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Dr. Carlos Odilon da Costa
Unidade 2
Geografia Rural GED 106
Ser a melhor solução de educação para a construção da sua própria história.
Ser líder nas regiões onde atua, referência de ensino para a melhoria de vida dos
nossos alunos, com rentabilidade e reconhecimento de todos os públicos.
MISSÃO
VISÃO
VALORES
Ética e Respeito: Respeitar as regras sempre, com transparência e respeito, é a base do nosso
relacionamento com alunos, funcionários e parceiros.
Valorização do Conhecimento: Não basta saber, é preciso saber fazer. Valorizamos o conhecimento
como forma de inspirar e aproximar as pessoas.
Vocação para Ensinar: Nossos profissionais têm prazer em educar
e contribuir para o crescimento dos nossos alunos.
Atitude de Dono: Pensamos e agimos como donos do negócio.
Simplicidade e Colaboração: Trabalhamos juntos como um time, com diálogo aberto e direto.
Foco em Resultado e Meritocracia: Nossa equipe cresce por mérito através da superação de metas e
dedicação de cada um.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
conhecer os conceitos pertinentes aos temas: rural, novas ruralidades e a
relação entre campo cidade;
compreender os desafios e possiblidades da nova ruralidade e observar as
convergências de olhares entre o rural e o urbano;
compreender como se deu o desenvolvimento dos processos de
modernização, industrialização e formação dos complexos agroindustriais
no Brasil e no mundo;
entender os sistemas agrícolas contemporâneos e a sustentabilidade em
âmbito global na América Latina e no Brasil;
compreender a estrutura dos complexos industriais no decorrer do
processo de modernização, industrialização e formação dos complexos
agroindustriais no mundo e no Brasil.
• PLANO DE ESTUDOS
• Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um
deles, você encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os
conhecimentos abordados.
• TÓPICO 1 – NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO
CIDADE.
• TÓPICO 2 – OS PROCESSOS DE MODERNIZAÇÃO,
INDUSTRIALIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS
AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL.
• TÓPICO 3 – OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E
A SUSTENTABILIDADE.
NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO
CIDADE
• Portanto, para entendermos a questão envolvendo
a Nova Ruralidade em seus aspectos de relações
sociais, políticas e econômicas, é necessário
também entender a construção do meio urbano e a
sua relação com o campo nos últimos tempos. Nas
palavras de Lobão (2018, p. 2) “[...] novas
funcionalidades e novos modelos [...]” do rural tem
modificado as suas relações sociais e econômicas a
partir das novas necessidades da sociedade, como
por exemplo, a ampliação da produtividade
agrícola. Essas novas funcionalidades e novos
modelos resultam na nova ruralidade”.
• Na base da emergência da nova ruralidade de acordo com Abramovay
(2003), há pelo menos uma transformação qualitativa na articulação das
três dimensões principais que admitem a definição do rural: a
proximidade com a natureza, a relação com as cidades e as relações
interpessoais resultantes da baixa densidade populacional. Quanto a
proximidade com a natureza: os recursos naturais antes destinados à
produção de bens primários, são atualmente objeto de novas formas de
utilidade social, principalmente voltados à conservação da
biodiversidade, o bom emprego das potencialidades paisagísticas e a
procura de fontes renováveis de energia. Já a relação com as cidades:
nesta dimensão os espaços rurais dão lugar a uma maior distinção e
relação intersetorial de suas economias. Quanto aos relacionamentos
interpessoais: trocam a homogeneidade e o isolamento pela ação
crescente de distinção de um indivíduo do outro e de heterogeneização,
combinada com maior mobilidade física, com a nova representação
populacional e com a crescente conexão entre negócios antes
nitidamente independentes no rural e no urbano, comércios de bens e
serviços.
