I. O documento discute o perigo das obras da carne e a necessidade de sermos controlados pelo Espírito Santo;
II. A concupiscência e os desejos da carne devem ser mortificados para evitar a ira de Deus e frutos corruptos;
III. Somente vivendo pelo Espírito podemos agradar a Deus e ter vitória sobre o pecado.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
O perigo das obras da carne e a necessidade da mortificação
1.
2. “Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; na verdade,
o espírito está pronto, mas a
carne é fraca”
(Mt 26.41).
"E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...]." (Gn 39.2)
3. Oremos e vigiemos para que não
sejamos surpreendidos pelas
obras da carne.
4. Terça - Gl 5.20ª - O perigo da idolatria, das feitiçarias e das
inimizades
Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
Segunda - Gl 5.19 - O perigo da prostituição, da impureza e
da lascívia
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza,
lascívia,
Quarta - Gl 5.20b - O perigo das contendas, das disputas e
das iras
Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
5. Sexta - Gl 5.21b - O perigo fatal das obras da carne
Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Sábado - Gl 5.16 - Como vencer as obras da carne
Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Quinta - Gl 5.21 - O perigo da inveja, dos homicídios, das
bebedices e das glutonarias
Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos
declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
6. 39 E disse-lhes uma parábola: Pode, porventura,
um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na
cova?
40 O discípulo não é superior a seu mestre, mas
todo o que for perfeito será como o seu mestre.
41 E por que atentas tu no argueiro que está no olho
do teu irmão e não reparas na trave que está no teu
próprio olho?
42 Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-
me tirar o argueiro que está no teu olho, não
atentando tu mesmo na trave que está no teu olho?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então,
verás bem para tirar o argueiro que está no olho de
7. teu irmão.
43 Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem
má árvore que dê bom fruto.
44 Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio
fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem
se vindimam uvas dos abrolhos.
45 O homem bom, do bom tesouro do seu coração,
tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu
coração, tira o mal, porque da abundância do seu
coração fala a boca.
46 E por que me chamais Senhor, Senhor, e não
fazeis o que eu digo?
47 Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas
8. palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é
semelhante.
48 É semelhante ao homem que edificou uma casa, e
cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre
rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a
corrente naquela casa e não a pôde abalar, porque
estava fundada sobre rocha.
49 Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao
homem que edificou uma casa sobre terra, sem
alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e
logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.
9. I. Identificar o que é concupiscência da carne;
II. Mostrar o que é um caráter moldado pelo
Espírito;
III. Saber que uma vida que não agrada a Deus
vive segundo a carne e é infrutífera.
Explicar o perigo das obras da carne.
Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.
11. Todos estão sujeitos a caírem nesse mal, mas a
partir do momento que o Espírito Santo tem o total
controle sobre o crente, dificilmente as obras da carne
terão chance de se sobressair. A oração e a vigilância são
elementos fundamentais para a luta contra uma vida de
pecado, considerando que para Deus não há tamanho de
pecado. Pecado é pecado e ponto! O crente deve ouvir a
Palavra e ser semelhante ao homem prudente: colocando
em prática tudo o que ouvir. Fazendo assim,
permaneceremos firmes quaisquer que sejam as
tempestades que possam assolar a nossa vida.
12. A lição deste domingo é um alerta para os que
querem agradar a Deus e ter uma vida frutífera.
Estudaremos o perigo das obras da carne. Precisamos ter
cuidado, pois dentro de todo crente habita duas
naturezas: a natureza adâmica, a qual foi corrompida na
Queda, e a nova natureza, que é resultado da
regeneração, do novo nascimento (Jo 3.3). Veremos que a
natureza adâmica, se não for controlada pelo Espírito,
produz frutos que levam o crente à morte espiritual.
