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Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/svs
Endereço eletrônico da Secretaria
de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs
O Agente Comunitário de
Saúde no controle da dengue
Brasília/DF
Ministério da Saúde
Brasília-DF
2009
O Agente
Comunitário
de Saúde
no controle
da dengue
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
©2009 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não
seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs
Série F. Comunicação e Educação em Saúde
Tiragem: 1ª edição – 2009 – 300.000 exemplares
Elaboração, edição e distribuição
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Diretoria Técnica de Gestão
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Produção: Núcleo de Comunicação/SVS
Endereço SVS/MS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G
Edifício Sede, 1º andar, sala 134
CEP: 70058-900, Brasília – DF
E-mail: svs@saude.gov.br
Endereço eletrônico: www.saude.gov.br/svs
Produção editorial
Revisão e adaptação do texto: Angela Pistelli, Eduardo Dias, Gessyanne Vale Paulino, Heloiza Machado de Souza,
Thais Severino da Silva, Samantha Pereira França, Valéria Padrão e Vanessa Borges.
Supervisão técnica: Fabiano Geraldo Pimenta
Projeto gráfico: Eduardo Dias, Fabiano Camilo, Sabrina Lopes
Diagramação: Sabrina Lopes
Ilustrações: Eduardo Dias
Fotos: Arquivo SVS (p. 7) e Eduardo Dias (p. 20-21)
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
O agente comunitário de saúde no controle da dengue / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.
36 p. : il. color. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)
1. Dengue. 2. Agente comunitário de saúde (ACS). 3. Auxiliares de saúde comunitária. I. Título. II. Série.
CDU 616.98:578.833.2
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2009/0500
Títulos para indexação
Em inglês: The community health agent in dengue control	
Em espanhol: El agente comunitario de salud en el control del dengue
Endereço SAS/MS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G,
6º andar, sala 655
CEP: 70058-900, Brasília – DF
Tel.: (61) 3315-2497 Fax: (61) 3226-4340
Endereço eletrônico: www.saude.gov.br/dab
Sumário
Apresentação	 5
O que é a dengue?	 7
A dengue no Brasil	 8
Como se transmite?	
10
Ciclo de transmissão da dengue	 12
Dengue – quando suspeitar	 16
Como é o tratamento	 19
Dengue – É preciso prevenir!	 20
Medidas para prevenção da dengue	 22
Por que os casos de
dengue aumentam no verão?	 26
Trabalhando em equipe
no controle da dengue	 27
Competências do Agente
de Controle de Endemias e do
Agente Comunitário de Saúde	 29
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
Apresentação
Caros Agentes Comunitários de Saúde,
A atuação de vocês tem contribuído de forma significativa para
a melhoria da saúde da nossa população.
O estar com a população, esta proximidade compartilhada, per-
mite construir vínculos que resultam na confiança mútua, na troca
de cuidados.
E cuidar do outro não é apenas verificar e acompanhar seu esta-
do de saúde, vai muito além. É repartir conhecimento, ensinar au-
tocuidado, ver nascer e crescer a consciência da cidadania – o saber
dos direitos e responsabilidades para consigo, para com o outro e
para com a comunidade.
Conhecer, aprender e ensinar são essenciais para a prevenção e
promoção da saúde. Vocês, Agentes Comunitários, são elos funda-
mentais para democratizar a informação, para torná-la acessível a
cada um dos brasileiros cuidados todos os dias do ano.
Preparamos esta Cartilha contendo orientações sobre cuidados
para evitar a dengue, que podem ser incorporados ao seu dia-a-
dia de trabalho e repassados para a comunidade onde você atua.
Sabemos que as mudanças, as transformações surgem aos poucos
e que a participação de vocês neste processo é essencial.
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Além deste material, o Ministério da Saúde publicou, em 2009,
as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias
de Dengue, que auxiliará estados e municípios na organização
de suas atividades de prevenção e controle, em período de baixa
transmissão ou em situação epidêmica.
Somente com ações cotidianas, desenvolvidas pelas Equipes
Saúde da Família, integradas com as atividades dos profissionais
da vigilância em saúde, poderemos ter êxito neste desafio, que é
de todos nós, trabalhadores do Sistema Único de Saúde. Somar
esforços é o único caminho para controlar este mal.
Assim, nosso apelo é para que vocês compartilhem as informa-
ções desta Cartilha, sobre as formas de evitar a doença, com sua
comunidade e criem parcerias com instituições – associações de
moradores, igrejas, escolas, associações de comerciantes, serviços
de limpeza urbana e outros que possam ajudar a modificar para
melhor o espaço onde vivem e trabalham.
Agradecemos o esforço e a colaboração de cada um de vocês.
Gerson Penna
Secretário de Vigilância em Saúde
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
O que é a dengue?
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus chamado
flavivirus, e transmitida ao homem principalmente pelo mosquito
Aedes aegypti.
A dengue está presente em mais de cem países do mundo, lo-
calizados no Sudeste Asiático, na África e nas Américas. A doença
atinge toda a América Latina, menos o Chile.
O Aedes aegypti é menor
que um pernilongo/muri-
çoca comum. A foto mos-
tra o mosquito aumenta-
do em mais de dez vezes.
Os primeiros registros de dengue no mundo foram feitos no
fim do século 18, na ilha de Java, no Sudoeste Asiático, e na
Filadélfia, Estados Unidos. Somente no século passado (sécu-
lo 20), a dengue foi reconhecida como doença pela Organiza-
ção Mundial da Saúde. A cada ano, são registrados entre 50
milhões e 80 milhões de casos de dengue em todo mundo.
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Região
Estados
Infestados (1.752)
200 0 200400 Km
1995
2008
Região
Estados
Infestados (4.006)
A dengue no Brasil
A dengue é uma doença endêmica no Brasil. O crescimento desor-
denado das cidades, deficiências no abastecimento regular de água
e na coleta e no destino adequado do lixo, aumentam em muito
os criadouros do mosquito da dengue. Além disso, a facilidade da
movimentação das pessoas entre cidades de diferentes estados do
nosso País, facilitam a circulação do vírus da dengue. Por esses mo-
tivos, o número de municípios infestados pelo Aedes aegyti aumen-
tou no Brasil, conforme demonstram os mapas abaixo.
Municípios infestados por Aedes aegypti, Brasil – 1995-2008
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
A participação das pes-
soas para eliminar os
criadouros do mosquito é
fundamental para prevenir
e controlar a dengue.
Promover esta mobilização
é parte importante do tra-
balho do Agente Comuni-
tário de Saúde (ACS) junto
à população.
