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Livro Terceiro: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
6.1 – Destruição necessária e destruição abusiva
6.2 – Flagelos destruidores
6.3 – Guerras
6.4 – Homicídio
6.5 – Crueldade
6.6 – Duelo
6.7 – Pena de morte
Referências
Slide:
3.6 - Lei de Destruição.pptx (slideshare.net)
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6.1 – Destruição necessária e destruição abusiva
A palavra destruir traz a ideia de finitude, término, transmitindo a imagem de
que destruir é demolir, extinguir, assolar, arrasar, arruinar …
Lavoisier (Químico francês, 1743-1794) já dizia: “Nada se cria, nada se
perde, tudo se transforma” e é sob essa lógica que devemos reflexionar
sobre a destruição já que somos seres criados pelo Pai Universal, que nos
dotou da mônada onde estão inseridos em essência o princípio inteligente e
todas as potencialidades em estado latentes que não se destruirão jamais,
apesar de ir se elaborando pelos diversos movimentos que a Natureza
proporcionar. Só Deus cria. Nós, também criaturas Divinas, transformamos ou
alteramos a partir da criação Divinas já existente. Assim, nada se perde, tudo
se transforma.
https://se-novaera.org.br/destruio-lei/
728 – A destruição é uma lei da Natureza?
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque o que
chamais destruição não é senão uma transformação que tem por objetivo a
renovação e melhoramento dos seres vivos.
728.a) O instinto de destruição teria, assim, sido dado aos seres vivos
com objetivos providenciais?
As criaturas de Deus são os instrumentos dos quais ele se serve para atingir
seus fins. Para se nutrirem, os seres vivos se destroem entre si, e isso com o
duplo objetivo de manter o equilíbrio na reprodução, que poderia vir a ser
excessiva, e de utilizar os restos do envoltório exterior. Mas, sempre, não é
senão esse envoltório que é destruído, e esse envoltório não é senão o
acessório e não a parte principal, é o princípio inteligente que é indestrutível e
que se elabora nas diferentes metamorfoses que sofre.
Comentários:
O objetivo da lei de destruição é a transformação para renovação e melhoria
dos seres vivos.
Através da destruição tudo renasce, tudo se regenera, tudo melhora, tudo
progride.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
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Assim a lei de destruição é necessária para o progresso que tem que
acontecer tanto em relação ao princípio material, quanto ao princípio espiritual.
Os seres vivos se destroem reciprocamente porque ainda é necessário:
- Para manter o equilíbrio conforme a lei de reprodução, pois se não se
destruíssem, principalmente, no reino animal haveria a reprodução excessiva
trazendo desequilíbrio. A cadeia alimentar é de suma importância para esse
equilíbrio;
- Os despojos do invólucro exterior são utilizados para a nutrição e outros
objetivos, como adubo, conforme a lei de conservação.
A destruição é apenas do invólucro exterior, do princípio material, pois o
princípio inteligente que habita todos os seres vivos não se destrói, vai se
aprimorando em todas as condições pelas quais ele passa.
Essa destruição ocorre somente com a matéria. Toda matéria tende a se
degradar.
729 – Se a destruição é necessária para a regeneração dos seres, por que
a Natureza os cerca de meios de preservação e de conservação?
Para que a destruição não chegue antes da época necessária. Toda
destruição antecipada entrava o desenvolvimento do princípio inteligente. Por
isso, Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir.
Comentários:
Deus, na sua perfeição tudo faz para que haja equilíbrio na natureza.
Assim como a lei de destruição é necessária para a renovação e
transformação dos seres e de tudo o que existe, há também a lei de
conservação que faz com que a criatura procure cuidar no sentido de preservar
a sua vida, de modo que a destruição não se faça de maneira demasiada e
nem antes do tempo o que interferiria no progresso da criatura.
Nós precisamos da lei de destruição na medida exata.
A destruição abusiva não está na lei de Deus porque ela atrasa o progresso.
Enquanto a destruição necessária auxilia no progresso e faz com que a
humanidade progrida em poucos anos o que demoraria séculos, a destruição
abusiva, como as guerras e tudo aquilo que é movido por interesses egoístas
atrasa o processo de evolução da humanidade.
Por isso que precisamos do instinto de conservação, pois diante da nossa
imperfeição, se não houvesse esse instinto, esse cuidado, iríamos ser levados
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para um desencarne prematuro atrasando a nossa evolução que é o nosso
objetivo maior.