13. Já estudamos nas duas primeiras lições que a velha natureza
decaída precisa ser mortificada pelo Espírito para que não venhamos a cair
em péssimas ações e abominações. Se vivemos vigiando e vivemos
constantemente cheios do Espírito Santo (Ef 5.18) então somos mais do que
vencedores. Quem semeia na carne, ou seja, vive segundo a velha natureza,
da carne ceifará corrupção (Gl 6.8). Só há um viver que agrada a Deus - viver
no Espírito. Isso significa vitória sempre sobre o pecado e seus domínios
maléficos. A concupiscência é como a lascívia que leva a pecar, desenvolvida
na queda do homem no Éden. Ela é pecaminosa em si, e revela a corrupção
de toda a natureza do homem e o pecado que está nele. Não só as ações
voluntárias são pecado, mas os pensamentos intencionais (Gn 6.5; Mt 5.28).
Paulo fala disto em Romanos 7 quando reconhece sua própria fraqueza e
tendência a pecar. A concupiscência só pode ser vencida através do
reconhecimento de que a natureza caída em nós está julgada (Rm 8.3); e
então devemos passar a andar no Espírito, e deixar que Ele mantenha a lei de
Deus em nós (Rm 8.4). Isto significa ter uma vida cheia do Espírito.
14.
15. Você sabe o significado da palavra
concupiscência? Segundo o Dicionário Wycliffe, este é
um “termo usado teologicamente para expressar os
desejos malignos e lascivos que assediam os homens
caídos” (Rm 7.8). A velha natureza, se não for
controlada pelo Espírito, leva-nos a cometer as piores
ações e abominações. Por isso, precisamos vigiar e
viver constantemente cheios do Espírito Santo (Ef
5.18). Paulo advertiu a Igreja, explicando que, quem
semeia na carne, ou seja, vive segundo a velha
natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8). Nossos
desejos e vontades devem ser controlados pelo Espírito
Santo, pois os desejos da velha natureza são impuros e
nos conduzem para a morte espiritual.
16. Concupiscência (Dicionário Teológico) [Do lat. concupiscentia]
Apetite carnal exagerado e insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça,
o Decálogo encerra-se justamente com uma advertência contra o desejo de se
possuir o que não se tem direito (Ex 20.1-17). Embora associada à sexualidade,
a concupiscência tem o cerne no orgulho e na altivez do espírito. Pois delicia-se
em quebrantar as ordenanças divinas quanto à satisfação dos instintos básicos:
fome, sexo, segurança etc. A concupiscência é condenada energicamente pela
Bíblia (1Jo 2.15-17). É tida como algo efêmero, passageiro e tremendamente
prejudicial à vida piedosa. Agora veja Fp 1.23,24, onde ‘concupiscência’, no
original grego, é ‘epithumia’ podendo ter um sentido positivo ou um sentido
negativo, indicando um desejo intenso e bom. (Fil. 1:23,24). Tiago declara que
ela é a raiz do pecado (Tg 1.14,15), que por sua vez leva à morte (Rm 1.24-32).
Tiago também usa um outro termo em 4.1,3, ‘hedone’, para explicar que as
discussões e conflitos entre os crentes resultam da luxúria e dos prazeres que
combatem nos próprios membros de seus corpos. A palavra também ocorre
como ‘deleites da vida’ em Lucas 8.14 e como ‘escravos de toda sorte de paixões
[epithumiais] e prazeres’ ou ‘servindo a várias concupiscências [epithumiais] e
deleites’ em Tito 3.3. O crente é nova criatura e não pode ceder aos apetites da
carne, mas refreá-los e vencermos pela ajuda do Espírito Santo em nós. Quando
chega o pensamento, a intenção, ai já começa a batalha.
17. Quem controla seus desejos? Temos anseios, mas
estes precisam ser controlados por Deus. Devemos submeter
nossos pensamentos e desejos ao controle divino. O crente
que não tem uma mente conduzida pelo Espírito Santo
torna-se uma pessoa sem controle, sem qualquer deferência.