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Como se transmite?
Saiba mais sobre o mosquito Aedes aegypti
O mosquito transmissor da dengue é o Aedes aegypti. Ele é origi-
nário da África e também é responsável pela dengue hemorrágica
(febre hemorrágica).
Seu ciclo apresenta quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto, ilus-
tradas abaixo, em tamanho ampliado.
ovo pupalarva
adulto
O Aedes aegpyti é escuro e rajado
de branco nas patas e no corpo
10
A fêmea do Aedes aegypti
pode voar até três quilôme-
tros em busca de locais para
depositar seus ovos.
11
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
12
	 Ciclo de transmissão da dengue
O ciclo se inicia quando a fêmea do Aedes aegypti pica uma
pessoa com dengue. O tempo necessário para o vírus se repro-
duzir no organismo do mosquito é de 8 a 12 dias. Após isso, ele
começa a transmitir o vírus causador da doença.
Esse mesmo mosquito, ao picar um ser humano sadio, transmi-
te o vírus para o sangue dessa pessoa. Dentro de um tempo, que
varia de 3 a 15 dias, a doença começa a se manifestar. A partir
daí o ciclo pode voltar a se repetir, caso essa segunda
pessoa seja picada por outro Aedes aegypti.
Uma pessoa doente não transmite dengue para
outra sadia, seja por contato direto, alimentos,
água ou quaisquer objetos.
Vale a pena lembrar que a dengue só é transmitida pela fêmea
infectada do Aedes aegypti.
O vírus que causa a dengue possui quatro variações, classifica-
das como DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A pessoa infectada
adquiriu um destes tipos. Se essa pessoa contrair a doença outras
vezes e por outros tipos do vírus, aumentam as chances de desen-
volver a dengue hemorrágica ou a dengue com complicações.
13
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
Depois de adulto, o mosquito Aedes aegypti vive,
em média, de 30 a 35 dias.
A fêmea do Aedes aegypti põe ovos de 4 a 6
vezes durante sua vida. Ela pode colocar mais de
100 ovos de cada vez, em locais preferencialmen-
te com água limpa e parada.
O Aedes aegypti costuma picar as pessoas du-
rante o dia.
Quem contamina o ser humano é a fêmea do
mosquito, enquanto o macho apenas se ali-
menta de seiva de plantas. A fêmea precisa
de uma substância do sangue (a albumina)
para completar o processo de amadurecimen-
to de seus ovos.
14
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
IMPORTANTE
Os ovos do Aedes aegypti podem sobrevi-
ver até 450 dias (aproximadamente 1 ano
e 2 meses), mesmo que o local onde ele foi
depositado fique seco. Se este local receber
água novamente, o ovo volta a ficar ativo,
podendo se transformar em pupa e depois
em larva, e, a partir daí, atingir a fase adul-
ta de 2 a 3 dias. Essa alta resistência dos
ovos é um dos fatores que dificultam a er-
radicação desse mosquito.
15
Pratos de plantas podem
virar criadouros, por isso é
importante preenchê-los
com areia.
Alerte os moradores
que a areia não interfere
no crescimento e
desenvolvimento das
plantas e flores.
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Fraqueza
Dor de cabeça, dor no
fundo dos olhos e nas juntas
Náusea, vômitos Manchas vermelhas na pele
16
Dengue – quando suspeitar
O primeiro sintoma da dengue é febre alta: de 39°C a 40°C. A den-
gue pode se apresentar de duas formas:
Dengue clássica
Os primeiros sinais de dengue podem surgir de 3 a 15 dias após a
picada do mosquito. A doença dura em média de 5 a 7 dias e, além
da febre, apresenta os seguintes sintomas:
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
Dengue hemorrágica
Os sintomas são iguais aos da Dengue clássica e pode existir ainda:
• sangramento de gengivas e narinas;
• fezes escuras, o que pode indicar a presença de sangue;
• manchas vermelhas ou roxas na pele;
• dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
• vômitos e tonteira;
• diminuição da urina;
• dificuldade para respirar.
Se alguém da sua comunidade apresen-
tar dois ou mais sintomas de dengue,
alerte-o de que deve ir à Unidade Bá-
sica de Saúde (UBS). Comunique à sua
equipe, pois, se a pessoa não compare-
cer, deve ser realizada a busca ativa.
IMPORTANTE
17
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
É importante que você, ACS, encaminhe
os casos suspeitos para avaliação imediata
Durante o atendimento, é feito o levantamento da história epide-
miológica do paciente, isto é, pergunta-se onde reside, se já esteve
em local onde existe ou já aconteceram casos da doença, se já teve
dengue e quantas vezes.
Depois, são observados os sinais e sintomas da doença – veja
páginas 16 e 17.
18
Em situações de epidemia não é necessário fazer a con-
firmação sorológica em todos os doentes. O mais im-
portante, nessa situação, são os exames de plaquetas e
hematócritos, pois estes irão auxiliar e agilizar os cuida-
dos para com o doente.
IMPORTANTE
Todas as pessoas com suspeita de
dengue devem beber muita água,
mesmo na espera para ser atendida.
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
Como é o tratamento
Ainda não existe vacina para a dengue
Normalmente a doença dura de 5 a 7 dias.
Quem está com dengue deve ficar em re-
pouso e beber muita água.
Não há um tratamento específico para
a doença. As medicações utilizadas são
analgésicos (remédios para aliviar a dor)
e antitérmicos (para diminuir a febre).
No entanto, nunca se deve tomar me-
dicamentos sem orientação médica.
É importante que uma pessoa com den-
gue, que apresente dores muito fortes na barri-
ga e/ou vômitos persistentes, mal-estar com transpi-
ração abundante, fraqueza muscular, sonolência e/ou irritabilidade,
dificuldade para respirar, hemorragias (sangue nas fezes ou nos vô-
mitos), diminuição na quantidade de urina e queda de temperatura,
deve ser encaminhada imediatamente para uma unidade de saúde.
19
ATENÇÃO
A pessoa doente NÃO pode tomar remédios à
base de ácido acetil salicílico, pois esta substância
aumenta o risco de hemorragia.
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
O controle da dengue exige um esforço de
todos os profissionais de saúde, gestores e
população.
Não se combate a dengue sem parcerias.
É preciso envolver outros setores da adminis-
tração do município, como limpeza urbana,
saneamento, educação, turismo, meio am-
biente, entre outros.
