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Abrantes F. Roosevelt
Kedma
¥Ψ≠≥↕
Amdek
Uma Forma de Falar de Amor
Abrantes F. Roosevelt
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
2021
Uma outra Versão do meu Amar em Poesia e Prosa
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
“O sol brilhava diferente aquela manhã, e o céu parecia mais bonito do
que antes, há dias não viam o sol devido a mata fechada, mas agora seria só a
grande estrela a nos guiar e nada mais...”
Ubirani Yaraima
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Este livro é dedicado em memória a todos os apaixonados que não puderam
ter o seu amor ao seu lado.... Aos enamorados que amaram em silencio e em
sofrimento o coração de suas amadas.... Ao meu amar, a minha paixão, a
minha ilusão, o meu fraterno jubilo, a minha volúpia e a minha emoção em
dedicação lasciva...
Rusgat Niccus
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Dedicatória
Dedico todas as linhas
Deste meu livro tenaz
Escrita com as mãos
Dos meus sentimentos...
Ao amor tremulo de corações insólitos
Ainda não completamente resvalados...
Tremulo como a quem
Se entrega inteiramente
O seu imenso desejo....
Ao amor ensejado
De todos os amantes
Ainda adolescentes...
Vejo com o mesmo vibrar
Com que gotejas ferozmente
O teu amor químico e matemático...
De todos os dependentes químicos
Sobre seu adora de penitencia algébrica...
Do amor louco com que os amantes
Devoram o coração de suas amadas...
E com a repetição biltre com que denoto
O amor de uma mulher quase imaculada....
Que aos poucos tornara-me
Meio seco na efemeridade
Mas muito vil se seu amor
Opaco sem os lábios róseos
Perdido no tempo dos amados...
Rusgat Niccus
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Livro: ¥Ψ≠≥↕
Tradução: Amdek
Gênero: Poesia
Ano: 2021
Autor: Roosevelt F. Abrantes
Titularidade: Roosevelt F. Abrantes
Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente
Coletânea: Paixões
Ano de Finalização Escritural da Obra: 2021
Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Junho de 2021
Contatos:
End.: Rua das Palmeiras, n° 09
Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luís - Maranhão
Cep.: 65080140 – São Luís – Ma
País.: Brasil / Região.: Nordeste
Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918
WhatsApp.: (98) 9 8545-4918
E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com
Redes Sociais:
Facebook.: https://www.facebook.com/rooseveltfabrantes
Twitter.: https://twitter.com/rooseveltabrant
Linkendin.: https://www.linkedin.com/in/roosevelt-f-abrantes-0b1b2426/
Instagran.: https://www.instagram.com/abrantesroosevelt/
Hotmail.: rooseveltabrantes@outlook.com
Blogger: http://movimentolascivinista.blogspot.com/
Site.: http://movimentolascivinista.com
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Autobiografia
Nome: Roosevelt F. Abrantes
Data de Nascimento: 26/02/1981
Cidade Natal: São Luís
Estado Natal: Maranhão
País: Brasil
Nome do Pai: João Costa Abrantes
Nome da Mãe: Justa Maria de Nazaré Ferreira Abrantes
Cônjuge: Ainda há Procura de um Grande Amor Verdadeiro
Ocupação: Cientista Financeiro, Escritor, Poeta, Contista, Cronista, Fotografo,
Grafista, Iluminarista e Influenciador Digital
Profissão: Analista Financeiro
Bairro onde Morou na Infância: Vila Embratel
Locais onde Trabalhou: Staff Investimentos do Brasil
Formação Acadêmica: Pós-graduação Completa
Lugares onde Morou: Maranhão, Piauí, Recife, Rio Grande do Norte e São
Paulo
Ideologia Politica: Extrema Esquerda
Gosto Musical: MPB, MPM e Rock
Gosto Gastronômico: Tambaqui, Baião de dois, feijão, Arroz, Farinha e Molho
de Pimenta
Religião: Agnóstica
Altura: 1,75 Mts
Etnia / Raça: Negra
Cor da Pele: Preta
Cor dos Olhos: Pretos e Pequenos
Cor dos Cabelos: Pretos, Enrolados e Curto
Postura Física: Reta e Firme
Tipo Físico: Magro, Dedos Pequenos, Pés Pequenos e Pernas Compridas
Tipo Físico Facial: Nariz Afilado, Cabeça Mediana e Queixo Redondo
Trajes Habituais: Camisas Apolo Brancas, Causas Jeans Escura e Tênis
branco
Idade Atual: 39 anos
Orientação Sexual: Heterossexual
Heterônimo: Não possuir
Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes
Roosevelt F. Abrantes
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Este Livro também dedicado em memória do Amor que não pode ser vivido
com a intensidade que merceia...
Rusgat Niccus
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Prefacio
As impressões poéticas de Amdek são uma fulgente denotação impérvia
do amor que deve ser refletida em todos os amantes e amados. Uma veleidade
profana, envolvido a uma essência divina, vinculado a breve hierarquia de
nossa vida efêmera.
Os textos desta obra literária, buscam a guarda de emoções intimas dos
amores vivenciados em segredo, funcionando como as capsulas do tempo,
guardam o amor de suas amadas, inferindo segredos, sobre um cofre de sua
própria carne, forjado em seu íntimo coração flagelado, um amor que somente
pode ser entregue e ensejado, nunca devendo ser forçado ou inerte.
Um atributo que deve ser arquivado deliberadamente em seus sonhos,
sobre papel timbrado, todos os detalhes sórdidos, profanos e íntimos dos seus
desejos mais eloquentes e macabros. Um vislumbro guardado e alocado como
códigos, fechado em segredo, envelopado em selo em seu reservado desejo
cerne.
Neste livro estão guardados as paixões secretas e romances proibidos
vivenciados pelo autor da obra. Amores vulgares, amores sórdidos, amores
proibidos, amores perigosos e até amores profanos que talvez fossem
rechaçados por homens e mulheres mais conservadores de nosso tempo.
Textos românticos que devem ser guardados a sete chaves, paixões que
devem ser lidos como códigos, frases que devem ser ilustradas ao pé do
ouvido, reunidos em forma de poema e endereçados as suas consortes. Um
amor velado ao vento, refratado aos enamorados e distribuídas as belas
amazonas do meu frágil olimpo.
Abrantes F. Roosevelt
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Este livro também é dedicado ao amor de vida, ao amor de minha eternidade,
ao amor que me foi roubado, ao amor que foi perdido, ao amor que nunca foi
esquecido.... Todas estas linhas de amor são uma dedicatória de minha
existência, uma dedicatória da imortalidade do amor... Poesias em invernos,
versos em verão, pontificados de lagrimas, escritas em sangue a minha querida
e sempre amada Kedma Rodrigues....
Abrantes F. Roosevelt
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
“Minha Perdição”
Quem tem amor
Que ame bastante...
Quem tem uma paixão
Que se apaixone bastante...
Quem tem uma ilusão
Que se iluda bastante...
Amor não é de perdição
Amor não é predileção...
Um amor perdido
É uma vida ceifada...
Um amor perdido
É uma vida promiscua...
Em meio a minha perdição
Está o meu encontro etéreo...
Em meio a minha perdição
Está o seu imenso sorriso ébrio...
Não espere que o amor aconteça
Não espere que o amor floresça
Não espere que o amor se perca
Não espere que o amor embelecesse...
A beleza do amor não está nas concretudes
A beleza do amor não está nas certezas
A beleza do amor não está no perfeito...
Não confie que o amor incida
Não confie que o amor progrida
Não confie que o amor se invada
Não confie que o amor aformoseasse...
O encanto do amor está no desconcerto
O encanto do amor está nas incertezas
O encanto do amor está no imperfeito...
Quem tem o seu amor
Faça-o valer bastante...
Quem tem a sua paixão
Faça-o valer bastante...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Quem tem a sua ilusão
Faça-o valer bastante...
Não há tempo para adiar
Não há tempo para odiar
Não há tempo para somar...
Amo a minha perdição
Amo a minha consternação
Amo o meu amor que veio no verão...
Uma rosa negra
Uma rosa cinza
Uma rosa marrom...
Amo a minha tentação
Amo a minha ansiedade
Amo o meu amor de verão...
“O Que Diz o Amor”
Dizem que o amor do amado
Nasceu para nos fazer sofre...
Dizem que o amor do amado
Existe para nos maltratar...
Mas o amor é sincero
Mas o amor é mistério
Mas o amor é incrédulo...
Ele é tudo
Ele é nada
Ele é duro...
Às vezes é doce
Às vezes é amargo
Mas sempre lucido...
Dizem que o amor
Nos traz sofrimento
Dizem que o amor
Nos traz as dores...
Mas eu sei que é o contrario
Mas eu sei que é o oposto...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
É a sua falta que nos promove a morte
É a sua ausência que nos faz sofrer
É a sua deficiência que nos deprimi...
O amor não nos traz o sofrimento
O amor não nos traz a consternação....
Ele é um raio de luz no universo escuro
Ele é um pássaro no meio da fina chuva
Um crepúsculo florido no meio da tormenta....
“Pálida Morena”
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
O meu amor está sobre o mármore
O meu desejo está sobre a campina
E a minha paixão está em enfermidade...
Em quais lugares estão o meu coração
Em quais lugares estão a minha alma
E por quais lugares está a felicidade...
Alguém nos observa em seu castelo
Alguém nos traslada com a espada
Quem nos quer de véu e grinalda ...
A minha enfermidade doente
A minha euforia de repentista
Refrata a infelicidade indolente...
Quem está de coroa
Quem está no trono
Quem delega o anel...
Oh! Tremula viúva
O que há em minha lapide...
Oh! Tácita Nefilim
O que há em seu coração...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Não me recusas o opio
Não me recusa a doma
Não me traia em Kosovo...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
A sua falta me traz sofrimento
A sua perda me causou dores
E a sua consternação asfixia-me...
Esvaiu-se a vida
Esvaneceu a alma
Empalideceu a fronte...
Hoje sou um cadáver
Hoje sou moribundo
Por que não a tenho...
Hoje sou um sopro frágil
Hoje sou um copo vazio
Uma vil lapide esquecida
Uma assombração solitária...
Não tenho pressa
Não tenho a vil reza
Sou um cão perdido
Um gato sem coleira...
Estou abrandado no deserto
Estou perdido no teu pélago
Fragilizado em seu temor....
Eu não tenho o teu amor
Eu não tenho o teu calor
Eu não tenho o seu amar...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Sinto-me tão sozinho
Sinto-me tão doente
Sinto-me tão maltratado...
A vida foi-me um carrasco
A vida foi-me um assassino
A vida me tirou de teus braços
A vida me praticou carnificina ...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
Mas se nada disso for possível
Mas se nada volver o nosso amor
Espere pela minha volúpia etérea...
Mas se for possível
Mas se for correto...
Não deixe que a deusa Afrodite
Me leve para o seu leito escampado...
Não deixe que a deusa Mitra
Me entorne pelo fel do éter...
E se a deusa Íris
Insistir no olímpio...
E se a deusa Nefertiti
Persistir no balsamo...
Não sorria de meu coração
Não desdenhe do meu amor...
Por ventura
Se isto acontecer
Antes mesmo do meu desejo....
Por ventura
Se isto acontecer
Antes de que a tenham nos braços...
Não sorria de meu amor
Não sorria de meu coração...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Escreva em minha lapide fria
Escreva em meu corpo quente
Infira o texto de meu amor mórbido...
Diga isto em minha lapide
Amou uma única vez na vida
Amou uma única paixão em vida
Amou um único coração em devoção....
Escreva que amou sem esquece-la
Escreve que amou sem intimidar-se
Escreva que amou sem perde-la...
Escreva que amou com o seu coração
Escreva que amou sem nunca a olvidou
Escreva que amou sem jamais duvidar...
Oh! Pálida morena
Se sabes que eu te amo
Procura pelo o meu coração...
Oh! Pálida perola negra
Se sabes que eu te amo
Recolhe os meus pedaços...
No meu fim
Lembra-te do nosso começo...
No meu fim
Lembra-te de meu amor....
No meu amor
Lembra-te de nosso desejo
No meu amor
Lembra-te que não tem fim...
“Adama Amdek”
Não era para ser assim amor
Você deveria ser só minha...
Não era para ser assim amor
Eu não devia ter te perdido...
Não era para ser assim amor
Você sempre me quis perto...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Não era para ser assim amor
Outras pessoas nos roubaram
Tomaram o nosso único lugar
A poltrona do rei do paraíso...
Não era para ser assim amor
Renato Russo nos romantizou
Tinha que ser nosso padrinho....
Não era para ser assim amor
Seu beijo nunca devia me trai
Jamais teria que ser um ultimo
Um selo de beijo seco entre nos...
Não era para ser assim amor
Como romeu amou a julieta
Cansei em tomar venenos
E mesmo inertes os corpos
O meu amor jamais morreria....
Não era para ser assim amor
Como Paris amou a Helena
Eu a roubaria de um glutão
Mesmo que viessem guerras...
Não era para ser assim amor
Como Dante amou a Beatriz
Caminhando do céu ao inferno
Continuaria sem fraquejar no amor...
Não era para ser assim amor
Nossa vida escrita num papel
Eterna na boca de um romântico
Apenas em um poema estético
Um fluido naturalista e nada mais...
“Mivlek Seugirdor”
Quando der a vontade de viver
Eu viverei em muita intensidade...
Quando der a vontade de sonha
Eu roncarei ébrio de tanto imaginar...
Quando der a vontade de dormir
Eu apenas dormirei sentindo você...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
No entanto, vir que muitos de vocês
Adorariam ver o mundo como o vejo...
Eu sei que gostar de reggae music
É um clichê um tanto meio chato...
Eu sei que gostar de música eletrônica
Parece coisa de um garoto branco
Semelha coisas de um play boy...
Eu sei que gostar de comer besteiras
Um dia certamente me fara muito mal...
Mas qual o problema nisto
Afinal a vida foi feita para isto...
Para se ter muitos riscos
Para ser muito bem vivida...
Eu sempre fui assim mesmo
Destemido e bastante vivaz....
Quando meus amigos
Queriam falar algo
Eu falei por eles...
Quando os meus belos pais
Queriam mandar em mim
Eu mandei por eles...
Quando minha doce irmã
Queria namorar alguém
Eu a entreguei em segredo....
Por isso quando der vontade de amar
Amem absurdamente qualquer pessoa...
Por isso quando der vontade de beijar
Beijem absurdamente qualquer pessoa...
Por isso quando der vontade de viver
Viva absurdamente em você mesmo...
Quando der vontade de pular de paraquedas
Pule sem medo, pule de verdade, se entregue...
Quando der vontade de dançar enlouquecidamente
Dance sem medo, dance de verdade, se entregue...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Quando der vontade de chorar doloridamente a dor
Chore sem medo, chore de verdade, se entregue...
No entanto, nunca se esqueçam de viver a vida
E que a vida é uma grande e suntuosa corrida
Tudo na vida é como uma grossa cortina fina...
E que ninguém sabe quando exatamente
Será a hora que se deve enfim fecha-la...
Portanto amigos não se preocupem mais comigo
Pois da vida, vivi tudo que ela não pôde me dar....
Eu sonhei, um sonho ébrio coletivo
Eu viajei, uma viajem agremiada
Um tubo em onda fragmentada
Que solenemente compartilhei...
“aisélaF”
aiarp ad sadíur satsocne sa omoC
lavadnev on oãçetorp aus a uoS
serovra moc larutan ahlarum amU
...oãçaroc uet ed oiem on sadatnalP
“Ψ≥Ꙣ Ψ¥ꓤ”
ꙢΨ¥ §Φϡ¥ ₾Ꙣ≥ ꙢÏΦ∑¥
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“Amor de Cortesia”
Quando hoje o sol descansar
Lembre-se que eu te amei...
Quando hoje a lua morrer
Lembre-se que eu te amei...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Quando hoje o horizonte sumir
Lembre-se que eu sofri bastante...
E em meu lamento eterno
E em meu lamento fortuito
Lembre-se que eu sofri bastante...
No entanto
Eu pensei tácito em silencio
Irei ama-la sem fragmentos...
Quando os pássaros revoarem em ti
Lembre-se que são as minhas asas...
No entanto
Minha alma sorria
Por que hoje a verei linda
E ainda hoje irei ama-la...
Alguns incrédulos
Alguns anarquistas
Sobre o biltre amor...
Insatisfeito com a vida languida
Indultos com a convivência inerte
Leriam desabonos contra a paixão...
Mas hoje
Lembre-se
Eu irei ama-la...
Mas hoje
Lembre-se
Eu irei ama-la
Talvez o amor seja inoportuno
Talvez o amor seja pequeno
E talvez não a ame em cerne
Como deveria em meu cortejo...
Mas ainda hoje
Mais ainda em vida
Minha querida amante
A terei comigo no olimpo....
Não seria o amor
Algo muito incrível
Algo muito inefável
Ao perdê-la na morte...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Apesar de ser muito efêmero
Apesar de ser muito vivenciado
Hoje eu não pude ser completo
Hoje eu não a tive em meu leito...
Não seria incrível
Não seria inefável
Permanecer imutável...
Não seria desprezível
Não seria contingencial
Permanecer intransferível...
No entanto
Por enquanto
Ainda hoje a amaria...
Indiscutivelmente
O seu amor está comigo...
Indiscutivelmente
O seu amar está com outro...
Mas o mesmo amor está com ela
Mas o mesmo amar está com outro...
Mas ainda hoje
Mas ainda vivo
Certamente a amaria...
E mesmo distante
E mesmo amargo
E mesmo perdido....
Estando frio
Estando pálido
Eu ainda a amaria...
O amor certamente provisiona
O amar seguramente vernaliza...
A objeção da felicidade
Ao invés de sofrimentos
Causasse-nos apenas alegrias
Causasse-nos apenas júbilos...
Ainda hoje
Ainda assim
Eu a amaria.......
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Mas comigo
O seu amor
Foi indiferente...
Ela e o seu amor
Ao invés de tristezas
Só me trouxe alegrias...
Eu
No entanto
Ainda hoje
A amaria......
Seu nome
Deveria ter
A felicidade...
Seu nome
Um débito
A beleza...
Um nome a flor silvestre
Um adendo a lívida amora...
Eu ainda arrependido
A amaria pela manhã...
Somente implícito
Eu seria completo...
Muito mais do que hoje
Muito mais do que sou hoje
Complementa envolvido a ela...
Ainda inevitavelmente tácito
Ainda involuntário vil a morte
Eu a amaria sem demérito...
Eu seria como as cachoeiras
Como a um simples fluxo de água
Recobrando as cheias no luar da noite....
Eu seria como os pássaros
Como a um beija-flor tímido
A beijar as suas nuas pétalas...
Aos espertos de ferro maciços
Produzidos para machucar a rosa
Escondidos entre a malha de aço
Estão os agaves que fornecem a morte...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Aos muitos precipícios naturais
Forjados para despedaça a pétala
Camuflados sobre os lagos profundos
Estão os mouros que reduzem o amor...
Em que arvores vivem os pássaros
Eclodidos em talha na minha fornalha...
Em que prováveis ninhos
Nascem as harpias do vale...
E eu ainda inevitavelmente frágil
E sem estas respostas insufláveis...
Ainda a teria
Ainda a amaria
Neste mesmo dia....
Eu voaria sobre a sua rama esverdeada
Evolver-lhe-ia de meu perfume em feltro...
Mas ainda hoje
Mas ainda tácito
Eu a amaria se pudesse....
Quantos náufragos morreram de amor
Quais militares sobre as guerras vir sofrer...
Eu
Por outro lado
Ainda hoje
Ainda que frágil
Ainda que pálido
Ainda irei ama-la...
Quando lhe disse
Que ficaríamos juntos
Eu falei-lhe a verdade...
Eu a amaria
Eu ainda a amaria
Ainda que não pudesse...
Não era para ser hoje
Não era para ser assim...
Esta raiva me consome
Esta antipatia me mutila
Este amor que me devora...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Dar-me esta dor vil
Dar-me este amor fel
Em ter que te deixar ir...
