O documento discute os possíveis efeitos negativos de um uso excessivo de dispositivos digitais e celulares na educação e desenvolvimento de crianças. Ele destaca que o cérebro humano é mais complexo do que qualquer computador, mas pode "emburrecer" ao adotar a lógica digital em detrimento da inventividade. Também aponta estudos que mostraram melhorias acadêmicas entre alunos quando os smartphones foram banidos da escola.
1. Celular... Só se for
inteligência celular
Rayi Ramirez Tupinambás
Papel: Tecnófobo
2. A máquina jamais será como o nosso
cérebro, mas o nosso cérebro pode
emburrecer para ser como a máquina.
Além da psicopedagogia, que mostra como o laço comunicativo ininterrupto com
a família pode prejudicar o desenvolvimento e amadurecimento da criança, a
própria neurociência atesta a singularidade do funcionamento da inteligência
celular de nosso cérebro, de complexidade muito superior a qualquer
computador. No entanto, justamente pela adaptabilidade analógica de nossas
mentes, um desmedido contato com sistemas digitais pode fazer nosso cérebro
adotar essa lógica de funcionamento digital perdendo os traços mais admiráveis
como a inventividade e a espontaneidade.
3. Sejamos Sinceros!
Não é preciso projetar um futuro diatópico para visualizar os possíveis males
de uma adesão tão profunda dos meios digitais no cotidiano humano.
Qualquer um de nós pode facilmente atestar, mesmo que sejam micro,
disfunções que surgiram após a intensificação do uso. Sejam déficits
atencionais, emocionais ou produtivos.
Seria mesmo desonesto deixar o fluxo da invasão tecnológica correr nos
meios pedagógicos que educará as crianças, sem uma devida ponderação e
mediação da nossa parte.
4. Vislumbrando o horizonte!
Graças a estudos já realizados, é possível tranquilizarmo-nos sabendo que a
reversibilidade desse problema existe!
Um estudo divulgado no mês passado pela London School of Economics
mostrou que alunos de escolas da Inglaterra que baniram os smartphones
melhoraram em até 14% suas notas em exames de avaliação nacional.
O aumento acontece principalmente entre estudantes com conceitos mais
baixos. Na faixa etária entre 7 e 11 anos, o banimento ajudou alunos com
aproveitamento abaixo de 60% nas provas.
5. As tecnologias são a chave de qualquer progresso, o celular acumula
inúmeras utilidades, mas seu uso não pode ser pervasivo e
desregulado.
É com medidas paliativas como a anterior que continuaremos a formar
seres humanos mais inteligentes que qualquer máquina inventável!