A Palavra de Deus nos ensina que precisamos mortificar
nossa natureza (Cl 3.5). Mortificar é permitir que Deus
controle nossos pensamentos, vontades e ações. Vivemos em
uma sociedade hedonista, onde a busca pelo prazer tem
feito com que muitos sejam dominados por desejos
malignos, praticando, sem qualquer pudor, toda a sorte de
impureza, e tudo em nome do prazer e da liberdade. Diante
desse triste quadro, a Igreja não pode se calar, mas deve
expressar suas virtudes anunciando a mensagem da
salvação.
18. Somos salvos pela graça, por meio da fé (Ef 2.8). Isto pode parecer, à
princípio, que a nossa salvação independe do nosso comportamento. No
entanto, quando Deus salvou o homem, o fez com o propósito de, não somente
livra-lo da condenação eterna, mas também, de resgatá-lo do pecado e
apresentá-lo apto para o seu serviço e para adoração. Talvez por causa deste
pensamento na igreja romana é que Paulo argumentou: “... Permaneceremos no
pecado, para que a graça seja mais abundante?” (Rm 6.1). E respondeu em
seguida: “De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como
viveremos ainda nele?” (Rm 6.2). Vejamos, então, a necessidade da
mortificação:
1. Porque a natureza dos nossos membros sobre a terra, contrapõe a nova
natureza celestial - “Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra:
a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a
avareza, que é idolatria” (v. 5) - O pecado de natureza sexual é: Prostituição –
“porneia”, que envolve todos os tipos de comportamentos sexuais ilícitos,
incluindo desvios e aberrações (Rm 1.24-27). A impureza se refere à intenção
imoral. A paixão revela sensualidade, luxúria e lascívia. A concupiscência é o
desejo por algo proibido, mas que se persegue para satisfação de desejos carnais
impetuosos. Por último, a avareza que é idolatria. Estas práticas se opõem às
práticas do novo homem: “E vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é
criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
19. 2. Porque vivendo segundo a carne nos tornamos alvo da ira divina - “pelas
quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (v. 6) – A
Palavra do Senhor nos adverte: Aquele que anda nos desejos da carne
satisfazendo a sua vontade, atrai para si a ira de Deus. Antes de conhecermos a
Deus e de sermos salvos, praticávamos todos os desejos ilícitos da carne, por
isto, “éramos por natureza filhos da ira” (Ef 2.3). Podemos definir o que
queremos para a nossa vida. Podemos ser filhos de Deus ou “filhos da ira”.
Dependendo das nossas práticas diárias.
3. Porque viver segundo a carne é próprio de quem nunca nasceu de novo - “nas
quais também, em outro tempo, andastes, quando vivíeis nelas” (v. 7) – O
pecado é coisa do passado (Rm 6.20,21); corresponde a um estado de ignorância
(1Pe 1.14); indica a posição de escravos do pecado (Jo 8.34); revela a condição
de pecadores inimigos de Deus (Rm 5.10). No entanto, hoje conhecemos ao
Senhor e a sua Palavra, portanto, não justifica mais estas práticas. “Mortificai,
pois, os vossos membros que estão sobre a terra”.
20. Longe de Deus e sem o controle do Espírito Santo, o
homem manifesta seus desejos mais perversos, trazendo
sérios prejuízos para os relacionamentos na Igreja e fora
dela. Quando o homem se torna insensível à voz de Deus e
ao Espírito, sendo governado apenas por seus instintos,
torna-se semelhante aos animais. Uma vida conduzida pela
velha natureza leva as pessoas a olharem apenas para os
prazeres momentâneos que o mundo oferece, não atentando
para o que é eterno. Davi viu e desejou a mulher de Urias, e
o seu desejo descontrolado o levou a cometer um adultério e
um homicídio (2Sm 11.1-4). Ele não atentou para as
consequências dos seus atos. O crente não pode se deixar
seduzir pelos prazeres deste mundo (1Jo 2.15-17).