Se eu tivesse impedido
Se eu tivesse implorado
Talvez ele não teria ido...
Mas eu o amaria
Mas eu ainda o amaria
Ainda hoje em minha vida...
Em sua partida promiscua
Eu fiquei sobre nossos planos
Tímidos aos gráficos de Deus...
Em sua partida promiscua
Ficaram outros sobre agente
Gráficos de mapas sem direção
Mas rezados em rabiscos no chão...
Rezados juntos para ter planos
Rabiscos curtos para ter cantos...
Mas os nossos sonhos tácitos
Não refrataram como queríamos...
Mas mesmo assim
Ainda em meu silencio
Eu ainda te amaria hoje......
Em nossos sonhos
Em nossos mapas...
Planos que ainda seriam perfeitos
Planos ressaltados aos teus olhos
Planos construídos a teus desejos...
E ainda tácito
E ainda tercio
Ainda a amaria
Ainda pela manhã...
Mas nada é igual
Aos planos de Deus...
Planos que por ventura
Estão arquitetados no céu...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Mas com toda certeza
Ainda machucado no fel
Eu ainda a amaria hoje....
As muitas chuvas azuis
Em vinte e dois Janeiro
Nunca mais serão iguais
Nunca mais serão chuvas...
Pois ao final dessa loucura
Ao final do feltro perturbador...
Em um pesadelo triste
Que não quer terminar
Terei o teu selo magico
Em minha passagem oblíqua...
Eu ainda sonho
Eu ainda me encanto
Em você nesta manhã...
Ainda penso em você
Ainda estamos distantes
As portas do íngreme olimpo....
E enfim
E no fim
O que me resta
O que me atesta
Uma única lição que fica....
O ensino de um amor
A disciplina do amar....
Um vernáculo dos ébrios incisivos
Um versículo dos cultos religiosos
Um verbete que nunca deve ser esquecido
Uma fabula contada sobre as tendas dos delfos...
Um silogismo que nunca devem virar dever de casa
Uma verbalização que pode não poder ser aula decorada....
Que o fato de amar cubra
Que o fardo de amar impere
E que os dados do amar vençam...
Sempre vale viver
Sempre vale amar
Sempre vale sentir
Sempre vale acreditar...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Que o fato de sofre
Não se torne regra...
Que o fato de viver
Não seja penalizante...
Que o fato de amar
Não seja insignificante...
Mesmo quando para amar
Não der de fato para o amor...
Mesmo quando não der em amor
Mesmo quando nunca vier o amar
Que o amor seja completo no doar...
Permita-se no dever de amar
Permita-se no servir do amor....
E mesmo se o amor
Não vier como amar...
Devemos tentar o mínimo
Devemos doar o máximo
Devemos amar o bastante...
E
No entanto
Ainda liberto
Ainda que pálido
Ainda a amaria hoje....
E mesmo quando não for o amor
E mesmo quando não for o amar...
Ele ainda assim
Ele ainda morno
Estando perfeito
Ainda vou te amar....
Ame-o mesmo quando for imperfeito
Ame-o mesmo quando ele for errado
Ame-o mesmo quando for incompleto...
Ame mesmo quando for pela metade
Ame mesmo quando for em segredo
Ame mesmo quando ele não for seu…
Ame-o
Ame-o...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Tenha-o mesmo quando for seu
Tenha-o mesmo quando for teu
Tenha-o mesmo quando perdido...
E mesmo quando não o tive
E mesmo quando o perder...
Não estando mais ao seu lado
Não estando com o seu coração...
Entenda que o amor é liberto
Entenda que o amor é livre
Entender que amar é doar...
E não o tê-lo
É tê-lo também...
E perde-lo
É senti-lo
É permiti-lo também...
Ainda assim
Ainda próximo
Ainda em certo...
Diga
Repita
Reflita
Permita...
Ame-o
Deseje-o
Queira-o….
Acho que fizemos amar
Acho que fizemos amor
Acho que criamos o amar...
E mesmo que esse amor
E mesmo que esse amar...
Em formas tão efêmeras
Em trechos tão oblíquos...
Nos negue a eternidade
Nos reprima a liberdade...
Eu ainda a amaria hoje
Eu ainda a teria hoje....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Mesmo com as nossas falhas
Mesmo com as nossas talhas...
Nós nos amaríamos muitíssimo
Nós nos entenderíamos no final...
E eu ainda a amaria pela manhã
E eu ainda a amaria no fim da tarde...
É isto que importa no meu começo
É isto que prevalece no nosso final...
As vivencias que traz um verdadeiro amor
As eloquências que promovem as paixões...
E ainda no começo
E ainda no meu fim
Eu continuaria a te amar
Ainda te amaria pela manhã...
Pois a sós
E ainda a sós
Ainda amaria hoje...
Quando somente no meu final
Quando o amor se mostrar frágil
Quando somente o amor em mim doer...
Eu ainda iria te amar
Ainda hoje vil pequena...
Quando a vida lhe doer
Quando os beijos se forem
E quando o frio me empalidecer...
Ficaremos amargos
Ficaremos insólitos...
Quando o amor sofre
Quando o amor doer...
Eu ainda irei te amar
Eu ainda irei te amar...
Sei que mesmo de muito longe
Sei que mesmo em seu coração...
Ainda que extremamente elétrico
Ainda que extremamente pálido...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Vocês verão o meu imenso amor
Vocês verão o meu imenso doer...
Influenciar outros inúmeros amores
Influenciar outras intermináveis paixões...
Outros inúmeros finais
Outros inúmeros beijos
Outros inúmeros casais
Outras inúmeras histórias...
Se ela por obra do destino
Desconfiar do meu amor
Se ela por ventura inata
Não souber do meu amor....
Digam a ela que jamais gostei de outra
Digam a ela que jamais adorei outra mulher
E que nunca mais em vida amei outro alguém...
A não ser que fosse ele
A não ser que fosse dela
E somente a ela pertencente...
Em outra vida
Em outra forma
Isto não seria eu...
Que sempre a amarei
Que sempre a amarei...
Afinal
Um belo amor
Um grande amor
Não precisa de um fim
Não precisa ter um final
Não necessita ser feliz...
Semente lindo
Somente bonito
Somente no final
Ele precisa apenas existir
Ele precisa apenas sentir
Fazer-se presente no sentido
Fazer-se presente no nosso final...
Ele está vivo dento de nós
Ele est morte dentro de vós
Mesmo pálido em nós dois...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Porque o corpo
Pode até morrer
Mais o meu amor
Enquanto vil amor
Este jamais morre...
Por você
Ele resiste
Ele coexiste
Ele nunca morre....
Este amor nunca vai ter fim
Este amor nunca se extinguirá...
Ele ecoara por toda a terra
Por toda imensidão do universo...
Este amor
Viajará emanado
Em pura graça eterna...
Caminhando solicitamente
Em nosso vago trácio espaço
Por toda vastidão que é a eternidade...
Eu por outro lado
Continuarei fiel a você...
Ao seu belíssimo coração azul celeste
Fiel aos seus lindos olhos de ébria amarga...
Afinal
No seu final
No meu final
E no final de tudo...
O que levamos desta vida
O que herdamos desta terra...
E tudo que está vida nos leva
É tudo que vivemos nesta vida...
Ainda completamente compilado
Ainda completamente decepcionado...
Por não a ver ébria
Uma última vez em vida
Uma única vez em pálida veia
Estendido na fria lapide da vida...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Eu ainda
No entanto
Ainda a amaria hoje
Ainda a amaria ontem
Ainda a amaria amanhã....
O que ainda nos vale no nosso amor
E o que ainda nos vale no nosso amar...
Ainda perdidas
Estão por acaso
O nosso amar vil...
As vivencias que tivemos do amar
As vivencias do amor interrompido....
Os amores que sentimos
As paixões que doamos
O sofre que nos doí a alma...
Pois amar é ainda uma escolha
Ter um filho é ainda uma escolha
Ter amizades é ainda uma escolha
E odiar é ainda uma terrível escolha....
Mesmo que certos amores dúbios
Acabe por nos escolherem primeiro
Cabe solenemente a nós mesmos
Dar-nos a certeza de ser ele o certo...
Pois doar amor a alguém
Ainda é um ato indivisível....
E é a único sentimento no mundo
Que não somos obrigados a sentir...
Nós o fazemos livremente
Nós o doamos arbitrário...
O ato de amar é único
Você o deu muito bem
E nós o vimos muito bem...
Acho que você
Ficaria muito bem em mim...
Acho que o meu amor
Está em hoje em boas mãos...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Eu
No entanto
Entendo-me
Amando você hoje...
Ainda posso senti-la
Em minhas ébrias mãos...
Ainda posso senti-la
Em seu corpo imaculadamente biltre...
E parte do que você pensou sobre mim
E parte do que você pensou sobre nós...
Ainda está aqui
Ainda mora aqui
Arquitetado em campana
E dentro do meu peito vil...
Agora você está aqui
Neste pedaço de papel
Como um poema biltre
Que resume a minha alma
Que reduz a minha calma...
Mas eu
Ainda vil
Ainda tácito
A amaria hoje
A amaria ébria....
Eu
A amaria
Como alguém solicito...
Como uma pessoa desconhecida
Como um homem destruído a pinha...
Mas ainda hoje
E em ébria vida pálida
Eu a amaria pela manhã...
Apesar de lê-la várias vezes
Apesar de vê-la várias vezes...
Como se ela fosse um livro
Como se ela fosse um espelho...
Somente agora a entendo
Somente agora a compreendo...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Em sua profundidade biltre
Em seu conteúdo lascivo
Em sua fome de amor...
Em sua boca
Em sua vulva
Em suas curvas...
Em seu encanto vil
Em seu macabro desejo...
Seu corpo encantado
Em um puro pecado vã...
Sua boca amargamente volátil
Seus olhos terrivelmente lindos
Seus seios afavelmente deliciosos
Afogam-me em vis desejos profanos...
Realmente quando a lia
Em alma de cortesia lasciva
Reprimia em poema tácito em fel
Reconduzido em segredo proibido...
Eu
Naturalmente afável
Ainda a amaria hoje...
Eu
Facilmente cordial
Ainda a amaria hoje...
Apesar de não a tê-la
Escrito a meu próprio punho
E as remetido as próprias mãos
Sobre este tênue discurso épico...
Atrevo-me em crisalido
Refrato-me em dispêndio...
Foi como se estivesse escrito a você
Foi como se permanecesse aberto em mim...
Era como um debito
Era como um deságio
Um amor transferido…
Remanejado para um outro planeta
Abduzido por alienígenas simpáticos
Fluido para uma dimensão incógnita...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Era como uma explosão fortuita
Era como uma réstia transfigurada
Um amor insípido transmutado no tempo
Fosse ele um imutável
Fosse ele intransferível....
Acho que estava certo em te amar
Acho que acertei em me apaixonar...
Mas por que tudo acabou
Mas por que tudo teve fim...
Porque tudo foi revogou
Porque tudo foi abolido...
Eu
No entanto
Ainda a amaria hoje
Ainda teria pela manhã...
Eu vir que ele estava certo no amor
Em me amar tanto desvairadamente
Eu vir nos teus olhos este amor bonito
Nestes últimos dias que me antecedera a morte
Nestas réstias flamulas de um amanhecer tardio
Fortuito raio de sol que nunca chegou a minha tenda...
Eu
No entanto
Ainda a amaria hoje
Ainda a amaria pela manhã...
Eu estava feliz
Eu amei demais
Eu dormir bem...
Eu só queria mais um abraço ébrio
Eu só queria mais um sorriso tácito...
Por que você saiu sem meus beijos
Por que foi embora sem se despedir....
Não seja amagar em meu salutar
Não seja insensível em meu desejo...
Não ver que estou pálido
Não ver que estou perdido
Não ver que estou descarnado...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Você estava tão feliz
Você estava tão ébria
Você estava tão pálida...
Disso tenho certeza
Disse tenho verdade...
Mas não se preocupe
Mas não se surpreenda...
Eu ainda a amarei hoje
Eu ainda a amarei amanha
Eu ainda a amarei no passado
Eu ainda a amarei para sempre...
“Insólita Amante”
Envolvida eternamente em sono
Constituída em um gélido pomar
Uma reclusa sobre o efêmero campo
Uma metástase sofrível em balsamo...
Reina em escampo florido
Tece em minha fluida boca
Maneja o meu coagulo frigido
Rebenta a minha louca emoção...
Revolve sobre a minha têmpora
Regurgita a minha breve vida
Torneia a minha alma perdida
Flutuar em meio ao mar Egeu...
Estou suprimido em teus gélidos seios
Revolvido em um pálido verme cinza
Andrógeno as minhas emoções frias...
Acorde de seu sono eloquente
Respira em minha fronte tépida
Reage a meu encanto demoníaco...
Rubra palpitante em meu ensejo
Abra as suas vis pálpebras ébrias...
Encanta-me com o teu choro sereno
Entorna-me com o teu beijo languido...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Congela-me no eterno fosso da morte
Incendeia-me novamente em teu inferno...
A quais chamas terríveis o teu fogo pertence
A quais labaredas vis o teu corpo gélido esfria...
Minha pálida amante
Minha pálida amada...
Em ti vejo a minha amada irmã
Em ti vejo o vil amor incestuoso...
Como o amor do Cérbero
Eu te devoro fora do Paraíso...
Como os cães do inferno
Eu a rasgo em pedaços....
Acorde de seu sono mormo
Desperte de sua cama fria...
Leve-me para o paraíso de fogo
Conduza-me ao céu gelado de amor
Mata o meu desejo constituído e biltre...
“Uma Deusa em Perola Negra”
Oh! Perola Negra
Minha pálida musa...
Oh! Perola Negra
Minha razão de viver....
Aquela que beijei os lábios
Aquela que toquei indelevelmente...
Existem sorrisos
Que somente Deus
Sabe como desenhar...
Existem lábios
Que somente a natureza
Sabe como delinear as curvas...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Mas o seu sorriso
O seu formato biltre...
Ele não desenhou no papel
Ele a esculpiu em mármore....
Oh! Perola Negra
Minha pálida musa...
Oh! Perola Negra
Minha razão de viver....
Eu sei que não me vês
Eu seu que não me tens
Mas rogo pelos seus beijos...
Santa de uma reza
Reza de uma santa
Imácula o meu desejo
Afronta a minha insanidade...
Quem te desenhou
Não quis te remodelar...
Quem te esculpiu
Não quis te recompensar...
Ver a minha culpa
Ver a minha tristeza
Ver a minha saudade...
Volta para o meu pecado
Volta para as nossas loucuras...
“Pele Negra”
A minha cor te empele
A minha raça te intimida
E a minha força te enfraquece...
Quais medos consternamos
Quais ensejos manejo em vos
E quais flagelos lhe são aplicados...
Somos forte por natureza
O sol não nos destrói.......
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Somos forte por natureza
A água não nos contamina....
Somos forte por natureza
A terra não nos corrói......
Sou feito de tranças
Sou feito de lanças
Sou feito de melanina....
Tenho a resistência do aço
Tenho a volatilidade do mel
Tenho a beleza da relva verde...
Minha pele é negra
Meu sangue é negro
E minha alma é negra....
Sou um sol no entardecer
Sou a lua no amanhecer
Sou um cometa tangenciado....
Somos um fruto bonita da terra
Somos a terra bonita do fruto
Somos todo o fruto da terra...
Não sei ser de outra forma
Não sei ser de outra cor
Sou melanina a flor da pele
Sou calor do sol ao meio dia....
Miscigenado do norte
Permutado do leste
Embaralhado do oeste
Misturado do sul
Sou pura pele
Sou pura dor
Sou química
Sou amor....
Pele parda
Pele negra
Pele escura
Pele amor...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
“Um Amor de Senzala”
Um amontado de gente
Um estridente lamento
Um quarto de flores vis
Um espaço pequeno...
Meia dúzia de instrumentos de ferro
Meio quilo de alimentos apodrecidos
Uma cuia de agua a cada dois dias
Uma fresta de luz atravessada no teto...
Quem em nome de Deus é o meu senhor
Quem em nome do de diabo me aprisionou
Quais correntes me manter inerte ao bronze
Quais chicotes não me deves a listra nas costas...
Um quarto fedido
Um quarto pequeno
Um espaço a esmo...
Ratos são os meus hospedes
Baratas são as minhas visitas
E formigas são os meus espinhos...
Não temas minha querida
Mesmo em outra senzala
Sinto o seu cheio tenaz....
Mesmo que o seu dono
O usuro de pele branca
A possua sem permissão....
Eu a amarei sem exclusão
A força não me deixas vil
A fraqueza não me impele
E o amor me traz de volta...
Esse não é o nosso lugar
Essa não é a nossa terra
E esses homens biltres
Não são os nossos donos...
Queira Deus antes que eu morra
Queira o Diabo antes de dormir
Que eu a veja em meus braços...
Moça linda da senzala em quartzo
Negra bonita do quarto pequeno
Mulher de vênus do corpo escuro...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Não permita que eu morra
Sem antes ter que beija-la...
Não permita que Deus me guarde
Sem antes ter que cheira-la...
Não permita que o Diaba me toques
Sem antes ter que adora-la...
Oh! Linda negra da manhã
Não sorria do meu amor puro...
Oh! Linda mulata da tarde
Não se negues ao meu amor....
Oh! Linda preta da noite
Não me rejeites no mar...
Sou um deus da senzala
Um demônio do pelourinho
Um príncipe e rei da África...
Um sonho vil
Um beijo frio
No teu sabor....
“Minha Zumbi Feminina”
Oh! Linda dos palmares
Aonde estas na minha relva
Oh! Guerreira da luz negra
Aonde descansa o teu leito....
Oh! Linda zumbi vil e feminina
Em que chão descansa o teu fel
Oh! Gigante do meu céu estrelado
Deixa-me em paz sobre o teu seio...
Não me resguarde de tua fala
Não me desvele de teu silencio
Não me restrinja de teu amor...
Seja a minha guarda permanente
Seja o meu esquadrão da mata
Um forte biltre sobre as pelejas
Uma mulher vil na sombra do rio....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Oh! Zumbi de minha vida masculina
Oh! Feminino zumbi de vida efêmera...
Não deixe que eu cale a minha sorte
Não deixe que eu cale a sua alma vil...
Um vapor de água na tua essência
Um recuo de lacrima na eternidade...
Aonde está a minha vela acesa
Aonde mora o meu querer biltre...
Vem da mata resguardada
Vem do leito profundo do rio...
Não demorei minha guerreira negreira
Não me abandone no porão do navio...
Sei de tua luta ignóbil
Sei de suas lagrimas vis.
Sou seu ardil
Seu amor vil
Sua ancora
No meio do mar....
“O Amor em Resumo”
O amor ultrarromântico
Nunca se resume a folhas...
O amor tetro-romântico
Nunca se revela as flores...
Ao amor que temos por nossos pais
Permanentemente permutado em vida...
Ao amor que temos por nós mesmo
Limitadamente esvanecido em prosa...
O amor ultrarromântico
Nunca se resume a folhas...
O amor tetro-romântico
Nunca se revela as flores...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Ao amor que temos por uma mulher
Abertamente fluida em barris de vinhos...
Ao amor que temos por um homem
Fragilmente reprimida pela embriagues...
O amor hiper-romântico
Não se resume ao acaso...
O amor mega-romântico
Não se reuni na estrada...
Ao amor que temos por nossos filhos
Refrigerado lentamente pela poesia...
Ao amor que temos por nossos livros
Mantidos secretamente na escrivaninha...
O amor supra-romântico
Não se resume na cama...
O amor extra-romântico
Não se resume ao cheiro...
Ao amor que temos em prosa
Libertamente escondido em fel
Ao amor que temos em poesia
Resguardado sobre o coração...
O amor beta-romântico
Não se resume a orquídeas...
O amor alfa-romântico
Não se resume aos beijos...
Ao amor que temos aos amantes
Fragmentados ao afetuoso tempo...
Ao amor que temos as meninas
Estilhaçados a afável estação...