• O rural tem sido estudado por distintas pesquisas
agrárias e estas têm comprovado nas últimas décadas a
formação de uma “ruralidade contemporânea” para
Carneiro (1999) ou um “novo rural” de acordo com
Graziano (1999) ou segundo Wanderley (2000) uma
“nova ruralidade”. Segundo estes pesquisadores, o
espaço rural não pode ser mais tomado tão somente
como o conjunto de atividades agropecuárias e
agroindustriais em benefício da sua modernização e
mecanização; da crise reprodutiva da agricultura
familiar; das novas funções e novos tipos de atividades
no campo; e da conformação de novas identidades
sociais no ambiente rural.
• Segundo Vilela (2002), as relações territoriais
atualmente estão marcadas pela influência que a
globalização desempenha no local, bem como a
importância do local perante a globalização. Schneider
(2004, p. 90) considera essa influência da globalização
no local como “[...] o quadro atual é profundamente
marcado por um processo de ampliação da
interdependência nas relações sociais e econômicas em
escala internacional”. Para Schneider (2004), isto
demonstra que a globalização é uma particularidade da
extraordinária habilidade da adaptação que a economia
capitalista tem em âmbito mundial e da relação de
dependência entre as condições de tempo e espaço no
processo global de produção de produtos.
RURALIDADE CAMPO E CIDADE
• Não há possibilidade de falar do campo e da cidade
como coisas diferentes porque: o campo está na cidade
e a cidade está no campo. Portanto, é mais garantido
falar sobre o rural considerando: a) o rural não mais ou
não exclusivamente como divisão específica; b) o rural
não mais ou não tão-somente como produção agrícola
ou agropecuária; c) o rural como reprodução social e
simbólica, ou seja, pode-se afirmar que o rural,
independentemente de onde se habita ou do que se
faz, é uma percepção de mundo, uma maneira como os
indivíduos e os grupos instituem suas inclusões sociais
e também bem-sucedidas (PESSOA, 2007).
DESAFIOS E POSSIBILIDADES FRENTE A
NOVA RURALIDADE
• Observa-se que nesse novo modelo do espaço rural é
possível criar possibilidades de “[...] organização territorial e
de desenvolvimento rural” (ZUQUIM, 2007, p. 5) e deste
modo pode proporcionar “[...] melhores condições de
fixação e de construção do habitat rural, desde que haja
políticas públicas compensatórias para a moradia, a
agricultura e a natureza, das populações que se encontram
em graves condições de empobrecimento rural” (ZUQUIM,
2007, p. 5). Deste modo, devagar, progride a concepção de
que só o urbano é ligado ao moderno e o espaço rural deixa
de ser o local atrasado e obsoleto. Mas um lugar com
distintas atividades, espaço em que há a articulação das
novas tecnologias para a produção, habitação e o desfrutar,
com o cuidado do meio ambiente (ZUQUIM, 2007).
• Além das possibilidades Gonçalves (1997) cita
como desafios: os conflitos oriundos das
modificações sobre a composição do trabalho do
campo que foram fortes, com a diminuição integral
dos empregos, relacionada à urbanização da força
de trabalho. O autor adiciona ainda as
transformações na sazonalidade e a cobrança de
mão de obra qualificada.
• O rural tem sido estudado por distintas pesquisas
agrárias e estas têm comprovado nas últimas
décadas a formação de uma “ruralidade
contemporânea” ou um “novo rural” ou uma “nova
ruralidade”. O espaço rural não pode ser mais
tomado tão-somente como o conjunto de
atividades agropecuárias e agroindustriais em
benefício da sua modernização e mecanização; da
crise reprodutiva da agricultura familiar; das novas
funções e novos tipos de atividades no campo e da
conformação de novas identidades sociais no
ambiente rural.
OS PROCESSOS DE MODERNIZAÇÃO,
INDUSTRIALIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS
COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL
• Com as revoluções industriais, o espaço rural se tornou cada vez mais
integrado e subordinado ao espaço urbano. O processo de
modernização da agricultura desencadeou diversas transformações no
campo, alterando profundamente as formas de produção agrícola dos
países. O processo de modernização do campo corresponde à
implantação de novas tecnologias e maquinários no processo de
produção no meio rural. A modernização agrícola, para Paiva (1971, p.
