximasse.... Ela disse que sabia do meu
proposito naquele lugar.... Sabia o que eu viera fazer na casa de Sucumbirá.... Ela
porem, advertiu que não permitiria tal ensejo.... Sacrifícios não devem ser
impedidos.... Mas quanto vale o seu amor por Natuya.... Inferiu o peixe com língua
de serpente.... Eu por outro lado não media preço.... A criatura então me sugeriu
um pacto....
A criatura me pediu uma noite de amor sobre as águas do rio... Em troca... Eu iria
viver a vida inteira com Natuya... A criatura também me ofereceu uma porção
mágica para lutar contra a serpente... A fração magica petrificaria a grande
serpente.... A Grande Sucumbira viraria uma enorme pedra de sal... Este era o
acordo...
Eu não tive dúvidas do meu amor por Natuya... E acabei aceitando o pacto... A
megera pediu que o pagamento fosse feito naquele exato momento.... Tudo
deveria ser feito ao luar, sobre as pedras e sobre a cachoeira.
A única exigência do monstro era que eu deveria fazer amor com ela exatamente
como fiz com Natuya... A danada da maldita havia me espiado fazendo amor com
Natuya... A inveja é algo mesmo grotesco... Mas enfim... não tive escolha e acabei
dormido com aquela monstruosidade...
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo VIII
O Abraço da Morte da Serpente....
E pela manhã voltei a minha vontade inicial... A noite com a mãe d’água não foi
uma das melhores noites de amor que já tive.... Aliais não tive muitas... tenho
apenas 13 anos... E a única mulher que me tocou foi a minha amada Natuya...
Quando avistei a grande serpente... Ela se preparava para engolir a minha amada
Natuya.... A boca da maldita havia se dilatado de tal maneira que dava para ver
todo o mostro por dentro... Sucumbira estava toda enrola sobre o corpo da minha
Natuya...
O monstro se preparava para dar o abraço da morte antes de engoli-la... Ela
planejava quebra todos os ossos da minha Natuya para depois come-la... E foi
então que gritei bem bravo para o monstro...
- Largue ela seu mostro....
Natuya sorriu feliz ao me ver... Mas o mostro não.... Ela se desenrolou
rapidamente e tentou me abocanhar... Mas a minha agilidade desconcertava a
grandeza da serpente...
- Por favor Yaol me salve....
Gritava Natuya em desespero ao ver que a serpente demônio voltou-se a enrola
ao seu corpo... A criatura se enroscava várias e várias vezes a Natuya... Mas
supreendentemente... O mostro não queria machuca-la ou mesmo devora-la... A
serpente parecia admira-la... Ou mesmo deseja-la... Assim como um índio deseja
uma índia...
A minha amada Natuya estava perigo... E talvez esta fascinação da serpente pela
a minha amada pudesse enfim salva-la... A vontade e o desejo da serpente
principiava a amor... A maldita havia se apaixonado de verdade por Natuya...
A serpente demônio não conseguia para de enamorar os pequeninos olhos de
amêndoas da índia Natuya.... Os seus cumprindo, meigos e lindíssimos olhos
eram como flores para o monstro... A índia a encantará... Natuya havia enfeitiçado
a grande serpente...
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo IX
A Traição de Mãe D´água
Yaol tiraria proveito da paixão da serpente... O índio então mergulhou no pequeno
lago e nadou até está próximo o suficiente da víbora... E aproveitando-se do
deslumbre de Sucumbira.... Yaol pegou a porção mágica que a mãe d´água havia
lhe dado com o pacto... Tirou a porção mágica de dentro da trouxa.... E preparou-
se para joga-lo na cabeça da serpente...
Mas Yaol foi traído.... A mãe d´água transformou-se em serpente e mordeu Yaol
em sua perna direita paralisando-o completamente... A serpente Sucumbira foi
avisada e voltando-se para Yaol... Ela agora o devoraria....
Natuya presenciaria o seu amado ser morto a sua frente... Natuya então não
vendo saída, fez o que deveria ser feito... Quando o monstro aproximou-se para
devora Yaol... Natuya pegou a porção das mãos de Yaol e jogou sobre a cabeça
da serpente....
A serpente começou a virá sal... Mais precisamente uma enorme bola de sal...
Petrificando-se.... Infelizmente como Natuya estava presa a Sucumbira... Ela e a
serpente, ambas viraram uma enorme pedra de sal...
Um estrondo na estrutura da gruta, abriu um redemoinho magico abaixo de
sucumbira.... Forçando a mesma para a parte de baixo da gruta.... As águas da
cachoeira a empurrava para fora do ambiente... induzindo-a para a cabeceira da
caverna vermelha...
A força magica imposta sobre aquele encantamento a pronunciava para um
caminhar descontínuo, seguindo o curso d´água para abaixo da montanha...
Sucumbira e Natuya agora em forma de pedra, começaram a se desloca para
parte de baixo do relevo da montanha.... Encaminhando-se para a foz do rio,
descendo pelo rio Kaituna até desembocar no lago Taycarama...
Este será o local de repouso de Sucumbira e Natuya.... Dizia a dona do rio... Esta
é a região onde a pedra ficará boiando pela eternidade... E neste dia a pedra ficou
submergida por seis horas até afundar no meio do lago.... Apenas a noite e o luar,
uma lua cheia, viram o que aconteceu a Natuya...
E enquanto a Yoal.... Este foi levado para o fundo do rio pela mãe d´água.... O
índio foi enamorado e reclamado pela dona das águas... E este provavelmente
deve ficar preso próximo ao rio que circunda a cachoeira Ayunda, fazendo
companhia a sereia do rio até que esta resolva um dia o liberta-lo...
Natuya
Amor e Misticismo
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Capitulo X
Um Amor na Esperança....
Natuya voltaria ao fundo rio naquela noite... E com o afastamento cada vez mais
perpendicular das aldeias em direção ao continente e mais afastados do litoral... A
Índia percebia que tão logo não teria mais pessoas próximas ao rio para atrair... E
como estava cada vez mais solitária sobre o rio.... Imaginou o seu Yaol... Mas
distante do que nunca...
Mas a sua esperança ficaria sobre as águas... O seu amor não ficaria submerso...