O amor alfa-treta-supra-romântico
Não se resume a vil região de Viseu...
O amor extra-mega-ultra-egoísta
Não se resume ao egocentrismo...
Alguns retraídos pela emoção do fel
Outros contrariados pela razão da bílis...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Ora rendido ao encanto das sereias
Ora ferido aos distúrbios do grande mar...
Perdido em um coração valente
As margens de um rio turbulento
Que brilha feito ouro de tolos...
“Deixem te Amar”
Quando alguém te amar
Deixe que eles te amem...
Quando te desejarem muito
Deixe ser desejada também...
Quando lhe pedirem um beijo
Beije se for de seu desejo...
Quando alguém quiser fazer amor com você
Faça amor com ele se for assim o seu desejo...
Quando alguém lhe oferecer ajuda
Não se obstrua, deixe ser ajudada...
Quando alguém lhe oferecer proteção
Seja mais meiga, deixe ser protegida...
Quando lhe oferecerem abrigo
Deixe-se ser abrigada por ele...
Quando alguém lhe doar um abraço
Retribua da mesma forma o ensejo...
Quando alguém lhes der
Simplesmente o coração
Devolva-o como achou...
Quando alguém sofre muito por você
Seja sensível, cuide muito bem dele....
Mas se alguém lhe for muito rude
Mas se alguém lhe for desonesto
Não deixe a cisma passar em branco...
Devore o seu coração
Despedace a sua alma
Enterre o seu desejo....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
E se alguém quisera-lhes machucar
Seja dura, seja firme, não lhes deixe...
E se alguém quisera-lhe colocar para baixo
Lembre-se que você se ama em primeiro lugar...
E se este amor de lúgubre ternura
Lhes fizer mais mal do que bem...
Seja mais rápida
Desista logo dele......
“Amor é Verso”
O amor não é resumo
É um texto em prosa...
O amor não é uma estória
E verso inteiro em poesia...
O amor não é usual
É sempre casual….
O amor não tem um termômetro
Nunca tem um padrão correto...
O amor não é estático
É um constante biltre
Um vil em movimento....
O amor não é um isótopo frio
Ele sempre será uma energia
Mais volúvel que a antimateria
Que ousa rebobinar os tempos
Qualificando a refração do viver...
“Amor Fatal”
Sou um pesadelo curto em teu desejo
Sou uma arma química no teu terror
Um câncer tolo em teu sonho esquio
Um amor fatal que sei que vai machucar...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
“Em Tempo de Amar”
Não perca tempo amor meu
Não espere que o dia nasça
Não hesite em me dar um beijo...
Faça tudo o quer quiser comigo
Não estrague a sua bela alma
Não roube a inveja de teu corpo
Estando nua em um espelho….
Seja como a luz da lua
Seja como o fel da rosa....
Ande descontraída ao me ver
Perambule sobre as nuvens...
Venha de surpresa
Venha com força...
Venha com o semblante de menina
Venha com a graça de uma mulher...
Mas venha
Mas tenha
Mas trate
Possua-me...
“Minha Flor”
As minhas meras têmporas frívolas
Seguem em tuas mãos tremulas...
E o meu amor tênue padece
Sem a ter a tua direção certa...
O teu amor caótico me adoece
Retira de mim aqueles biltres
Homens que não te merecem...
Não te teimas do que é obvio
Não te teimas do que é oblíquo
Em meio aos pensamentos lívidos
Em meio aos pensamentos lascivos...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Aonde você me esconde
Aonde você me guarda
Aonde você me trancafia...
Onde está a tua formosura tenaz
Aonde está a tua beleza efêmera
A real ternura do seu amor senil...
Faça em mim dias de sol
Faca de mim dias de lua
Em meu leito amargurado....
E quando enfim morrer em mim
E quando enfim nascer no outro
Escreve-te a esmo em semblante...
E se assim for
Enfim amou-me...
Vir quanta força nutriu
Como a um raio de sol.....
Em meio a um sutil anonimato
Em meio de minha imensa dor
Vir aquela que se chamava flor...
O meu amor
O meu amar
Amada Pálida
Amada Kedma...
“AmdeK”
Uma perola sobre a varanda
Um círculo de luz no universo
Um bem-querer no meu vazio...
Não zombes de mim minha bela
Não me critique por te amar insólito
Nem vires o teu rosto pálido para o leste...
A cor de tua beleza é ocre como o paraíso
A vela de teu sono biltre é cruz no meu sofre
E os seus beijos languidos, efervescentes e vis
Revoltam-se como cárcere em minha boca absorvida...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Quem sou eu sem o cheiro salpicado de seu chumbo ocre
Quem sou eu sem a sua pálida pele negra em meu desejo...
Que bocas você beija sem o meu consentimento
Que línguas bebe o suco ocre de sua saliva ébria
Que mãos improprias de desejo vil as tem em fel vulgo
Que dedos maliciosos possuir o seu corpo de anjo caído
Que dentes brancos mordem o seu seio roxo e transceptor...
Oh! Pálida mestiça
Não me deixe sozinho...
Oh! Pálida mestiça
Não se vá embora agora...
Oh! Pálida mestiça
Não destrua a minha vida...
Lembra-te do meu doce beijo
Lembra-te de minhas vis mãos
Lembra-te do meu hálito de cebolas
Lembra-te de meus dentes em tua boca...
Pálida mestiça
Pálida perola negra
Pálida encaracolada
Pálida em pó de chumbo...
Lembra-te de meu amor
Lembra-te que sofro
Lembra-te que te amo....
Não me deixe anônimo em teus seios roxos
Não me deixe ébrio em minha lapide esguia
Não me deixe frio em meu tormento de amar-te...
Como sofro por teu amor
Como dói não te ter em mim
Como é vil a solidão sem você...
Em ti espero a lapide
Em ti espero a aurora
Em ti espero um beijo...
Não espere que um demônio flutue em meu pesar
Não espere que um anjo acorde em meu lado frio...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Um poeta pode ser um biltre solitário
Um poeta pode caminhar livre na praça
Mas ao escrever as murmurais do amor
Tenho o seu amor lívido como companhia...
Em ti dorme o meu amor
Em ti dorme o meu amar
Em mim vela o seu suspiro...
Doce perola negra do campo
Por que Deus a desenhastes...
Doce perola negra do campo
Por que Deus nos separaste...
Por acaso quer que eu sofra
Por acaso que que eu morar...
Por que não deleta
O seu sorriso de mim...
Por que não apaga
A sua lembrança de mim...
Queres que eu sofra
Queres que eu morar
O que queres de mim...
Por que não acaba com o meu sofre
Por que não me apaga da existência...
Sem ela não sei viver
Sem ela não sei amar...
Oh! Deus o que queres de mim
Oh! Deus o que queres de mim...
Que lábios desenhaste para mim
Que boca escreveste para ler-me...
Morrer ainda me faz falta
A sua falta faz-me morrer...
Não me torne um esguio tolo
Não me torne um vil covarde....
Antes que eu a tenha tácita
Ainda hoje sobre meu balaústre...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Antes que eu a tenha fluida
Ainda pela manhã dos náufragos...
Quero o seu cheiro de virgem
Quero o seu hálito de burlesca...
A quero pela última vez nesta madrugada
A anseio pela derradeira vez nesta alvorada
Neste último vil filme da vida que me condenou ....
Como posso ir sem que a beije
Como posso seguir sem que a vele
Não serei como os tolos que não desejam
Navegarei ferozmente sobre a tua vulva regia
Levantando alucinadamente em brados renegados
As campinas verdejantes dos tolos guerreiros alados...
Segue o meu tormento de cavaleiro
Siga o véu de minha flamula insipida
Escolte o ensejo vulgar dos apaixonados....
Sou uma vela incendiaria
Sou um amor de verão seco
Um monge sem sabedoria vil...
É isso que o amor nos tonar
E nisso que o amor nos devolve...
Um deve acabar com a minha morte
O outro acaba quando você acorda...
Eu baldearei entre os vikings
Entre vis mares desconhecidos
Entre corações alheios ao amor...
O meu viver
O seu dizer
O meu amor...
Como sofro sem ter o seu amor
Como sofro sem ter o seu amar...
Que dor tenho na alma
Que dor tenho no peito...
Sem ter você
Sem sua cor
Sem seu amor...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Em silencio
Em solicitude
Em amor
Em desejo...
“Minha Doce AmdeK”
Um amor nascido
Um amor escondido
Um amor proibido...
Talvez um amor improvável
Talvez um amor quase mórbido
Talvez um amor quase inesperado...
Um incesto febril
Um pecado biltre
Um errado certeiro...
Um beijo quase sutil
Um toque descontraído
Um contato inapropriado...
As pálidas querem ser as primeiras
As pálidas querem ser as únicas do fel
As pálidas querem tudo em vis segredos...
Não existe dúvida na lascívia
Não existe dúvida no desejo
Não existe dúvida no toque...
Uma mão, mas boba
Um toque, mas sutil
Um dedo, mas atrevido
Uma invasão em volúpia
Um tesão em biltre frenesie...
Não há irmãos
Não há filiação
Não há parentesco....
Existe desejo
Existe tesão
Existe sexo....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Não há paz
Não há culpa
Não há virgem
Não há invasão...
Tudo é tesão
Tudo é delicia
Tudo é volúpia
Tudo é orgasmo
Tudo é intimidade
Tudo é fornicação
Tudo é promiscuidade...
Tudo é um desejo de pele
Um contato demoníaco
Um desejo angélico
Um forte tesão...
“Minha Perola Negra”
Oh! Linda Perola
Como é bela...
Oh! Linda Perola
Como é sutil...
O meu desejo é proibido
A minha carne é inóspita
E os seus lábios intocáveis...
Oh! Linda Perola
Como é lindo
Os seus cabelos...
Oh! Linda Perola
Como é languida
Os seus vis lábios...
Oh! Pálido Perola
É de sua exógena pele
Que nascem os bebes...
E de sua boca que vivem os homens
E de suas mãos que brotam os desejos....
Oh! Como a desejo
Oh! Como a quero...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Sou o seu pecado delirante
Sou o seu sono de escárnios
Os sonhos quentes e proibidos
A demência de todos os loucos
A trama viril dos demônios no poço
A guerras de homens malditos e tolos....
Oh! Doce Perola
Como é amada...
Oh! Doce Perola
Como é desejada...
Tu es o meu pecado sobre a terra
Tu es o meu terror nas madrugas frias
A minha dúvida de amar o ser proibido...
Oh! Pálida Perola
Como é amada...
Oh! Doce Perola
Como é desejada...
Não use chumbo
Como maquiagem
Não deixe as veias
A flor da pele verteria...
Tu es tinta e sangue
Tu es vento e friagem
Tu es morte e vivencia
A minha dor e alegria....
Oh! Pálida Perola
Eu amo não te amar...
Oh! Pálida Perola
Em amo não sentir amor...
Es friagem no verão do Saara
Es quente no inverno glacial...
Não temas ao homem vingador
Não finjas desamor a teu amante...
Sou o seu desejo de irmão lúgubre
Sou a soma de uma multiplicação
Um amor vil de verão em Budapeste
Um assassinato necrófilo a luz do dia...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Sou o teu vil cavaleiro ébrio
Sou um dos quatros guardiões
O teu amor em segredo torpe
O delírio que vai te matar de amor...
“Jovem Devorada”
As minhas facas são liquidas namoradas
As minhas mãos são portas para o paraíso
E as jovens um limite para o ensejo mórbido...
Sou um coletor de desejo
Sou um cavaleiro do prazer
Um carteiro que presenteia dor...
As minhas facas cortam gargantas
As minhas facas desossam tendões
Elas separam membros interligados
Transformam vidas em muitas mortes...
Eu sou um separador inato
Eu sou um bajulador do amor
Eu lixeiro da natureza morta
Um coveiro do paraíso da morte...
A minha faca corta pernas e braços
A minha faca separa crânio de corpos
Elas retiram órgãos e milhares de nervos...
Naftalina
Creolina
Gasolina....
Cheiro de carne cortada
Cheiro de sangue fresco
Cortes biltres delineados....
E pela manhã que fritos os seus rins
E pela manhã que fatio o seu coração
E pela manhã que cozinho o seu fígado...
Tripas e vísceras são assados em alho e cebola
Olhos e línguas são ótimas em sopa condimentada....
A vulva é devorada a gosto e ao melhor sal
O útero é todo fritado no azeite de oliva fresco
E o seu seio róseo fritado com alho e azeitonas...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Ainda em natura a saboreio
Ainda na panela a degusto...
As minhas facas são magicas
As minhas laminas são trepidas
Cortam fibras como flamulas vikings
Separam tecidos como deuses merovíngios....
Oh! Bela pálida
Oh! Bela Kedma
Como foi delicioso
Comer o seu belo coração
Comer os seus biltres rins
Tudo com arroz e muita farinha
Misturada com salada, azeite e feijão...
“A Jovem Pálida”
Oh! Bela Dama
Pareces muito pálida
O que queres de mim...
Oh! Bela Dama
Pareces muito ébria
O que queres de mim....
Essas não são roupas adequadas
Não são trajes para esta cidade
Não são vestes para este calor...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito perdida
O que queres de mim...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito confusa
O que queres de mim...
Estas roupas que te vestes
Não adornam bem as moças
E estes penteados não são usuais...
Estas roupas que tu usas
Não são roupas modernas
Não traduzem jovialidade...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Es moça bonita
Es moça graúda
Es moça cheia...
Tens que ser moderna
Tens que ser mais adulta....
Oh! Bela Dama
Pareces muito machucada
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta estrada...
Oh! Bela Dama
Pareces muito ferida
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta casa isolada...
Você está desarrumada
Você está deselegante
Você está toda maltrapilha
Você está coberta de sujeira
Você está com roupas rasgadas...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito ébria
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta estrada...
Oh! Pálida Dama
Pareces muito vil
O que queres hoje de mim
Parada sobre esta casa isolada...
Eu sei que não falas
Eu sei que não arengas
Então faça um argumento
Então trilhes um lamento...
Estais tristes por que
Estais tristes por quem
Que amores te faltou
Que amores te fartou...
Há dias nos consumimos
Há dias nos reverberamos
Há dias nos refratamos...
Nossos corpos possuem diferenças de calor
Nossas bocas estão em estágios diferentes
E os nossos desejos em equilíbrios paradoxos...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Devo descarta o seu corpo
Devo enterra o seu amor...
O seu cheiro não me incomoda
A carne podre não me consterna...
Mas os vizinhos possuem línguas felinas
E os homens comportamentos maldosos
Eles nos comprometem linearmente no amor
Havidos pelos suplícios dos anjos abandonados...
Um vivo
Um morto...
Um amor
Uma amada...
Um sabor
Um ardor...
Um vivido
Um ébrio...
Um descarnado
Um desvairado...
Em seu amor
Em teu amar
Em nosso amor...
Devo deixa-la para as traças
Devo deixa-la para os vermes
Devo perde-la para a mãe terra....
A sua intimida está sobre larvas
A sua intimidade está enervada...
Às vezes a venero
Às vezes a possuo
Às vezes a desnudo...
Sei que você mudou
Sei que você variou...
Você não é a mesma mulher
Não é a mesma flor seguia
Não é o mesmo amor frívolo...
Sei que os ramos são rosas vis
Sei que as pétalas são biltres....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Mas você está diferente
Estais um pouco mais rubras
Estais um pouco mais roxas...
Aonde estais aquela que colhi no sepulcro
Aonde estais aquela que tomei por pálida...
Aquela lívida que amei há quinze dias
Aquela ébria que roubei de seu sono
Aquela virgem que selei em meus beijos...
Cães biltres da morte
Gatos vis da escuridão
Devolvam a minha ébria
Restituam a minha amada...
Por amor a minha amada
Por morte a minha paixão
Pela vida de meu sofrimento
Pela lascívia de meus desejos...
Devolvam a minha pálida
Componham a minha ébria
Restabeleçam a minha vida
Restaurem a minha paixão...
“Um Vil Anjo Caído”
Oh! Pálido querubim
Vir as suas asas queimadas...
Oh! Pálido querubim
Vir a cratera no meu quintal....
O que queres de mim
O que queres de mim....
Sou um amor efêmero
Sou um amar perigoso
Uma tempestade no céu...
Oh! Pálido querubim
Tens seios femininos
Tens traços de mulher...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
O que queres de mim
O que queres de mim...
Você está perdida na terra
Você está em guerra no céu...
Você é um anjo moribundo
Você é um arcanjo solitário
Um demônio vagabundo
Um mestiço esquecido....
Oh! Pálido querubim
És o sol de minha tarde...
Oh! Pálido querubim
És o luar de minha noite...
O que procuras em minha casa
O que queres de minha solidão...
Por acaso não sabes
Que eu não tenho alma...
Por caso não sabes
Que eu não tenho ela...
Eu também não tenho amor
Eu também não tenho amar
Eu também não tenho dor...
Eu não tenho dama alguma
Eu não tenho dono algum...
Não existe alguém
Para chamar de meu
Não existe alguém
Para chamar de minha...
Sou pedra no deserto
Sou oco como a lua
Sou podre como o ocre...
Sou frio como o gelo dos polos
Sou seco como arvores do serrado
Mórbido como os cadáveres do cemitério
Frigido como um humano de 90 anos de idade...
Oh! Pálido querubim
Sou presente de natal...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Não sou nenhum anjo caído
Não tenho penas alvas e fluidas
E nem tenho desejo pelo céu angelical...
Não há em mim desejo
Não há em mim fluido
Sou frio como a noite
Seco como a palha....
Sou mais tórrido que o diabo
Mais louco que um hospício
E terrível como um assassino...
Eu não tenho dentro de mim
Qualquer humanidade abrupta...
Tenho o fogo nos olhos amarelos
Tenho o gelo nos lábios vermelhos
E chamas laranjas na língua frívola...
Sou sozinho
Sou escapista
Sou efêmero...
Sou como a brisa
Sou como nevoeiro...
Sou como a escuridão
Um vazio no universo
Um amar no teu verão...
Sou deste jeito
Por que não a tenho...
Sou desta forma
Por que a perdi...
Sou desta natureza
Por que fui inóspito....
E por isso
Sou sozinho....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
“Amor Livre”
Oh! Amor Livre
Oh! Livre amor...
Por onde andas menina
Por ondes tu caminhas....
Faz algum tempo
Que não te vejo
E algumas horas
Que não te velo...
Meus minutos
São todos teus
As minhas mãos
São todas suas...
Não tenho domínio
Sobre a minha vida
O meu respirar é seu...
Há algumas décadas te persigo
Há alguns séculos te desejo...
Ainda lembro do nosso encontro
Ainda lembro de seu semblante...
Um vento leve sobre o teu rosto
Um raio de luz sobre a tua fronte
Um tedio de dor em teu semblante...
Ainda assim eras linda
Ainda assim eras bela....
Por que continua sozinha
Por que continua sentada
E sobre a escada da Sé...
Aquela é uma igreja bonita
Sua arquitetura é majestosa
Mas a sua face reflete mágica...
Desde a sua aparição biltre
Eu não tenho a minha paz...
Desde a sua impressão vil
Eu não tenho o meu sono...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Ela sempre está sentada na Sé
A meio quarto da mesma hora...
Ela sempre está com semblante perdido
Com o seu rosto voltado para frio do mar...
Sempre na mesma escada
Sempre na mesma posição
Sempre na mesma igreja...
As 17:30 de uma mesma tarde
As 17:30 de um mesmo verão
As 17:30 de um mesmo dia...
Está sempre sobre as tardes obliquas
Está sempre sentada sobre as escadas
E sempre com um triste olhar em erupção...
Quem es você bela dama
Quem es você bela ninfa...
A sua presença é um segredo
A sua presença é um mistério...
Minha bela dama do mar
Você sempre assim estais...
As vistas para o beira-mar
As vistas pera o céu do mar...
Seu comportamento matemático
Seu lamento ultrarromântico
Seu cumprimento religioso
Seu movimento metafisico...
Uma mulher misteriosa
Uma mulher equitativa...