21. Concupiscência dos olhos é desejo intenso de aquisição de bens
materiais, de desfrutar do gozo material. É o desejo de possuir, desejo de
adquirir coisas, de acumular. Surge mediante a contemplação das vantagens
terrenas, como riquezas, famas e prazeres. O indivíduo corre desenfreadamente
atrás daquilo que ele não trouxe para este mundo (1Tm 6. 7). Este desejo é
também conhecido como "avareza". O avarento se apega demasiadamente às
coisas materiais, esquecendo-se de Deus. Seus olhos não vêem o vertical, de
onde vem sua redenção; somente vêem o horizontal, o mundo e as coisas que
nele há. O primeiro grande mandamento é "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de
todo o teu coração..." (Mc 12.30). Quem deseja possuir, adquirir desta forma os
bens desta vida está incapacitado de amar a Deus. Os seus olhos estão
saturados, voltados tão somente para os elementos materiais, a riqueza, a
economia, de tal forma que não conseguem mais ver Deus em seu caminho
(1Tm 6.10)
22. “Algumas pessoas pensam que o mundanismo está limitado ao
comportamento exterior — as pessoas com quem nos associamos, os
lugares que frequentamos, as atividades que apreciamos. O mundanismo é
também interior, porque começa no coração, e é caracterizado por três
atitudes: (1) a cobiça pelo prazer físico — a preocupação com a satisfação
dos desejos físicos; (2) a cobiça por tudo o que vemos — almejar e
acumular coisas, curvando-se ao deus do materialismo; e (3) o orgulho das
nossas posses — obsessão pela condição, posição ou por ser importante.
Quando a serpente tentou Eva (Gn 3.6), tentou-a nestes aspectos.
Semelhantemente, quando o Diabo tentou Jesus no deserto, estas foram as
três áreas de ataque (ver Mt 4.1-11).Em contraste, Deus estima o
autocontrole, um espírito de generosidade, e o compromisso de servir com
humildade. É possível dar a impressão de evitar os prazeres mundanos e ao
mesmo tempo abrigar atitudes mundanas no coração. É também possível,
como Jesus, amar os pecadores e dedicar-lhe tempo, enquanto mantemos
um forte compromisso com os valores do Reino de Deus. Quais são os
valores mais importantes para você? Suas ações refletem os valores de Deus
ou os valores do mundo?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2003, p.1783-84).
23. “Carnal”
Esta palavra aparece somente no Novo Testamento, embora
o termo ‘carnalmente’ seja encontrado três vezes no Antigo
Testamento. ‘Carnal’ aparece no Novo Testamento onze
vezes, e ‘carnalmente’ uma vez. ‘Carnal’ significa
‘pertinente à carne’. O substantivo sarx significa
basicamente o corpo de um animal ou de uma pessoa, ou a
carne de um animal. No entanto, no Novo Testamento, o
termo ‘carnal’ algumas vezes está literalmente relacionado
à carne, e algumas vezes à antiga natureza humana
corrompida por Adão, que é encontrada em todos os
homens”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.379.
24.
25. No grego, caráter é charaktēr e significa
“estampa”, “impressão” e “marca”. Contudo, é
importante ressaltar que esta palavra tem diferentes
significados em distintas ciências, como a sociologia e
a psicologia. Segundo o Dicionário Houaiss é “um
conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que
caracterizam um indivíduo”. O caráter não é inato e
pode ser mudado.
26. "O caráter é como uma árvore e a reputação como sua sombra. A
sombra é o que nós pensamos dela; a árvore é a coisa real." (Abraham Lincoln).