É importante lembrar que, para se repro-
duzir, o mosquito Aedes aegypti se utiliza
de todo tipo de recipientes que as pessoas
costumam usar nas atividades do dia-a-dia:
garrafas e embalagens descartáveis, latas,
pneus, plásticos, entre outros. Estes reci-
pientes são normalmente encontrados a céu
aberto, nos quintais das casas, em terrenos
baldios e mesmo em lixões.
É preciso que as ações para o controle da
dengue garantam a participação efetiva de
cada morador na eliminação de criadouros já
existentes ou de possíveis locais para repro-
dução do mosquito.
Dengue – É preciso prevenir!
Importância da participação ativa
de todos os setores da sociedade
20
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
Levantamento Rápido de Índices
de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa)
Uma das atividades para prevenção da dengue é o Levantamento
Rápido de Índices de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa).
Esse levantamento é amostral, ou seja, não há necessidade de
todas as casas serem visitadas. O resultado deste são índices de in-
festação predial e são divididos da seguinte forma:
• inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias;
• de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta;
• superior a 4%: há risco de surto de dengue.
Após esse levantamento é possível saber onde os mosquitos es-
tão se desenvolvendo mais: se em locais de abastecimento de água,
se em depósitos domiciliares, lixo, etc. A coordenação das equipes
de saúde deve ter acesso aos resultados do LIRAa, para que possa
organizar a rotina das visitas domiciliares de seus agentes, progra-
mar multirões de limpeza urbana
e promover ações de prevenção e
combate à dengue.
As amostras para análise e refe-
renciamento do LIRAa geralmen-
te são coletadas pelos Agentes de
Con­trole de Endemias, parceiros im-
portantes no combate da doença.
A ACS Eni Maria da Silva
orienta sobre os cuidados básicos
para a prevenção da dengue
21
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Medidas para prevenção da dengue
Cuidados fora de casa
•	 Limpar as calhas e lajes das casas. Se houver piscina, lembrar aos
moradores de que a água deve ser sempre tratada.
•	 Manter recipientes/locais de armazenamento de água, como
caixas d’água, poços, latões e tambores, bem fechados.
•	 Guardar garrafas vazias de boca para baixo.
•	 Eliminar a água acumulada em plantas, como bambus, bananeiras,
bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge, dentre outras.
22
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
•	 Entregar pneus inutilizados para a equipe de limpeza pública,
ou orientar a quem quiser conservá-los que o faça em locais
protegidos da água da chuva.
•	 Verificar se existem pneus, latas ou qualquer outro objeto que
possa acumular água nos terrenos baldios.
•	 Identificar, na vizinhança, a existência de casas desocupadas e
terrenos vazios, e localizar os donos para verificar se existem
criadouros do Aedes aegypti.
Cuidados dentro de casa
•	 Evite, sempre que possível, o uso de pratos nos va-
sos de plantas. Caso opte por sua utilização, não
deixe acumular água neles e nos xaxins. Colo-
que areia, preenchendo o prato até sua bor-
da, ou lave-o, semanalmente, com esponja
ou bucha e sabão, para eliminar completa-
mente os ovos do mosquito.
•	 Lave os bebedouros de animais com es-
cova, esponja ou bucha, e troque a água
pelo menos uma vez por semana.
•	 Não deixe qualquer depósito de água
aberto (ex.: potes, tambores, filtros, tan-
ques e outros). Como o mosquito é bem
pequeno, qualquer fresta, neste tipo de
depósito, é suficiente para a fêmea conse-
guir colocar ovos e iniciar um novo ciclo.
23
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Cuidados com o lixo
• Não jogar lixo em terrenos baldios.
• Manter o lixo tampado e seco até seu recolhimento.
• Tampar as garrafas antes de colocá-las no lixo.
• Separar copos descartáveis, tampas de garrafas, latas, embala-
gens plásticas, enfim, tudo que possa acumular água. Fechar
bem em sacos plásticos e colocar no lixo.
O acondicionamento e o destino adequado do lixo são pro-
blemas que atingem toda a população, tanto nas áreas urbanas
quanto nas rurais.
Ao orientar os moradores para selecionar os recipientes e guar-
dá-los de forma adequada, você contribui para evitar que sejam
jogados em rios ou deixados a céu aberto, trazendo outros proble-
mas para a comunidade (como foco de ratos e de outros animais,
entupimento de bueiros, dentre outros).
A educação em saúde e a participação comunitária devem ser
promovidas para que a comunidade adquira conhecimentos e
consciência do problema, e possa participar efetivamente.
Discuta com a comunidade as possibilidades de novos destinos
para o lixo reciclável.
Essas medidas contribuem para evitar a repro-
dução do mosquito da dengue e para tornar os
ambientes saudáveis.
24
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
Devemos todos investir numa nova concepção e relação com o
meio ambiente, na construção da consciência ambiental.
Existem muitos projetos de reaproveitamento/reciclagem de
lixo, que podem e devem ser envolvidos para contribuir no contro-
le da dengue. Você também deve estimular a comunidade a ajudar
instituições que recolhem vidros, latas e embalagens de plástico.
Eles podem ser vendidos em usinas de reciclagem.
Esta casa recebeu a visita da nossa ACS. Compare com a casa da pá-
gina 22. Identifique o que mudou depois que os moradores tomaram
os devidos cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti.
25
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Porque no verão faz mais calor e chove muito, au-
mentando os locais com água parada, os quais po-
dem se tornar criadouros do mosquito da dengue.
Se nos locais que se enchem de água já existi-
rem ovos do Aedes aegypti, eles ficam novamente
ativos, evoluindo para o estágio de larvas, que se
transformarão em mosquitos. O calor acelera o
ciclo do mosquito, de ovo a adulto, que ocorre
em menos dias, contribuindo para aumentar a
sua população.
Da mesma forma, o calor também acelera a
multiplicação do vírus dentro do mosquito. Com
isso, no verão (época geralmente mais quente do
ano), uma fêmea do mosquito infectada tem mais
chances de transmitir a doença antes de morrer.
Por que os casos de
dengue aumentam no verão?
A reprodução do
mosquito não para.
Por isso, é preciso ficar
alerta com a dengue, em
todas as épocas do ano.
26
Organizações sociais, como
igrejas, associações comunitárias,
clubes de mães, conselhos de
saúde e outros são importantes
parceiros no controle da dengue.
27
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
As ações de vigilância em saúde/controle da dengue devem ser
desenvolvidas no cotidiano das equipes de Atenção Básica/Saúde
da Família.