178 apud LOBÃO, 2018, p. 8) é “[...] o processo de melhoria da
agricultura pela adoção de técnicas modernas [...]”. Essa conceituação
se restringe somente às particularidades de produção stricto sensu. Ao
mesmo tempo, reconhece-se que a definição de modernização agrícola
é mais ampla, especialmente quando se procura trabalhar com aspectos
de origem mais limitada, por exemplo, como é a situação das unidades
de produção individual ou ainda de um pequeno grupo de agricultores
nativos de determinado país ou região particular que não basicamente
adotam métodos novos, mas exibem um padrão moderno em relação a
diversos grupos.
• O processo de modernização se torna irreversível
com a industrialização da agricultura. A produção
agrícola regrediria somente no caso de uma
regressão da base técnica da industrialização. A
situação é que o término do processo de
modernização da agricultura resulta na sua
industrialização. Esse atributo “[...] representa a
subordinação da Natureza ao capital, que,
gradativamente, liberta o processo de produção
agropecuária das condições naturais dadas,
passando a fabricá-los sempre que se fizerem
necessárias” (KAGEYAMA, 1997, p. 114).
• O projeto de desenvolvimento rural brasileiro teve
o objetivo da expansão e da concretização do
agronegócio que resultou na ampliação da
produtividade e investimentos para o Brasil pela
exportação, e as implicações dos custos sociais e
ambientais crescentes, de acordo com Marques
(2002). No país, muitas das modificações estão
ligadas ao projeto de desenvolvimento rural
seguido pelo mesmo.
• Entende-se por Complexo Agroindustrial: “[...] o conjunto de relações
entre indústria e agricultura na fase em que esta mantém intensas
conexões para trás, com a indústria para a agricultura e para frente, com
as agroindústrias e outras unidades de intermediação que exercem
impactos na dinâmica agrária. O Complexo Agroindustrial é uma forma
de unificação das relações entre os grandes departamentos econômicos
com os ciclos e as esferas de produção, distribuição e consumo, relações
estas associadas às atividades agrárias” (MÜLLER, 1989, p. 41).
•
• Os setores que compõem o Complexo Agroindustrial são: produção
agropecuária: engloba os inúmeros tipos de cultivo e criações;
instituições: envolve os vários serviços prestados ao setor agropecuário,
como: crédito, assistência técnica, extensão, pesquisa, entre outros;
indústria de insumos: abrange os ramos industriais e comerciais que se
orientam para o atendimento das necessidades produtivas
agropecuárias, por exemplo: corretivos, fertilizantes, defensivos,
implementos, equipamentos, entre outros; comercialização: diz
respeito aos serviços de estocagem e comercialização dos produtos
agropecuários, como: cooperativas, atacadistas, varejistas, redes de
comercialização, entre outros; indústria de processamento: inclui os
setores industriais com produção predominantemente baseada em
matérias-primas de origem agropecuária (GONÇALVES, 2005).
OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E
A SUSTENTABILIDADE
• Os sistemas sustentáveis de produção agrícola
(agricultura, pecuária e silvicultura) podem ser
conceituados como o conjunto de técnicas e
práticas que visam à produção de alimentos, fibras,
madeira e agroenergia, de forma a atender três
requisitos fundamentais: ser economicamente
viável, ambientalmente correto e socialmente
justo. Esses sistemas têm como objetivo a
produção com mínimo impacto aos recursos
naturais, através do uso racional dos insumos, do
respeito à legislação ambiental e trabalhista
• Observa-se que a dinâmica do sistema agrícola
contemporâneo e alimentar mundial é menos
tumultuado e confuso que os sobressaltos dos
preços, das penúrias, da fome e das ferozes
negociações mercantis internacionais permitem
compreender. Os movimentos na superfície dos
mercados e das diretrizes agrícolas se esclarecem
pelo arranjo, funcionamento e dinâmica do sistema
agrícola e alimentar mundial.