Caráter é a soma de nossos hábitos, virtudes e vícios. A Wikipédia define assim:
“Caráter é um termo usado em psicologia como sinônimo de personalidade. Em
linguagem comum o termo descreve os traços morais da personalidade. Muitas
pessoas associam o caráter a uma característica relacionada à Genética, o que
não ocorre. O caráter de uma pessoa é algo independente de sua referência
genética. É o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela
forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade é
inerente somente a uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o
modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das
qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a
concepção moral; seu gênio, humor, temperamento; este sendo resultado de
progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais,
familiares, pedagógicas e sociais”
27. Quando aceitamos Jesus e experimentamos o novo
nascimento, nosso caráter passa por uma transformação. O
Espírito Santo trabalha em nós a fim de que sejamos
semelhantes a Jesus. Mas para que essa transformação
aconteça precisamos nos submeter inteiramente a Deus. Se
quisermos uma vida espiritual frutífera, precisamos dar
oportunidade ao Espírito Santo para que Ele trabalhe em
nossas vidas produzindo o fruto do Espírito (Gl 5. 22). Não
adianta apenas dizer que é crente, é preciso evidenciar o
nosso caráter cristão mediante as nossas ações (Mt 5.16).
Muitos se dizem crentes, mas suas ações demonstram que
nunca tiveram um encontro real com o Salvador. Muitos
estão na igreja, mas ainda não foram realmente
transformados por Jesus, pois quem está em Cristo é uma
nova criatura e como tal procura andar em novidade de
28. vida, pois já se despiu do velho homem, da natureza
adâmica (2Co 5.17). Crentes que vivem causando
escândalos, divisões, rebeldias, jamais experimentaram o
novo nascimento.
29. Ao aceitar a Cristo como Salvador e Senhor, o ser humano passa a
ser uma nova criatura, o apostolo Pedro negou a Jesus pela sua inconstância,
mas como pode um sangüíneo como ele se tronar constante? Pedro se tornou
corajoso e cheio de fé, dormia em uma prisão sabendo que seria morto, somente
Deus pode mudar uma pessoa com temperamento impulsivo dando lhe calma,
um homem controlado (At 4.19,20), estranho num sanguíneo. Contudo vemos
um Pedro humilde, amoroso e com maturidade. Ao ver o apostolo Paulo falando
em paz, mansidão, amabilidade ou bondade, da para imaginar um colérico,
cabeça dura, obstinado, falar em bondade ou agradecendo seus cooperadores
pelos serviços prestados? Um melancólico a busca de perfeição que nunca se
contenta com nada? Geralmente eles desistem quando não conseguem e Moises
faz exatamente o contrario? O fleumático Abraão ser considerado o pai na fé,
quando na verdade eles já se parecem crentes? O Espírito Santo com seu poder
transformador transforma o caráter doentio, a insensibilidade moral no que
concerne aos princípios e valores morais, onde até alguns denominados
evangélicos estão corrompidos em suas naturezas e consciências cauterizadas
entristecendo a Deus o Criador. Observemos os limites da Palavra de Deus e
vivamos de modo digno da fé que professamos. Sem que a permissividade, a
mentira, a malicia, a concupiscências, a cobiça, a ambição e outras coisa
semelhantes encontrem em nós guarida. Que sejamos transformados e
consigamos viver a nova vida em Cristo. (1Co 5.17)
30. Em sua vida cristã, você terá que lutar com três
inimigos que farão de tudo para macular o seu caráter: a
carne, o Diabo e o mundo. Muitos acabam sendo vencidos
por eles. Para enfrentar e vencer esses inimigos é preciso ter
uma vida de comunhão com o Pai. É necessário orar, ler a
Palavra de Deus e jejuar. Sem a leitura da Bíblia, a oração
e o jejum não conseguiremos vencer e ter uma vida
frutífera.