A sua volúpia permaneceria no orvalho... E as suas lagrimas adormeceria sobre
cada linha de água... E talvez um dia... Uma tarde... Ou uma noite... E enfim...
Talvez em uma destas luas cheias... Yaol pudesse esta....
Natuya
Amor e Misticismo
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Capítulo XI
A Busca de Natuya...
Natuya passa a viver solitária sobre um dos braços do rio Kaituna. Muitos jovens
indígenas das três aldeias: Tupinambá, Xavantes e Guajajaras passam a ver a
linda índia Natuya divagando sobre o horizonte do rio... A jovem sempre aparece
da mesma forma.... Chorando e lavando os cabelos.... Ela também é vista
entoando um canto triste e fino.... Algo tão lindo que exprimir a dor....
Os seus cabelos comprimidos, os seus olhos meigos e a sua pele parda e
brilhante, também contrasta com o brilho do luar... Muitos indígenas relatam que
as suas lagrimas tangem de vermelho o velho Kaituna...
As noites de Lua cheia nunca mais foram as mesmas naquela região do rio....
Todos começavam a ver a jovem índia solitária que banhava a esmo e triste sobre
as águas do Kaituna...
Muitos indígenas também viam a índia em sua forma de pedra de sal... e todos
que moravam na região também falavam da presença da Grande Serpente... O
monstro reptiliano sempre era visto enrolado sobre o corpo da índia....
A índia é a serpente também sempre eram vistos aos beijos e as trocas de
caricias... Algo que se tornou corriqueiro e habitual durante as aparições e
encantamentos produzidos por ambas... E juntamente com Sucumbira, também
podia se ver na outra margem do rio a dona das águas... A mãe d´água que os
velava de longe... Cuidando para que os dois não ficassem mais do que as seis
horas que lhes era permitido... Tudo tinha que ser feito sobre a luz do luar.
Geralmente a meia noite os dois deveriam sucumbir ao fundo do rio Kaituna. Isto
era parte do contrato ou do feitiço...
A sereia do rio não tolerava atrasos ou qualquer outra desobediência... No
entanto, Natuya ainda encontrava-se inconformada com a perda de seu grande
amor.... A índia passava a maior parte de seu tempo ao luar procurando por Yaol
sobre as margens do rio...
Natuya ainda nutria esperanças de ter o seu grande amor de volta a seus braços...
Natuya sonhava todos os dias com os beijos de Yaol... Ele estaria perdido a sua
procura.... Assim pensava Natuya... A pequena índia não imaginava que a dona
do rio havia escravizado o seu grande amor. Yaol estava preso no fundo do rio...
Mas encantado por Mãe D´água... Não podia ser visto por Natuya...
A linda e bela Natuya passou a se materializar em sua forma humana para atrair
inúmeros jovens que passeavam próximo ao leito do rio.... Infelizmente, quando
Natuya “despertava-se de seu delírio romântico” e se dava conta de que os
homens que beijava e seduzia não era o seu Yaol.... Ela se irava e injuriava-se
Natuya
Amor e Misticismo
20
com a desilusão.... Um fato que sempre acabava em afogamentos premeditados
de seus pretendentes.... Levando todos eles para o fundo do rio.
A grande maioria dos homens atraídos por Natuya tinham entre 13 e 20 anos de
idade. Muitos jovens morriam sem saber o motivo de tanta raiva e rancor da
pequena índia.... Alguns jovens iludidos pelo seu canto e sabendo que podiam ser
mortos por ela.... Acabavam se convencendo de que podiam ser um substituto do
amor de Yaol... Mas todos tinham o mesmo fim... E todos morriam afogados...
Os anos passaram rapidamente... E as tribos acabavam se mudando para uma
outra região da floresta... E cada século mudavam-se para regiões ainda mais
afastadas do rio Kaituna... Natuya e Yaol ficaram esquecidos pelos indígenas por
seis séculos inteiros...
Mas os fenômenos sobrenaturais no rio kaituna voltou a ocorrer quando novos
moradores começaram a habitar a região próxima ao lago Taycarama... Um
pequeno braço do rio Kaituna...
O ano era 1945... A modernidade do século XXI fez reaparecer novas ocupações
humanas próximas ao rio, as grandes migrações, as vilas, os cortiços e outras
tarefas humanas tornaram a chamar a atenção daqueles que habitavam o
Kaituna... E novamente muitos homens voltaram a sumir na beira do rio...
Agora aquela região tinha uma outra nomenclatura... Também havia novos
moradores e uma nova oportunidade para encontra Yaol... Pensou Natuya.... A
indígena ainda pensava em seu amado... E nada a faria desistir seu amor eterno
por Yaol...
Os novos populares haviam rebatizado o rio Kaituna... Eles agora chamavam o
velho rio de Gurutil... Aquele povo descendia da região de Abrantes em Portugal....
Um local próximo de Viseu... Vizinha de Lisboa.... Mas também havia muitos
mestiços, descendentes de negros, brancos e até alguns grupos indígenas...
Aquele era um povo sossegado e pacifico.... Mas não demoraria muito para que a
índia Natuya voltasse a agitar um pouco mais aquelas águas rasas de Kaituna...
Natuya estava de volta ao rio... E junto com ela estavam também Sucumbira e a
dona do rio... A Mãe D´água... A senhora imperial dos rios e riachos.... E assim ela
continuaria levando muitas pessoas inocentes para morte na esperança que
alguns deles, seja por acaso ou por expectativa, tenha as mesmas feições de seu
amado, os mesmos traços de seu eterno Yaol.
Fim
Natuya
Amor e Misticismo
21
Agradecimentos
A todos os meus amigos e colegas que leram este livro
Antes mesmo de sua impressão
Que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas
Que deram muitas sugestões importantes
E que às vezes até compactuaram comigo
Em recitações ao ar livre
E dito isto
Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho
Um salve a todos vocês...
Natuya
Amor e Misticismo
22
Memorial
Em memória de um amor
Que ficou no passado...
Ao amor de minha vida
Ao amor de meu viver...
Ainda que este amor
Não esteja por mim....
Em público
Em púlpito...
Como devia o ser
Como deveria ter...
Tanto a mim
Quanto a ela...
Esteja aqui está declaração
Em memória de seu nome
Em estrato de dignifico título...
