17. Quatro pecados mencionados estão relacionados à relação do ser
humano consigo mesmo.1. Os homens serão egoístas. A palavra grega
filautós, traduzida por egoístas, significa literalmente “amantes de si
mesmos”. As pessoas são narcisistas: amam a si mesmas e só se importam
com o próprio bem-estar. São como o “ouriço”: têm veludo por dentro e
espinhos por fora. Essa tendência à idolatria do eu tem arrebentado com os
relacionamentos na família, na igreja e na sociedade. Concordo com Barclay
quando ele diz que o egoísmo é o pecado básico do qual provém os demais
pecados. No momento em que a pessoa torna sua vontade e seu desejo o
centro de sua vida, destrói as relações com DEUS e com o próximo. Uma vez
que a pessoa se erige como DEUS, a obediência a DEUS e o amor ao próximo
se tornam impossíveis. A essência do cristianismo não é o egoísmo, mas o
amor ao próximo.2. Os homens serão jactanciosos. A palavra grega alazon
significa “fanfarrões, gabolas”. Refere-se às pessoas que tocam trombeta
proclamando virtudes que não têm que se apresentam mais fortes, mais
sábias, mais ricas do que na verdade são. São como o albatroz, que têm o
papo muito grande. São como restolho que, embora chocho, jamais se curva.
Plutarco usou esse termo grego para descrever o médico charlatão.
Aristóteles o utilizou para a pessoa que se apresenta como melhor do que na
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21. Conforme percebemos do txto de 1Timóteo 1,18-19, fica claro que o combate de
Paulo não é literalmente uma batalha, uma guerra, mas uma imagem que descreve a vida do
cristão, o seu comportamento sobretudo em relação ao perseverar na fé. A vida do cristão é
feita de escolhas e a liberdade que nos foi dada faz com que cada vez tenhamos que decidir
qual estrada tomar; o bom cristão deve seguir fiel ao ensinamento divino. Esse processo é
chamado por Paulo de "combate". O êxito final vai defini-lo como "bom" ou "mau".
Sem determinação torna-se impossível para o atleta completar a prova. A mesma
regra pode ser aplicada em nossas vidas. Isto é, sem perseverarmos nos é impossível
transformar sonhos em realidade. ACABEI A CARREIRA, esta é a declaração de profunda
alegria de um perseverante no bem. Ele diz que “Terminei minha missão”, “Fiz o que estava
em minha alçada” (At 20. 27), “Não me embaracei com os negócios desta vida” (2Tm 2. 4), e
“Imitei meu salvador que disse: “Está consumado” (Jo 19. 30).
Esta é a consciência de não se ter deixado corromper. Ao afirmar “Guardei a fé”,
Paulo quer dizer que “Não negociei a graça de Deus”, “Resisti às tentações” (1Co 9. 27),
“Permaneci em comunhão” (1Co 4. 1-5), e “Meu depósito foi guardado para mim por meu
Senhor” (2Tm 1. 12). O Apóstolo Paulo convoca Timóteo a combater o bom combate da fé, o
que significa nesse contexto específico, resistir ao materialismo, à avareza e as deturpações
que levam a conclusão erronea de que "piedade é fonte de lucro". Combater o bom combate,
significa também, seguir com firmeza as virtudes distintamente cristãs -Justiça, piedade, fé,
amor, constancia e mansidão (v.11). É ainda, viver intensamente o ministério recebido do
Senhor.
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27. O apóstolo Paulo,nesse contexto,pedia para que Timóteo estivesse
com ele. O homem de Deus estava só. Um dos seus principais
colaboradores,Demas,o havia abandonado. Demas é citado por Paulo em Cl
4.14 e Fm 24. Pelo texto de Filemon (v. 24) vemos que Demas começou muito
bem, é citado como “colaborador”. Não se sabe a princípio o porquê, mas
talvez o desinteresse, a frieza, a indiferença de Demas foram crescendo até
ele chegar a esta situação, ao limite perigosíssimo da apostasia. A história de
Demas é a história de todos os que não sabem ou não podem perseverar até
o fim que é a condição para se obter a coroa da vida!