31. O crente sofrerá tentações, é certo, mas poderá impedir que o
pecado obtenha sua vitória (Gn 4.7). As obras pecaminosas não se manifestarão
e nem se completarão no crente. Ele sempre encontrará forças para derrotar e
frustrar a tentação, não chegando a ceder à mesma, praticando atos
pecaminosos. Podemos identificar três inimigos básicos de todo cristão genuíno:
1. O Mundo: Devemos entender por mundo todo o sistema contrário à
mensagem do Evangelho que impera na sociedade, com todos os falsos conceitos
que ele possui e com todas as práticas que desagradam a Deus. Devemos ter
amor na pregação do Evangelho crendo no resgate de pessoas que são
prisioneiras deste sistema maligno, mas não podemos amar as coisas que são do
mundo, ou seja, suas falsificações, práticas pecaminosas e ideais anticristãos. O
mundo jaz no maligno, as pessoas estão cegas em seu entendimento pelo deus
deste século e satanás usa este sistema maligno de todas as maneiras para
impedir o avanço do Evangelho e a salvação das almas, não podemos nos
constituir amigos deste mundo em seus ideais e práticas, antes devemos
proclamar o desejo de Deus segundo o Evangelho (1Jo 5.19; 2Co 4.4; Tg 4.4;
2Co 10.3-5). Devemos nos defender das ofensivas deste sistema corrompido
segundo a armadura espiritual que Deus tem nos dado (Ef 6.13-18), não
ignorando os ardis do inimigo (2Co 2.11), vivendo com sobriedade e vigilância
(1Pd 5.8), e claro, combatendo com a fé que nos foi dada, sendo esta a vitória
que vence o mundo (1J0 5.4-5).
32. 2. A Carne: Por carne devemos compreender o princípio pecaminoso que está
dentro de todo homem, a carne é representação da natureza pecaminosa, a
corrupção original pela qual todos ficamos indispostos para as coisas que são de
Deus transgredindo Sua Lei (Rm 3.9-18, 23), estes impulsos pecaminosos são
identificados pelas obras más dos homens (Gl 5.16-21) e só podem ser
controlados pela inteira dependência do Espírito de Deus que em sua obra
regeneradora produz transformação espiritual no crente (Gl 5.22-25). Sobre
isto declara a Confissão de Fé de Westminster: Esta corrupção da natureza
persiste, durante esta vida, naqueles que são regenerados; e, embora seja ela
perdoada e mortificada por Cristo, todavia tanto ela, como os seus impulsos, são
real e propriamente pecado. Rm 7.14,17,18,21-23; Tg 3-2; 1Jo 1.8-10; Pv 20.9;
Ec 7-20; Gl 5.17. Sendo assim, nossa luta contra a carne deve ser constante.
3. O Diabo: Este ser maligno se opõe a Deus e a Seus servos, se valendo de
enganações e sutis ciladas contra o crente, é persistente em procurar um
momento oportuno para tentar tragar os escolhidos e tem poder, embora
limitado, que jamais devemos subestimar (2Co 1.22; Ef 2.11; 1Pd 5.8; Ef 6.12;
1Jo 4.4; Jd 9). Porém não devemos temer as forças espirituais do mal, afinal
Jesus Cristo venceu todos os principados e potestades na cruz do Calvário,
expondo-os publicamente, triunfando deles e decretando nossa absolvição de
todo escrito de dívida (Cl 2.12-15). Cristo é quem esmagará debaixo dos nossos
pés a satanás! (Rm 16.20)
33.
34. Se o crente vive dominado pelos desejos
carnais, ele não pode agradar a Deus (Rm 8.8). Fomos
criados para glorificar a Deus e produzir o fruto do
Espírito. Viver segundo a carne causa males e danos à
nossa vida e para o nosso próximo. Paulo exorta os
crentes da igreja de Corinto para que vivam no
Espírito, pois alguns estavam vivendo segundo a carne,
de modo que suas ações eram evidentes: inveja,
contendas e dissensões (1Co 3.3). Paulo deixa claro
que os que assim estavam vivendo não poderiam
agradar a Deus e ter uma vida de comunhão no
Espírito Santo.