Oh! Minha amada bendita
Oh! Minha bendita amada...
Está escrito em sangue
Está escrito em chamas...
Mesmo que ainda esteja
No anonimato completo
Meu amor por você anA
Ainda continuará no espaço...
Percorrendo o infinito
Como o brilho de bilhões
De estrelas mortas nos céus
Que insistem em te focalizar...
Ainda que inerte na alma
Ainda que inerte na calma
Isto sim meu amor
É apenas amar-te....
Natuya
Amor e Misticismo
23
Notas do Autor
Este livro revela todas as ansiedades de liberação de pensamento, ilustra todas as
dramaticidades da exposição dos sentimentos proibidos a raízes ideológicas
inóspitas, refrata todas as inteligíveis percepções de um mundo completamente
formulado e arquitetado pelos apaixonados....
Exercer na declaração dos sentimentos inócuos, o amor, o desejo, a ternura, a
saudade, a dedicação, a paixão e o tempo a efêmeros resultados da resignação
refrataria de quem se ama, incidindo no desejo febril, o amor ao colo coibido do
próprio inimigo...
Um permanecer do tempo, entregue aos julgamentos dos amantes, um vincular do
cerne as críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno do amar, um
vagar inacabável da escuridão, um sitiar deixado aos escritos não correspondidos,
um ferver do amor, um sofre do amar, uma desilusão no tecer do tempo...
Um amor colocado a guilhotina dos medos, um puxar incerto da alça que libera a
laminar do frio carrasco, um íntimo sentir tênue da ríspida morte.... Um milésimo
mínimo da paixão profana aterrada no sofrer...
Um final pernicioso a todos os poetas, uma ponderação inóspita ao ternário das
letras, um partir solitário na data de suas publicações, um livro incendiado pelas
forças do sobrenatural, um texto solto ao acaso do amados... Entre os poetas,
restam o lúgubre trabalho do sentir, a frágil volúpia do fingir, a réstia da eternidade
efêmera, o fardo do etéreo, a casta de um patrimônio cultural sucumbido, a
matéria da humanidade mórbida e a insanidade absurda do vazio.
Um especulo dos loucos, um hospício da maturidade, um assombro das
angustias, um atributo do amor frágil, um vício da paixão inerte. Um pertencimento
da comunhão seletiva dos leitores, um expor-se imediato a ilusão, um querer
complicado do universo...
Um atendimento irracional de todas as expectativas de quem nos devora a alma,
pagina por pagina, um remetente da preparação da trincheira, uma vivacidade de
guerra oblíqua, um tumulto revirado pelas bombas, onde as armas e o tedio são
colunas que pouco importam ao imprevisto da musa, algo que não nos incomoda
a carne, travá-la em campo aberto e ao frio.
Exposto as estas letras, desejo aos meus devoradores que este livro e um bom
vinho, sejam em uma madrugada chuvosa, belos companheiros, sugiro aos meus
leitores que os tome como hospede inato em suas vidas, regozije-o em tamanha
amplitude e gozo, na intenção de degustá-los e recita-los como prova de minha
companhia, tendo também os velhos amigos, reunidos sobre roda de uma boa
conversa em recitação de meus versos. Permanecendo o vinho, o livro e as belas
jovens ao lado de suas ébrias confraternizações eternas.
Abrantes F. Roosevelt

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  • 1. Natuya Amor e Misticismo 1 Natuya Amor e Misticismo Ubirani Yaraima 1996
  • 2. Natuya Amor e Misticismo 2 “Em meio a floresta existe u ser mágico que controla os rios e as nascentes... Um que místico que leva embora as tristezas e devolve o amor... Diegho Courtenbitter
  • 3. Natuya Amor e Misticismo 3 Dedicatória, Este livro é dedicado a mãe natureza e amor que ela tem por nós todos aqui na terra.... Não sejamos filhos ingratos.... Ao tirar dela.... Devolvemos.... Ao destruir dela.... Possamos reconstruir.... Tenhamos clareza em zelar pela nossa mãe matéria e carbono.... Tenhamos bom senso ao cuidar de nossa essência.... Somos um bem coletivo.... Algo que somente temos ao compartilhar com alguém... Rusgat Niccus
  • 4. Natuya Amor e Misticismo 4 Autobiografia Nome: Ubirani Yaraima Aruana de Abrantes Data de Nascimento: 04/06/1969 Data de Falecimento: 27/11/2016 Cidade Natal: Belém Estado Natal: Para País: Brasil Nome do Pai: Uipiara Yaraima Aruana de Abrantes Nome da Mãe: Anahí Aymane Aruana de Abrantes Cônjuge: Tuane Aiyra Itapema Aruana de Abrantes Ocupação: Poeta, Escritor, Contista, Cronista, Fotografo, Grafista e Iluminarista Profissão: Representante de Causas Indígenas do Governo do Pará e Paragominas, Comerciante, Ativista Ambiental, Artesão e Chefe de Tribal Bairro onde Morou na Infância: Aldeia Taguatinga Locais onde Trabalhou: Governo do Estado do Pará, Prefeitura de Paragominas, e Centro de Artesanato Formação Acadêmica: Ensino Superior Completo Lugares onde Morou: Pará, Maranhão e Piauí Ideologia Política: Esquerda de Vanguarda Gosto Musical: Cantos do folclore Tupinambá Gosto Gastronômico: Peixes, Cobras, Cutias, Arroz Branco, Vinagreira, Farinha d´água, e Pimenta Religião: Tupã Altura: 1,65 Mts Etnia / Raça: Indígena Aldeia / Povo: Tupinambá Cor da Pele: Parda Cor dos Olhos: Pretos e Pequenos Cor dos Cabelos: Pretos Claros, Lisos e Compridos Postura Física: Estatura Média Tipo Físico: Magro, Dedos pequenos, Pés pequenos e Pernas Curtas Tipo Físico Facial: Nariz pequeno e Afinado, Cabeça Oval e Queixo Arredondado Trajes Habituais: Cocar de Penas Vermelhas, Amarelas, Laranjas, Pretas e Brancas, Camisa Social Branca, Calça Preta, Sapatos Pretos e Várias Pulseiras e Assessórios Indígenas. Escritores Favoritos: Friedrich Wilhelm Nietzsche Johann Wolfgang von Goethe, Fernando Pessoa, Lord Byron e Alvares de Azevedo Pintores Prediletos: Vincent Willem van Gogh, Salvador Dalí i Domènech e Oscar-Claude Monet Músicos Preferidos: Franz Liszt, Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven e Frédéric François Chopin Título Poético: Curiosidade: Idade: 47 anos Orientação Sexual: Heterossexual