Devemos destruir os velhos hábitos criando novos métodos de vida. Reforma
íntima.
“Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem,
que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a
revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade
provenientes da verdade.”
Efésios 4:22-24
Oração de São Francisco
Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém
730 – Visto que a morte deve nos conduzir para uma vida melhor, que
nos livra dos males desta, e que, assim, ela está mais para ser desejada
que temida, por que o homem tem dela um horror instintivo que o faz
temê-la?
Já o dissemos, o homem deve procurar prolongar sua vida para cumprir sua
tarefa. Por isso, Deus lhe deu o instinto de conservação que o sustém nas
provas, e sem o qual se deixaria, muito frequentemente, levar ao
desencorajamento. A voz secreta que o faz repelir a morte lhe diz que ele pode
ainda fazer alguma coisa pelo seu adiantamento. Quando um perigo o
ameaça, é uma advertência para que aproveite a moratória que Deus lhe
concede. Mas ingrato! rende, mais frequentemente, graças à sua estrela que
ao seu Criador.
5
Comentários:
Por mais que a vida no plano espiritual mostre melhor que a vida na matéria,
considerando os males, as provas, as expiações que aqui temos, o instinto de
conservação equilibra o desejo que teríamos de retornar ao mundo espiritual.
Diante do instinto de conservação buscamos prolongar a nossa vida
permanecendo aqui na Terra.
O medo da morte, comum aos homens, é uma proteção para que não
venhamos a sair da Terra antes do tempo, o que poderia ocorrer diante do
desespero ou das dificuldades que passamos por aqui e acabaríamos por nos
autodestruir. Esse procedimento pode custar muito caro, em reparos
dolorosos, tanto no mundo espiritual, quanto mesmo na volta à Terra em novas
vestes, com a marca que foi usada para dela sair.
Aqui temos nossas tarefas a cumprir.
Devemos procurar o prolongamento da nossa vida pelos meios lícitos, que se
encontram ao nosso alcance. Quanto mais tempo estivermos aqui, mais
oportunidades temos de realizar alguma coisa pelo nosso progresso, pelo
progresso do nosso irmão. Mais oportunidades de crescer e de evoluir.
Não devemos esquecer da força que tem a oração, a água fluidificada, o
passe, o Culto do Evangelho no lar e as reuniões de estudos evangélicos.
Tudo isso assegura mais harmonia na mente, aliada à fé e à esperança,
preenche o nosso coração de paz e alegria transbordada em amor.
731 – Por que, ao lado dos meios de conservação, a Natureza, ao mesmo
tempo, colocou os agentes destruidores?
O remédio ao lado do mal. Já o dissemos, é para manter o equilíbrio e servir
de contrapeso.
Comentários:
Da mesma forma que há a lei de destruição de um lado, há o instinto de
conservação do outro lado para que possamos caminhar no caminho do meio
sempre com equilíbrio.
Buscar a conservação de nós mesmos e de tudo o que existe na Terra como
um todo, mas também entender a importância da lei de destruição.
Compreender a importância da destruição dos vícios e de tudo aquilo que trava
a nossa evolução para que possa ir gradativamente destruindo esses males.
6
732 – A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos?
Ela é proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos, e cessa
com um estado físico e moral mais depurado. Nos mundos mais avançados
que o vosso, as condições de existências são outras.
Comentários:
A destruição é mais necessária em mundos inferiores onde predomina a
imperfeição, o orgulho, o egoísmo com o objetivo de oportunizar, facilitar e
estimular o progresso.
Nos mundos inferiores, onde as provações e as expiações comandam os
destinos dos homens, como na Terra, as leis estão de acordo com essas
necessidades, e a própria natureza cria destruições violentas, fazendo os
Espíritos entenderem que devem com urgência, modificar suas intenções e
avançar para a perfeição, que deve começar em um simples perdão, no amor
mesmo que seja mais material e na caridade, ainda que esteja ligada ao
interesse, porque é assim que começa o despertar das almas.
Nos mundos superiores onde essa evolução se faça presente a lei de
destruição já não é tão necessária. Eles já se elevaram, de sorte a não
precisarem mais das destruições que se operam na Terra. Cada mundo e
humanidade recebe o que merece, conforme o seu nível evolutivo, conforme
suas necessidades espirituais.