Não somente os Agentes Comunitários de Saúde, mas todos os
profissionais das Equipes Saúde da Família, têm importante papel
e contribuição no desenvolvimento destas  ações. É preciso que o
combate à dengue seja planejado em conjunto. Os gestores muni-
cipais e os profissionais devem estabelecer fluxos e protocolos de
atendimento, garantindo os exames laboratoriais e realizando o
encaminhamento de casos graves, quando necessário, se respon-
sabilizando por ele.
Para diminuir os casos de dengue
é preciso interromper a cadeia de
transmissão. E a única forma é
eliminar os criadouros do mosquito.
28
Os profissionais das Unidades
Básicas de Saúde (UBS) são
responsáveis pelas ações
de prevenção e controle da
dengue. Estas ações devem
fazer parte das rotinas e estar
integradas às demais ações
desenvolvidas nestas unidades.
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
Competências do Agente
de Controle de Endemias e do
Agente Comunitário de Saúde
Um parceiro importante no controle da dengue é o Agente de
Controle de Endemias (ACE), também denominado de Agente de
Vigilância Ambiental, de Zoonoses, entre outros. Este profissional
é responsável pela eliminação de criadouros de difícil acesso, como
caixas d’água, ou pelo uso de larvicidas (biológicos ou químicos).
O ACS e o ACE são co-responsáveis pelo controle da dengue e
devem trabalhar de forma integrada. Muitas das ações desenvolvi-
das são comuns aos dois profissionais, como a educação em saú-
de, a mobilização comunitária, a identificação de criadouros, entre
outras. Entretanto, algumas ações são específicas dos ACS, como
o acompanhamento das pessoas com dengue. E outras ações são
de responsabilidade dos ACE, como a destruição de criadouros de
difícil acesso ou que precisem do uso de larvicida.
Os gestores e as equipes de saúde devem definir claramente
os papéis, competências e responsabilidades de cada um destes
agentes e, de acordo com a realidade local, definir os fluxos de
trabalho. A relação entre o número de ACE e ACS será variável,
baseando-se no perfil epidemiológico e nas demais características
locais (como geografia, densidade demográfica e outras).
29
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Competências do
Agente de Controle de Endemias
1. Encaminhar os casos suspeitos de dengue à UBS, responsável
pelo território;
2. Atuar junto aos domicílios, informando seus moradores sobre
a doença – seus sintomas e riscos – sobre o agente transmissor e
medidas de prevenção;
3. Informar o responsável pelo imóvel não residencial, sobre a
importância da verificação da existência de larvas ou
mosquitos transmissores da dengue;
4. Vistoriar imóveis não residenciais, acompa-
nhado pelo responsável, para identificar locais e
objetos que sejam ou possam se transformar em
criadouros de mosquito transmissor da dengue;
5. Orientar e acompanhar o responsável
pelo imóvel não residencial na remoção, des-
truição ou vedação de objetos que possam se
transformar em criadouros de mosquitos;
6. Vistoriar e tratar com aplicação de larvicida,
caso seja necessário, os pontos estratégicos;
30
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
7. Vistoriar e tratar os imóveis cadastrados e identificados pelo
ACS, que necessitem do uso de larvicidas e/ou remoção mecânica
de difícil acesso, que não possam ser eliminados pelo ACS;
8. Nos locais onde não existir ACS, seguir a rotina de vistoria dos
imóveis e, quando necessário, aplicar larvicida;
9. Elaborar e/ou executar estratégias para o encaminhamento
das pendências (casas fechadas e/ou recusas do morador em rece-
ber a visita);
10. Orientar a população sobre a forma de evitar locais que pos-
sam oferecer risco para a formação de criadouros do Aedes aegypti;
11. Promover reuniões com a comunidade, com o objetivo de
mobilizá-la para as ações de prevenção e controle da dengue;
12. Notificar os casos suspeitos de dengue, informando a equipe
da Unidade Básica de Saúde;
13. Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação da
dengue, conforme estratégia local.
31
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Competências do
Agente Comunitário de Saúde
1. Encaminhar os casos suspeitos de dengue à Unidade Básica
de Saúde, de acordo com as orientações da Secretaria Municipal
de Saúde;
2. Atuar junto aos domicílios, informando aos seus moradores
sobre a doença – seus sintomas e riscos – sobre o agente transmis-
sor e as medidas de prevenção;
3. Informar o morador sobre a importância da verificação da
existência de larvas ou mosquitos transmissores da dengue no do-
micílio e peridomicílio, chamando a atenção para os criadouros
mais comuns na sua área de atuação;
4. Vistoriar o domicílio e peridomicílio, acompanhado pelo mo-
rador, para identificar locais e objetos que sejam ou possam se
transformar em criadouros de mosquito transmissor da dengue;
5. Orientar e acompanhar o morador na remoção, destruição
ou vedação de objetos que possam se transformar em criadouros
de mosquitos;
6. Caso seja necessário, remover mecanicamente os ovos e lar-
vas do mosquito;
7. Encaminhar ao Agente de Controle de Endemias (ACE) os ca-
sos de verificação de criadouros de difícil acesso ou que necessi-
tem do uso de larvicidas/biolarvicidas;
32
O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
8. Promover reuniões com a comunidade, com o objetivo de
mobilizá-la para as ações de prevenção e controle da dengue, bem
como conscientizá-la quanto à importância de que todos os domi-
cílios em uma área infestada pelo Aedes aegypti sejam trabalha-
dos pelo Agente de Controle de Endemias;
9. Comunicar ao enfermeiro supervisor e ao ACE a existência de
criadouros de larvas e/ou do mosquito transmissor da dengue, que
dependam de tratamento químico/biológico, da interveniência da
vigilância sanitária ou de outras intervenções do poder público;
10. Comunicar ao enfermeiro supervisor do ACS e ao ACE
os imóveis fechados e as recusas;
11. Notificar os casos suspeitos de dengue, em fi-
cha específica, e informar a equipe da Unidade Básica
de Saúde;
12. Reunir-se regularmente com o ACE para pla-
nejar ações conjuntas, trocar informações sobre
febris suspeitos de dengue, a evolução dos ín-
dices de infestação por Aedes aegypti da área
de abrangência, os índices de pendências, os cria-
douros preferenciais e as medidas que estão sendo
ou serão adotadas para melhorar a situação;
13. Orientar sobre a importância da hidratação oral,
desde os primeiros sintomas da doença;
14. Acompanhar os pacientes com dengue, após
atendimento nos serviços de saúde, por meio de visitas
domiciliares, orientando a família e a comunidade.