  • 5. Natuya Amor e Misticismo 5 Heterônimo: Ubirani Yaraima Aruana Historiografia: 1969 - 2016 Autor/Criador: Roosevelt Ferreira Abrantes Ubirani Yaraima Aruana
  • 6. Natuya Amor e Misticismo 6 “Amar é uma lembrança doce.... Amar é uma doença feliz... Amar um sofrer por causa alguma.... É invenção de te amar.... Ubirani Yaraima Aruana
  • 7. Natuya Amor e Misticismo 7 Livro: Natuya Tradução: Amor e Misticismo Gênero: Conto Ano: 1996 Autor: Ubirani Yaraima Titularidade: Este é um Heterônimos de Roosevelt F. Abrantes Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente Coletânea: Amores e Perdições Ano de Finalização Escritural da Obra: 1995 Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Abril de 1995 Contatos: End.: Rua das Palmeiras, n° 09 Residencial Parque das Palmeiras Vila Embratel – São Luís - Maranhão Cep.: 65080140 – São Luís – Ma País.: Brasil / Região.: Nordeste Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918 WhatsApp.: (98) 9 8545-4918 E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com Redes Sociais: Facebook.: https://www.facebook.com/rooseveltfabrantes Twitter.: https://twitter.com/rooseveltabrant Linkendin.: https://www.linkedin.com/in/roosevelt-f-abrantes-0b1b2426/ Instagran.: https://www.instagram.com/abrantesroosevelt/ Hotmail.: rooseveltabrantes@outlook.com Blogger: http://movimentolascivinista.blogspot.com/ Site.: http://movimentolascivinista.com
  • 8. Natuya Amor e Misticismo 8 Prefácio Este conto trata do misticismo indígena envolvendo o amor entre dois jovens índios de tribos distintas.... O jovem Yaol da tribo Guajajaras e a Linda princesa Tupinambá Natuya. Natuya uma das índias mais bela de sua tribo é elegida princesa em uma convença de guerra e é oferecida em casamento para a aldeia Xavante. Este arranjo matrimonial foi criado para pôr fim a uma guerra sangrenta e insana entres os Tupinambás e Xavantes. Um conflito ardente que durava mais de 20 anos. Este confronto havia levado a morte mais de 50 mil índios de ambos os lados... E a guerra apesar de truculenta, ainda não havia elegido um vencedor. Yoal apaixonado pela jovem Natuya não se conforma com o destino de sua amada e resolver fugir com a sua amada. Mas depois de três luas, os dois são pegos no meio da mata pelo Xavantes. Yaol é preso e Natuia é destinada a um sacrifício Xavante, após descobrirem que ela já havia se deitado com Yaol e, portanto, impura para a aliança matrimonial ente as tribos... Natuya é entre a Grande Serpente Sucumbira, mas Yaol consegue escapa de seu cativeiro e vai ao encontro de Natuia no alto do rio Kaituna. Este seria o local onde a serpente devorava os seus sacrificados. Yaol porem antes de salvar Natuya é surpreendido pela Mãe D´água que o deseja sexualmente... E sabendo de seu poder o índio se entrega a criatura sobrenatural. Eles passam a noite juntos e este recebe da dona dos rios uma porção mágica para enfrentar a Grande Serpente. No entanto, Yaol é traído pela Mãe D´água e Natuya usa a porção contra a serpente, transformando-a em uma grande pedra de sal... Infelizmente Natuya compartilha do mesmo destina da serpente por ainda estar enrolada a calda de Sucumbira... Yaol é levado para o fundo do rio pela Mãe D´água e Natuya passa a viver em forma de pedra de sal juntamente com Sucumbira no fundo do rio Kaituna. No entanto, Natuya ainda inconformada passar a procurar por seu amor... Natuya se materializa na forma humana atraindo inúmeros jovens para o fundo do rio. A grande maioria homens entre 13 e 20 anos. E assim ela vai levando muitas pessoas inocentes para morte na esperança que alguns deles seja de fato o seu amado Yaol. Abrantes F. Roosevelt
  • 9. Natuya Amor e Misticismo 9 Capitulo I A Pedra do Rio.... Os luares de uma terça-feira, geralmente de uma lua cheia, mas comumente, as sete da noite, no rio Gurutil, no interior de Mirinzal, uma estranha e gigantesca pedra, tem o habito de submergir do fundo do rio. A pedra de aparência exógena fica boiando no meio do leito do rio por até seis horas de forma initerruptamente. Voltando a afundar depois que esse horário se extingue. Muitos visitantes acham sobrenatural que uma pedra daquele tamanho consiga flutuar sobre a lamina do rio durante todo esse tempo. Os moradores mais antigos, revelam que este ritual, esta manifestação impropria da natureza ou este rito sobrenatural, ocorra deste a década de 40, quando os primeiros Abrantes e Ferreiras vieram para habitar estas terras.... Isto tudo acontece de maneira muito habitual e sempre após a luz da lua que se erguer sobre o rio. Antigamente, todos os moradores tinham medo de banhar sobre as suas águas, principalmente durante este período sobrenatural que circundava o fenômeno. Há década vários registros de afogamentos foram identificados nesta região do rio. Entre as vítimas, pouco eram moradores do Gurutil, a maioria era de turistas, visitantes ou viajantes que desconheciam o fenômeno produzidos pelas suas aguas... Antes dos afogamentos, a pedra produz um redemoinho eloquente, uma enchente inusitada e em seguida um superaquecimento de suas águas.... As margens do rio ficam turbulentas e agitadas... E uma índia sempre aparece sozinha cantando no meio do riacho... E, portanto, deste que viram a bendita índia, estes banhos a noite são evitados pela população local. O fenômeno sempre ocorre em uma terça-feira, sobre um luar de lua cheia e todos eles sempre eram fatais para quem teimasse em banhar. O resultado era sempre o mesmo e pela manhã, quando o rio secava, devolvia as suas vítimas, os relatados sobre como estavam os corpos destas pessoas eram as mais intrigantes e impressionantes. Os moradores locais afirmavam que as vítimas pareciam estar sugadas, ocas ou vazias por dentro, como se estivessem sido comidas pelo lado de dentro de seus corpos. Havia ao final do ato macabro, apenas pele, cabelos e ossos. As imagens destes afogamentos eram sempre aterradoras, tenebrosos e grotescos para se presenciar.