• Além da extensão que os sistemas agrícolas
consomem, também precisarão de água, porém,
sofrerão com a sua escassez e com as alterações
climáticas que podem aumentar o risco de
problemas de produção. As reivindicações
decorrentes da água, alimentos e energia
fortificarão os conflitos da utilização do solo e
aumentarão os impactos ambientais.
•
• A agricultura sustentável busca a assistência aos
agricultores e comunidades por meio da promoção
de práticas de cultivo e técnicas que são lucrativas,
ambientalmente benéficas e boas para as
comunidades. Há a necessidade da proteção da
biodiversidade e dos solos cultiváveis para o futuro
da produção de alimentos.
• Quanto aos sistemas agrícolas contemporâneos da
América Latina podemos destacar a Agroecológica
como um movimento que tem o objetivo de preservar
o meio ambiente e ao mesmo tempo promover o fator
socioeconômico dos pequenos lavradores.
• A partir dos anos 1980 surgem novas formas de
organização das atividades no meio rural brasileiro,
características que podem ser associadas ao processo
de modernização da agricultura (GRAZIANO; GROSSI;
CAMPANHOLA, 2002). O “novo rural” para Graziano;
Grossi; Campanhola (2002) é dividido em três grandes
grupos: agropecuária moderna, atividades não
agrícolas relacionadas com a habitação e lazer e as
novas atividades impulsionadas por nichos de mercado.
•
• Agricultura familiar é uma alternativa produtiva,
pois gera trabalho e renda, diminuindo a pobreza e
a desigualdade de renda rural.
• A agricultura familiar se caracteriza quando a
família é ao mesmo tempo a proprietária dos
modos de produção e trabalha nas próprias
unidades produtivas.
• O Sistema Plantio Direto (SPD) é o modelo de
“manejo conservacionista que envolve todas as
técnicas recomendadas para aumentar a
produtividade” e que gera a conservação ou o
melhoramento contínuo do ambiente.
• A agroecologia é uma vertente agronômica que
engloba técnicas ecológicas de cultivo com
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  • 1. Dr. Carlos Odilon da Costa Unidade 2 Geografia Rural GED 106
  • 2. Ser a melhor solução de educação para a construção da sua própria história. Ser líder nas regiões onde atua, referência de ensino para a melhoria de vida dos nossos alunos, com rentabilidade e reconhecimento de todos os públicos. MISSÃO VISÃO
  • 3. VALORES Ética e Respeito: Respeitar as regras sempre, com transparência e respeito, é a base do nosso relacionamento com alunos, funcionários e parceiros. Valorização do Conhecimento: Não basta saber, é preciso saber fazer. Valorizamos o conhecimento como forma de inspirar e aproximar as pessoas. Vocação para Ensinar: Nossos profissionais têm prazer em educar e contribuir para o crescimento dos nossos alunos. Atitude de Dono: Pensamos e agimos como donos do negócio. Simplicidade e Colaboração: Trabalhamos juntos como um time, com diálogo aberto e direto. Foco em Resultado e Meritocracia: Nossa equipe cresce por mérito através da superação de metas e dedicação de cada um.
  • 4. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: conhecer os conceitos pertinentes aos temas: rural, novas ruralidades e a relação entre campo cidade; compreender os desafios e possiblidades da nova ruralidade e observar as convergências de olhares entre o rural e o urbano; compreender como se deu o desenvolvimento dos processos de modernização, industrialização e formação dos complexos agroindustriais no Brasil e no mundo; entender os sistemas agrícolas contemporâneos e a sustentabilidade em âmbito global na América Latina e no Brasil; compreender a estrutura dos complexos industriais no decorrer do processo de modernização, industrialização e formação dos complexos agroindustriais no mundo e no Brasil.