Ela sempre vai embora
Ela sempre some na luz
Depois que o sol morre...
Ela sempre vai embora
Ela sempre some na luz
Depois que o sol apaga...
Sempre sentada
Na mesma escada...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Sempre olhando
O mesmo vil céu
O mesmo vil mar...
Ela sempre vai embora
Ao fim da morte do sol...
Ela sempre vai embora
Ao fim do último brilho...
Na mesma hora
Na mesma tarde
No mesmo céu
No mesmo mar...
Eu sempre venho aqui para vê-la
Eu sempre estou aqui para vela-la...
Aqui me parece um bom lugar
Aqui me parece um bom sono
Aqui me parece um bom descanso...
Eu sempre estou aqui
Eu sempre vou vela-la...
Sempre estou do outro lado
Sempre estou do seu lado...
Eu a sigo sempre nas mesmas horas do dia
Eu a sigo sempre nas mesmas tardes do dia
Eu a sigo sempre nas mesmas mortes do sol...
Eu a amava em segredo
Eu a seguia em silencio
Eu a velava em meus sonhos
Eu a consumia em verso e prosa...
Não foram poucas as vezes que a beijei
Não foram poucas as vezes que a toquei
Não foram poucas as vezes que a possuir
Não foram poucas as vezes que a teve nua
Não foram poucas as vezes que nos amamos...
O seu corpo frio me acalentava
O seu corpo inerte me confortava
E o seu corpo ébrio me conduzia...
As suas pálpebras frigidas
As vezes não se abriam...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
As suas pálidas mãos
As vezes não apertavam...
E os seus lábios gélidos
As vezes não me beijavam...
Os seus braços languidos
As vezes não me seguravam...
Mas as minhas mãos pálidas
Não lhes negava sentimentos...
A cor rubra de teu corpo
Era chumbo em veleiros...
Algo delirante
Algo delirado...
Ela nunca olhava para os lados
E sempre caminhava absorta
Pelas mesmas ruas curtas...
Ela nunca olhava em meus olhos
E sempre caminhava absorta
Pelas mesmas ruas curtas...
Ela nunca me exigiu nada
Ela nunca quis nada de mim...
Uma única prova de amor
Uma única frota de amar...
E sempre caminhava absorta
E sempre caminha languida
Pelas mesmas ruas de pedra
Na mesma rua cumprida do giz...
Estando sempre solta
Estando sempre absorta
Estando sempre languida...
As vezes sendo apenas minha
As vezes sendo do pôr do sol
As vezes sendo esquecida...
Seu nome é Amor
Seu nome é Livre
Às vezes é temor...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Ela nunca recitava
Ela nunca reclamava
Ela nunca conversava...
Ela apenas me usava
Ela apenas me amava
Ela apenas me consumia...
Depois ela sumia
Depois ressurgia....
Hora me louvava
Hora me suprimia
Hora me consternava
Depois desaparecia...
Um corpo morto
Uma alma penada
Uma paixão vazia...
Eu a chamava de amor justo
Eu a chamava de amor cúmplice
Ela podia ser a flor de Maria de Dalva
Mas se chamava flor de mil margaridas...
Como não ter esta flor de maria bonita
Como não ter esta flor de Jacarandá
Uma sabia flor do meu espaço solar
Uma biltre flor do jazigo do gavião...
A minha bela pálida
A minha bela querida
A minha bela esquisita
A minha outra parte da alma...
Uma flor de mil marias
Uma flor de vis margaridas
Um jasmim de campo-santo...
“Anjo com Asas”
Eu ouvir um bater de asas
Eu sentir um cheiro árduo
Eu vir as sombras das penas...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Era você meu vil anjo caído
Era você meu desejo etéreo
Era você minha perdição eterna...
Há quanto tempo estais comigo
Há quanto tempo me desejas
Há quanto tempo me devoras...
Existe esperança em seu desejo
Existe fluidez em sua lesividade
Existe planos para um anonimato...
Um ato promiscuo de lascivo biltre
Um fato próximo da masturbação vil
Um confronto tórrido de sexo profano...
Que anjos estranhos são estes seres
Que nefilins bonitos são de tua casta...
Que anjos possuem nomes de mulheres vis
Que maldiçoes trazem as suas ignorâncias...
Não me importo com a sua leviandade
Não me interessa a sua biltre danação...
Quero o seu prazer mórbido
A sua demoníaca danação...
A sua sutileza fria
A sua tácita beleza
E o seu beijo febril....
“Minha Amada Inocente”
O desejo dos que tem apenas doze anos
A traquinagem dos indolentes de nove anos
A tolice das danações ébrias dos quatros anos...
Oh! Doce inocente
Tem em mim frívolas...
Oh! Doce menina
Em te sou um fel...
Aos doze parece um anjo
Aos nove reflete humanidade
E aos quatro vir o seu demônio...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Oh! Doce criança
Sou um amado amante...
Oh! Doce menina
Te amei em segredo...
A porta da janela louvava-te
A beira da praça velava-te
E na porta da escola suspira...
Oh! Bela pálida
És linda como um lis...
Oh! Doce demônio
És linda como a acácia...
Hoje aos onze anos
Pude enfim beija-la...
E mesmo aos dezessete
Ainda me arrepia a fronte....
Oh! Doce pálida
Como és plena...
Oh! Doce menina
Como és pura...
Em meus lenções
Em meus braços
Sempre foi fluida...
Não tive outro amor
Não tive outro amar
Eu aos dezessete anos
Você aos onze anos
E o amor sem idade...
Nossos beijos na escada
Nossos beijos em sua casa
Nossos beijos em minha casa
Nossos beijos na porta da igreja...
Alguns vividos na praça
Alguns vividos no bairro
Alguns vividos na sacristia...
Na nossa belíssima quadra
Na nossa belíssima casa
Na nossa belíssima rua...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Alguns vividos na sala de estar
Na sua bonita casa amarela
Na minha rua movimentada...
Na minha rua dezoito
Na sua rua dezenove
No salão paroquial...
Todos sentidos aqui dentro
Todo vividos aqui dentro....
No seu coração
No meu coração...
Eu aos dezessete anos
Você aos onze anos
E o amor sem idade...
“Encrespada”
Tranças em cabelos lisos
Mechas em tranças tortas
Ondulações em pelos ébrios...
Uma testa machucada
Um coração em pedaços
Um vil a nossa espreita...
Um olhar temeroso em voga
Um vulga vil sobre a tua face
Uma pinta vermelha solitária...
Um demérito em teu sono solto
Um curto abraço em teu ombro
Um selo amargo no seu tedio...
Veste-te com o teu colar azulado
Pinta-te com urucum vermelho
Prepara-te para guerra seca....
Vem sem vontade de me amar
Vem no meu compasso verde
Vem sobre os galhos do ocre...
Oh! Índia dos cabelos pretos
Oh! Índia dos olhos castanhos...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Eu tenho a dor de tua perda
Eu tenho a cor de teu cheiro
Eu tenho o amargo do fel...
Oh! Negra dos lábios róseos
Oh! Negra da pele de vênus...
Eu tenho a aflição de tua lesão
Eu tenho a matiz de teu aroma
Eu tenho o cítrico da vil bílis...
Oh! Branca do corpo escultural
Oh! Branca do rosto de Nerfetiti...
Eis uma mistura brasileira
Eis uma mistura de raças
Uma fusão de amor eterno...
Uma cisão do universo
Uma fusão do paraíso
Uma partícula de Deus...
“Eclipse”
Como é ruim a dadiva do afastamento
Como é promiscua o selo da separação
Como é biltre o rumo de um desagarro....
O dinheiro é um senhor soberano
A volúpia um desterro de agrado
E a inócua a inviabilidade da emoção...
Eu amei intensamente o seu amor
Eu amei inteiramente o seu corpo
Eu amei promiscuamente o teu sexo...
A vida foi cruel ao nosso amor
A morte tem peleja com a dor
E a sorte não quis sorrir no fel...
Não tenhas duvidas do meu amor integro
Não tenhas dúvidas que me entreguei
Não tenhas dúvidas que fui sincero
Não tenha dúvidas que fui intenso....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Eu porem ainda te amor
Eu porem ainda te desejo
Eu porem ainda te possuo...
Sei que te magoei
Sei que te machuquei
Sei que fui um biltre vil...
Amar é algo ilógico
Amor é algo insano
Amor é algo profano...
Paixão é não ter razão
Paixão é não ter filtro
Paixão é não ter ócio....
Não tenhas duvidas que te amei
Não tenha dúvidas que foi amor
Não tenhas duvidas que é amor...
A vida foi soberba
A vida foi brutal
A vida foi viral...
E a dor magoa
E a dor da perda
Nunca são iguais....
Eu tenho cicatrizes profundas
Eu tenho buracos que não fecham
Eu tenho vazios que não são preenchidos....
Eu tenho perdas irreparáveis
Eu tenho fugas irremediáveis
Eu tenho emoções irreversíveis...
Eu não tenho você em minha vida
Eu não tenho o amor de seu coração...
Eu a perdi durante biltres batalhas
E sei que nunca mais vou ganha-la....
Eu tive a sorte de ter você
Eu tive a sorte de beijar você
Eu tive a sorte de abraça você
Eu tive a sorte de estar em você
Eu tive o prazer de dentro de você....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Mas peguei
Mas errei
E te perdi....
“Amor Inimigo”
O amor traz a liberação dos cernes
Em todas as ansiedades aprisionadas
Impressas a almas tacitamente apaixonadas...
O amor traz todas as liberações da carne
Formadas pelos pensamentos lascivinistas
E Ilustrada em todas as dramaticidades do feltro...
Algumas estando iníquas
Outras estando insipidas
Cruas em exposições fortuitas
Principiadas a sentimentos proibidos...
Algumas implicitamente entregues a talha
Outras invariavelmente inconstantes ao feltro
E inflamadas pelo inconsciente da instabilidade...
Algumas em raízes ideológicas inóspitas
Outras refratadas em esquadras da morte
E mutáveis no panorama da individualidade...
Inteligíveis as percepções vulgares
Inflexíveis a um mundo escondido
Formulado a inabalável redoma do fel...
Um universo intangível
Um vil lugar promiscuo
Formulado e arquitetado
Pelos biltres apaixonados....
Exercido na declaração pueril
Estruturado na inconstância do fel
Em fáceis sentimentos quase inócuos...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Estando
O amor
O desejo
A ternura
A saudade
A dedicação
A paixão
E o tempo...
Entregues a efêmeros resultados dúbios
Fragmentados a resignação refrataria do tercio
Envolvidos pelos húmus de quem se ama no cerne...
Incidindo no desejo febril
A amor refeito ao colo coibido
Forjado as margens do inimigo...
Um permanecer do tempo em talhos
Entregue aos julgamentos dos amantes
Um vincular do cerne no soberbo Vesúvio
As críticas dos possíveis insultos alógenos....
Um sofre eterno no amar exógeno
Um vagar inacabável na escuridão
Um sitiar extremo deixado a lapide
Aos escritos não correspondidos...
Um ferver do amor
Um sofre do amar
Uma desilusão trácia
No tecer dos tempos...
Um amor recolocado
A guilhotina dos medos...
Um puxar incerto da alça insana
Que libera a laminar do frio carrasco...
Um íntimo sentir tênue
Frágil a ríspida morte....
Um milésimo minguado
Em sua paixão profana
Aterrada no teu sofrer
Incinerado no vernier...
Um final pernicioso
Um julgar fortuito
Uma destilação vil
Em todos os poetas...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Uma ponderação inóspita
Ao ternário das vis letras...
Um partir solitário e calmo
Na data de suas publicações...
Um livro incendiado no cerne
Pelas forças do sobrenatural...
Um biltre texto solto
Ao acaso dos amados...
Entre os tristes poetas
Entre as tristes composições
Restam-nos o lúgubre destino
A austera ponderação na lapide...
O trabalho do sentir
A frágil volúpia do fingir
A réstia eternidade efêmera
O fardo etéreo do calabouço cinza...
Casta de um patrimônio cultural sucumbido
Matéria de uma humanidade quase mórbida
Destroço de uma insanidade absurda do vazio...
Um especulo dos loucos
Um hospício da imaturidade
Um assombro das angustias
Um atributo do amor fragilizado
Um vício da paixão inerte do cerne...
Um pertencimento involuntário da talha
Uma comunhão seletiva dos leitores
Uma exposição imediata da ilusão
Um querer complicado do universo...
Um atendimento irracional das letras
Uma possessão imaterial da carne
Um consumir volúvel da alma...
Uma posse arbitraria
Um terce do inconsciente
Em todas as expectativas
A quem nos devora a alma
Mascando-nos página por página...
Um remetente ilustre do etéreo
Uma preparação da trincheira do fel
Uma vil vivacidade em guerra oblíqua
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Um tumulto revirado pelas bombas algébricas
Um promovem infeliz das saturações do olimpo...
Onde as armas e o tedio
Possuem colunas tácitas
Que pouco importam a carne
Ao imprevisto frívolo da musa...
Algo que não nos incomoda a carne
Algo que não nos constrange a pele
Algo que não nos despedaça a alma...
Andemos sobre o vale dos espíritos
Acampemos sobre o campo imundo
Travemos em campo aberto e ao frio
A última batalha em favor dos injustos
Em favor do amor, do amar e da morte...
“Flores do Mal”
Um cheiro encantador
Uma pálida desvairada
Uma pétala fluida do deserto...
Flores que traduzem a relva
Flores que encanto a volúpia
Flores que maquiam a morte...
Flui na vulva
Flui na boca
Flui nos seios...
Encanta a virgem
Engana as inocentes
Flui do meu mal tácito
O mel das acompanhantes...
Uma flor que adormece a carne
Um néctar que destila a lascívia
Um fel que despe as infantes ébrias
Uma flor capaz de inferi sexualidade
Uma rama inerte
Uma flor promiscua
Uma depravada insana
Uma provocação do cerne..
Fim
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Agradecimentos
A todos os meus amigos e colegas que leram este livro
Antes mesmo de sua impressão
Que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas
Que deram muitas sugestões importantes
E às vezes até compactuaram comigo
Em recitações ao ar livre
Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho
Um salve a vocês...
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Memorial
Em memória de um amor
Que ficou no passado...
Ao amor de minha vida
Ao amor de meu viver...
Ainda que este amor
Não esteja por mim
Em público
Como devia o ser
Tanto a mim
Quanto a ela...
Esteja aqui está declaração
Em memória de seu nome
Em estrato de dignifico título...
Oh! Minha amada bendita
Oh! Minha bendita amada...
Está escrito em sangue
Está escrito em chamas...
Mesmo que ainda esteja
No anonimato completo
Meu amor por você Amdek
Ainda continuará no espaço...
Percorrendo o infinito
Como o brilho de bilhões
De estrelas mortas nos céus
Que insistem em te focalizar...
Ainda que inerte na alma
Ainda que inerte na calma
Isto sim meu amor
É apenas amar-te....
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Sobre o Autor
Sua alma no universo imaginativo perambula,
Seu gosto pelo vinho revitalizar sua emoção,
Nascido em São Luís do maranhão no dia 26 de fevereiro de 1981,
Sua vida literária é marcada pela paixão e pelo amor que possui pela arte,
Principalmente pelo teatro, música, cinema, artes plásticas e pela poesia
produzida em geral pela humanidade...
Talvez isso explique sua incrível fascinação pelos livros e pelos autores
ultrarromânticos do século XVIII....
Desde muito novo, teve amor pela escrita
Completamente apaixonado por esta arte
Propôs-se inicialmente a escrever peças teatrais
Pensamentos soltos, crônicas diversas
E por último dedicou-se a poesia
Esta que até hoje é a sua única e maior paixão....
Este livro que intitulo “Sonetos Secretos” apenas resumem quais propósitos o
gênero literário do escritor desempenha dentro de seu papel humanista, a
dualidade de sentimentos tão estranhos, evidenciando como um amor não
curado, pode respingar desejos do passado na realidade de sua vida
presente....
Sua escrita se assemelha às folhas secas de um outono trivial, sendo um
ritualista, compele a repetição paisagística da metalinguística que transgredi a
composição das formas remetente ao delírio do prazer tênue....
Este livro é uma de suas obras primas no segmento romântico, aqui são
expressos textos poéticos em um enredo muito lírico, Inteligente, conflituoso,
lascivo, tenebroso, encantador e tempestuoso...
Porém os papeis em branco tingidos a cinzas, fica ao cargo do leitor colori-los...
Não admirem amigos leitores, caso vocês, encontrem aqui espalhado, alguns
pedaços de vossas vidas expostas em entrelinhas escondidos ao tempo...
Algumas talvez inóspitas e indelicadas, algumas talvez inertes e frias,
imprimidas ao pé das orelhas do secreto.... No entanto, consumam por sua
vez, os meus pensamentos, como a quem bebe vinho e fica resoluto.... E já
embriagado, tenaz e envolvido em sono, sugiro que durmam inquietos e
felizes...
Então caros leitores, por favor, eu vos aconselho, embriaguem-se primeiro
antes da leitura de meus pensamentos soturnos, mergulhem antes dentro de si
mesmos, a longo prazo me degustem, e quando puderem divirtam-se comigo
em seus sonhos....
Abrantes F. Roosevelt
Abrantes F. Roosevelt
Kedma
Notas do Autor
Este livro revela todas as ansiedades de liberação de pensamento, ilustra todas
as dramaticidades da exposição dos sentimentos proibidos a raízes ideológicas
inóspitas, refrata todas as inteligíveis percepções de um mundo completamente
formulado e arquitetado pelos apaixonados....
Exercer na declaração dos sentimentos inócuos, o amor, o desejo, a ternura, a
saudade, a dedicação, a paixão e o tempo a efêmeros resultados da
resignação refrataria de quem se ama, incidindo no desejo febril, o amor ao
colo coibido do próprio inimigo...
Um permanecer do tempo, entregue aos julgamentos dos amantes, um vincular
do cerne as críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno do
amar, um vagar inacabável da escuridão, um sitiar deixado aos escritos não
correspondidos, um ferver do amor, um sofre do amar, uma desilusão no tecer
do tempo...
Um amor colocado a guilhotina dos medos, um puxar incerto da alça que libera
a laminar do frio carrasco, um íntimo sentir tênue da ríspida morte.... Um
milésimo mínimo da paixão profana aterrada no sofrer...
Um final pernicioso a todos os poetas, uma ponderação inóspita ao ternário das
letras, um partir solitário na data de suas publicações, um livro incendiado
pelas forças do sobrenatural, um texto solto ao acaso do amados... Entre os
poetas, restam o lúgubre trabalho do sentir, a frágil volúpia do fingir, a réstia da
eternidade efêmera, o fardo do etéreo, a casta de um patrimônio cultural
sucumbido, a matéria da humanidade mórbida e a insanidade absurda do
vazio.
Um especulo dos loucos, um hospício da maturidade, um assombro das
angustias, um atributo do amor frágil, um vício da paixão inerte. Um
pertencimento da comunhão seletiva dos leitores, um expor-se imediato a
ilusão, um querer complicado do universo...
Um atendimento irracional de todas as expectativas de quem nos devora a
alma, pagina por pagina, um remetente da preparação da trincheira, uma
vivacidade de guerra oblíqua, um tumulto revirado pelas bombas, onde as
armas e o tedio são colunas que pouco importam ao imprevisto da musa, algo
que não nos incomoda a carne, travá-la em campo aberto e ao frio.
Exposto as estas letras, desejo aos meus devoradores que este livro e um bom
vinho, sejam em uma madrugada chuvosa, belos companheiros, sugiro aos
meus leitores que os tome como hospede inato em suas vidas, regozije-o em
tamanha amplitude e gozo, na intenção de degustá-los e recita-los como prova
de minha companhia, tendo também os velhos amigos, reunidos sobre roda de
uma boa conversa em recitação de meus versos. Permanecendo o vinho, o
livro e as belas jovens ao lado de suas ébrias confraternizações eternas.