A lei de destruição pode mudar a forma como ela se apresenta. Nos mundos
mais inferiores ela se apresenta mais física do que moral. À medida que vamos
evoluindo o físico do planeta vai se tornando mais equilibrado, a destruição
ainda se faz presente no aspecto moral, onde pouco a pouco vamos
destruindo o homem velho para permitir que o homem novo, mais
evangelizado nasça.
Esse processo de destruição, de transformação se opera conosco o tempo
todo. A evolução é constante e mesmo nos mundos celestes (morada dos
Espíritos puros) há um processo de transformação, de mudança.
733 – A necessidade da destruição existirá sempre entre os homens
sobre a Terra?
A necessidade de destruição enfraquece entre os homens, à medida que o
Espírito se sobrepõe à matéria, e é por isso que vedes o horror à destruição
seguir o desenvolvimento intelectual e moral.
Comentários:
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Nos mundos mais felizes a destruição deixa de existir da forma como
conhecemos.
Na Terra a destruição ainda é muito presente. Porém essa necessidade vai se
enfraquecendo à medida que o Espírito domina a matéria.
Estamos passando de mundo de expiações e de provas para mundo de
regeneração, momento em que a depuração ocorre tanto em nível quanto
moral. Não apenas o homem se depura e cresce, mas o planeta também. Tudo
vai se equilibrando.
Assim, a lei de destruição vai mudando a sua feição à medida que o homem
se espiritualiza. Por isso temos horror à destruição, à medida que o nosso
desenvolvimento intelectual e moral amplia-se e cada vez mais vamos buscar
meios para evitar a destruição decorrentes da ação humana.
734 – Em seu estado atual, o homem tem um direito ilimitado de
destruição sobre os animais?
Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua nutrição e à sua
segurança. O abuso jamais foi um direito.
Comentários:
Tudo tem que caminhar dentro do equilíbrio, conforme nossa real
necessidade.
Considerando a estrutura do nosso corpo físico (natureza, densidade) ainda
precisamos nos alimentar com a carne animal, motivo pelo qual podemos
destruir os animais para essa finalidade. Matar os animais para se alimentar.
Não temos o direito ilimitado sobre os animais, mas apenas na medida exata
para suprir as nossas necessidades. (Também para se proteger)
Essa destruição também promove o equilíbrio das espécies, por isso os
animais se autodestroem.
Não temos o direito e não devemos promover a destruição abusiva, nem dos
seres vivos, nem do nosso planeta. Significa abuso, egoísmo, desrespeito das
leis divinas.
Os animais só se destroem no limite das suas necessidades para manter a
sua conservação
O abuso só é causado pelo homem.
Ex: Pesca esportiva
8
735 – Que pensar da destruição que ultrapassa os limites das
necessidades e da segurança? Da caça, por exemplo, quando não tem
por objetivo senão o prazer de destruir sem utilidade?
Predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. Toda destruição
que ultrapasse os limites da necessidade, é uma violação da lei de Deus. Os
animais não destroem senão por suas necessidades; mas o homem, que tem
o livre-arbítrio, destrói sem necessidade. Ele prestará contas do abuso da
liberdade que lhe foi concedida, porque é aos maus instintos que ele cede.
Comentários:
Ainda temos muitas dificuldades em discernir os limites que vão além da
necessidade e da segurança.
Isso mostra o quão distante ainda estamos da nossa meta evolutiva.
Criamos falsas necessidades que parecem reais.
Procuramos desculpas para justificar o uso desequilibrado da lei de
destruição, como se isso tornassem as nossas atitudes corretas.
Enganamos a nós mesmos, mas não a Deus.
Se a destruição ultrapassa o limite necessário, se a caça tem por objetivo não
a satisfação das nossas necessidades, mais o prazer, a diversão, a destruição
sem utilidade, nós seremos responsabilizados por essas atitudes.
Ex: Caça e pesca esportivas
736 – Os povos que possuem em excesso o escrúpulo relativo à
destruição dos animais têm um mérito particular?
É um excesso num sentimento louvável por si mesmo, mas que se torna
abusivo e cujo mérito é neutralizado pelo abuso de bens de outras espécies.
Há entre eles mais de medo supersticioso do que verdadeira bondade.
Comentários:
Todos os excessos são perniciosos.
O sentimento em si de conservar e evitar a destruição de certas espécies de
animais é louvável, mas o excesso em relação ao cuidado ou a evitar a
destruição dessas espécies de animais, muitas vezes se neutraliza porque
9
esses mesmos povos cometem outros abusos em relação a outras espécies
de animais ou mesmo outros tipos de abusos.