  • 5. • PLANO DE ESTUDOS • Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles, você encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados. • TÓPICO 1 – NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE. • TÓPICO 2 – OS PROCESSOS DE MODERNIZAÇÃO, INDUSTRIALIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL. • TÓPICO 3 – OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE.
  • 6. NOVAS RURALIDADES E RELAÇÃO CAMPO CIDADE • Portanto, para entendermos a questão envolvendo a Nova Ruralidade em seus aspectos de relações sociais, políticas e econômicas, é necessário também entender a construção do meio urbano e a sua relação com o campo nos últimos tempos. Nas palavras de Lobão (2018, p. 2) “[...] novas funcionalidades e novos modelos [...]” do rural tem modificado as suas relações sociais e econômicas a partir das novas necessidades da sociedade, como por exemplo, a ampliação da produtividade agrícola. Essas novas funcionalidades e novos modelos resultam na nova ruralidade”.
  • 7. • Na base da emergência da nova ruralidade de acordo com Abramovay (2003), há pelo menos uma transformação qualitativa na articulação das três dimensões principais que admitem a definição do rural: a proximidade com a natureza, a relação com as cidades e as relações interpessoais resultantes da baixa densidade populacional. Quanto a proximidade com a natureza: os recursos naturais antes destinados à produção de bens primários, são atualmente objeto de novas formas de utilidade social, principalmente voltados à conservação da biodiversidade, o bom emprego das potencialidades paisagísticas e a procura de fontes renováveis de energia. Já a relação com as cidades: nesta dimensão os espaços rurais dão lugar a uma maior distinção e relação intersetorial de suas economias. Quanto aos relacionamentos interpessoais: trocam a homogeneidade e o isolamento pela ação crescente de distinção de um indivíduo do outro e de heterogeneização, combinada com maior mobilidade física, com a nova representação populacional e com a crescente conexão entre negócios antes nitidamente independentes no rural e no urbano, comércios de bens e serviços.
  • 8. • O rural tem sido estudado por distintas pesquisas agrárias e estas têm comprovado nas últimas décadas a formação de uma “ruralidade contemporânea” para Carneiro (1999) ou um “novo rural” de acordo com Graziano (1999) ou segundo Wanderley (2000) uma “nova ruralidade”. Segundo estes pesquisadores, o espaço rural não pode ser mais tomado tão somente como o conjunto de atividades agropecuárias e agroindustriais em benefício da sua modernização e mecanização; da crise reprodutiva da agricultura familiar; das novas funções e novos tipos de atividades no campo; e da conformação de novas identidades sociais no ambiente rural.
  • 9. • Segundo Vilela (2002), as relações territoriais atualmente estão marcadas pela influência que a globalização desempenha no local, bem como a importância do local perante a globalização. Schneider (2004, p. 90) considera essa influência da globalização no local como “[...] o quadro atual é profundamente marcado por um processo de ampliação da interdependência nas relações sociais e econômicas em escala internacional”. Para Schneider (2004), isto demonstra que a globalização é uma particularidade da extraordinária habilidade da adaptação que a economia capitalista tem em âmbito mundial e da relação de dependência entre as condições de tempo e espaço no processo global de produção de produtos.
  • 10. RURALIDADE CAMPO E CIDADE • Não há possibilidade de falar do campo e da cidade como coisas diferentes porque: o campo está na cidade e a cidade está no campo. Portanto, é mais garantido falar sobre o rural considerando: a) o rural não mais ou não exclusivamente como divisão específica; b) o rural não mais ou não tão-somente como produção agrícola ou agropecuária; c) o rural como reprodução social e simbólica, ou seja, pode-se afirmar que o rural, independentemente de onde se habita ou do que se faz, é uma percepção de mundo, uma maneira como os indivíduos e os grupos instituem suas inclusões sociais e também bem-sucedidas (PESSOA, 2007).