33
ACS, acompanhe todos os pacientes de dengue da sua microárea, por
meio de visita domiciliar. Informe a família e a comunidade sobre a im-
portância da hidratação oral e de estarem atentos aos sintomas.
Anotações
Para prevenir e controlar a dengue, a melhor maneira é impedir que o mos-
quito se prolifere, interrompendo seu ciclo de reprodução, ou seja, impe-
dindo que os ovos sejam depositados em locais com água parada.
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Saúde no controle da dengue
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  • 1. Disque Saúde 0800.61.1997 Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/svs Endereço eletrônico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Brasília/DF Ministério da Saúde
  • 2. Brasília-DF 2009 O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Secretaria de Atenção à Saúde
  • 3. ©2009 Ministério da Saúde. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs Série F. Comunicação e Educação em Saúde Tiragem: 1ª edição – 2009 – 300.000 exemplares Elaboração, edição e distribuição MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Diretoria Técnica de Gestão Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Produção: Núcleo de Comunicação/SVS Endereço SVS/MS Esplanada dos Ministérios, Bloco G Edifício Sede, 1º andar, sala 134 CEP: 70058-900, Brasília – DF E-mail: svs@saude.gov.br Endereço eletrônico: www.saude.gov.br/svs Produção editorial Revisão e adaptação do texto: Angela Pistelli, Eduardo Dias, Gessyanne Vale Paulino, Heloiza Machado de Souza, Thais Severino da Silva, Samantha Pereira França, Valéria Padrão e Vanessa Borges. Supervisão técnica: Fabiano Geraldo Pimenta Projeto gráfico: Eduardo Dias, Fabiano Camilo, Sabrina Lopes Diagramação: Sabrina Lopes Ilustrações: Eduardo Dias Fotos: Arquivo SVS (p. 7) e Eduardo Dias (p. 20-21) Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. O agente comunitário de saúde no controle da dengue / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 36 p. : il. color. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde) 1. Dengue. 2. Agente comunitário de saúde (ACS). 3. Auxiliares de saúde comunitária. I. Título. II. Série. CDU 616.98:578.833.2 Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2009/0500 Títulos para indexação Em inglês: The community health agent in dengue control Em espanhol: El agente comunitario de salud en el control del dengue Endereço SAS/MS Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 6º andar, sala 655 CEP: 70058-900, Brasília – DF Tel.: (61) 3315-2497 Fax: (61) 3226-4340 Endereço eletrônico: www.saude.gov.br/dab
  • 4. Sumário Apresentação 5 O que é a dengue? 7 A dengue no Brasil 8 Como se transmite? 10 Ciclo de transmissão da dengue 12 Dengue – quando suspeitar 16 Como é o tratamento 19 Dengue – É preciso prevenir! 20 Medidas para prevenção da dengue 22 Por que os casos de dengue aumentam no verão? 26 Trabalhando em equipe no controle da dengue 27 Competências do Agente de Controle de Endemias e do Agente Comunitário de Saúde 29
  • 5.
  • 6. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Apresentação Caros Agentes Comunitários de Saúde, A atuação de vocês tem contribuído de forma significativa para a melhoria da saúde da nossa população. O estar com a população, esta proximidade compartilhada, per- mite construir vínculos que resultam na confiança mútua, na troca de cuidados. E cuidar do outro não é apenas verificar e acompanhar seu esta- do de saúde, vai muito além. É repartir conhecimento, ensinar au- tocuidado, ver nascer e crescer a consciência da cidadania – o saber dos direitos e responsabilidades para consigo, para com o outro e para com a comunidade. Conhecer, aprender e ensinar são essenciais para a prevenção e promoção da saúde. Vocês, Agentes Comunitários, são elos funda- mentais para democratizar a informação, para torná-la acessível a cada um dos brasileiros cuidados todos os dias do ano. Preparamos esta Cartilha contendo orientações sobre cuidados para evitar a dengue, que podem ser incorporados ao seu dia-a- dia de trabalho e repassados para a comunidade onde você atua. Sabemos que as mudanças, as transformações surgem aos poucos e que a participação de vocês neste processo é essencial.
  • 7. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Além deste material, o Ministério da Saúde publicou, em 2009, as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, que auxiliará estados e municípios na organização de suas atividades de prevenção e controle, em período de baixa transmissão ou em situação epidêmica. Somente com ações cotidianas, desenvolvidas pelas Equipes Saúde da Família, integradas com as atividades dos profissionais da vigilância em saúde, poderemos ter êxito neste desafio, que é de todos nós, trabalhadores do Sistema Único de Saúde. Somar esforços é o único caminho para controlar este mal. Assim, nosso apelo é para que vocês compartilhem as informa- ções desta Cartilha, sobre as formas de evitar a doença, com sua comunidade e criem parcerias com instituições – associações de moradores, igrejas, escolas, associações de comerciantes, serviços de limpeza urbana e outros que possam ajudar a modificar para melhor o espaço onde vivem e trabalham. Agradecemos o esforço e a colaboração de cada um de vocês. Gerson Penna Secretário de Vigilância em Saúde
  • 8. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue O que é a dengue? A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus chamado flavivirus, e transmitida ao homem principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. A dengue está presente em mais de cem países do mundo, lo- calizados no Sudeste Asiático, na África e nas Américas. A doença atinge toda a América Latina, menos o Chile. O Aedes aegypti é menor que um pernilongo/muri- çoca comum. A foto mos- tra o mosquito aumenta- do em mais de dez vezes. Os primeiros registros de dengue no mundo foram feitos no fim do século 18, na ilha de Java, no Sudoeste Asiático, e na Filadélfia, Estados Unidos. Somente no século passado (sécu- lo 20), a dengue foi reconhecida como doença pela Organiza- ção Mundial da Saúde. A cada ano, são registrados entre 50 milhões e 80 milhões de casos de dengue em todo mundo.
  • 9. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Região Estados Infestados (1.752) 200 0 200400 Km 1995 2008 Região Estados Infestados (4.006) A dengue no Brasil A dengue é uma doença endêmica no Brasil. O crescimento desor- denado das cidades, deficiências no abastecimento regular de água e na coleta e no destino adequado do lixo, aumentam em muito os criadouros do mosquito da dengue. Além disso, a facilidade da movimentação das pessoas entre cidades de diferentes estados do nosso País, facilitam a circulação do vírus da dengue. Por esses mo- tivos, o número de municípios infestados pelo Aedes aegyti aumen- tou no Brasil, conforme demonstram os mapas abaixo. Municípios infestados por Aedes aegypti, Brasil – 1995-2008
  • 10. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue A participação das pes- soas para eliminar os criadouros do mosquito é fundamental para prevenir e controlar a dengue. Promover esta mobilização é parte importante do tra- balho do Agente Comuni- tário de Saúde (ACS) junto à população.