  • 10. Natuya Amor e Misticismo 10 Capitulo II A Lenda da Pedra do Rio... O rio Kaituna para os indígenas sempre foi um lugar sagrado.... Os deuses dos indígenas já faziam morada sobre o seu leito.... E antes mesmo que o sol pudesse tocar as suas margens... O deus Kimauara em passagem pela terra, banhou ali para lavar-se depois de que travado uma dura batalha contra Yamutara no grande céu cinza de Yachara... Uma lenda ainda mais intrigante relata que o próprio sangue divino deste deus iniquo foi misturo àquelas águas... E muitos indígenas acreditam que as propriedades mágicas, sobrenaturais e curandeiras destas águas tem a ver com esta passagem de Kimauara neste rio... A enorme pedra gingante de aparência avermelhada que submergir e paira solitária flutuando na lamina do leito do rio Kaituna, está relacionada em parte a este poder divino deixado por Kimauara através de seu fluido sanguíneo... É possível ver a pedra submergir durante o período matinal, afundando e imergindo a cada duas horas ao longo do dia.... Mas é a noite que ela apresenta a maioria de seus fenômenos sobre naturais mais incríveis e inacreditáveis... A noite a pedra boia e rodopia em seu próprio eixo, afunda e emerge com violência até o alto da lamina d´água, subindo cerca de meio metro a dois metros de distância em relação ao pleito horizontal do rio, atividades que fazem com que o rio tenha grandes ondulações, promovendo arrebentações incomuns e agitadas que vão do leito até as margens.... Também é possível ver enormes variações de enchentes e grandes vazões de água doce em todo o perímetro do rio... E próximo da meia noite é possível perceber o superaquecimento de suas águas.... Alguns peixes após este fenômeno sempre aparecem mortos... Mas a maioria dos animais e parte da vegetação estão resistente ou adaptados ao fenômeno... O brilho intermitente e translucido desta pedra é outro fato que demanda curiosidade... A luz da lua.... Principalmente o brilho da lua cheia, causa verdadeiros fenômenos óticos.... Um ato que atrair banhista e em todo caso, também tragédias.... Muitos acabam afogados por tentar ver a pedra em seu estado emergido.... Pois a pedra ainda que imersa, continua imanado luz e vibrações... Alguns relatos identificaram que várias pessoas foram literalmente esmagadas pelo peso da rocha, ou ficaram presas entre o chão do rio e a rocha, logo após mergulharem para ver os fenômenos que a pedra produzia no fundo do rio...
  • 11. Natuya Amor e Misticismo 11 Capitulo III A Índia Prometida... Uma lenda antiga contada pelos moradores de Aliança, Caminho de Deserto, Centro de Guilherme e Santa Joana afirmava que a origem da pedra tinha a ver com um conto indígena Tupinambá e Xavante muito antigo... A Pedra seria a representação de uma linda índia que foi aprisionado por um feitiço. Trata-se da vida de uma índia tupinambá chamada Natuya Urana que se apaixonou perdidamente pelo índio da aldeia Guajajará conhecido apenas pelo nome de Yaol. Reza a lenda que a pequena índia com apenas 13 anos de idade foi elegida pelos tupinambás como princesa em tempos de guerra, isto precisava ser feito para cumprir um ritual tribal. A jovem índia seria oferecida em casamento para pôr fim ao conflito. Esta eleição tupinambá tinha com proposito o pronunciamento do fim de uma guerra tribal que já se estendia por mais de 20 anos. Uma subversão entre Tupinambás e Xavantes que deixara mais de 50 mil mortos. A princesa seria prometida em casamento a um jovem índio Xavante. O filho do pajé daquela aldeia.
  • 12. Natuya Amor e Misticismo 12 Capitulo IV A Paixão Indígena... Entretanto, apesar dos planos da aldeia tupinambá e dos ensejos dos Xavantes para pôr fim à guerra sangrenta.... Tudo deveria ocorrer como o acordado. Mas o destino não estava de acordo. Em um primeiro momento, tudo estava alinhado as regras das duas tribos, mas as paixões não seguem nenhuma regra... O coração da jovem Natuya já estava ligada ao coração de Yaol. Ambos estavam apaixonados. E os dois já possuíam um pequeno romance a mais de 100 luas. O jovem Guajajará de também 13 anos de idade, não se conformava com a perda de seu amor em troca de um acordo estupido entre as tribos guerreiras... Os tupinambá e os Xavantes deveriam encontra uma outra saída para o conflito... Pois Yaol estava convencido que não perderia a sua Natuya.
  • 13. Natuya Amor e Misticismo 13 Capitulo V A Fuga... Os dois resolvem fugir da aldeia... Yaol estava determinado em viver aquele amor com Natuya... Mas infelizmente, eles são pegos depois de três luas pelos Xavantes no meio da floresta em plena fuga.... Natuya é separada de Yaol.... E é levada até a aldeia Xavante.... Um comunicado formal é pronunciado até os tupinambás... A princesa Tupi estava sobre a posse dos Xavantes.... Mas algo muito sério havia ocorrido.... É confirmado que a jovem índia Tupinambá havia se deitado com o Guajajará.... E, portanto, ela havia se tornado impura para o selo acordado entre as tribos.... O pacto havia sido quebrado... Natuya não era mais pura e não servia mais para o casamento tribal como forma de aliança entre as tribos. Uma reunião entre os anciões foi sugerida.... Resolveu- se então converter o casamento em um sacrifício religioso. E os Xavantes tinham prioridade para o sacrifício... A índia seria oferecida “A Grande Serpente”, aquela que possuía e envolvia o enorme rio.... O rio Kaituna.... A grande Sucumbira era um deus antigo dos Xavantes. E era a ela que a jovem seria oferecida como pagamento e sacrilégio para o fim da guerra... A jovem foi levada para o alto da montanha, onde nasce o rio Kaituna.... Os indígenas acreditavam que a grande serpente era a única culpada pela guerra.... Então seria ela também a finalizar o conflito entre as tribos.... O rio Kaituna também seria a morada da grande serpente... E seria naquele local que se iniciaria os rituais... Natuya seria devorada pela grande “Deusa Sucumbirá”. Os trabalhos ritualísticos chegavam a seu fim... os cânticos foram cantados, os banhos foram preparados e as oferendas estão dispostas... Natuya enfim foi devidamente preparada, amordaçada, perfumada e deixada para a grande serpente.... O rito estava completo... Natuya esperava pela serpente...