  • 11. DESAFIOS E POSSIBILIDADES FRENTE A NOVA RURALIDADE • Observa-se que nesse novo modelo do espaço rural é possível criar possibilidades de “[...] organização territorial e de desenvolvimento rural” (ZUQUIM, 2007, p. 5) e deste modo pode proporcionar “[...] melhores condições de fixação e de construção do habitat rural, desde que haja políticas públicas compensatórias para a moradia, a agricultura e a natureza, das populações que se encontram em graves condições de empobrecimento rural” (ZUQUIM, 2007, p. 5). Deste modo, devagar, progride a concepção de que só o urbano é ligado ao moderno e o espaço rural deixa de ser o local atrasado e obsoleto. Mas um lugar com distintas atividades, espaço em que há a articulação das novas tecnologias para a produção, habitação e o desfrutar, com o cuidado do meio ambiente (ZUQUIM, 2007).
  • 12. • Além das possibilidades Gonçalves (1997) cita como desafios: os conflitos oriundos das modificações sobre a composição do trabalho do campo que foram fortes, com a diminuição integral dos empregos, relacionada à urbanização da força de trabalho. O autor adiciona ainda as transformações na sazonalidade e a cobrança de mão de obra qualificada.
  • 13. • O rural tem sido estudado por distintas pesquisas agrárias e estas têm comprovado nas últimas décadas a formação de uma “ruralidade contemporânea” ou um “novo rural” ou uma “nova ruralidade”. O espaço rural não pode ser mais tomado tão-somente como o conjunto de atividades agropecuárias e agroindustriais em benefício da sua modernização e mecanização; da crise reprodutiva da agricultura familiar; das novas funções e novos tipos de atividades no campo e da conformação de novas identidades sociais no ambiente rural.
  • 14. OS PROCESSOS DE MODERNIZAÇÃO, INDUSTRIALIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS AGROINDUSTRIAIS NO BRASIL • Com as revoluções industriais, o espaço rural se tornou cada vez mais integrado e subordinado ao espaço urbano. O processo de modernização da agricultura desencadeou diversas transformações no campo, alterando profundamente as formas de produção agrícola dos países. O processo de modernização do campo corresponde à implantação de novas tecnologias e maquinários no processo de produção no meio rural. A modernização agrícola, para Paiva (1971, p. 178 apud LOBÃO, 2018, p. 8) é “[...] o processo de melhoria da agricultura pela adoção de técnicas modernas [...]”. Essa conceituação se restringe somente às particularidades de produção stricto sensu. Ao mesmo tempo, reconhece-se que a definição de modernização agrícola é mais ampla, especialmente quando se procura trabalhar com aspectos de origem mais limitada, por exemplo, como é a situação das unidades de produção individual ou ainda de um pequeno grupo de agricultores nativos de determinado país ou região particular que não basicamente adotam métodos novos, mas exibem um padrão moderno em relação a diversos grupos.
  • 15. • O processo de modernização se torna irreversível com a industrialização da agricultura. A produção agrícola regrediria somente no caso de uma regressão da base técnica da industrialização. A situação é que o término do processo de modernização da agricultura resulta na sua industrialização. Esse atributo “[...] representa a subordinação da Natureza ao capital, que, gradativamente, liberta o processo de produção agropecuária das condições naturais dadas, passando a fabricá-los sempre que se fizerem necessárias” (KAGEYAMA, 1997, p. 114).
  • 16. • O projeto de desenvolvimento rural brasileiro teve o objetivo da expansão e da concretização do agronegócio que resultou na ampliação da produtividade e investimentos para o Brasil pela exportação, e as implicações dos custos sociais e ambientais crescentes, de acordo com Marques (2002). No país, muitas das modificações estão ligadas ao projeto de desenvolvimento rural seguido pelo mesmo.