35. Viver na carne: viver segundo a natureza físico-material a fim de
satisfazer os impulsos que parecem ao próprio ser humano. A dualidade do bem
e do mal, nas regiões celestiais, no mundo, nas dimensões espirituais e até
mesmo em cada ser humano é uma grande realidade. Para obtermos a vitória
devemos estar em contato com o Espírito do Deus vivo, sendo esse o único meio
de obter a santidade nessa luta. E devemos ainda lançar mão de vários outros
meios como o: "Estudo das Escrituras, a oração e a meditação, mas tais coisas
desacompanhadas do poder pessoal do Espírito Santo, nunca conseguirão
propiciar-nos a vitória sobre o pecado". As obras da carne são claramente
definidas, sendo tão bem conhecidas como são os diversos aspectos do fruto do
Espírito. Sendo esse o caso, todos deveriam facilmente tomar consciência do que
deve ser evitado e do que deve ser cultivado. Não é mister nenhuma pesquisa
elaborada para que fique demonstrado o que significa cumprir as
concupiscências da carne.
36. Sabemos que a árvore é identificada não por suas
flores ou folhas, mas por seus frutos. Jamais vamos colher
laranja de uma macieira, pois cada árvore produz o seu
fruto segundo sua espécie (Gn 1.11). Logo, é impossível um
cristão dominado pelo Espírito Santo produzir as obras da
carne. O homem bom tira de seu íntimo, do seu coração
transformado, coisas boas, mas o homem mau tira do seu
mau coração pelejas, dissensões, prostituição, iras, etc. (Mt
7.18-22). Jotão apresenta algumas árvores em uma
parábola para o seu povo (Jz 9.7-21). As árvores
representam o povo de Siquém que desejavam um rei. Essas
árvores eram boas: uma produzia azeite que era utilizado na
unção dos sacerdotes e iluminação; outra produzia figos
que alimentava o povo; a videira produzia vinho, que era
usado nos sacrifícios de libações. Porém o espinheiro,
37. arbusto inútil, representava Abimeleque. Muitos atualmente
estão como Abimeleque, não produzem nada de útil para
Deus ou para o próximo e ainda ferem as pessoas com seus
espinhos. Quem vive segundo a carne se torna um
espinheiro, inútil para Deus e para a Igreja.
38. Viver no Espírito: viver segundo a natureza físico/espiritual,
orientado pelo Espírito Santo, a fim de satisfazer a vontade de Deus. O cristão
já vive no Espírito e, portanto, deve andar no Espírito. Abimeleque era um
homem sem piedade alguma, o que fica claro pela forma como obteve o seu
reinado: assassinato, conspiração e usurpação. Filho ilegítimo de Gideão, sua
mãe era uma concubina de Siquém, lugar que se tornara um centro do culto de
Baal, Quando Jotão soube da proclamação, colocou-se no alto do monte
Gerizim, e, tendo chamado a atenção de todos os habitantes de Siquém,
proferiu sua parábola (vv. 8-15). A parábola de Jotão fala de diferentes árvores
que buscam para si um rei. As árvores consultadas quanto à possibilidade de se
tornarem reis foram: a Oliveira (v. 8), A Figueira (v. 10), a Videira (v. 12), e por
último, o Espinheiro (v. 14). Nas árvores desejosas de um rei “temos a
representação figurada do povo de Siquém, que estava descontente com o
governo de Deus e ansiava por um líder nominal e visível, como tinham as
nações pagãs vizinhas”. Claramente, Abimeleque é representado na parábola
pelo Espinheiro. Quando procuradas, a Oliveira, A Figueira e a Videira
recusaram a proclamação como reis, em função do serviço que prestavam a
Deus e aos homens (vv. 9,11,13).