Não significa um sentimento real de respeito, de amor, mas de temor em
função de superstições.
Ex: Os judeus evitavam destruir os porcos, pois eram considerados animais
impuros.
Os indianos em relação às vacas, pois são considerados animais sagrados.
Deus sabe avaliar se tal cuidado decorre de um temor ou de uma vontade
sincera de ajudar e contribuir.
Excesso de conservação/preservação de alguns biomas entrava o progresso.
Em tudo deve haver equilíbrio.
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6.2 – Flagelos destruidores
Alguns exemplos comuns são ciclones, furacão, tempestades, enchentes e
inundação, deslizamentos de terra, secas, erupção vulcânica, incêndios
(quando não causados por ação humana), tsunamis, terremotos, queda de
meteoro e doenças (endemias, epidemias, pandemias)
737 – Com que objetivo Deus atinge a Humanidade por meio de flagelos
destruidores?
Para fazê-la avançar mais depressa. Não vos dissemos que a destruição é
necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, a cada
nova existência, um novo grau de perfeição? É preciso ver o fim para lhe
apreciar os resultados. Não os julgais senão sob o vosso ponto de vista
pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que vos ocasionam.
Mas esses transtornos são, frequentemente, necessários para fazer alcançar,
mais prontamente, uma ordem melhor de coisas, e em alguns anos, o que
exigiria séculos. (744)
Comentários:
A primeira função dos “flagelos” é acelerar o processo evolutivo da
humanidade: “fazê-la progredir mais depressa”.
A segunda é promover o resgate coletivo de débitos.
Nosso planeta já foi algumas vezes levado à beira da extinção por “flagelos”
universais. Em todos eles o homem ainda não existia, o que os caracteriza
como tendo apenas função evolucional. Os “flagelos” ocorridos após o
surgimento do homo sapiens foram de proporções regionais, e sempre com
dupla função (evolução/expiação).
Exemplo: o dilúvio narrado na Bíblia e que também está registrado em
inúmeros livros religiosos de civilizações antigas.
- Glaciação / período glacial.
As profecias, desde os Evangelhos até as mensagens recebidas com o
advento do Espiritismo, advertem-nos sobre futuros “flagelos”, principalmente,
agora nessa fase de transição. A exemplo, a pandemia 2020/2021.
Podemos verificar a força transformadora da lei de destruição que oportuniza
que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos. Ela faz com
que a humanidade cresça e progrida mais depressa.
Nós chamamos de flagelos diante da nossa visão limitada de ver o resultado
material que é a dor, o sofrimento, as perdas, as dificuldades. Se tivéssemos
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
11
uma visão mais ampla perceberíamos o nível de transformação é a destruição,
nem chamaríamos de flagelos, mas usaríamos um termo mais positivo, pois
estaríamos vendo as mudanças efetuadas pela destruição com resultados
positivos nos proporcionando a aproximação de Deus.
Devemos compreender a destruição, pois quando acontece ela decorre da
bondade e da misericórdia divina, nunca da maldade ou de um Deus vingativo
e rancoroso que está punindo as criaturas. Ele está apenas facilitando,
acelerando o progresso.
Os desastres naturais são fenômenos que estão fora do controle de qualquer
ser humano, mas dá para fazer algumas prevenções, dependendo da
situação, porém em muitos casos é impossível prevenir.
Prevenção (algumas):
- Ciclones, tornados – Evacuação da área a ser atingida;
- Áreas de instabilidade tectônica – Construção de prédios e edifícios
resistentes aos abalos sísmicos;
- Enchentes – Remoção da população ribeirinha, limpeza das ruas e bocas de
lobo para que a água seja bem drenada, construção de barragens e
redirecionamento da água para longe das cidades;
- Avalanches – Manter árvores nas encostas dos morros;
- Doenças – investimentos em pesquisas científicas e melhoria nos
atendimentos e logística da saúde pública.
As agências humanitárias e os sistemas de alerta são um dos principais meios
para reduzir os efeitos dos desastres naturais.
Os sistemas de alerta avisam as pessoas quando uma catástrofe irá ocorrer
para elas se prepararem, enquanto as agências humanitárias colaboram para
solucionar os problemas causados pelos desastres. Geralmente, fornecem
comida, alojamentos temporários, e cuidados médicos.
Situações que favorecem os sentimentos de compaixão, condolências,
fraternidade, solidariedade, desinteresse pessoal e amor ao próximo.
