O documento discute a profissão de arquiteto de informação, realizada por bibliotecários. A arquitetura de informação envolve organizar ambientes digitais para melhorar a experiência do usuário. Bibliotecários aplicam seus conhecimentos em taxonomia e pesquisa com usuários como arquitetos de informação. O documento também fornece exemplos da experiência profissional do autor e técnicas comuns em arquitetura de informação.
2. Arquitetura de informação
Arquitetura de informação hoje é conhecida como a arte
de organizar, categorizar, classificar e hierarquizar
ambientes e conteúdos informacionais com o objetivo de
prover uma melhor experiência do usuário em ambientes
digitais . O termo foi popularizado pelo arquiteto Richard
Saul Wurman em meados da década de 60 com a
preocupação de organizar as informações para que seus
usuários pudessem encontrar com facilidade. Wurman
também foi fundador das palestras digitais conhecidas
como TED conference.
3. Biblioteconomia
Além do papel de agente cultural, educador
social, mediador da informação e preservador
de documentos, o cerne da profissão vai de
encontro com a arquitetura de informação. E os
principais objetos em comum são :
➔ Taxonomia
Dar nome às coisas, categorizar,
classificar e elaborar filtros de
informação.
➔ Pesquisa com usuarios
Pesquisar perfis e modelos mentais para
que a informação seja encontrada pelo
usuário certo.
4. Assim como o bibliotecário necessita
conhecer sobre ciência da informação,
documentação, marketing, cultura e política o
arquiteto de informação também precisa de
conhecimentos que agreguem seu know how
como ergonomia, usabilidade, computação,
interação humano - computador, design e
infodesign.
5. A história da arquitetura de
informação vai de encontro com a
história da Internet, e na década de
90 surge o profissional arquiteto de
informação pelo pioneirismo dos
bibliotecários e cientista da
informação Peter Morville e Louis
Rosenfield criando a empresa Argos
Associate. Primeira empresa
dedicada a trabalhar com AI na web.
Peter Morville e Louis Rosenfield são
responsáveis pelo livro que é
referência no assunto e apelidado de
livro do urso polar lançado em 1998:
information architecteture for the
world wide web and beyond.
6. Minha experiência como Arquiteto de informação:
Taxonomista em E-commerce
Minha experiência como arquiteto de informação iniciou
na empresa B2W Digital, como taxonomista em
e-commerce. Primeiramente alocado numa equipe de
SEO (Otimização de busca) e depois dentro de um eixo de
UX (Experiência do usuário), o principal objetivo da
equipe de arquitetos de informação, é prover uma boa
experiência do usuário que navega pelas categorias dos
sites sem utilizar o campo de busca, assim como possuir
bom ranqueamento nas páginas de buscadores, através
de boas práticas no uso de termos para execução de
menus e ficha de produtos.
7. “Findability precedes usability. You can’t use what you can’t find.” – Peter Morville (Bibliotecário)
Conceito popularizado pelo bibliotecário Peter Morville, e o
seu significado mais próximo é encontrabilidade. Sua
importância pode ser determinada como a primeira lei do
e-commerce segundo o Wikipedia, que resulta em: “ se o
usuário não encontra o produto, então ele não consegue
comprar”.
Graduado em Library and Information Science pela University
of Michigan School of Information.
Findability = “Encontrabilidade”
8. Torne a arquitetura de informações sua vantagem competitiva
“A arquitetura da informação envolve o design de sistemas de organização, etiquetagem, navegação
e pesquisa para ajudar as pessoas a encontrar e gerenciar informações com mais sucesso.” - Louis
Rosenfeld
Noruzi (2004) apud Paiva (2012) comenta que a A.I. é um exemplo bem prático e moderno das cinco leis da
biblioteconomia, as cinco leis de Ranganathan.
Leis da biblioteconomia Leis da web
Livros são para uso Recursos web são para uso
Para cada leitor, seu livro Para cada recurso web, seu usuário
Para cada livro, seu leitor Para cada recurso web, seu usuário
Poupe o tempo do leitor Poupe o tempo do usuário
A biblioteca é um organismo em crescimento A web é um organismo em crescimento
9. Conceitos Livros websites
Componentes Capa, título, capítulos, seção,
página, índices
Página principal, barra de
navegação, links, página de
conteúdos, mapa do site,
busca
Dimensões Duas dimensões, páginas em
ordem sequencial
Espaço de informação
multidimensional com
navegação hipertexto
Limites Tangível e finito com um
início e final bem definido
Intangível, bordas nebulosas
que levam para outros sites
Organização da informação entre o livros e os websites. Fonte do
quadro: Lucena (2004) apud Paiva (2012).
10. O Arquiteto de informação mais generalista,
faz um trabalho mais próximo do design de
interação utilizando roadmaps, fluxogramas,
rotulações, wireframes, protótipos, guias de
navegação e testes de usabilidades.
11. 2. Técnicas
utilizadas em AI
Segue as principais técnicas utilizadas para
um trabalho de taxonomia num e-commerce:
Cardsorting
Método de estruturação por cartas com o
objetivo de categorizar o conteúdo de forma
compreensiva para o usuário final.