A Bíblia conta maravilhosas histórias de amizade, e aquim o Novo
Testamento nos apresenta uma destas histórias, Lucas e Paulo, Por
intermédio de Paulo, sabemos que Lucas era médico (Cl 4.14). Parece que o
primeiro encontro entre os dois ocorreu em Trôade (At 16.6-10), onde juntos
partiram para a Macedônia. A primeira cidade Macedônia em que eles
pregaram o Evangelho foi Filipos. Há historiadores cristãos que concordam
que Lucas pastoreou aquela igreja por seis anos (51-57 d.C.). É na última
prisão de Paulo que a amizade foi realmente provada. “Só Lucas está
comigo”, disse Paulo para seu discípulo Timóteo. Neste período, Paulo está
esperando sua execução, que aconteceu, provavelmente, no ano de 68 d.C.,
28. por decapitação, por ordem de Nero. Todos os demais companheiros de Paulo
o tinham deixado. Lucas, um médico, homem que provou ser culto pela
qualidade das obras que escreveu, abriu mão de vários anos de sua vida para
acompanhar o apóstolo enquanto estava preso. Num desses períodos, na
primeira prisão em Roma (At 28.16), Lucas redige sua obra: o evangelho de
Lucas e Atos. Lembrando que estes dois livros também mostram a dedicação
de Lucas a outro amigo, a saber, Teófilo (Lc 1.3; At 1.1). A dedicação às
pessoas é fruto do amor que transforma vidas. Nós temos uma fé que não
pode ser vivida para nós mesmos, mas nossa fé deve se abrir para os outros.
Nosso alvo é servir o nosso próximo (Tg 2.14-26). Deus nos escolheu para
sermos um povo de boas obras (Ef 2.10; Tt 2.14).
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30. No mesmo contexto, alguns versículos antes em II Timóteo 4:6-8,
Paulo afirma que encerrou sua carreira, e que está prestes a morrer. Mesmo
assim, no versículo 13 ele ainda pede que sejam trazidos seus livros.
Aprendemos então que Paulo continua tendo interesse em ler, escrever e
aprender, mesmo estando prestes a morrer. Uma vez que a Bíblia não afirma
expressamente, não podemos afirmar nada com certeza sobre isso. Podemos,
entretanto, examinar as Escrituras e ter a melhor compreensão possível e
tirar todo aprendizado possível sobre o assunto. Se examinarmos o livro de
Atos, perceberemos informações importantes, que possivelmente
demonstram como foi que Paulo acabou deixando essas coisas todas em
Trôade, na casa de Carpo (Atos 16:8-12).
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32. Em algumas outras versões da Bíblia este mesmo Alexandre é
chamado de ferreiro! Possivelmente este Alexandre fazia utensílios
domésticos de metais, ferramentas, escudos, facas, espadas, lanças, etc.
Alexandre, o latoeiro, foi pior que Demas! Apesar de também ter saído da
Obra, ele passou a perseguir o Apóstolo Paulo, chegando a ponto de interferir
na sua sentença em Roma, causando-lhe muitos males (2Tm 4.14). Mesmo
assim, Paulo orou por ele e entregou o caso nas Mãos de Deus, pedindo
justiça. Segundo alguns estudiosos da Bíblia, há muitas chances deste
Alexandre ter sido o mesmo que foi citado na Primeira Carta de Paulo a
Timóteo no “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando,
fizeram naufrágio na fé. 20 - E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os
quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.19).
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36. Embora os homens tenham abandonado Paulo em sua primeira
audiência no tribunal, o Senhor não o fez. Paulo pode usar aquela ocasião
para pregar o evangelho. Como cidadão romano, Paulo não poderia ser
jogado aos leões no teatro público. Diz a tradição que, como resultado de
haver apelado para César, após dois julgamentos no ano 68 d.C., Paulo foi
executado. Relata-se que Nero saiu de viagem enquanto Paulo estava em
Roma; entrementes, uma de suas concumbinas foi ganha para o Senhor por
intermédio do apóstolo. Quando Nero voltou para casa, ela havia se
juntado a um grupo cristão, abandonando o imperador. Nero ficou tão
furioso que descarregou sua ira sobre Paulo, que foi levado para a Via Óstia
onde o executaram.
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38. Viver e morrer para o crente significa aceitar a passagem pascal,
onde a doação a Cristo e aos irmãos não se realiza sem dificuldades e
desilusões, sem passar pelas inúmeras mortes cotidianas até a morte física,
etapa obrigatória criada pelo ato redentor de suprema doação de Cristo que
morre por amor e ressuscita para que nós possamos ressuscitar com Ele.
Agora vivemos uma vida nova, porque aquele que ressuscitou a Cristo Jesus
dentre os mortos, dará a vida também aos nossos corpos mortais (Rm 8.11).
Livre da boca do leão, essa era uma forma figurada de dizer que os esforços
de Satanás em causar a morte prematura de Paulo tinham sido desviados,
impedidos até o presente.
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40. Paulo não expressa imunidade à doença fisica. Pelo contrário, ele
espera a morte, mas nenhum ataque a ele poderia prejudicá-lo. Sua morte
traria a libertação do sofrimento e a entrada no céu.