  • 11. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Como se transmite? Saiba mais sobre o mosquito Aedes aegypti O mosquito transmissor da dengue é o Aedes aegypti. Ele é origi- nário da África e também é responsável pela dengue hemorrágica (febre hemorrágica). Seu ciclo apresenta quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto, ilus- tradas abaixo, em tamanho ampliado. ovo pupalarva adulto O Aedes aegpyti é escuro e rajado de branco nas patas e no corpo 10
  • 12. A fêmea do Aedes aegypti pode voar até três quilôme- tros em busca de locais para depositar seus ovos. 11
  • 13. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 12 Ciclo de transmissão da dengue O ciclo se inicia quando a fêmea do Aedes aegypti pica uma pessoa com dengue. O tempo necessário para o vírus se repro- duzir no organismo do mosquito é de 8 a 12 dias. Após isso, ele começa a transmitir o vírus causador da doença. Esse mesmo mosquito, ao picar um ser humano sadio, transmi- te o vírus para o sangue dessa pessoa. Dentro de um tempo, que varia de 3 a 15 dias, a doença começa a se manifestar. A partir daí o ciclo pode voltar a se repetir, caso essa segunda pessoa seja picada por outro Aedes aegypti.
  • 14. Uma pessoa doente não transmite dengue para outra sadia, seja por contato direto, alimentos, água ou quaisquer objetos. Vale a pena lembrar que a dengue só é transmitida pela fêmea infectada do Aedes aegypti. O vírus que causa a dengue possui quatro variações, classifica- das como DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A pessoa infectada adquiriu um destes tipos. Se essa pessoa contrair a doença outras vezes e por outros tipos do vírus, aumentam as chances de desen- volver a dengue hemorrágica ou a dengue com complicações. 13 O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue
  • 15. Depois de adulto, o mosquito Aedes aegypti vive, em média, de 30 a 35 dias. A fêmea do Aedes aegypti põe ovos de 4 a 6 vezes durante sua vida. Ela pode colocar mais de 100 ovos de cada vez, em locais preferencialmen- te com água limpa e parada. O Aedes aegypti costuma picar as pessoas du- rante o dia. Quem contamina o ser humano é a fêmea do mosquito, enquanto o macho apenas se ali- menta de seiva de plantas. A fêmea precisa de uma substância do sangue (a albumina) para completar o processo de amadurecimen- to de seus ovos. 14 Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
  • 16. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue IMPORTANTE Os ovos do Aedes aegypti podem sobrevi- ver até 450 dias (aproximadamente 1 ano e 2 meses), mesmo que o local onde ele foi depositado fique seco. Se este local receber água novamente, o ovo volta a ficar ativo, podendo se transformar em pupa e depois em larva, e, a partir daí, atingir a fase adul- ta de 2 a 3 dias. Essa alta resistência dos ovos é um dos fatores que dificultam a er- radicação desse mosquito. 15 Pratos de plantas podem virar criadouros, por isso é importante preenchê-los com areia. Alerte os moradores que a areia não interfere no crescimento e desenvolvimento das plantas e flores.
  • 17. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Fraqueza Dor de cabeça, dor no fundo dos olhos e nas juntas Náusea, vômitos Manchas vermelhas na pele 16 Dengue – quando suspeitar O primeiro sintoma da dengue é febre alta: de 39°C a 40°C. A den- gue pode se apresentar de duas formas: Dengue clássica Os primeiros sinais de dengue podem surgir de 3 a 15 dias após a picada do mosquito. A doença dura em média de 5 a 7 dias e, além da febre, apresenta os seguintes sintomas:
  • 18. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Dengue hemorrágica Os sintomas são iguais aos da Dengue clássica e pode existir ainda: • sangramento de gengivas e narinas; • fezes escuras, o que pode indicar a presença de sangue; • manchas vermelhas ou roxas na pele; • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua; • vômitos e tonteira; • diminuição da urina; • dificuldade para respirar. Se alguém da sua comunidade apresen- tar dois ou mais sintomas de dengue, alerte-o de que deve ir à Unidade Bá- sica de Saúde (UBS). Comunique à sua equipe, pois, se a pessoa não compare- cer, deve ser realizada a busca ativa. IMPORTANTE 17
  • 19. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS É importante que você, ACS, encaminhe os casos suspeitos para avaliação imediata Durante o atendimento, é feito o levantamento da história epide- miológica do paciente, isto é, pergunta-se onde reside, se já esteve em local onde existe ou já aconteceram casos da doença, se já teve dengue e quantas vezes. Depois, são observados os sinais e sintomas da doença – veja páginas 16 e 17. 18 Em situações de epidemia não é necessário fazer a con- firmação sorológica em todos os doentes. O mais im- portante, nessa situação, são os exames de plaquetas e hematócritos, pois estes irão auxiliar e agilizar os cuida- dos para com o doente. IMPORTANTE Todas as pessoas com suspeita de dengue devem beber muita água, mesmo na espera para ser atendida.
  • 20. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Como é o tratamento Ainda não existe vacina para a dengue Normalmente a doença dura de 5 a 7 dias. Quem está com dengue deve ficar em re- pouso e beber muita água. Não há um tratamento específico para a doença. As medicações utilizadas são analgésicos (remédios para aliviar a dor) e antitérmicos (para diminuir a febre). No entanto, nunca se deve tomar me- dicamentos sem orientação médica. É importante que uma pessoa com den- gue, que apresente dores muito fortes na barri- ga e/ou vômitos persistentes, mal-estar com transpi- ração abundante, fraqueza muscular, sonolência e/ou irritabilidade, dificuldade para respirar, hemorragias (sangue nas fezes ou nos vô- mitos), diminuição na quantidade de urina e queda de temperatura, deve ser encaminhada imediatamente para uma unidade de saúde. 19 ATENÇÃO A pessoa doente NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, pois esta substância aumenta o risco de hemorragia.