Os maiores desastres naturais de todos os tempos:
EVENTO LOCAL PERÍODO N.º DE MORTES
Erupção do Vesúvio Pompeia e Herculano 79 d.C 16 mil
Furacão São Calixto Caribe 1.780 27 mil
Erupção do Krakatoa Indonésia 1.883 35 mil
Terremoto e tsunami em
Lisboa
Lisboa 1.755 100 mil
12
Tufão Nina China 1.975 229 mil
Terremoto de Antioquia Turquia 115 d.C 260 mil
Tsunami na Indonésia Indonésia 2004 280 mil
Ciclone Bhola Bangladesh 1.970 500 mil
Terremoto de Tangshan China 1.976 655 mil
Terremoto em Shaanxi China 1.556 830 mil
Inundação do rio
Amarelo
China 1.887 900 mil
Seca na Índia Índia 1.900 3,25 milhões
Inundação na China China 1.931 4 milhões
Fonte: https://segredosdomundo.r7.com/piores-desastres-naturais/
- Peste negra (1343-1351) – Pandemia mais devastadora da história – 75 a
200 milhões de pessoas.
- Covid 19 – 2020/2021 – Cerca de 15 milhões de pessoas desencarnaram em
todo o planeta.
738 – Deus não poderia empregar, para o aprimoramento da
Humanidade, outros meios senão os flagelos destruidores?
Sim, e o emprega todos os dias, visto que deu a cada um os meios de progredir
pelo conhecimento do bem e do mal. É que o homem não aproveita; é preciso
castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir sua fraqueza.
738.a) Mas nesses flagelos, o homem de bem sucumbe como o perverso;
isso é justo?
Durante a vida, o homem relaciona tudo com o seu corpo, mas, depois da
morte, ele pensa de outra forma e, como já dissemos: a vida do corpo é pouca
coisa. Um século do vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Portanto,
os sofrimentos do que chamais alguns meses ou alguns dias, não são nada,
apenas um ensinamento para vós, e que vos servirá no futuro. Os Espíritos,
eis o mundo real, preexistentes e sobreviventes a tudo (85), são os filhos de
Deus e o objeto de toda a sua solicitude; os corpos não são senão os trajes
com os quais eles aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que
dizimam os homens, é como um exército que, durante a guerra, vê seus trajes
usados, rasgados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus
soldados do que com suas vestes.
738.b) Mas as vítimas desses flagelos não são menos vítimas?
Se se considerasse a vida por aquilo que ela é, e o pouco que é com relação
ao infinito, se atribuiria menos importância a isso. Essas vítimas encontrarão,
13
em uma outra existência, uma larga compensação aos seus sofrimentos, se
elas sabem suportá-los sem murmurar.
Allan Kardec:
Quer chegue a morte por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se
pode escapar a ela quando soa a hora de partida: a única diferença é que
com isso, no primeiro caso, parte um maior número de uma vez.
Se pudéssemos nos elevar, pelo pensamento, de maneira a dominar a
Humanidade e abrangê-la inteiramente, esses flagelos tão terríveis não
nos pareceriam mais que tempestades passageiras no destino do
mundo.
Comentários:
Nós não precisaríamos dos flagelos destruidores.
À medida que formos evoluindo eles vão deixando de existir da forma como
conhecemos. Deus usará de outros meios, de outras formas para que
possamos crescer e evoluir.
Nós temos inúmeros mecanismos de aprendizado, como a própria natureza,
as pesquisas, os livros, mas não aproveitamos. E quando isso acontece, Deus
envia a lei de destruição para que nós possamos sentir a nossa fraqueza para
enxergarmos o orgulho que ainda carregamos e possamos despertar para
Deus.
Damos muita importância à matéria, à carne. O que é um século perante a
eternidade? Caso algum justo precisa desencarnar dessa forma, ele não vai
desencarnar fora da época, porque não há desencarnes por acidentes. Se
chegou a hora da pessoa desencarnar ela vai de uma forma ou de outra. O
fato de desencarnar de uma forma mais violenta, muitas vezes, é necessidade
ou escolha da própria pessoa para evoluir mais rapidamente.
Se é uma pessoa de bem, no plano espiritual ela não vai sofrer como o
perverso.
Se é uma pessoa que ainda tem atitudes e sentimentos em desconformidade
com a lei de Deus, ao desencarnar de uma forma mais violenta, no plano
espiritual o seu período de sofrimento será rápido, vai receber assistência, vai
ser amparado, possibilitando o seu crescimento e progresso mais rápido.