Abrantes F. Roosevelt

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Amor em Poesia e Prosa

  • 1. Abrantes F. Roosevelt Kedma ¥Ψ≠≥↕ Amdek Uma Forma de Falar de Amor Abrantes F. Roosevelt
  • 2. Abrantes F. Roosevelt Kedma 2021 Uma outra Versão do meu Amar em Poesia e Prosa
  • 3. Abrantes F. Roosevelt Kedma “O sol brilhava diferente aquela manhã, e o céu parecia mais bonito do que antes, há dias não viam o sol devido a mata fechada, mas agora seria só a grande estrela a nos guiar e nada mais...” Ubirani Yaraima
  • 4. Abrantes F. Roosevelt Kedma Este livro é dedicado em memória a todos os apaixonados que não puderam ter o seu amor ao seu lado.... Aos enamorados que amaram em silencio e em sofrimento o coração de suas amadas.... Ao meu amar, a minha paixão, a minha ilusão, o meu fraterno jubilo, a minha volúpia e a minha emoção em dedicação lasciva... Rusgat Niccus
  • 5. Abrantes F. Roosevelt Kedma Dedicatória Dedico todas as linhas Deste meu livro tenaz Escrita com as mãos Dos meus sentimentos... Ao amor tremulo de corações insólitos Ainda não completamente resvalados... Tremulo como a quem Se entrega inteiramente O seu imenso desejo.... Ao amor ensejado De todos os amantes Ainda adolescentes... Vejo com o mesmo vibrar Com que gotejas ferozmente O teu amor químico e matemático... De todos os dependentes químicos Sobre seu adora de penitencia algébrica... Do amor louco com que os amantes Devoram o coração de suas amadas... E com a repetição biltre com que denoto O amor de uma mulher quase imaculada.... Que aos poucos tornara-me Meio seco na efemeridade Mas muito vil se seu amor Opaco sem os lábios róseos Perdido no tempo dos amados... Rusgat Niccus
  • 6. Abrantes F. Roosevelt Kedma Livro: ¥Ψ≠≥↕ Tradução: Amdek Gênero: Poesia Ano: 2021 Autor: Roosevelt F. Abrantes Titularidade: Roosevelt F. Abrantes Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente Coletânea: Paixões Ano de Finalização Escritural da Obra: 2021 Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Junho de 2021 Contatos: End.: Rua das Palmeiras, n° 09 Residencial Parque das Palmeiras Vila Embratel – São Luís - Maranhão Cep.: 65080140 – São Luís – Ma País.: Brasil / Região.: Nordeste Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918 WhatsApp.: (98) 9 8545-4918 E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com Redes Sociais: Facebook.: https://www.facebook.com/rooseveltfabrantes Twitter.: https://twitter.com/rooseveltabrant Linkendin.: https://www.linkedin.com/in/roosevelt-f-abrantes-0b1b2426/ Instagran.: https://www.instagram.com/abrantesroosevelt/ Hotmail.: rooseveltabrantes@outlook.com Blogger: http://movimentolascivinista.blogspot.com/ Site.: http://movimentolascivinista.com
  • 7. Abrantes F. Roosevelt Kedma Autobiografia Nome: Roosevelt F. Abrantes Data de Nascimento: 26/02/1981 Cidade Natal: São Luís Estado Natal: Maranhão País: Brasil Nome do Pai: João Costa Abrantes Nome da Mãe: Justa Maria de Nazaré Ferreira Abrantes Cônjuge: Ainda há Procura de um Grande Amor Verdadeiro Ocupação: Cientista Financeiro, Escritor, Poeta, Contista, Cronista, Fotografo, Grafista, Iluminarista e Influenciador Digital Profissão: Analista Financeiro Bairro onde Morou na Infância: Vila Embratel Locais onde Trabalhou: Staff Investimentos do Brasil Formação Acadêmica: Pós-graduação Completa Lugares onde Morou: Maranhão, Piauí, Recife, Rio Grande do Norte e São Paulo Ideologia Politica: Extrema Esquerda Gosto Musical: MPB, MPM e Rock Gosto Gastronômico: Tambaqui, Baião de dois, feijão, Arroz, Farinha e Molho de Pimenta Religião: Agnóstica Altura: 1,75 Mts Etnia / Raça: Negra Cor da Pele: Preta Cor dos Olhos: Pretos e Pequenos Cor dos Cabelos: Pretos, Enrolados e Curto Postura Física: Reta e Firme Tipo Físico: Magro, Dedos Pequenos, Pés Pequenos e Pernas Compridas Tipo Físico Facial: Nariz Afilado, Cabeça Mediana e Queixo Redondo Trajes Habituais: Camisas Apolo Brancas, Causas Jeans Escura e Tênis branco Idade Atual: 39 anos Orientação Sexual: Heterossexual Heterônimo: Não possuir Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes Roosevelt F. Abrantes
  • 8. Abrantes F. Roosevelt Kedma Este Livro também dedicado em memória do Amor que não pode ser vivido com a intensidade que merceia... Rusgat Niccus
  • 9. Abrantes F. Roosevelt Kedma Prefacio As impressões poéticas de Amdek são uma fulgente denotação impérvia do amor que deve ser refletida em todos os amantes e amados. Uma veleidade profana, envolvido a uma essência divina, vinculado a breve hierarquia de nossa vida efêmera. Os textos desta obra literária, buscam a guarda de emoções intimas dos amores vivenciados em segredo, funcionando como as capsulas do tempo, guardam o amor de suas amadas, inferindo segredos, sobre um cofre de sua própria carne, forjado em seu íntimo coração flagelado, um amor que somente pode ser entregue e ensejado, nunca devendo ser forçado ou inerte. Um atributo que deve ser arquivado deliberadamente em seus sonhos, sobre papel timbrado, todos os detalhes sórdidos, profanos e íntimos dos seus desejos mais eloquentes e macabros. Um vislumbro guardado e alocado como códigos, fechado em segredo, envelopado em selo em seu reservado desejo cerne. Neste livro estão guardados as paixões secretas e romances proibidos vivenciados pelo autor da obra. Amores vulgares, amores sórdidos, amores proibidos, amores perigosos e até amores profanos que talvez fossem rechaçados por homens e mulheres mais conservadores de nosso tempo. Textos românticos que devem ser guardados a sete chaves, paixões que devem ser lidos como códigos, frases que devem ser ilustradas ao pé do ouvido, reunidos em forma de poema e endereçados as suas consortes. Um amor velado ao vento, refratado aos enamorados e distribuídas as belas amazonas do meu frágil olimpo. Abrantes F. Roosevelt
  • 10. Abrantes F. Roosevelt Kedma Este livro também é dedicado ao amor de vida, ao amor de minha eternidade, ao amor que me foi roubado, ao amor que foi perdido, ao amor que nunca foi esquecido.... Todas estas linhas de amor são uma dedicatória de minha existência, uma dedicatória da imortalidade do amor... Poesias em invernos, versos em verão, pontificados de lagrimas, escritas em sangue a minha querida e sempre amada Kedma Rodrigues.... Abrantes F. Roosevelt
  • 11. Abrantes F. Roosevelt Kedma “Minha Perdição” Quem tem amor Que ame bastante... Quem tem uma paixão Que se apaixone bastante... Quem tem uma ilusão Que se iluda bastante... Amor não é de perdição Amor não é predileção... Um amor perdido É uma vida ceifada... Um amor perdido É uma vida promiscua... Em meio a minha perdição Está o meu encontro etéreo... Em meio a minha perdição Está o seu imenso sorriso ébrio... Não espere que o amor aconteça Não espere que o amor floresça Não espere que o amor se perca Não espere que o amor embelecesse... A beleza do amor não está nas concretudes A beleza do amor não está nas certezas A beleza do amor não está no perfeito... Não confie que o amor incida Não confie que o amor progrida Não confie que o amor se invada Não confie que o amor aformoseasse... O encanto do amor está no desconcerto O encanto do amor está nas incertezas O encanto do amor está no imperfeito... Quem tem o seu amor Faça-o valer bastante... Quem tem a sua paixão Faça-o valer bastante...
  • 12. Abrantes F. Roosevelt Kedma Quem tem a sua ilusão Faça-o valer bastante... Não há tempo para adiar Não há tempo para odiar Não há tempo para somar... Amo a minha perdição Amo a minha consternação Amo o meu amor que veio no verão... Uma rosa negra Uma rosa cinza Uma rosa marrom... Amo a minha tentação Amo a minha ansiedade Amo o meu amor de verão... “O Que Diz o Amor” Dizem que o amor do amado Nasceu para nos fazer sofre... Dizem que o amor do amado Existe para nos maltratar... Mas o amor é sincero Mas o amor é mistério Mas o amor é incrédulo... Ele é tudo Ele é nada Ele é duro... Às vezes é doce Às vezes é amargo Mas sempre lucido... Dizem que o amor Nos traz sofrimento Dizem que o amor Nos traz as dores... Mas eu sei que é o contrario Mas eu sei que é o oposto...
  • 13. Abrantes F. Roosevelt Kedma É a sua falta que nos promove a morte É a sua ausência que nos faz sofrer É a sua deficiência que nos deprimi... O amor não nos traz o sofrimento O amor não nos traz a consternação.... Ele é um raio de luz no universo escuro Ele é um pássaro no meio da fina chuva Um crepúsculo florido no meio da tormenta.... “Pálida Morena” Oh! Pálida morena Se sabes que eu te amo Procura pelo o meu coração... Oh! Pálida perola negra Se sabes que eu te amo Recolhe os meus pedaços... O meu amor está sobre o mármore O meu desejo está sobre a campina E a minha paixão está em enfermidade... Em quais lugares estão o meu coração Em quais lugares estão a minha alma E por quais lugares está a felicidade... Alguém nos observa em seu castelo Alguém nos traslada com a espada Quem nos quer de véu e grinalda ... A minha enfermidade doente A minha euforia de repentista Refrata a infelicidade indolente... Quem está de coroa Quem está no trono Quem delega o anel... Oh! Tremula viúva O que há em minha lapide... Oh! Tácita Nefilim O que há em seu coração...
  • 14. Abrantes F. Roosevelt Kedma Não me recusas o opio Não me recusa a doma Não me traia em Kosovo... Oh! Pálida morena Se sabes que eu te amo Procura pelo o meu coração... Oh! Pálida perola negra Se sabes que eu te amo Recolhe os meus pedaços... A sua falta me traz sofrimento A sua perda me causou dores E a sua consternação asfixia-me... Esvaiu-se a vida Esvaneceu a alma Empalideceu a fronte... Hoje sou um cadáver Hoje sou moribundo Por que não a tenho... Hoje sou um sopro frágil Hoje sou um copo vazio Uma vil lapide esquecida Uma assombração solitária... Não tenho pressa Não tenho a vil reza Sou um cão perdido Um gato sem coleira... Estou abrandado no deserto Estou perdido no teu pélago Fragilizado em seu temor.... Eu não tenho o teu amor Eu não tenho o teu calor Eu não tenho o seu amar... Oh! Pálida morena Se sabes que eu te amo Procura pelo o meu coração... Oh! Pálida perola negra Se sabes que eu te amo Recolhe os meus pedaços...
  • 15. Abrantes F. Roosevelt Kedma Sinto-me tão sozinho Sinto-me tão doente Sinto-me tão maltratado... A vida foi-me um carrasco A vida foi-me um assassino A vida me tirou de teus braços A vida me praticou carnificina ... Oh! Pálida morena Se sabes que eu te amo Procura pelo o meu coração... Oh! Pálida perola negra Se sabes que eu te amo Recolhe os meus pedaços... Mas se nada disso for possível Mas se nada volver o nosso amor Espere pela minha volúpia etérea... Mas se for possível Mas se for correto... Não deixe que a deusa Afrodite Me leve para o seu leito escampado... Não deixe que a deusa Mitra Me entorne pelo fel do éter... E se a deusa Íris Insistir no olímpio... E se a deusa Nefertiti Persistir no balsamo... Não sorria de meu coração Não desdenhe do meu amor... Por ventura Se isto acontecer Antes mesmo do meu desejo.... Por ventura Se isto acontecer Antes de que a tenham nos braços... Não sorria de meu amor Não sorria de meu coração...
  • 16. Abrantes F. Roosevelt Kedma Escreva em minha lapide fria Escreva em meu corpo quente Infira o texto de meu amor mórbido... Diga isto em minha lapide Amou uma única vez na vida Amou uma única paixão em vida Amou um único coração em devoção.... Escreva que amou sem esquece-la Escreve que amou sem intimidar-se Escreva que amou sem perde-la... Escreva que amou com o seu coração Escreva que amou sem nunca a olvidou Escreva que amou sem jamais duvidar... Oh! Pálida morena Se sabes que eu te amo Procura pelo o meu coração... Oh! Pálida perola negra Se sabes que eu te amo Recolhe os meus pedaços... No meu fim Lembra-te do nosso começo... No meu fim Lembra-te de meu amor.... No meu amor Lembra-te de nosso desejo No meu amor Lembra-te que não tem fim... “Adama Amdek” Não era para ser assim amor Você deveria ser só minha... Não era para ser assim amor Eu não devia ter te perdido... Não era para ser assim amor Você sempre me quis perto...
  • 17. Abrantes F. Roosevelt Kedma Não era para ser assim amor Outras pessoas nos roubaram Tomaram o nosso único lugar A poltrona do rei do paraíso... Não era para ser assim amor Renato Russo nos romantizou Tinha que ser nosso padrinho.... Não era para ser assim amor Seu beijo nunca devia me trai Jamais teria que ser um ultimo Um selo de beijo seco entre nos... Não era para ser assim amor Como romeu amou a julieta Cansei em tomar venenos E mesmo inertes os corpos O meu amor jamais morreria.... Não era para ser assim amor Como Paris amou a Helena Eu a roubaria de um glutão Mesmo que viessem guerras... Não era para ser assim amor Como Dante amou a Beatriz Caminhando do céu ao inferno Continuaria sem fraquejar no amor... Não era para ser assim amor Nossa vida escrita num papel Eterna na boca de um romântico Apenas em um poema estético Um fluido naturalista e nada mais... “Mivlek Seugirdor” Quando der a vontade de viver Eu viverei em muita intensidade... Quando der a vontade de sonha Eu roncarei ébrio de tanto imaginar... Quando der a vontade de dormir Eu apenas dormirei sentindo você...
  • 18. Abrantes F. Roosevelt Kedma No entanto, vir que muitos de vocês Adorariam ver o mundo como o vejo... Eu sei que gostar de reggae music É um clichê um tanto meio chato... Eu sei que gostar de música eletrônica Parece coisa de um garoto branco Semelha coisas de um play boy... Eu sei que gostar de comer besteiras Um dia certamente me fara muito mal... Mas qual o problema nisto Afinal a vida foi feita para isto... Para se ter muitos riscos Para ser muito bem vivida... Eu sempre fui assim mesmo Destemido e bastante vivaz.... Quando meus amigos Queriam falar algo Eu falei por eles... Quando os meus belos pais Queriam mandar em mim Eu mandei por eles... Quando minha doce irmã Queria namorar alguém Eu a entreguei em segredo.... Por isso quando der vontade de amar Amem absurdamente qualquer pessoa... Por isso quando der vontade de beijar Beijem absurdamente qualquer pessoa... Por isso quando der vontade de viver Viva absurdamente em você mesmo... Quando der vontade de pular de paraquedas Pule sem medo, pule de verdade, se entregue... Quando der vontade de dançar enlouquecidamente Dance sem medo, dance de verdade, se entregue...
  • 19. Abrantes F. Roosevelt Kedma Quando der vontade de chorar doloridamente a dor Chore sem medo, chore de verdade, se entregue... No entanto, nunca se esqueçam de viver a vida E que a vida é uma grande e suntuosa corrida Tudo na vida é como uma grossa cortina fina... E que ninguém sabe quando exatamente Será a hora que se deve enfim fecha-la... Portanto amigos não se preocupem mais comigo Pois da vida, vivi tudo que ela não pôde me dar.... Eu sonhei, um sonho ébrio coletivo Eu viajei, uma viajem agremiada Um tubo em onda fragmentada Que solenemente compartilhei... “aisélaF” aiarp ad sadíur satsocne sa omoC lavadnev on oãçetorp aus a uoS serovra moc larutan ahlarum amU ...oãçaroc uet ed oiem on sadatnalP “Ψ≥Ꙣ Ψ¥ꓤ” ꙢΨ¥ §Φϡ¥ ₾Ꙣ≥ ꙢÏΦ∑¥ ꙢΨ¥ ꙢꙢ∑Ꙣ¥ ₾Ꙣ≥ ¥ϡ¥∑Ψ¥ ꙢΨ ϡΦꓤ¶Φ ₾Ꙣ≥ µꙢ¥ꓤΏ≥ϡ≥ ≥ Ꙣ≥ÏΦꙢ ₾Ꙣ≥ Ï Ώϡ≥ Ώ≠≥Ï¥Ψ ¥ ΨÏ Ώ æ¥ Ï ΏꙢ¥ ΏÏ≠¥≠≥ ꙢÏꓤÏ∑ “Amor de Cortesia” Quando hoje o sol descansar Lembre-se que eu te amei... Quando hoje a lua morrer Lembre-se que eu te amei...
  • 20. Abrantes F. Roosevelt Kedma Quando hoje o horizonte sumir Lembre-se que eu sofri bastante... E em meu lamento eterno E em meu lamento fortuito Lembre-se que eu sofri bastante... No entanto Eu pensei tácito em silencio Irei ama-la sem fragmentos... Quando os pássaros revoarem em ti Lembre-se que são as minhas asas... No entanto Minha alma sorria Por que hoje a verei linda E ainda hoje irei ama-la... Alguns incrédulos Alguns anarquistas Sobre o biltre amor... Insatisfeito com a vida languida Indultos com a convivência inerte Leriam desabonos contra a paixão... Mas hoje Lembre-se Eu irei ama-la... Mas hoje Lembre-se Eu irei ama-la Talvez o amor seja inoportuno Talvez o amor seja pequeno E talvez não a ame em cerne Como deveria em meu cortejo... Mas ainda hoje Mais ainda em vida Minha querida amante A terei comigo no olimpo.... Não seria o amor Algo muito incrível Algo muito inefável Ao perdê-la na morte...
  • 21. Abrantes F. Roosevelt Kedma Apesar de ser muito efêmero Apesar de ser muito vivenciado Hoje eu não pude ser completo Hoje eu não a tive em meu leito... Não seria incrível Não seria inefável Permanecer imutável... Não seria desprezível Não seria contingencial Permanecer intransferível... No entanto Por enquanto Ainda hoje a amaria... Indiscutivelmente O seu amor está comigo... Indiscutivelmente O seu amar está com outro... Mas o mesmo amor está com ela Mas o mesmo amar está com outro... Mas ainda hoje Mas ainda vivo Certamente a amaria... E mesmo distante E mesmo amargo E mesmo perdido.... Estando frio Estando pálido Eu ainda a amaria... O amor certamente provisiona O amar seguramente vernaliza... A objeção da felicidade Ao invés de sofrimentos Causasse-nos apenas alegrias Causasse-nos apenas júbilos... Ainda hoje Ainda assim Eu a amaria.......
  • 22. Abrantes F. Roosevelt Kedma Mas comigo O seu amor Foi indiferente... Ela e o seu amor Ao invés de tristezas Só me trouxe alegrias... Eu No entanto Ainda hoje A amaria...... Seu nome Deveria ter A felicidade... Seu nome Um débito A beleza... Um nome a flor silvestre Um adendo a lívida amora... Eu ainda arrependido A amaria pela manhã... Somente implícito Eu seria completo... Muito mais do que hoje Muito mais do que sou hoje Complementa envolvido a ela... Ainda inevitavelmente tácito Ainda involuntário vil a morte Eu a amaria sem demérito... Eu seria como as cachoeiras Como a um simples fluxo de água Recobrando as cheias no luar da noite.... Eu seria como os pássaros Como a um beija-flor tímido A beijar as suas nuas pétalas... Aos espertos de ferro maciços Produzidos para machucar a rosa Escondidos entre a malha de aço Estão os agaves que fornecem a morte...