  • 21. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS O controle da dengue exige um esforço de todos os profissionais de saúde, gestores e população. Não se combate a dengue sem parcerias. É preciso envolver outros setores da adminis- tração do município, como limpeza urbana, saneamento, educação, turismo, meio am- biente, entre outros. É importante lembrar que, para se repro- duzir, o mosquito Aedes aegypti se utiliza de todo tipo de recipientes que as pessoas costumam usar nas atividades do dia-a-dia: garrafas e embalagens descartáveis, latas, pneus, plásticos, entre outros. Estes reci- pientes são normalmente encontrados a céu aberto, nos quintais das casas, em terrenos baldios e mesmo em lixões. É preciso que as ações para o controle da dengue garantam a participação efetiva de cada morador na eliminação de criadouros já existentes ou de possíveis locais para repro- dução do mosquito. Dengue – É preciso prevenir! Importância da participação ativa de todos os setores da sociedade 20
  • 22. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Levantamento Rápido de Índices de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) Uma das atividades para prevenção da dengue é o Levantamento Rápido de Índices de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). Esse levantamento é amostral, ou seja, não há necessidade de todas as casas serem visitadas. O resultado deste são índices de in- festação predial e são divididos da seguinte forma: • inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias; • de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta; • superior a 4%: há risco de surto de dengue. Após esse levantamento é possível saber onde os mosquitos es- tão se desenvolvendo mais: se em locais de abastecimento de água, se em depósitos domiciliares, lixo, etc. A coordenação das equipes de saúde deve ter acesso aos resultados do LIRAa, para que possa organizar a rotina das visitas domiciliares de seus agentes, progra- mar multirões de limpeza urbana e promover ações de prevenção e combate à dengue. As amostras para análise e refe- renciamento do LIRAa geralmen- te são coletadas pelos Agentes de Con­trole de Endemias, parceiros im- portantes no combate da doença. A ACS Eni Maria da Silva orienta sobre os cuidados básicos para a prevenção da dengue 21
  • 23. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Medidas para prevenção da dengue Cuidados fora de casa • Limpar as calhas e lajes das casas. Se houver piscina, lembrar aos moradores de que a água deve ser sempre tratada. • Manter recipientes/locais de armazenamento de água, como caixas d’água, poços, latões e tambores, bem fechados. • Guardar garrafas vazias de boca para baixo. • Eliminar a água acumulada em plantas, como bambus, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge, dentre outras. 22
  • 24. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue • Entregar pneus inutilizados para a equipe de limpeza pública, ou orientar a quem quiser conservá-los que o faça em locais protegidos da água da chuva. • Verificar se existem pneus, latas ou qualquer outro objeto que possa acumular água nos terrenos baldios. • Identificar, na vizinhança, a existência de casas desocupadas e terrenos vazios, e localizar os donos para verificar se existem criadouros do Aedes aegypti. Cuidados dentro de casa • Evite, sempre que possível, o uso de pratos nos va- sos de plantas. Caso opte por sua utilização, não deixe acumular água neles e nos xaxins. Colo- que areia, preenchendo o prato até sua bor- da, ou lave-o, semanalmente, com esponja ou bucha e sabão, para eliminar completa- mente os ovos do mosquito. • Lave os bebedouros de animais com es- cova, esponja ou bucha, e troque a água pelo menos uma vez por semana. • Não deixe qualquer depósito de água aberto (ex.: potes, tambores, filtros, tan- ques e outros). Como o mosquito é bem pequeno, qualquer fresta, neste tipo de depósito, é suficiente para a fêmea conse- guir colocar ovos e iniciar um novo ciclo. 23
  • 25. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Cuidados com o lixo • Não jogar lixo em terrenos baldios. • Manter o lixo tampado e seco até seu recolhimento. • Tampar as garrafas antes de colocá-las no lixo. • Separar copos descartáveis, tampas de garrafas, latas, embala- gens plásticas, enfim, tudo que possa acumular água. Fechar bem em sacos plásticos e colocar no lixo. O acondicionamento e o destino adequado do lixo são pro- blemas que atingem toda a população, tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais. Ao orientar os moradores para selecionar os recipientes e guar- dá-los de forma adequada, você contribui para evitar que sejam jogados em rios ou deixados a céu aberto, trazendo outros proble- mas para a comunidade (como foco de ratos e de outros animais, entupimento de bueiros, dentre outros). A educação em saúde e a participação comunitária devem ser promovidas para que a comunidade adquira conhecimentos e consciência do problema, e possa participar efetivamente. Discuta com a comunidade as possibilidades de novos destinos para o lixo reciclável. Essas medidas contribuem para evitar a repro- dução do mosquito da dengue e para tornar os ambientes saudáveis. 24
  • 26. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Devemos todos investir numa nova concepção e relação com o meio ambiente, na construção da consciência ambiental. Existem muitos projetos de reaproveitamento/reciclagem de lixo, que podem e devem ser envolvidos para contribuir no contro- le da dengue. Você também deve estimular a comunidade a ajudar instituições que recolhem vidros, latas e embalagens de plástico. Eles podem ser vendidos em usinas de reciclagem. Esta casa recebeu a visita da nossa ACS. Compare com a casa da pá- gina 22. Identifique o que mudou depois que os moradores tomaram os devidos cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti. 25
  • 27. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Porque no verão faz mais calor e chove muito, au- mentando os locais com água parada, os quais po- dem se tornar criadouros do mosquito da dengue. Se nos locais que se enchem de água já existi- rem ovos do Aedes aegypti, eles ficam novamente ativos, evoluindo para o estágio de larvas, que se transformarão em mosquitos. O calor acelera o ciclo do mosquito, de ovo a adulto, que ocorre em menos dias, contribuindo para aumentar a sua população. Da mesma forma, o calor também acelera a multiplicação do vírus dentro do mosquito. Com isso, no verão (época geralmente mais quente do ano), uma fêmea do mosquito infectada tem mais chances de transmitir a doença antes de morrer. Por que os casos de dengue aumentam no verão? A reprodução do mosquito não para. Por isso, é preciso ficar alerta com a dengue, em todas as épocas do ano. 26
  • 28. Organizações sociais, como igrejas, associações comunitárias, clubes de mães, conselhos de saúde e outros são importantes parceiros no controle da dengue. 27
  • 29. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS As ações de vigilância em saúde/controle da dengue devem ser desenvolvidas no cotidiano das equipes de Atenção Básica/Saúde da Família. Não somente os Agentes Comunitários de Saúde, mas todos os profissionais das Equipes Saúde da Família, têm importante papel e contribuição no desenvolvimento destas  ações. É preciso que o combate à dengue seja planejado em conjunto. Os gestores muni- cipais e os profissionais devem estabelecer fluxos e protocolos de atendimento, garantindo os exames laboratoriais e realizando o encaminhamento de casos graves, quando necessário, se respon- sabilizando por ele. Para diminuir os casos de dengue é preciso interromper a cadeia de transmissão. E a única forma é eliminar os criadouros do mosquito. 28 Os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) são responsáveis pelas ações de prevenção e controle da dengue. Estas ações devem fazer parte das rotinas e estar integradas às demais ações desenvolvidas nestas unidades.