  • 14. Natuya Amor e Misticismo 14 Capitulo VI O Jovem Guerreiro Yaol O jovem guerreiro Yaol consegue escapar do cativeiro... E sabendo o que aconteceria com Natuya, apressa os passos para salva a sua amada. A noite estava por cair... a lua estava preste a sair no horizonte... E Yaol ainda estava no meio do caminho quando encontra as duas tribos voltado do cerimonial de sacrifício no meio do caminho... Um jovem índio Xavante percebe a presença de Yaol no alto da arvore e tentar alerta os demais homens de sua tribo... Yaol é forcado a mata-lo, levando-o para cima da arvore... O jovem que Yaol matou tinha aproximadamente a mesma idade que ele... isto seria algo inadmissível... Um crime ainda mais grave... E matar alguém tão jovem, seria a sua sentença de morte.... Yaol sabe que seria morto desta vez.... A prisão somente, não seria uma opção... Yaol teria certamente a sua morte decretada.... Yaol precisava salva Natuya e fugir para bem longe das três aldeias.... Pois os Xavantes, os Tupinambás e os próprios Guajajarás não os perdoaria. A noite enfim caíra... E a mata fechada começava a apresentar os seus perigos.... Os animais com hábitos noturnos sairiam para a sua caça diária.... E Yaol seria um alvo fácil para estes animais....
  • 15. Natuya Amor e Misticismo 15 Capitulo VII A Mãe D’água... Yaol estava próximo a caverna da grande serpente... Mas antes mesmo de entra na gruta.... Algo o esperava entre a cachoeira, as pedras e a gruta... Yaol achou que fosse uma pantera, um tigre ou um outro felino desconhecido para ele... Mas ele estava enganado... O animal tinha feições humanas... A sua frente estava algo que ele sempre ouviu falar... Mas nunca tinha visto antes em sua vida... Tratava-se de uma das mais linda e belas mulheres do mundo... Muito bonita, confina, porém, também muito perigosa... Era ela mesma... Yaol não tinha dúvidas... A dona dos rios, a dona das águas, a dona dos lagos e também das cachoeiras... Ela estava lindíssima sobre aquele luar... Os seus olhos vermelhos, os seus cabelos pretos, as unhas cor de fogo, sua boca gelada expelindo frio... A sua pele cor de neblina, e o seu corpo escamoso como a um peixe... E ao mesmo tempo que tudo aquilo lhe tornará atraente, também a tornava repulsiva e indigesta... A criatura pediu para que eu me aproximasse.... Ela disse que sabia do meu proposito naquele lugar.... Sabia o que eu viera fazer na casa de Sucumbirá.... Ela porem, advertiu que não permitiria tal ensejo.... Sacrifícios não devem ser impedidos.... Mas quanto vale o seu amor por Natuya.... Inferiu o peixe com língua de serpente.... Eu por outro lado não media preço.... A criatura então me sugeriu um pacto.... A criatura me pediu uma noite de amor sobre as águas do rio... Em troca... Eu iria viver a vida inteira com Natuya... A criatura também me ofereceu uma porção mágica para lutar contra a serpente... A fração magica petrificaria a grande serpente.... A Grande Sucumbira viraria uma enorme pedra de sal... Este era o acordo... Eu não tive dúvidas do meu amor por Natuya... E acabei aceitando o pacto... A megera pediu que o pagamento fosse feito naquele exato momento.... Tudo deveria ser feito ao luar, sobre as pedras e sobre a cachoeira. A única exigência do monstro era que eu deveria fazer amor com ela exatamente como fiz com Natuya... A danada da maldita havia me espiado fazendo amor com Natuya... A inveja é algo mesmo grotesco... Mas enfim... não tive escolha e acabei dormido com aquela monstruosidade...
  • 16. Natuya Amor e Misticismo 16 Capitulo VIII O Abraço da Morte da Serpente.... E pela manhã voltei a minha vontade inicial... A noite com a mãe d’água não foi uma das melhores noites de amor que já tive.... Aliais não tive muitas... tenho apenas 13 anos... E a única mulher que me tocou foi a minha amada Natuya... Quando avistei a grande serpente... Ela se preparava para engolir a minha amada Natuya.... A boca da maldita havia se dilatado de tal maneira que dava para ver todo o mostro por dentro... Sucumbira estava toda enrola sobre o corpo da minha Natuya... O monstro se preparava para dar o abraço da morte antes de engoli-la... Ela planejava quebra todos os ossos da minha Natuya para depois come-la... E foi então que gritei bem bravo para o monstro... - Largue ela seu mostro.... Natuya sorriu feliz ao me ver... Mas o mostro não.... Ela se desenrolou rapidamente e tentou me abocanhar... Mas a minha agilidade desconcertava a grandeza da serpente... - Por favor Yaol me salve.... Gritava Natuya em desespero ao ver que a serpente demônio voltou-se a enrola ao seu corpo... A criatura se enroscava várias e várias vezes a Natuya... Mas supreendentemente... O mostro não queria machuca-la ou mesmo devora-la... A serpente parecia admira-la... Ou mesmo deseja-la... Assim como um índio deseja uma índia... A minha amada Natuya estava perigo... E talvez esta fascinação da serpente pela a minha amada pudesse enfim salva-la... A vontade e o desejo da serpente principiava a amor... A maldita havia se apaixonado de verdade por Natuya... A serpente demônio não conseguia para de enamorar os pequeninos olhos de amêndoas da índia Natuya.... Os seus cumprindo, meigos e lindíssimos olhos eram como flores para o monstro... A índia a encantará... Natuya havia enfeitiçado a grande serpente...