  • 23. Abrantes F. Roosevelt Kedma Aos muitos precipícios naturais Forjados para despedaça a pétala Camuflados sobre os lagos profundos Estão os mouros que reduzem o amor... Em que arvores vivem os pássaros Eclodidos em talha na minha fornalha... Em que prováveis ninhos Nascem as harpias do vale... E eu ainda inevitavelmente frágil E sem estas respostas insufláveis... Ainda a teria Ainda a amaria Neste mesmo dia.... Eu voaria sobre a sua rama esverdeada Evolver-lhe-ia de meu perfume em feltro... Mas ainda hoje Mas ainda tácito Eu a amaria se pudesse.... Quantos náufragos morreram de amor Quais militares sobre as guerras vir sofrer... Eu Por outro lado Ainda hoje Ainda que frágil Ainda que pálido Ainda irei ama-la... Quando lhe disse Que ficaríamos juntos Eu falei-lhe a verdade... Eu a amaria Eu ainda a amaria Ainda que não pudesse... Não era para ser hoje Não era para ser assim... Esta raiva me consome Esta antipatia me mutila Este amor que me devora...
  • 24. Abrantes F. Roosevelt Kedma Dar-me esta dor vil Dar-me este amor fel Em ter que te deixar ir... Se eu tivesse impedido Se eu tivesse implorado Talvez ele não teria ido... Mas eu o amaria Mas eu ainda o amaria Ainda hoje em minha vida... Em sua partida promiscua Eu fiquei sobre nossos planos Tímidos aos gráficos de Deus... Em sua partida promiscua Ficaram outros sobre agente Gráficos de mapas sem direção Mas rezados em rabiscos no chão... Rezados juntos para ter planos Rabiscos curtos para ter cantos... Mas os nossos sonhos tácitos Não refrataram como queríamos... Mas mesmo assim Ainda em meu silencio Eu ainda te amaria hoje...... Em nossos sonhos Em nossos mapas... Planos que ainda seriam perfeitos Planos ressaltados aos teus olhos Planos construídos a teus desejos... E ainda tácito E ainda tercio Ainda a amaria Ainda pela manhã... Mas nada é igual Aos planos de Deus... Planos que por ventura Estão arquitetados no céu...
  • 25. Abrantes F. Roosevelt Kedma Mas com toda certeza Ainda machucado no fel Eu ainda a amaria hoje.... As muitas chuvas azuis Em vinte e dois Janeiro Nunca mais serão iguais Nunca mais serão chuvas... Pois ao final dessa loucura Ao final do feltro perturbador... Em um pesadelo triste Que não quer terminar Terei o teu selo magico Em minha passagem oblíqua... Eu ainda sonho Eu ainda me encanto Em você nesta manhã... Ainda penso em você Ainda estamos distantes As portas do íngreme olimpo.... E enfim E no fim O que me resta O que me atesta Uma única lição que fica.... O ensino de um amor A disciplina do amar.... Um vernáculo dos ébrios incisivos Um versículo dos cultos religiosos Um verbete que nunca deve ser esquecido Uma fabula contada sobre as tendas dos delfos... Um silogismo que nunca devem virar dever de casa Uma verbalização que pode não poder ser aula decorada.... Que o fato de amar cubra Que o fardo de amar impere E que os dados do amar vençam... Sempre vale viver Sempre vale amar Sempre vale sentir Sempre vale acreditar...
  • 26. Abrantes F. Roosevelt Kedma Que o fato de sofre Não se torne regra... Que o fato de viver Não seja penalizante... Que o fato de amar Não seja insignificante... Mesmo quando para amar Não der de fato para o amor... Mesmo quando não der em amor Mesmo quando nunca vier o amar Que o amor seja completo no doar... Permita-se no dever de amar Permita-se no servir do amor.... E mesmo se o amor Não vier como amar... Devemos tentar o mínimo Devemos doar o máximo Devemos amar o bastante... E No entanto Ainda liberto Ainda que pálido Ainda a amaria hoje.... E mesmo quando não for o amor E mesmo quando não for o amar... Ele ainda assim Ele ainda morno Estando perfeito Ainda vou te amar.... Ame-o mesmo quando for imperfeito Ame-o mesmo quando ele for errado Ame-o mesmo quando for incompleto... Ame mesmo quando for pela metade Ame mesmo quando for em segredo Ame mesmo quando ele não for seu… Ame-o Ame-o...
  • 27. Abrantes F. Roosevelt Kedma Tenha-o mesmo quando for seu Tenha-o mesmo quando for teu Tenha-o mesmo quando perdido... E mesmo quando não o tive E mesmo quando o perder... Não estando mais ao seu lado Não estando com o seu coração... Entenda que o amor é liberto Entenda que o amor é livre Entender que amar é doar... E não o tê-lo É tê-lo também... E perde-lo É senti-lo É permiti-lo também... Ainda assim Ainda próximo Ainda em certo... Diga Repita Reflita Permita... Ame-o Deseje-o Queira-o…. Acho que fizemos amar Acho que fizemos amor Acho que criamos o amar... E mesmo que esse amor E mesmo que esse amar... Em formas tão efêmeras Em trechos tão oblíquos... Nos negue a eternidade Nos reprima a liberdade... Eu ainda a amaria hoje Eu ainda a teria hoje....
  • 28. Abrantes F. Roosevelt Kedma Mesmo com as nossas falhas Mesmo com as nossas talhas... Nós nos amaríamos muitíssimo Nós nos entenderíamos no final... E eu ainda a amaria pela manhã E eu ainda a amaria no fim da tarde... É isto que importa no meu começo É isto que prevalece no nosso final... As vivencias que traz um verdadeiro amor As eloquências que promovem as paixões... E ainda no começo E ainda no meu fim Eu continuaria a te amar Ainda te amaria pela manhã... Pois a sós E ainda a sós Ainda amaria hoje... Quando somente no meu final Quando o amor se mostrar frágil Quando somente o amor em mim doer... Eu ainda iria te amar Ainda hoje vil pequena... Quando a vida lhe doer Quando os beijos se forem E quando o frio me empalidecer... Ficaremos amargos Ficaremos insólitos... Quando o amor sofre Quando o amor doer... Eu ainda irei te amar Eu ainda irei te amar... Sei que mesmo de muito longe Sei que mesmo em seu coração... Ainda que extremamente elétrico Ainda que extremamente pálido...
  • 29. Abrantes F. Roosevelt Kedma Vocês verão o meu imenso amor Vocês verão o meu imenso doer... Influenciar outros inúmeros amores Influenciar outras intermináveis paixões... Outros inúmeros finais Outros inúmeros beijos Outros inúmeros casais Outras inúmeras histórias... Se ela por obra do destino Desconfiar do meu amor Se ela por ventura inata Não souber do meu amor.... Digam a ela que jamais gostei de outra Digam a ela que jamais adorei outra mulher E que nunca mais em vida amei outro alguém... A não ser que fosse ele A não ser que fosse dela E somente a ela pertencente... Em outra vida Em outra forma Isto não seria eu... Que sempre a amarei Que sempre a amarei... Afinal Um belo amor Um grande amor Não precisa de um fim Não precisa ter um final Não necessita ser feliz... Semente lindo Somente bonito Somente no final Ele precisa apenas existir Ele precisa apenas sentir Fazer-se presente no sentido Fazer-se presente no nosso final... Ele está vivo dento de nós Ele est morte dentro de vós Mesmo pálido em nós dois...
  • 30. Abrantes F. Roosevelt Kedma Porque o corpo Pode até morrer Mais o meu amor Enquanto vil amor Este jamais morre... Por você Ele resiste Ele coexiste Ele nunca morre.... Este amor nunca vai ter fim Este amor nunca se extinguirá... Ele ecoara por toda a terra Por toda imensidão do universo... Este amor Viajará emanado Em pura graça eterna... Caminhando solicitamente Em nosso vago trácio espaço Por toda vastidão que é a eternidade... Eu por outro lado Continuarei fiel a você... Ao seu belíssimo coração azul celeste Fiel aos seus lindos olhos de ébria amarga... Afinal No seu final No meu final E no final de tudo... O que levamos desta vida O que herdamos desta terra... E tudo que está vida nos leva É tudo que vivemos nesta vida... Ainda completamente compilado Ainda completamente decepcionado... Por não a ver ébria Uma última vez em vida Uma única vez em pálida veia Estendido na fria lapide da vida...
  • 31. Abrantes F. Roosevelt Kedma Eu ainda No entanto Ainda a amaria hoje Ainda a amaria ontem Ainda a amaria amanhã.... O que ainda nos vale no nosso amor E o que ainda nos vale no nosso amar... Ainda perdidas Estão por acaso O nosso amar vil... As vivencias que tivemos do amar As vivencias do amor interrompido.... Os amores que sentimos As paixões que doamos O sofre que nos doí a alma... Pois amar é ainda uma escolha Ter um filho é ainda uma escolha Ter amizades é ainda uma escolha E odiar é ainda uma terrível escolha.... Mesmo que certos amores dúbios Acabe por nos escolherem primeiro Cabe solenemente a nós mesmos Dar-nos a certeza de ser ele o certo... Pois doar amor a alguém Ainda é um ato indivisível.... E é a único sentimento no mundo Que não somos obrigados a sentir... Nós o fazemos livremente Nós o doamos arbitrário... O ato de amar é único Você o deu muito bem E nós o vimos muito bem... Acho que você Ficaria muito bem em mim... Acho que o meu amor Está em hoje em boas mãos...
  • 32. Abrantes F. Roosevelt Kedma Eu No entanto Entendo-me Amando você hoje... Ainda posso senti-la Em minhas ébrias mãos... Ainda posso senti-la Em seu corpo imaculadamente biltre... E parte do que você pensou sobre mim E parte do que você pensou sobre nós... Ainda está aqui Ainda mora aqui Arquitetado em campana E dentro do meu peito vil... Agora você está aqui Neste pedaço de papel Como um poema biltre Que resume a minha alma Que reduz a minha calma... Mas eu Ainda vil Ainda tácito A amaria hoje A amaria ébria.... Eu A amaria Como alguém solicito... Como uma pessoa desconhecida Como um homem destruído a pinha... Mas ainda hoje E em ébria vida pálida Eu a amaria pela manhã... Apesar de lê-la várias vezes Apesar de vê-la várias vezes... Como se ela fosse um livro Como se ela fosse um espelho... Somente agora a entendo Somente agora a compreendo...
  • 33. Abrantes F. Roosevelt Kedma Em sua profundidade biltre Em seu conteúdo lascivo Em sua fome de amor... Em sua boca Em sua vulva Em suas curvas... Em seu encanto vil Em seu macabro desejo... Seu corpo encantado Em um puro pecado vã... Sua boca amargamente volátil Seus olhos terrivelmente lindos Seus seios afavelmente deliciosos Afogam-me em vis desejos profanos... Realmente quando a lia Em alma de cortesia lasciva Reprimia em poema tácito em fel Reconduzido em segredo proibido... Eu Naturalmente afável Ainda a amaria hoje... Eu Facilmente cordial Ainda a amaria hoje... Apesar de não a tê-la Escrito a meu próprio punho E as remetido as próprias mãos Sobre este tênue discurso épico... Atrevo-me em crisalido Refrato-me em dispêndio... Foi como se estivesse escrito a você Foi como se permanecesse aberto em mim... Era como um debito Era como um deságio Um amor transferido… Remanejado para um outro planeta Abduzido por alienígenas simpáticos Fluido para uma dimensão incógnita...
  • 34. Abrantes F. Roosevelt Kedma Era como uma explosão fortuita Era como uma réstia transfigurada Um amor insípido transmutado no tempo Fosse ele um imutável Fosse ele intransferível.... Acho que estava certo em te amar Acho que acertei em me apaixonar... Mas por que tudo acabou Mas por que tudo teve fim... Porque tudo foi revogou Porque tudo foi abolido... Eu No entanto Ainda a amaria hoje Ainda teria pela manhã... Eu vir que ele estava certo no amor Em me amar tanto desvairadamente Eu vir nos teus olhos este amor bonito Nestes últimos dias que me antecedera a morte Nestas réstias flamulas de um amanhecer tardio Fortuito raio de sol que nunca chegou a minha tenda... Eu No entanto Ainda a amaria hoje Ainda a amaria pela manhã... Eu estava feliz Eu amei demais Eu dormir bem... Eu só queria mais um abraço ébrio Eu só queria mais um sorriso tácito... Por que você saiu sem meus beijos Por que foi embora sem se despedir.... Não seja amagar em meu salutar Não seja insensível em meu desejo... Não ver que estou pálido Não ver que estou perdido Não ver que estou descarnado...
  • 35. Abrantes F. Roosevelt Kedma Você estava tão feliz Você estava tão ébria Você estava tão pálida... Disso tenho certeza Disse tenho verdade... Mas não se preocupe Mas não se surpreenda... Eu ainda a amarei hoje Eu ainda a amarei amanha Eu ainda a amarei no passado Eu ainda a amarei para sempre... “Insólita Amante” Envolvida eternamente em sono Constituída em um gélido pomar Uma reclusa sobre o efêmero campo Uma metástase sofrível em balsamo... Reina em escampo florido Tece em minha fluida boca Maneja o meu coagulo frigido Rebenta a minha louca emoção... Revolve sobre a minha têmpora Regurgita a minha breve vida Torneia a minha alma perdida Flutuar em meio ao mar Egeu... Estou suprimido em teus gélidos seios Revolvido em um pálido verme cinza Andrógeno as minhas emoções frias... Acorde de seu sono eloquente Respira em minha fronte tépida Reage a meu encanto demoníaco... Rubra palpitante em meu ensejo Abra as suas vis pálpebras ébrias... Encanta-me com o teu choro sereno Entorna-me com o teu beijo languido...
  • 36. Abrantes F. Roosevelt Kedma Congela-me no eterno fosso da morte Incendeia-me novamente em teu inferno... A quais chamas terríveis o teu fogo pertence A quais labaredas vis o teu corpo gélido esfria... Minha pálida amante Minha pálida amada... Em ti vejo a minha amada irmã Em ti vejo o vil amor incestuoso... Como o amor do Cérbero Eu te devoro fora do Paraíso... Como os cães do inferno Eu a rasgo em pedaços.... Acorde de seu sono mormo Desperte de sua cama fria... Leve-me para o paraíso de fogo Conduza-me ao céu gelado de amor Mata o meu desejo constituído e biltre... “Uma Deusa em Perola Negra” Oh! Perola Negra Minha pálida musa... Oh! Perola Negra Minha razão de viver.... Aquela que beijei os lábios Aquela que toquei indelevelmente... Existem sorrisos Que somente Deus Sabe como desenhar... Existem lábios Que somente a natureza Sabe como delinear as curvas...
  • 37. Abrantes F. Roosevelt Kedma Mas o seu sorriso O seu formato biltre... Ele não desenhou no papel Ele a esculpiu em mármore.... Oh! Perola Negra Minha pálida musa... Oh! Perola Negra Minha razão de viver.... Eu sei que não me vês Eu seu que não me tens Mas rogo pelos seus beijos... Santa de uma reza Reza de uma santa Imácula o meu desejo Afronta a minha insanidade... Quem te desenhou Não quis te remodelar... Quem te esculpiu Não quis te recompensar... Ver a minha culpa Ver a minha tristeza Ver a minha saudade... Volta para o meu pecado Volta para as nossas loucuras... “Pele Negra” A minha cor te empele A minha raça te intimida E a minha força te enfraquece... Quais medos consternamos Quais ensejos manejo em vos E quais flagelos lhe são aplicados... Somos forte por natureza O sol não nos destrói.......
  • 38. Abrantes F. Roosevelt Kedma Somos forte por natureza A água não nos contamina.... Somos forte por natureza A terra não nos corrói...... Sou feito de tranças Sou feito de lanças Sou feito de melanina.... Tenho a resistência do aço Tenho a volatilidade do mel Tenho a beleza da relva verde... Minha pele é negra Meu sangue é negro E minha alma é negra.... Sou um sol no entardecer Sou a lua no amanhecer Sou um cometa tangenciado.... Somos um fruto bonita da terra Somos a terra bonita do fruto Somos todo o fruto da terra... Não sei ser de outra forma Não sei ser de outra cor Sou melanina a flor da pele Sou calor do sol ao meio dia.... Miscigenado do norte Permutado do leste Embaralhado do oeste Misturado do sul Sou pura pele Sou pura dor Sou química Sou amor.... Pele parda Pele negra Pele escura Pele amor...
  • 39. Abrantes F. Roosevelt Kedma “Um Amor de Senzala” Um amontado de gente Um estridente lamento Um quarto de flores vis Um espaço pequeno... Meia dúzia de instrumentos de ferro Meio quilo de alimentos apodrecidos Uma cuia de agua a cada dois dias Uma fresta de luz atravessada no teto... Quem em nome de Deus é o meu senhor Quem em nome do de diabo me aprisionou Quais correntes me manter inerte ao bronze Quais chicotes não me deves a listra nas costas... Um quarto fedido Um quarto pequeno Um espaço a esmo... Ratos são os meus hospedes Baratas são as minhas visitas E formigas são os meus espinhos... Não temas minha querida Mesmo em outra senzala Sinto o seu cheio tenaz.... Mesmo que o seu dono O usuro de pele branca A possua sem permissão.... Eu a amarei sem exclusão A força não me deixas vil A fraqueza não me impele E o amor me traz de volta... Esse não é o nosso lugar Essa não é a nossa terra E esses homens biltres Não são os nossos donos... Queira Deus antes que eu morra Queira o Diabo antes de dormir Que eu a veja em meus braços... Moça linda da senzala em quartzo Negra bonita do quarto pequeno Mulher de vênus do corpo escuro...
  • 40. Abrantes F. Roosevelt Kedma Não permita que eu morra Sem antes ter que beija-la... Não permita que Deus me guarde Sem antes ter que cheira-la... Não permita que o Diaba me toques Sem antes ter que adora-la... Oh! Linda negra da manhã Não sorria do meu amor puro... Oh! Linda mulata da tarde Não se negues ao meu amor.... Oh! Linda preta da noite Não me rejeites no mar... Sou um deus da senzala Um demônio do pelourinho Um príncipe e rei da África... Um sonho vil Um beijo frio No teu sabor.... “Minha Zumbi Feminina” Oh! Linda dos palmares Aonde estas na minha relva Oh! Guerreira da luz negra Aonde descansa o teu leito.... Oh! Linda zumbi vil e feminina Em que chão descansa o teu fel Oh! Gigante do meu céu estrelado Deixa-me em paz sobre o teu seio... Não me resguarde de tua fala Não me desvele de teu silencio Não me restrinja de teu amor... Seja a minha guarda permanente Seja o meu esquadrão da mata Um forte biltre sobre as pelejas Uma mulher vil na sombra do rio....
  • 41. Abrantes F. Roosevelt Kedma Oh! Zumbi de minha vida masculina Oh! Feminino zumbi de vida efêmera... Não deixe que eu cale a minha sorte Não deixe que eu cale a sua alma vil... Um vapor de água na tua essência Um recuo de lacrima na eternidade... Aonde está a minha vela acesa Aonde mora o meu querer biltre... Vem da mata resguardada Vem do leito profundo do rio... Não demorei minha guerreira negreira Não me abandone no porão do navio... Sei de tua luta ignóbil Sei de suas lagrimas vis. Sou seu ardil Seu amor vil Sua ancora No meio do mar.... “O Amor em Resumo” O amor ultrarromântico Nunca se resume a folhas... O amor tetro-romântico Nunca se revela as flores... Ao amor que temos por nossos pais Permanentemente permutado em vida... Ao amor que temos por nós mesmo Limitadamente esvanecido em prosa... O amor ultrarromântico Nunca se resume a folhas... O amor tetro-romântico Nunca se revela as flores...