  • 30. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Competências do Agente de Controle de Endemias e do Agente Comunitário de Saúde Um parceiro importante no controle da dengue é o Agente de Controle de Endemias (ACE), também denominado de Agente de Vigilância Ambiental, de Zoonoses, entre outros. Este profissional é responsável pela eliminação de criadouros de difícil acesso, como caixas d’água, ou pelo uso de larvicidas (biológicos ou químicos). O ACS e o ACE são co-responsáveis pelo controle da dengue e devem trabalhar de forma integrada. Muitas das ações desenvolvi- das são comuns aos dois profissionais, como a educação em saú- de, a mobilização comunitária, a identificação de criadouros, entre outras. Entretanto, algumas ações são específicas dos ACS, como o acompanhamento das pessoas com dengue. E outras ações são de responsabilidade dos ACE, como a destruição de criadouros de difícil acesso ou que precisem do uso de larvicida. Os gestores e as equipes de saúde devem definir claramente os papéis, competências e responsabilidades de cada um destes agentes e, de acordo com a realidade local, definir os fluxos de trabalho. A relação entre o número de ACE e ACS será variável, baseando-se no perfil epidemiológico e nas demais características locais (como geografia, densidade demográfica e outras). 29
  • 31. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Competências do Agente de Controle de Endemias 1. Encaminhar os casos suspeitos de dengue à UBS, responsável pelo território; 2. Atuar junto aos domicílios, informando seus moradores sobre a doença – seus sintomas e riscos – sobre o agente transmissor e medidas de prevenção; 3. Informar o responsável pelo imóvel não residencial, sobre a importância da verificação da existência de larvas ou mosquitos transmissores da dengue; 4. Vistoriar imóveis não residenciais, acompa- nhado pelo responsável, para identificar locais e objetos que sejam ou possam se transformar em criadouros de mosquito transmissor da dengue; 5. Orientar e acompanhar o responsável pelo imóvel não residencial na remoção, des- truição ou vedação de objetos que possam se transformar em criadouros de mosquitos; 6. Vistoriar e tratar com aplicação de larvicida, caso seja necessário, os pontos estratégicos; 30
  • 32. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue 7. Vistoriar e tratar os imóveis cadastrados e identificados pelo ACS, que necessitem do uso de larvicidas e/ou remoção mecânica de difícil acesso, que não possam ser eliminados pelo ACS; 8. Nos locais onde não existir ACS, seguir a rotina de vistoria dos imóveis e, quando necessário, aplicar larvicida; 9. Elaborar e/ou executar estratégias para o encaminhamento das pendências (casas fechadas e/ou recusas do morador em rece- ber a visita); 10. Orientar a população sobre a forma de evitar locais que pos- sam oferecer risco para a formação de criadouros do Aedes aegypti; 11. Promover reuniões com a comunidade, com o objetivo de mobilizá-la para as ações de prevenção e controle da dengue; 12. Notificar os casos suspeitos de dengue, informando a equipe da Unidade Básica de Saúde; 13. Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação da dengue, conforme estratégia local. 31
  • 33. Secretaria de Vigilância em Saúde/MS Competências do Agente Comunitário de Saúde 1. Encaminhar os casos suspeitos de dengue à Unidade Básica de Saúde, de acordo com as orientações da Secretaria Municipal de Saúde; 2. Atuar junto aos domicílios, informando aos seus moradores sobre a doença – seus sintomas e riscos – sobre o agente transmis- sor e as medidas de prevenção; 3. Informar o morador sobre a importância da verificação da existência de larvas ou mosquitos transmissores da dengue no do- micílio e peridomicílio, chamando a atenção para os criadouros mais comuns na sua área de atuação; 4. Vistoriar o domicílio e peridomicílio, acompanhado pelo mo- rador, para identificar locais e objetos que sejam ou possam se transformar em criadouros de mosquito transmissor da dengue; 5. Orientar e acompanhar o morador na remoção, destruição ou vedação de objetos que possam se transformar em criadouros de mosquitos; 6. Caso seja necessário, remover mecanicamente os ovos e lar- vas do mosquito; 7. Encaminhar ao Agente de Controle de Endemias (ACE) os ca- sos de verificação de criadouros de difícil acesso ou que necessi- tem do uso de larvicidas/biolarvicidas; 32
  • 34. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue 8. Promover reuniões com a comunidade, com o objetivo de mobilizá-la para as ações de prevenção e controle da dengue, bem como conscientizá-la quanto à importância de que todos os domi- cílios em uma área infestada pelo Aedes aegypti sejam trabalha- dos pelo Agente de Controle de Endemias; 9. Comunicar ao enfermeiro supervisor e ao ACE a existência de criadouros de larvas e/ou do mosquito transmissor da dengue, que dependam de tratamento químico/biológico, da interveniência da vigilância sanitária ou de outras intervenções do poder público; 10. Comunicar ao enfermeiro supervisor do ACS e ao ACE os imóveis fechados e as recusas; 11. Notificar os casos suspeitos de dengue, em fi- cha específica, e informar a equipe da Unidade Básica de Saúde; 12. Reunir-se regularmente com o ACE para pla- nejar ações conjuntas, trocar informações sobre febris suspeitos de dengue, a evolução dos ín- dices de infestação por Aedes aegypti da área de abrangência, os índices de pendências, os cria- douros preferenciais e as medidas que estão sendo ou serão adotadas para melhorar a situação; 13. Orientar sobre a importância da hidratação oral, desde os primeiros sintomas da doença; 14. Acompanhar os pacientes com dengue, após atendimento nos serviços de saúde, por meio de visitas domiciliares, orientando a família e a comunidade. 33
  • 35. ACS, acompanhe todos os pacientes de dengue da sua microárea, por meio de visita domiciliar. Informe a família e a comunidade sobre a im- portância da hidratação oral e de estarem atentos aos sintomas. Anotações
  • 36. Para prevenir e controlar a dengue, a melhor maneira é impedir que o mos- quito se prolifere, interrompendo seu ciclo de reprodução, ou seja, impe- dindo que os ovos sejam depositados em locais com água parada.
  • 37. Disque Saúde 0800.61.1997 Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/svs Endereço eletrônico da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/dab Endereço eletrônico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue Brasília/DF Ministério da Saúde Atenção à Saúde