Treetest (Teste da árvore)
Técnica de usabilidade para avaliar a
Findability (Encontrabilidade) de conteúdo em
um site. Também considerado um cardsorting
reverso. Ajuda a provar que a estrutura do seu
site vai funcionar antes de testar o design da
interface.
12. Cursos e pós graduações
● Senac Rio/ Senac SP. Especialização em Design de interação:
● PUC-Rio. Pós graduação em Ergodesign e arquitetura de informação.
● ESPM-Rio. Marketing e Design Digital.
● Impacta SP. Arquitetura de informação e ux+ módulo avançado em usabilidade
Média de duração: 1 ano à 2 anos
● Estácio de Sá:
http://www.estaciocursoslivres.com.br/shopping/produto/ARQUITETURA_DA_INF
ORMACAO/3665
● TIM: https://cursos.timtec.com.br/course/arquiteturadainformacao/intro
Cursos online
● São Paulo Digital
Schooll:http://www.spds.com.br/curso/curso-arquitetura-informacao/
● Fespsp: https://www.fespsp.org.br/curso/152/arquitetura_da_informacao_aplicada
● Mergo RJ:
https://www.sympla.com.br/curso-de-arquitetura-de-informacao-no-rio-de-janeiro__
40136
Cursos presenciais.
Há muito mais cursos espalhados pelo país.
Os principais desafios do
bibliotecário como
arquiteto de informação
são, se adaptar às novas
ferramentas e ter seu
conhecimento
continuado focado em
novas tecnologias.
13. Futuro da arquitetura de
informação
A internet continua crescendo
substancialmente e portanto a necessidade de
boa arquitetura de informação. Segundo
Rogério Pereira (2009) do blog websinder,
este novo profissional precisa participar mais
do planejamento e estratégia dos produtos e
serviços. E na web semântica (web 3.0)
Morville citado por Pereira, diz que o foco
será permitir que o usuário crie conteúdo e
classificações para depois os arquitetos
organizarem e otimizarem as formas de
apresentação e busca.
14. Fontes bibliográficas e
recomendações
PORTAL DO BIBLIOTECÁRIO. Arquitetura de informação: Por onde começar?
Disponível em: <
http://portaldobibliotecario.com/arquitetura-da-informacao/arquitetura-da-informacao-
por-onde-comecar/ > Acesso em : 14 de agosto de 2018
TEIXEIRA, Fabrício. Blogs, livros, links cursos e eventos em arquitetura de informação.
Disponível em:
<https://brasil.uxdesign.cc/blogs-livros-links-cursos-e-eventos-de-arquitetura-de-inform
a%C3%A7%C3%A3o-8e32bd79dce> Acesso em: 14 de agosto de 2018
WIKIPEDIA. Findability. Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Findability
>Acesso em: 14 de agosto de 2018
SANTANA, Flavio. Cardsorting: A arquitetura de informação construída pelos usuários.
Disponível em <
https://coletivoux.com/card-sorting-a-arquitetura-de-informa%C3%A7%C3%A3o-const
ru%C3%ADda-pelos-usu%C3%A1rios-54b9f892e38e > Acesso em: 14 de agosto de
2018
OPTIMAL WORKSHOP. Treejack. Disponível em:
<https://www.optimalworkshop.com/treejack > Acesso em: 14 de agosto de 2018
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE BIBLIOTECONOMIA,
DOCUMENTAÇÃO, CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO, 2012.
Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em:
<http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/moci/article/viewFile/1702/1152 >
Acesso em: 14 de agosto de 2018
REIS, Guilhermo Almeida dos. Centrando a arquitetura de informação no usuário. São
Paulo: USP, 2007. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-23042007-141926/en.php>
Acesso em: 14 de agosto de 2018
ALVES, Cláudio Diniz; ROCHA, Janicy. Arquitetura de informação: Origem e
desenvolvimento. Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, 2012. Disponível
em: <
https://pt.slideshare.net/mobile/aiadufmg/arquitetura-da-informao-origem-e-desenvolvi
mento > Acesso em: 14 de agosto de 2018
STEIMER, Dora. Bibliotecários lato e strictu sensu. 2015. Disponível em: <
http://bsf.org.br/tag/taxonomia/ > Acesso em: 14 de agosto de 2018
SILVA, Gledson Antonio da. Taxonomia e Folksonomia: Conceitos e aplicações. 2010.
Disponível em: < https://pt.slideshare.net/mobile/gledson82/taxonomia-e-folksonomia >
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BLOGCDIGITAL. Web 3.0: A terceira geração da internet. 2009. Disponível em: <
https://blogcdigital.wordpress.com/2009/03/05/web-30-a-terceira-geracao-da-internet
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PEREIRA, Rogério. O futuro da arquitetura de informação. 2009. Disponível em: <
https://webinsider.com.br/o-futuro-da-arquitetura-de-informacao/ > Acesso em: 14 de
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AMIN, Sherif. 7 Information Architecture lessons from inspiring quotes. Disponível em:
https://mailchi.mp/fb3238133b03/avoid-these-mistakes-for-an-outstanding-ux-persona
-351207 > Acesso em: 14 de agosto de 2018