  • 42. Abrantes F. Roosevelt Kedma Ao amor que temos por uma mulher Abertamente fluida em barris de vinhos... Ao amor que temos por um homem Fragilmente reprimida pela embriagues... O amor hiper-romântico Não se resume ao acaso... O amor mega-romântico Não se reuni na estrada... Ao amor que temos por nossos filhos Refrigerado lentamente pela poesia... Ao amor que temos por nossos livros Mantidos secretamente na escrivaninha... O amor supra-romântico Não se resume na cama... O amor extra-romântico Não se resume ao cheiro... Ao amor que temos em prosa Libertamente escondido em fel Ao amor que temos em poesia Resguardado sobre o coração... O amor beta-romântico Não se resume a orquídeas... O amor alfa-romântico Não se resume aos beijos... Ao amor que temos aos amantes Fragmentados ao afetuoso tempo... Ao amor que temos as meninas Estilhaçados a afável estação... O amor alfa-treta-supra-romântico Não se resume a vil região de Viseu... O amor extra-mega-ultra-egoísta Não se resume ao egocentrismo... Alguns retraídos pela emoção do fel Outros contrariados pela razão da bílis...
  • 43. Abrantes F. Roosevelt Kedma Ora rendido ao encanto das sereias Ora ferido aos distúrbios do grande mar... Perdido em um coração valente As margens de um rio turbulento Que brilha feito ouro de tolos... “Deixem te Amar” Quando alguém te amar Deixe que eles te amem... Quando te desejarem muito Deixe ser desejada também... Quando lhe pedirem um beijo Beije se for de seu desejo... Quando alguém quiser fazer amor com você Faça amor com ele se for assim o seu desejo... Quando alguém lhe oferecer ajuda Não se obstrua, deixe ser ajudada... Quando alguém lhe oferecer proteção Seja mais meiga, deixe ser protegida... Quando lhe oferecerem abrigo Deixe-se ser abrigada por ele... Quando alguém lhe doar um abraço Retribua da mesma forma o ensejo... Quando alguém lhes der Simplesmente o coração Devolva-o como achou... Quando alguém sofre muito por você Seja sensível, cuide muito bem dele.... Mas se alguém lhe for muito rude Mas se alguém lhe for desonesto Não deixe a cisma passar em branco... Devore o seu coração Despedace a sua alma Enterre o seu desejo....
  • 44. Abrantes F. Roosevelt Kedma E se alguém quisera-lhes machucar Seja dura, seja firme, não lhes deixe... E se alguém quisera-lhe colocar para baixo Lembre-se que você se ama em primeiro lugar... E se este amor de lúgubre ternura Lhes fizer mais mal do que bem... Seja mais rápida Desista logo dele...... “Amor é Verso” O amor não é resumo É um texto em prosa... O amor não é uma estória E verso inteiro em poesia... O amor não é usual É sempre casual…. O amor não tem um termômetro Nunca tem um padrão correto... O amor não é estático É um constante biltre Um vil em movimento.... O amor não é um isótopo frio Ele sempre será uma energia Mais volúvel que a antimateria Que ousa rebobinar os tempos Qualificando a refração do viver... “Amor Fatal” Sou um pesadelo curto em teu desejo Sou uma arma química no teu terror Um câncer tolo em teu sonho esquio Um amor fatal que sei que vai machucar...
  • 45. Abrantes F. Roosevelt Kedma “Em Tempo de Amar” Não perca tempo amor meu Não espere que o dia nasça Não hesite em me dar um beijo... Faça tudo o quer quiser comigo Não estrague a sua bela alma Não roube a inveja de teu corpo Estando nua em um espelho…. Seja como a luz da lua Seja como o fel da rosa.... Ande descontraída ao me ver Perambule sobre as nuvens... Venha de surpresa Venha com força... Venha com o semblante de menina Venha com a graça de uma mulher... Mas venha Mas tenha Mas trate Possua-me... “Minha Flor” As minhas meras têmporas frívolas Seguem em tuas mãos tremulas... E o meu amor tênue padece Sem a ter a tua direção certa... O teu amor caótico me adoece Retira de mim aqueles biltres Homens que não te merecem... Não te teimas do que é obvio Não te teimas do que é oblíquo Em meio aos pensamentos lívidos Em meio aos pensamentos lascivos...
  • 46. Abrantes F. Roosevelt Kedma Aonde você me esconde Aonde você me guarda Aonde você me trancafia... Onde está a tua formosura tenaz Aonde está a tua beleza efêmera A real ternura do seu amor senil... Faça em mim dias de sol Faca de mim dias de lua Em meu leito amargurado.... E quando enfim morrer em mim E quando enfim nascer no outro Escreve-te a esmo em semblante... E se assim for Enfim amou-me... Vir quanta força nutriu Como a um raio de sol..... Em meio a um sutil anonimato Em meio de minha imensa dor Vir aquela que se chamava flor... O meu amor O meu amar Amada Pálida Amada Kedma... “AmdeK” Uma perola sobre a varanda Um círculo de luz no universo Um bem-querer no meu vazio... Não zombes de mim minha bela Não me critique por te amar insólito Nem vires o teu rosto pálido para o leste... A cor de tua beleza é ocre como o paraíso A vela de teu sono biltre é cruz no meu sofre E os seus beijos languidos, efervescentes e vis Revoltam-se como cárcere em minha boca absorvida...
  • 47. Abrantes F. Roosevelt Kedma Quem sou eu sem o cheiro salpicado de seu chumbo ocre Quem sou eu sem a sua pálida pele negra em meu desejo... Que bocas você beija sem o meu consentimento Que línguas bebe o suco ocre de sua saliva ébria Que mãos improprias de desejo vil as tem em fel vulgo Que dedos maliciosos possuir o seu corpo de anjo caído Que dentes brancos mordem o seu seio roxo e transceptor... Oh! Pálida mestiça Não me deixe sozinho... Oh! Pálida mestiça Não se vá embora agora... Oh! Pálida mestiça Não destrua a minha vida... Lembra-te do meu doce beijo Lembra-te de minhas vis mãos Lembra-te do meu hálito de cebolas Lembra-te de meus dentes em tua boca... Pálida mestiça Pálida perola negra Pálida encaracolada Pálida em pó de chumbo... Lembra-te de meu amor Lembra-te que sofro Lembra-te que te amo.... Não me deixe anônimo em teus seios roxos Não me deixe ébrio em minha lapide esguia Não me deixe frio em meu tormento de amar-te... Como sofro por teu amor Como dói não te ter em mim Como é vil a solidão sem você... Em ti espero a lapide Em ti espero a aurora Em ti espero um beijo... Não espere que um demônio flutue em meu pesar Não espere que um anjo acorde em meu lado frio...
  • 48. Abrantes F. Roosevelt Kedma Um poeta pode ser um biltre solitário Um poeta pode caminhar livre na praça Mas ao escrever as murmurais do amor Tenho o seu amor lívido como companhia... Em ti dorme o meu amor Em ti dorme o meu amar Em mim vela o seu suspiro... Doce perola negra do campo Por que Deus a desenhastes... Doce perola negra do campo Por que Deus nos separaste... Por acaso quer que eu sofra Por acaso que que eu morar... Por que não deleta O seu sorriso de mim... Por que não apaga A sua lembrança de mim... Queres que eu sofra Queres que eu morar O que queres de mim... Por que não acaba com o meu sofre Por que não me apaga da existência... Sem ela não sei viver Sem ela não sei amar... Oh! Deus o que queres de mim Oh! Deus o que queres de mim... Que lábios desenhaste para mim Que boca escreveste para ler-me... Morrer ainda me faz falta A sua falta faz-me morrer... Não me torne um esguio tolo Não me torne um vil covarde.... Antes que eu a tenha tácita Ainda hoje sobre meu balaústre...
  • 49. Abrantes F. Roosevelt Kedma Antes que eu a tenha fluida Ainda pela manhã dos náufragos... Quero o seu cheiro de virgem Quero o seu hálito de burlesca... A quero pela última vez nesta madrugada A anseio pela derradeira vez nesta alvorada Neste último vil filme da vida que me condenou .... Como posso ir sem que a beije Como posso seguir sem que a vele Não serei como os tolos que não desejam Navegarei ferozmente sobre a tua vulva regia Levantando alucinadamente em brados renegados As campinas verdejantes dos tolos guerreiros alados... Segue o meu tormento de cavaleiro Siga o véu de minha flamula insipida Escolte o ensejo vulgar dos apaixonados.... Sou uma vela incendiaria Sou um amor de verão seco Um monge sem sabedoria vil... É isso que o amor nos tonar E nisso que o amor nos devolve... Um deve acabar com a minha morte O outro acaba quando você acorda... Eu baldearei entre os vikings Entre vis mares desconhecidos Entre corações alheios ao amor... O meu viver O seu dizer O meu amor... Como sofro sem ter o seu amor Como sofro sem ter o seu amar... Que dor tenho na alma Que dor tenho no peito... Sem ter você Sem sua cor Sem seu amor...
  • 50. Abrantes F. Roosevelt Kedma Em silencio Em solicitude Em amor Em desejo... “Minha Doce AmdeK” Um amor nascido Um amor escondido Um amor proibido... Talvez um amor improvável Talvez um amor quase mórbido Talvez um amor quase inesperado... Um incesto febril Um pecado biltre Um errado certeiro... Um beijo quase sutil Um toque descontraído Um contato inapropriado... As pálidas querem ser as primeiras As pálidas querem ser as únicas do fel As pálidas querem tudo em vis segredos... Não existe dúvida na lascívia Não existe dúvida no desejo Não existe dúvida no toque... Uma mão, mas boba Um toque, mas sutil Um dedo, mas atrevido Uma invasão em volúpia Um tesão em biltre frenesie... Não há irmãos Não há filiação Não há parentesco.... Existe desejo Existe tesão Existe sexo....
  • 51. Abrantes F. Roosevelt Kedma Não há paz Não há culpa Não há virgem Não há invasão... Tudo é tesão Tudo é delicia Tudo é volúpia Tudo é orgasmo Tudo é intimidade Tudo é fornicação Tudo é promiscuidade... Tudo é um desejo de pele Um contato demoníaco Um desejo angélico Um forte tesão... “Minha Perola Negra” Oh! Linda Perola Como é bela... Oh! Linda Perola Como é sutil... O meu desejo é proibido A minha carne é inóspita E os seus lábios intocáveis... Oh! Linda Perola Como é lindo Os seus cabelos... Oh! Linda Perola Como é languida Os seus vis lábios... Oh! Pálido Perola É de sua exógena pele Que nascem os bebes... E de sua boca que vivem os homens E de suas mãos que brotam os desejos.... Oh! Como a desejo Oh! Como a quero...
  • 52. Abrantes F. Roosevelt Kedma Sou o seu pecado delirante Sou o seu sono de escárnios Os sonhos quentes e proibidos A demência de todos os loucos A trama viril dos demônios no poço A guerras de homens malditos e tolos.... Oh! Doce Perola Como é amada... Oh! Doce Perola Como é desejada... Tu es o meu pecado sobre a terra Tu es o meu terror nas madrugas frias A minha dúvida de amar o ser proibido... Oh! Pálida Perola Como é amada... Oh! Doce Perola Como é desejada... Não use chumbo Como maquiagem Não deixe as veias A flor da pele verteria... Tu es tinta e sangue Tu es vento e friagem Tu es morte e vivencia A minha dor e alegria.... Oh! Pálida Perola Eu amo não te amar... Oh! Pálida Perola Em amo não sentir amor... Es friagem no verão do Saara Es quente no inverno glacial... Não temas ao homem vingador Não finjas desamor a teu amante... Sou o seu desejo de irmão lúgubre Sou a soma de uma multiplicação Um amor vil de verão em Budapeste Um assassinato necrófilo a luz do dia...
  • 53. Abrantes F. Roosevelt Kedma Sou o teu vil cavaleiro ébrio Sou um dos quatros guardiões O teu amor em segredo torpe O delírio que vai te matar de amor... “Jovem Devorada” As minhas facas são liquidas namoradas As minhas mãos são portas para o paraíso E as jovens um limite para o ensejo mórbido... Sou um coletor de desejo Sou um cavaleiro do prazer Um carteiro que presenteia dor... As minhas facas cortam gargantas As minhas facas desossam tendões Elas separam membros interligados Transformam vidas em muitas mortes... Eu sou um separador inato Eu sou um bajulador do amor Eu lixeiro da natureza morta Um coveiro do paraíso da morte... A minha faca corta pernas e braços A minha faca separa crânio de corpos Elas retiram órgãos e milhares de nervos... Naftalina Creolina Gasolina.... Cheiro de carne cortada Cheiro de sangue fresco Cortes biltres delineados.... E pela manhã que fritos os seus rins E pela manhã que fatio o seu coração E pela manhã que cozinho o seu fígado... Tripas e vísceras são assados em alho e cebola Olhos e línguas são ótimas em sopa condimentada.... A vulva é devorada a gosto e ao melhor sal O útero é todo fritado no azeite de oliva fresco E o seu seio róseo fritado com alho e azeitonas...
  • 54. Abrantes F. Roosevelt Kedma Ainda em natura a saboreio Ainda na panela a degusto... As minhas facas são magicas As minhas laminas são trepidas Cortam fibras como flamulas vikings Separam tecidos como deuses merovíngios.... Oh! Bela pálida Oh! Bela Kedma Como foi delicioso Comer o seu belo coração Comer os seus biltres rins Tudo com arroz e muita farinha Misturada com salada, azeite e feijão... “A Jovem Pálida” Oh! Bela Dama Pareces muito pálida O que queres de mim... Oh! Bela Dama Pareces muito ébria O que queres de mim.... Essas não são roupas adequadas Não são trajes para esta cidade Não são vestes para este calor... Oh! Pálida Dama Pareces muito perdida O que queres de mim... Oh! Pálida Dama Pareces muito confusa O que queres de mim... Estas roupas que te vestes Não adornam bem as moças E estes penteados não são usuais... Estas roupas que tu usas Não são roupas modernas Não traduzem jovialidade...
  • 55. Abrantes F. Roosevelt Kedma Es moça bonita Es moça graúda Es moça cheia... Tens que ser moderna Tens que ser mais adulta.... Oh! Bela Dama Pareces muito machucada O que queres hoje de mim Parada sobre esta estrada... Oh! Bela Dama Pareces muito ferida O que queres hoje de mim Parada sobre esta casa isolada... Você está desarrumada Você está deselegante Você está toda maltrapilha Você está coberta de sujeira Você está com roupas rasgadas... Oh! Pálida Dama Pareces muito ébria O que queres hoje de mim Parada sobre esta estrada... Oh! Pálida Dama Pareces muito vil O que queres hoje de mim Parada sobre esta casa isolada... Eu sei que não falas Eu sei que não arengas Então faça um argumento Então trilhes um lamento... Estais tristes por que Estais tristes por quem Que amores te faltou Que amores te fartou... Há dias nos consumimos Há dias nos reverberamos Há dias nos refratamos... Nossos corpos possuem diferenças de calor Nossas bocas estão em estágios diferentes E os nossos desejos em equilíbrios paradoxos...
  • 56. Abrantes F. Roosevelt Kedma Devo descarta o seu corpo Devo enterra o seu amor... O seu cheiro não me incomoda A carne podre não me consterna... Mas os vizinhos possuem línguas felinas E os homens comportamentos maldosos Eles nos comprometem linearmente no amor Havidos pelos suplícios dos anjos abandonados... Um vivo Um morto... Um amor Uma amada... Um sabor Um ardor... Um vivido Um ébrio... Um descarnado Um desvairado... Em seu amor Em teu amar Em nosso amor... Devo deixa-la para as traças Devo deixa-la para os vermes Devo perde-la para a mãe terra.... A sua intimida está sobre larvas A sua intimidade está enervada... Às vezes a venero Às vezes a possuo Às vezes a desnudo... Sei que você mudou Sei que você variou... Você não é a mesma mulher Não é a mesma flor seguia Não é o mesmo amor frívolo... Sei que os ramos são rosas vis Sei que as pétalas são biltres....
  • 57. Abrantes F. Roosevelt Kedma Mas você está diferente Estais um pouco mais rubras Estais um pouco mais roxas... Aonde estais aquela que colhi no sepulcro Aonde estais aquela que tomei por pálida... Aquela lívida que amei há quinze dias Aquela ébria que roubei de seu sono Aquela virgem que selei em meus beijos... Cães biltres da morte Gatos vis da escuridão Devolvam a minha ébria Restituam a minha amada... Por amor a minha amada Por morte a minha paixão Pela vida de meu sofrimento Pela lascívia de meus desejos... Devolvam a minha pálida Componham a minha ébria Restabeleçam a minha vida Restaurem a minha paixão... “Um Vil Anjo Caído” Oh! Pálido querubim Vir as suas asas queimadas... Oh! Pálido querubim Vir a cratera no meu quintal.... O que queres de mim O que queres de mim.... Sou um amor efêmero Sou um amar perigoso Uma tempestade no céu... Oh! Pálido querubim Tens seios femininos Tens traços de mulher...
  • 58. Abrantes F. Roosevelt Kedma O que queres de mim O que queres de mim... Você está perdida na terra Você está em guerra no céu... Você é um anjo moribundo Você é um arcanjo solitário Um demônio vagabundo Um mestiço esquecido.... Oh! Pálido querubim És o sol de minha tarde... Oh! Pálido querubim És o luar de minha noite... O que procuras em minha casa O que queres de minha solidão... Por acaso não sabes Que eu não tenho alma... Por caso não sabes Que eu não tenho ela... Eu também não tenho amor Eu também não tenho amar Eu também não tenho dor... Eu não tenho dama alguma Eu não tenho dono algum... Não existe alguém Para chamar de meu Não existe alguém Para chamar de minha... Sou pedra no deserto Sou oco como a lua Sou podre como o ocre... Sou frio como o gelo dos polos Sou seco como arvores do serrado Mórbido como os cadáveres do cemitério Frigido como um humano de 90 anos de idade... Oh! Pálido querubim Sou presente de natal...
  • 59. Abrantes F. Roosevelt Kedma Não sou nenhum anjo caído Não tenho penas alvas e fluidas E nem tenho desejo pelo céu angelical... Não há em mim desejo Não há em mim fluido Sou frio como a noite Seco como a palha.... Sou mais tórrido que o diabo Mais louco que um hospício E terrível como um assassino... Eu não tenho dentro de mim Qualquer humanidade abrupta... Tenho o fogo nos olhos amarelos Tenho o gelo nos lábios vermelhos E chamas laranjas na língua frívola... Sou sozinho Sou escapista Sou efêmero... Sou como a brisa Sou como nevoeiro... Sou como a escuridão Um vazio no universo Um amar no teu verão... Sou deste jeito Por que não a tenho... Sou desta forma Por que a perdi... Sou desta natureza Por que fui inóspito.... E por isso Sou sozinho....
  • 60. Abrantes F. Roosevelt Kedma “Amor Livre” Oh! Amor Livre Oh! Livre amor... Por onde andas menina Por ondes tu caminhas.... Faz algum tempo Que não te vejo E algumas horas Que não te velo... Meus minutos São todos teus As minhas mãos São todas suas... Não tenho domínio Sobre a minha vida O meu respirar é seu... Há algumas décadas te persigo Há alguns séculos te desejo... Ainda lembro do nosso encontro Ainda lembro de seu semblante... Um vento leve sobre o teu rosto Um raio de luz sobre a tua fronte Um tedio de dor em teu semblante... Ainda assim eras linda Ainda assim eras bela.... Por que continua sozinha Por que continua sentada E sobre a escada da Sé... Aquela é uma igreja bonita Sua arquitetura é majestosa Mas a sua face reflete mágica... Desde a sua aparição biltre Eu não tenho a minha paz... Desde a sua impressão vil Eu não tenho o meu sono...