39. Certa vez, Jesus contou uma parábola a respeito de
uma árvore estéril, uma figueira (Lc 13.6-9). A figueira sem
frutos refere-se primeiramente a Israel, porém ela também
pode ser aplicada aos crentes que professam a Jesus e, no
entanto, insistem em viver uma vida carnal, pecaminosa. Na
parábola, o agricultor investe na figueira, adubando,
regando, podando, ou seja, dando todas as condições para
que produza fruto. Mas caso ela não viesse a frutificar seria
cortada. Deus está investindo em sua vida e dando todas as
condições para que você produza bons frutos, aproveite a
oportunidade.
40. Os Pais da Igreja interpretaram a figueira estéril como um símbolo
do judaísmo. Cristo procurou fruto nela — na Sinagoga — e não o encontrou.
Daí ele amaldiçoou-a. Jesus havia contado essa parábola para criticar os líderes
religiosos de sua época que não estavam produzindo frutos de um caráter
realmente convertido ao Senhor Deus. A estes Jesus assevera que: caso não
produzissem frutos seriam arrancados em breve. A maneira como a parábola da
vinha é usada em Isaías 5.1-7 e também por Jesus em Lucas 20.9-16 nos indica
que a parábola da figueira estéril se referia especificamente à crise da liderança
infrutífera dos mestres da Lei e dos chefes dos sacerdotes (veja Lc 20.19) e não
mais aos judeus de modo geral. No artigo ‘Volte para Deus’ disponível no site
Ultimato, afirma-se: “no original aramaico evidentemente há uma trocadilho
entre a palavra “arrancá-la” (fsūqīh) e “perdoá-la” (shbūqīh). Assim, o
empregado roga para o “perdão” da figueira e não que seja “arrancada”.
Também, o empregado não define este prazo especificamente como sendo de “o
ano que vem” (v.9, NTLH) mas deixa o período indefinido como “por um
tempo” ou “para o futuro” (exatamente como a mesma frase em 1Tm 6.19).A
ênfase claramente na misericórdia de Deus e não no seu juízo. Finalmente, uma
condição é colocada. Depois de dois atos de tentativa de redenção (afofar a terra
e pôr bastante adubo), se ainda não há fruto, a ordem é de “cortar” a figueira
(literalmente “arrancá-la do solo). Ou seja, o juiz há de vir. Não há como adiá-lo
indefinidamente. Um dia virá. E o juiz vai procurar fruto.”
41. “Era um costume na Palestina antiga, assim como hoje, plantar
figueiras e outras árvores nas vinhas. Era um meio de utilizar
cada pedaço disponível de boa terra. A figueira aqui, como em
todo o simbolismo bíblico, refere-se a Israel. [...] E foi procurar
nela fruto, não o achando. Embora a figueira estivesse na vinha,
ela não tinha outro propósito a não ser dar fruto. Da mesma
forma, Israel só tinha uma razão para ocupar o primeiro ou
qualquer outro lugar: cumprir a missão que lhe fora dada por
Deus. Visto que a figueira era infrutífera, não teria o direito de
existir; e visto que Israel se recusava a cumprir sua missão
determinada por Deus, não tinha o direito de continuar” (Comentário
Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 6. RJ: CPAD, 2006, pp.437-38).
42. Quem vive segundo a carne não pode agradar a
Deus. E a vida sem Deus torna-se infrutífera. Longe do
Senhor nos tornamos espinheiros, nos ferimos e ferimos ao
próximo. Busque a Deus e seja uma árvore frutífera.
43. É um “termo usado teologicamente para expressar os
desejos malignos e lascivos que assediam os homens
caídos”.
Nos conduzem para a morte espiritual.
44. O crente que não tem uma mente conduzida pelo Espírito
Santo torna-se uma pessoa sem controle, sem qualquer
deferência.
No grego, caráter é charaktēr e significa “estampa”,
“impressão” e “marca”.
Segundo o Dicionário Houaiss é “um conjunto de traços
psicológicos e, ou morais, que caracterizam um indivíduo”.