  • 17. Natuya Amor e Misticismo 17 Capitulo IX A Traição de Mãe D´água Yaol tiraria proveito da paixão da serpente... O índio então mergulhou no pequeno lago e nadou até está próximo o suficiente da víbora... E aproveitando-se do deslumbre de Sucumbira.... Yaol pegou a porção mágica que a mãe d´água havia lhe dado com o pacto... Tirou a porção mágica de dentro da trouxa.... E preparou- se para joga-lo na cabeça da serpente... Mas Yaol foi traído.... A mãe d´água transformou-se em serpente e mordeu Yaol em sua perna direita paralisando-o completamente... A serpente Sucumbira foi avisada e voltando-se para Yaol... Ela agora o devoraria.... Natuya presenciaria o seu amado ser morto a sua frente... Natuya então não vendo saída, fez o que deveria ser feito... Quando o monstro aproximou-se para devora Yaol... Natuya pegou a porção das mãos de Yaol e jogou sobre a cabeça da serpente.... A serpente começou a virá sal... Mais precisamente uma enorme bola de sal... Petrificando-se.... Infelizmente como Natuya estava presa a Sucumbira... Ela e a serpente, ambas viraram uma enorme pedra de sal... Um estrondo na estrutura da gruta, abriu um redemoinho magico abaixo de sucumbira.... Forçando a mesma para a parte de baixo da gruta.... As águas da cachoeira a empurrava para fora do ambiente... induzindo-a para a cabeceira da caverna vermelha... A força magica imposta sobre aquele encantamento a pronunciava para um caminhar descontínuo, seguindo o curso d´água para abaixo da montanha... Sucumbira e Natuya agora em forma de pedra, começaram a se desloca para parte de baixo do relevo da montanha.... Encaminhando-se para a foz do rio, descendo pelo rio Kaituna até desembocar no lago Taycarama... Este será o local de repouso de Sucumbira e Natuya.... Dizia a dona do rio... Esta é a região onde a pedra ficará boiando pela eternidade... E neste dia a pedra ficou submergida por seis horas até afundar no meio do lago.... Apenas a noite e o luar, uma lua cheia, viram o que aconteceu a Natuya... E enquanto a Yoal.... Este foi levado para o fundo do rio pela mãe d´água.... O índio foi enamorado e reclamado pela dona das águas... E este provavelmente deve ficar preso próximo ao rio que circunda a cachoeira Ayunda, fazendo companhia a sereia do rio até que esta resolva um dia o liberta-lo...
  • 18. Natuya Amor e Misticismo 18 Capitulo X Um Amor na Esperança.... Natuya voltaria ao fundo rio naquela noite... E com o afastamento cada vez mais perpendicular das aldeias em direção ao continente e mais afastados do litoral... A Índia percebia que tão logo não teria mais pessoas próximas ao rio para atrair... E como estava cada vez mais solitária sobre o rio.... Imaginou o seu Yaol... Mas distante do que nunca... Mas a sua esperança ficaria sobre as águas... O seu amor não ficaria submerso... A sua volúpia permaneceria no orvalho... E as suas lagrimas adormeceria sobre cada linha de água... E talvez um dia... Uma tarde... Ou uma noite... E enfim... Talvez em uma destas luas cheias... Yaol pudesse esta....
  • 19. Natuya Amor e Misticismo 19 Capítulo XI A Busca de Natuya... Natuya passa a viver solitária sobre um dos braços do rio Kaituna. Muitos jovens indígenas das três aldeias: Tupinambá, Xavantes e Guajajaras passam a ver a linda índia Natuya divagando sobre o horizonte do rio... A jovem sempre aparece da mesma forma.... Chorando e lavando os cabelos.... Ela também é vista entoando um canto triste e fino.... Algo tão lindo que exprimir a dor.... Os seus cabelos comprimidos, os seus olhos meigos e a sua pele parda e brilhante, também contrasta com o brilho do luar... Muitos indígenas relatam que as suas lagrimas tangem de vermelho o velho Kaituna... As noites de Lua cheia nunca mais foram as mesmas naquela região do rio.... Todos começavam a ver a jovem índia solitária que banhava a esmo e triste sobre as águas do Kaituna... Muitos indígenas também viam a índia em sua forma de pedra de sal... e todos que moravam na região também falavam da presença da Grande Serpente... O monstro reptiliano sempre era visto enrolado sobre o corpo da índia.... A índia é a serpente também sempre eram vistos aos beijos e as trocas de caricias... Algo que se tornou corriqueiro e habitual durante as aparições e encantamentos produzidos por ambas... E juntamente com Sucumbira, também podia se ver na outra margem do rio a dona das águas... A mãe d´água que os velava de longe... Cuidando para que os dois não ficassem mais do que as seis horas que lhes era permitido... Tudo tinha que ser feito sobre a luz do luar. Geralmente a meia noite os dois deveriam sucumbir ao fundo do rio Kaituna. Isto era parte do contrato ou do feitiço... A sereia do rio não tolerava atrasos ou qualquer outra desobediência... No entanto, Natuya ainda encontrava-se inconformada com a perda de seu grande amor.... A índia passava a maior parte de seu tempo ao luar procurando por Yaol sobre as margens do rio... Natuya ainda nutria esperanças de ter o seu grande amor de volta a seus braços... Natuya sonhava todos os dias com os beijos de Yaol... Ele estaria perdido a sua procura.... Assim pensava Natuya... A pequena índia não imaginava que a dona do rio havia escravizado o seu grande amor. Yaol estava preso no fundo do rio... Mas encantado por Mãe D´água... Não podia ser visto por Natuya... A linda e bela Natuya passou a se materializar em sua forma humana para atrair inúmeros jovens que passeavam próximo ao leito do rio.... Infelizmente, quando Natuya “despertava-se de seu delírio romântico” e se dava conta de que os homens que beijava e seduzia não era o seu Yaol.... Ela se irava e injuriava-se