  • 17. • Entende-se por Complexo Agroindustrial: “[...] o conjunto de relações entre indústria e agricultura na fase em que esta mantém intensas conexões para trás, com a indústria para a agricultura e para frente, com as agroindústrias e outras unidades de intermediação que exercem impactos na dinâmica agrária. O Complexo Agroindustrial é uma forma de unificação das relações entre os grandes departamentos econômicos com os ciclos e as esferas de produção, distribuição e consumo, relações estas associadas às atividades agrárias” (MÜLLER, 1989, p. 41). • • Os setores que compõem o Complexo Agroindustrial são: produção agropecuária: engloba os inúmeros tipos de cultivo e criações; instituições: envolve os vários serviços prestados ao setor agropecuário, como: crédito, assistência técnica, extensão, pesquisa, entre outros; indústria de insumos: abrange os ramos industriais e comerciais que se orientam para o atendimento das necessidades produtivas agropecuárias, por exemplo: corretivos, fertilizantes, defensivos, implementos, equipamentos, entre outros; comercialização: diz respeito aos serviços de estocagem e comercialização dos produtos agropecuários, como: cooperativas, atacadistas, varejistas, redes de comercialização, entre outros; indústria de processamento: inclui os setores industriais com produção predominantemente baseada em matérias-primas de origem agropecuária (GONÇALVES, 2005).
  • 18. OS SISTEMAS AGRÍCOLAS CONTEMPORÂNEOS E A SUSTENTABILIDADE • Os sistemas sustentáveis de produção agrícola (agricultura, pecuária e silvicultura) podem ser conceituados como o conjunto de técnicas e práticas que visam à produção de alimentos, fibras, madeira e agroenergia, de forma a atender três requisitos fundamentais: ser economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. Esses sistemas têm como objetivo a produção com mínimo impacto aos recursos naturais, através do uso racional dos insumos, do respeito à legislação ambiental e trabalhista
  • 19. • Observa-se que a dinâmica do sistema agrícola contemporâneo e alimentar mundial é menos tumultuado e confuso que os sobressaltos dos preços, das penúrias, da fome e das ferozes negociações mercantis internacionais permitem compreender. Os movimentos na superfície dos mercados e das diretrizes agrícolas se esclarecem pelo arranjo, funcionamento e dinâmica do sistema agrícola e alimentar mundial.
  • 20. • Além da extensão que os sistemas agrícolas consomem, também precisarão de água, porém, sofrerão com a sua escassez e com as alterações climáticas que podem aumentar o risco de problemas de produção. As reivindicações decorrentes da água, alimentos e energia fortificarão os conflitos da utilização do solo e aumentarão os impactos ambientais. • • A agricultura sustentável busca a assistência aos agricultores e comunidades por meio da promoção de práticas de cultivo e técnicas que são lucrativas, ambientalmente benéficas e boas para as comunidades. Há a necessidade da proteção da biodiversidade e dos solos cultiváveis para o futuro da produção de alimentos.
  • 21. • Quanto aos sistemas agrícolas contemporâneos da América Latina podemos destacar a Agroecológica como um movimento que tem o objetivo de preservar o meio ambiente e ao mesmo tempo promover o fator socioeconômico dos pequenos lavradores. • A partir dos anos 1980 surgem novas formas de organização das atividades no meio rural brasileiro, características que podem ser associadas ao processo de modernização da agricultura (GRAZIANO; GROSSI; CAMPANHOLA, 2002). O “novo rural” para Graziano; Grossi; Campanhola (2002) é dividido em três grandes grupos: agropecuária moderna, atividades não agrícolas relacionadas com a habitação e lazer e as novas atividades impulsionadas por nichos de mercado. •
  • 22. • Agricultura familiar é uma alternativa produtiva, pois gera trabalho e renda, diminuindo a pobreza e a desigualdade de renda rural. • A agricultura familiar se caracteriza quando a família é ao mesmo tempo a proprietária dos modos de produção e trabalha nas próprias unidades produtivas. • O Sistema Plantio Direto (SPD) é o modelo de “manejo conservacionista que envolve todas as técnicas recomendadas para aumentar a produtividade” e que gera a conservação ou o melhoramento contínuo do ambiente. • A agroecologia é uma vertente agronômica que engloba técnicas ecológicas de cultivo com sustentabilidade social.