  • 61. Abrantes F. Roosevelt Kedma Ela sempre está sentada na Sé A meio quarto da mesma hora... Ela sempre está com semblante perdido Com o seu rosto voltado para frio do mar... Sempre na mesma escada Sempre na mesma posição Sempre na mesma igreja... As 17:30 de uma mesma tarde As 17:30 de um mesmo verão As 17:30 de um mesmo dia... Está sempre sobre as tardes obliquas Está sempre sentada sobre as escadas E sempre com um triste olhar em erupção... Quem es você bela dama Quem es você bela ninfa... A sua presença é um segredo A sua presença é um mistério... Minha bela dama do mar Você sempre assim estais... As vistas para o beira-mar As vistas pera o céu do mar... Seu comportamento matemático Seu lamento ultrarromântico Seu cumprimento religioso Seu movimento metafisico... Uma mulher misteriosa Uma mulher equitativa... Ela sempre vai embora Ela sempre some na luz Depois que o sol morre... Ela sempre vai embora Ela sempre some na luz Depois que o sol apaga... Sempre sentada Na mesma escada...
  • 62. Abrantes F. Roosevelt Kedma Sempre olhando O mesmo vil céu O mesmo vil mar... Ela sempre vai embora Ao fim da morte do sol... Ela sempre vai embora Ao fim do último brilho... Na mesma hora Na mesma tarde No mesmo céu No mesmo mar... Eu sempre venho aqui para vê-la Eu sempre estou aqui para vela-la... Aqui me parece um bom lugar Aqui me parece um bom sono Aqui me parece um bom descanso... Eu sempre estou aqui Eu sempre vou vela-la... Sempre estou do outro lado Sempre estou do seu lado... Eu a sigo sempre nas mesmas horas do dia Eu a sigo sempre nas mesmas tardes do dia Eu a sigo sempre nas mesmas mortes do sol... Eu a amava em segredo Eu a seguia em silencio Eu a velava em meus sonhos Eu a consumia em verso e prosa... Não foram poucas as vezes que a beijei Não foram poucas as vezes que a toquei Não foram poucas as vezes que a possuir Não foram poucas as vezes que a teve nua Não foram poucas as vezes que nos amamos... O seu corpo frio me acalentava O seu corpo inerte me confortava E o seu corpo ébrio me conduzia... As suas pálpebras frigidas As vezes não se abriam...
  • 63. Abrantes F. Roosevelt Kedma As suas pálidas mãos As vezes não apertavam... E os seus lábios gélidos As vezes não me beijavam... Os seus braços languidos As vezes não me seguravam... Mas as minhas mãos pálidas Não lhes negava sentimentos... A cor rubra de teu corpo Era chumbo em veleiros... Algo delirante Algo delirado... Ela nunca olhava para os lados E sempre caminhava absorta Pelas mesmas ruas curtas... Ela nunca olhava em meus olhos E sempre caminhava absorta Pelas mesmas ruas curtas... Ela nunca me exigiu nada Ela nunca quis nada de mim... Uma única prova de amor Uma única frota de amar... E sempre caminhava absorta E sempre caminha languida Pelas mesmas ruas de pedra Na mesma rua cumprida do giz... Estando sempre solta Estando sempre absorta Estando sempre languida... As vezes sendo apenas minha As vezes sendo do pôr do sol As vezes sendo esquecida... Seu nome é Amor Seu nome é Livre Às vezes é temor...
  • 64. Abrantes F. Roosevelt Kedma Ela nunca recitava Ela nunca reclamava Ela nunca conversava... Ela apenas me usava Ela apenas me amava Ela apenas me consumia... Depois ela sumia Depois ressurgia.... Hora me louvava Hora me suprimia Hora me consternava Depois desaparecia... Um corpo morto Uma alma penada Uma paixão vazia... Eu a chamava de amor justo Eu a chamava de amor cúmplice Ela podia ser a flor de Maria de Dalva Mas se chamava flor de mil margaridas... Como não ter esta flor de maria bonita Como não ter esta flor de Jacarandá Uma sabia flor do meu espaço solar Uma biltre flor do jazigo do gavião... A minha bela pálida A minha bela querida A minha bela esquisita A minha outra parte da alma... Uma flor de mil marias Uma flor de vis margaridas Um jasmim de campo-santo... “Anjo com Asas” Eu ouvir um bater de asas Eu sentir um cheiro árduo Eu vir as sombras das penas...
  • 65. Abrantes F. Roosevelt Kedma Era você meu vil anjo caído Era você meu desejo etéreo Era você minha perdição eterna... Há quanto tempo estais comigo Há quanto tempo me desejas Há quanto tempo me devoras... Existe esperança em seu desejo Existe fluidez em sua lesividade Existe planos para um anonimato... Um ato promiscuo de lascivo biltre Um fato próximo da masturbação vil Um confronto tórrido de sexo profano... Que anjos estranhos são estes seres Que nefilins bonitos são de tua casta... Que anjos possuem nomes de mulheres vis Que maldiçoes trazem as suas ignorâncias... Não me importo com a sua leviandade Não me interessa a sua biltre danação... Quero o seu prazer mórbido A sua demoníaca danação... A sua sutileza fria A sua tácita beleza E o seu beijo febril.... “Minha Amada Inocente” O desejo dos que tem apenas doze anos A traquinagem dos indolentes de nove anos A tolice das danações ébrias dos quatros anos... Oh! Doce inocente Tem em mim frívolas... Oh! Doce menina Em te sou um fel... Aos doze parece um anjo Aos nove reflete humanidade E aos quatro vir o seu demônio...
  • 66. Abrantes F. Roosevelt Kedma Oh! Doce criança Sou um amado amante... Oh! Doce menina Te amei em segredo... A porta da janela louvava-te A beira da praça velava-te E na porta da escola suspira... Oh! Bela pálida És linda como um lis... Oh! Doce demônio És linda como a acácia... Hoje aos onze anos Pude enfim beija-la... E mesmo aos dezessete Ainda me arrepia a fronte.... Oh! Doce pálida Como és plena... Oh! Doce menina Como és pura... Em meus lenções Em meus braços Sempre foi fluida... Não tive outro amor Não tive outro amar Eu aos dezessete anos Você aos onze anos E o amor sem idade... Nossos beijos na escada Nossos beijos em sua casa Nossos beijos em minha casa Nossos beijos na porta da igreja... Alguns vividos na praça Alguns vividos no bairro Alguns vividos na sacristia... Na nossa belíssima quadra Na nossa belíssima casa Na nossa belíssima rua...
  • 67. Abrantes F. Roosevelt Kedma Alguns vividos na sala de estar Na sua bonita casa amarela Na minha rua movimentada... Na minha rua dezoito Na sua rua dezenove No salão paroquial... Todos sentidos aqui dentro Todo vividos aqui dentro.... No seu coração No meu coração... Eu aos dezessete anos Você aos onze anos E o amor sem idade... “Encrespada” Tranças em cabelos lisos Mechas em tranças tortas Ondulações em pelos ébrios... Uma testa machucada Um coração em pedaços Um vil a nossa espreita... Um olhar temeroso em voga Um vulga vil sobre a tua face Uma pinta vermelha solitária... Um demérito em teu sono solto Um curto abraço em teu ombro Um selo amargo no seu tedio... Veste-te com o teu colar azulado Pinta-te com urucum vermelho Prepara-te para guerra seca.... Vem sem vontade de me amar Vem no meu compasso verde Vem sobre os galhos do ocre... Oh! Índia dos cabelos pretos Oh! Índia dos olhos castanhos...
  • 68. Abrantes F. Roosevelt Kedma Eu tenho a dor de tua perda Eu tenho a cor de teu cheiro Eu tenho o amargo do fel... Oh! Negra dos lábios róseos Oh! Negra da pele de vênus... Eu tenho a aflição de tua lesão Eu tenho a matiz de teu aroma Eu tenho o cítrico da vil bílis... Oh! Branca do corpo escultural Oh! Branca do rosto de Nerfetiti... Eis uma mistura brasileira Eis uma mistura de raças Uma fusão de amor eterno... Uma cisão do universo Uma fusão do paraíso Uma partícula de Deus... “Eclipse” Como é ruim a dadiva do afastamento Como é promiscua o selo da separação Como é biltre o rumo de um desagarro.... O dinheiro é um senhor soberano A volúpia um desterro de agrado E a inócua a inviabilidade da emoção... Eu amei intensamente o seu amor Eu amei inteiramente o seu corpo Eu amei promiscuamente o teu sexo... A vida foi cruel ao nosso amor A morte tem peleja com a dor E a sorte não quis sorrir no fel... Não tenhas duvidas do meu amor integro Não tenhas dúvidas que me entreguei Não tenhas dúvidas que fui sincero Não tenha dúvidas que fui intenso....
  • 69. Abrantes F. Roosevelt Kedma Eu porem ainda te amor Eu porem ainda te desejo Eu porem ainda te possuo... Sei que te magoei Sei que te machuquei Sei que fui um biltre vil... Amar é algo ilógico Amor é algo insano Amor é algo profano... Paixão é não ter razão Paixão é não ter filtro Paixão é não ter ócio.... Não tenhas duvidas que te amei Não tenha dúvidas que foi amor Não tenhas duvidas que é amor... A vida foi soberba A vida foi brutal A vida foi viral... E a dor magoa E a dor da perda Nunca são iguais.... Eu tenho cicatrizes profundas Eu tenho buracos que não fecham Eu tenho vazios que não são preenchidos.... Eu tenho perdas irreparáveis Eu tenho fugas irremediáveis Eu tenho emoções irreversíveis... Eu não tenho você em minha vida Eu não tenho o amor de seu coração... Eu a perdi durante biltres batalhas E sei que nunca mais vou ganha-la.... Eu tive a sorte de ter você Eu tive a sorte de beijar você Eu tive a sorte de abraça você Eu tive a sorte de estar em você Eu tive o prazer de dentro de você....
  • 70. Abrantes F. Roosevelt Kedma Mas peguei Mas errei E te perdi.... “Amor Inimigo” O amor traz a liberação dos cernes Em todas as ansiedades aprisionadas Impressas a almas tacitamente apaixonadas... O amor traz todas as liberações da carne Formadas pelos pensamentos lascivinistas E Ilustrada em todas as dramaticidades do feltro... Algumas estando iníquas Outras estando insipidas Cruas em exposições fortuitas Principiadas a sentimentos proibidos... Algumas implicitamente entregues a talha Outras invariavelmente inconstantes ao feltro E inflamadas pelo inconsciente da instabilidade... Algumas em raízes ideológicas inóspitas Outras refratadas em esquadras da morte E mutáveis no panorama da individualidade... Inteligíveis as percepções vulgares Inflexíveis a um mundo escondido Formulado a inabalável redoma do fel... Um universo intangível Um vil lugar promiscuo Formulado e arquitetado Pelos biltres apaixonados.... Exercido na declaração pueril Estruturado na inconstância do fel Em fáceis sentimentos quase inócuos...
  • 71. Abrantes F. Roosevelt Kedma Estando O amor O desejo A ternura A saudade A dedicação A paixão E o tempo... Entregues a efêmeros resultados dúbios Fragmentados a resignação refrataria do tercio Envolvidos pelos húmus de quem se ama no cerne... Incidindo no desejo febril A amor refeito ao colo coibido Forjado as margens do inimigo... Um permanecer do tempo em talhos Entregue aos julgamentos dos amantes Um vincular do cerne no soberbo Vesúvio As críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno no amar exógeno Um vagar inacabável na escuridão Um sitiar extremo deixado a lapide Aos escritos não correspondidos... Um ferver do amor Um sofre do amar Uma desilusão trácia No tecer dos tempos... Um amor recolocado A guilhotina dos medos... Um puxar incerto da alça insana Que libera a laminar do frio carrasco... Um íntimo sentir tênue Frágil a ríspida morte.... Um milésimo minguado Em sua paixão profana Aterrada no teu sofrer Incinerado no vernier... Um final pernicioso Um julgar fortuito Uma destilação vil Em todos os poetas...
  • 72. Abrantes F. Roosevelt Kedma Uma ponderação inóspita Ao ternário das vis letras... Um partir solitário e calmo Na data de suas publicações... Um livro incendiado no cerne Pelas forças do sobrenatural... Um biltre texto solto Ao acaso dos amados... Entre os tristes poetas Entre as tristes composições Restam-nos o lúgubre destino A austera ponderação na lapide... O trabalho do sentir A frágil volúpia do fingir A réstia eternidade efêmera O fardo etéreo do calabouço cinza... Casta de um patrimônio cultural sucumbido Matéria de uma humanidade quase mórbida Destroço de uma insanidade absurda do vazio... Um especulo dos loucos Um hospício da imaturidade Um assombro das angustias Um atributo do amor fragilizado Um vício da paixão inerte do cerne... Um pertencimento involuntário da talha Uma comunhão seletiva dos leitores Uma exposição imediata da ilusão Um querer complicado do universo... Um atendimento irracional das letras Uma possessão imaterial da carne Um consumir volúvel da alma... Uma posse arbitraria Um terce do inconsciente Em todas as expectativas A quem nos devora a alma Mascando-nos página por página... Um remetente ilustre do etéreo Uma preparação da trincheira do fel Uma vil vivacidade em guerra oblíqua
  • 73. Abrantes F. Roosevelt Kedma Um tumulto revirado pelas bombas algébricas Um promovem infeliz das saturações do olimpo... Onde as armas e o tedio Possuem colunas tácitas Que pouco importam a carne Ao imprevisto frívolo da musa... Algo que não nos incomoda a carne Algo que não nos constrange a pele Algo que não nos despedaça a alma... Andemos sobre o vale dos espíritos Acampemos sobre o campo imundo Travemos em campo aberto e ao frio A última batalha em favor dos injustos Em favor do amor, do amar e da morte... “Flores do Mal” Um cheiro encantador Uma pálida desvairada Uma pétala fluida do deserto... Flores que traduzem a relva Flores que encanto a volúpia Flores que maquiam a morte... Flui na vulva Flui na boca Flui nos seios... Encanta a virgem Engana as inocentes Flui do meu mal tácito O mel das acompanhantes... Uma flor que adormece a carne Um néctar que destila a lascívia Um fel que despe as infantes ébrias Uma flor capaz de inferi sexualidade Uma rama inerte Uma flor promiscua Uma depravada insana Uma provocação do cerne.. Fim
  • 74. Abrantes F. Roosevelt Kedma Agradecimentos A todos os meus amigos e colegas que leram este livro Antes mesmo de sua impressão Que elogiaram e criticaram as suas entrelinhas Que deram muitas sugestões importantes E às vezes até compactuaram comigo Em recitações ao ar livre Na embriaguez da companhia de um bom e velho vinho Um salve a vocês...
  • 75. Abrantes F. Roosevelt Kedma Memorial Em memória de um amor Que ficou no passado... Ao amor de minha vida Ao amor de meu viver... Ainda que este amor Não esteja por mim Em público Como devia o ser Tanto a mim Quanto a ela... Esteja aqui está declaração Em memória de seu nome Em estrato de dignifico título... Oh! Minha amada bendita Oh! Minha bendita amada... Está escrito em sangue Está escrito em chamas... Mesmo que ainda esteja No anonimato completo Meu amor por você Amdek Ainda continuará no espaço... Percorrendo o infinito Como o brilho de bilhões De estrelas mortas nos céus Que insistem em te focalizar... Ainda que inerte na alma Ainda que inerte na calma Isto sim meu amor É apenas amar-te....
  • 76. Abrantes F. Roosevelt Kedma Sobre o Autor Sua alma no universo imaginativo perambula, Seu gosto pelo vinho revitalizar sua emoção, Nascido em São Luís do maranhão no dia 26 de fevereiro de 1981, Sua vida literária é marcada pela paixão e pelo amor que possui pela arte, Principalmente pelo teatro, música, cinema, artes plásticas e pela poesia produzida em geral pela humanidade... Talvez isso explique sua incrível fascinação pelos livros e pelos autores ultrarromânticos do século XVIII.... Desde muito novo, teve amor pela escrita Completamente apaixonado por esta arte Propôs-se inicialmente a escrever peças teatrais Pensamentos soltos, crônicas diversas E por último dedicou-se a poesia Esta que até hoje é a sua única e maior paixão.... Este livro que intitulo “Sonetos Secretos” apenas resumem quais propósitos o gênero literário do escritor desempenha dentro de seu papel humanista, a dualidade de sentimentos tão estranhos, evidenciando como um amor não curado, pode respingar desejos do passado na realidade de sua vida presente.... Sua escrita se assemelha às folhas secas de um outono trivial, sendo um ritualista, compele a repetição paisagística da metalinguística que transgredi a composição das formas remetente ao delírio do prazer tênue.... Este livro é uma de suas obras primas no segmento romântico, aqui são expressos textos poéticos em um enredo muito lírico, Inteligente, conflituoso, lascivo, tenebroso, encantador e tempestuoso... Porém os papeis em branco tingidos a cinzas, fica ao cargo do leitor colori-los... Não admirem amigos leitores, caso vocês, encontrem aqui espalhado, alguns pedaços de vossas vidas expostas em entrelinhas escondidos ao tempo... Algumas talvez inóspitas e indelicadas, algumas talvez inertes e frias, imprimidas ao pé das orelhas do secreto.... No entanto, consumam por sua vez, os meus pensamentos, como a quem bebe vinho e fica resoluto.... E já embriagado, tenaz e envolvido em sono, sugiro que durmam inquietos e felizes... Então caros leitores, por favor, eu vos aconselho, embriaguem-se primeiro antes da leitura de meus pensamentos soturnos, mergulhem antes dentro de si mesmos, a longo prazo me degustem, e quando puderem divirtam-se comigo em seus sonhos.... Abrantes F. Roosevelt
  • 77. Abrantes F. Roosevelt Kedma Notas do Autor Este livro revela todas as ansiedades de liberação de pensamento, ilustra todas as dramaticidades da exposição dos sentimentos proibidos a raízes ideológicas inóspitas, refrata todas as inteligíveis percepções de um mundo completamente formulado e arquitetado pelos apaixonados.... Exercer na declaração dos sentimentos inócuos, o amor, o desejo, a ternura, a saudade, a dedicação, a paixão e o tempo a efêmeros resultados da resignação refrataria de quem se ama, incidindo no desejo febril, o amor ao colo coibido do próprio inimigo... Um permanecer do tempo, entregue aos julgamentos dos amantes, um vincular do cerne as críticas dos possíveis insultos alógenos.... Um sofre eterno do amar, um vagar inacabável da escuridão, um sitiar deixado aos escritos não correspondidos, um ferver do amor, um sofre do amar, uma desilusão no tecer do tempo... Um amor colocado a guilhotina dos medos, um puxar incerto da alça que libera a laminar do frio carrasco, um íntimo sentir tênue da ríspida morte.... Um milésimo mínimo da paixão profana aterrada no sofrer... Um final pernicioso a todos os poetas, uma ponderação inóspita ao ternário das letras, um partir solitário na data de suas publicações, um livro incendiado pelas forças do sobrenatural, um texto solto ao acaso do amados... Entre os poetas, restam o lúgubre trabalho do sentir, a frágil volúpia do fingir, a réstia da eternidade efêmera, o fardo do etéreo, a casta de um patrimônio cultural sucumbido, a matéria da humanidade mórbida e a insanidade absurda do vazio. Um especulo dos loucos, um hospício da maturidade, um assombro das angustias, um atributo do amor frágil, um vício da paixão inerte. Um pertencimento da comunhão seletiva dos leitores, um expor-se imediato a ilusão, um querer complicado do universo... Um atendimento irracional de todas as expectativas de quem nos devora a alma, pagina por pagina, um remetente da preparação da trincheira, uma vivacidade de guerra oblíqua, um tumulto revirado pelas bombas, onde as armas e o tedio são colunas que pouco importam ao imprevisto da musa, algo que não nos incomoda a carne, travá-la em campo aberto e ao frio. Exposto as estas letras, desejo aos meus devoradores que este livro e um bom vinho, sejam em uma madrugada chuvosa, belos companheiros, sugiro aos meus leitores que os tome como hospede inato em suas vidas, regozije-o em tamanha amplitude e gozo, na intenção de degustá-los e recita-los como prova de minha companhia, tendo também os velhos amigos, reunidos sobre roda de uma boa conversa em recitação de meus versos. Permanecendo o vinho, o livro e as belas jovens ao lado de suas ébrias confraternizações eternas. Abrantes F. Roosevelt