  • 20. Natuya Amor e Misticismo 20 com a desilusão.... Um fato que sempre acabava em afogamentos premeditados de seus pretendentes.... Levando todos eles para o fundo do rio. A grande maioria dos homens atraídos por Natuya tinham entre 13 e 20 anos de idade. Muitos jovens morriam sem saber o motivo de tanta raiva e rancor da pequena índia.... Alguns jovens iludidos pelo seu canto e sabendo que podiam ser mortos por ela.... Acabavam se convencendo de que podiam ser um substituto do amor de Yaol... Mas todos tinham o mesmo fim... E todos morriam afogados... Os anos passaram rapidamente... E as tribos acabavam se mudando para uma outra região da floresta... E cada século mudavam-se para regiões ainda mais afastadas do rio Kaituna... Natuya e Yaol ficaram esquecidos pelos indígenas por seis séculos inteiros... Mas os fenômenos sobrenaturais no rio kaituna voltou a ocorrer quando novos moradores começaram a habitar a região próxima ao lago Taycarama... Um pequeno braço do rio Kaituna... O ano era 1945... A modernidade do século XXI fez reaparecer novas ocupações humanas próximas ao rio, as grandes migrações, as vilas, os cortiços e outras tarefas humanas tornaram a chamar a atenção daqueles que habitavam o Kaituna... E novamente muitos homens voltaram a sumir na beira do rio... Agora aquela região tinha uma outra nomenclatura... Também havia novos moradores e uma nova oportunidade para encontra Yaol... Pensou Natuya.... A indígena ainda pensava em seu amado... E nada a faria desistir seu amor eterno por Yaol... Os novos populares haviam rebatizado o rio Kaituna... Eles agora chamavam o velho rio de Gurutil... Aquele povo descendia da região de Abrantes em Portugal.... Um local próximo de Viseu... Vizinha de Lisboa.... Mas também havia muitos mestiços, descendentes de negros, brancos e até alguns grupos indígenas... Aquele era um povo sossegado e pacifico.... Mas não demoraria muito para que a índia Natuya voltasse a agitar um pouco mais aquelas águas rasas de Kaituna... Natuya estava de volta ao rio... E junto com ela estavam também Sucumbira e a dona do rio... A Mãe D´água... A senhora imperial dos rios e riachos.... E assim ela continuaria levando muitas pessoas inocentes para morte na esperança que alguns deles, seja por acaso ou por expectativa, tenha as mesmas feições de seu amado, os mesmos traços de seu eterno Yaol. Fim
  • 21. Natuya Amor e Misticismo 21 Agradecimentos A todos os meus amigos e colegas que leram este livro Antes mesmo de sua impressão Que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas Que deram muitas sugestões importantes E que às vezes até compactuaram comigo Em recitações ao ar livre E dito isto Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho Um salve a todos vocês...
  • 22. Natuya Amor e Misticismo 22 Memorial Em memória de um amor Que ficou no passado... Ao amor de minha vida Ao amor de meu viver... Ainda que este amor Não esteja por mim.... Em público Em púlpito... Como devia o ser Como deveria ter... Tanto a mim Quanto a ela... Esteja aqui está declaração Em memória de seu nome Em estrato de dignifico título... Oh! Minha amada bendita Oh! Minha bendita amada... Está escrito em sangue Está escrito em chamas... Mesmo que ainda esteja No anonimato completo Meu amor por você anA Ainda continuará no espaço... Percorrendo o infinito Como o brilho de bilhões De estrelas mortas nos céus Que insistem em te focalizar... Ainda que inerte na alma Ainda que inerte na calma Isto sim meu amor É apenas amar-te....
  • 23. Natuya Amor e Misticismo 23 Notas do Autor Este livro revela todas as ansiedades de liberação de pensamento, ilustra todas as dramaticidades da exposição dos sentimentos proibidos a raízes ideológicas inóspitas, refrata todas as inteligíveis percepções de um mundo completamente formulado e arquitetado pelos apaixonados.... Exercer na declaração dos sentimentos inócuos, o amor, o desejo, a ternura, a saudade, a dedicação, a paixão e o tempo a efêmeros resultados da resignação refrataria de quem se ama, incidindo no desejo febril, o amor ao colo coibido do próprio inimigo... Um permanecer do tempo, entregue aos julgamentos dos amantes, um vincular do cerne as críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno do amar, um vagar inacabável da escuridão, um sitiar deixado aos escritos não correspondidos, um ferver do amor, um sofre do amar, uma desilusão no tecer do tempo... Um amor colocado a guilhotina dos medos, um puxar incerto da alça que libera a laminar do frio carrasco, um íntimo sentir tênue da ríspida morte.... Um milésimo mínimo da paixão profana aterrada no sofrer... Um final pernicioso a todos os poetas, uma ponderação inóspita ao ternário das letras, um partir solitário na data de suas publicações, um livro incendiado pelas forças do sobrenatural, um texto solto ao acaso do amados... Entre os poetas, restam o lúgubre trabalho do sentir, a frágil volúpia do fingir, a réstia da eternidade efêmera, o fardo do etéreo, a casta de um patrimônio cultural sucumbido, a matéria da humanidade mórbida e a insanidade absurda do vazio. Um especulo dos loucos, um hospício da maturidade, um assombro das angustias, um atributo do amor frágil, um vício da paixão inerte. Um pertencimento da comunhão seletiva dos leitores, um expor-se imediato a ilusão, um querer complicado do universo... Um atendimento irracional de todas as expectativas de quem nos devora a alma, pagina por pagina, um remetente da preparação da trincheira, uma vivacidade de guerra oblíqua, um tumulto revirado pelas bombas, onde as armas e o tedio são colunas que pouco importam ao imprevisto da musa, algo que não nos incomoda a carne, travá-la em campo aberto e ao frio. Exposto as estas letras, desejo aos meus devoradores que este livro e um bom vinho, sejam em uma madrugada chuvosa, belos companheiros, sugiro aos meus leitores que os tome como hospede inato em suas vidas, regozije-o em tamanha amplitude e gozo, na intenção de degustá-los e recita-los como prova de minha companhia, tendo também os velhos amigos, reunidos sobre roda de uma boa conversa em recitação de meus versos. Permanecendo o vinho, o livro e as belas jovens ao lado de suas ébrias confraternizações eternas. Abrantes F. Roosevelt