Muitas vezes, a morte violenta, escolha do próprio Espírito faz com que ele se
eleve ainda mais.
Precisamos pensar que a vida material representa uma pequeníssima fração
de tempo na vida de eternidade.
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Considerando que a nossa verdadeira vida é a Espiritual e não a material
deixamos de nos preocupar tanto com a forma que iremos desencarnar.
Não queremos minimizar a dor, mas compreender as situações em uma escala
mais ampla: Espaço (Terra); Tempo (eternidade)
739 – Os flagelos destruidores têm uma utilidade, sob o ponto de vista
físico, malgrado os males que ocasionam?
Sim, eles mudam, algumas vezes, o estado de uma região; mas o bem que
disso resulta não é, frequentemente, percebido senão pelas gerações futuras.
Comentários:
Os flagelos destruidores servem para a depuração moral da humanidade e
para a depuração do próprio planeta do ponto de vista físico. Porém esses
benefícios não serão vistos de imediato. As gerações futuras é que irão
experimentar essas mudanças, esse progresso.
- Reconstrução da área atingida, novas leis humanas, mudanças de hábitos.
A lei de destruição é global. Ela trabalha e desenvolve nossa moralidade, mas
também o melhoramento do ponto de vista físico do planeta ao qual a lei de
destruição se faz presente.
740 – Os flagelos não seriam igualmente para o homem provas morais
que o submetem às mais duras necessidades?
Os flagelos são provas que fornecem ao homem a ocasião de exercitar sua
inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação à vontade de Deus, e
o orientam para demonstrar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse
e de amor ao próximo, se ele não está mais dominado pelo egoísmo.
Comentários:
Os flagelos destruidores estando inseridos na lei de destruição nos oportuniza
a crescer, a progredir e assim, todos os desafios, tudo aquilo que faz com que
precisemos lidar com uma situação para crescer, para aprender, para evoluir
são provas permitidas por Deus.
Essas provas têm vários objetivos:
15
- Exercitar nossa inteligência, pois diante das dificuldades precisamos
trabalhar o nosso intelecto para vencer aquela dificuldade;
- Permitir que obtenhamos paciência e resignação ante a vontade de Deus,
pois em determinadas situações, em determinados flagelos nos sentimos
impotentes pelo menos no primeiro momento e depois é que vamos pensar e
trabalhar em como evitar que novos flagelos cheguem até a humanidade;
- Oferecer oportunidades para que possamos demonstrar nossa abnegação,
solidariedade, nosso amor, nossa caridade e benevolência para com o
próximo.
Se o egoísmo não nos domina como um todo, certamente esses impulsos de
generosidade, de paciência, de resignação, de intelectualidade vão surgir e
desenvolver a partir desses flagelos.
Eles são provas, mas também nos oportunizam inúmeras ocasiões de
crescimento e evolução.
741 – É dado ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
Sim, de uma parte, mas não como se pensa, geralmente. Muitos flagelos são
o resultado de sua imprevidência; à medida que ele adquire conhecimentos e
experiência, pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, se sabe procurar-lhes
as causas. Mas entre os males que afligem a Humanidade, há os gerais que
estão nos desígnios da Providência, e dos quais cada indivíduo recebe mais
ou menos, a repercussão. A estes o homem não pode opor senão a
resignação à vontade de Deus e, ainda, esses males são agravados,
frequentemente, pela sua negligência.
Allan Kardec:
Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, é
preciso incluir na primeira linha a peste, a fome, as inundações, as
intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem não encontrou na
ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos
afolhamentos e na irrigação, no estudo das condições higiênicas, os
meios de neutralizar, ou pelo menos atenuar, os desastres? Certas
regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão preservadas
hoje? Que não fará, portanto, o homem por seu bem-estar material
quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e
quando ao cuidado de sua conservação pessoal, souber aliar o
sentimento de uma verdadeira caridade por seus semelhantes? (707)
Comentários:
16
O homem deve buscar prevenir os flagelos?
É possível e correto a prevenção contra os flagelos.
Há aqueles flagelos que atingem a humanidade que decorrem da providência
divina com o objetivo de nos despertar para o bem, para o amor e para a
verdade.
Há os flagelos que são necessários pela condição de imperfeição que ainda
nos encontramos.
Quando estamos nessa condição mesmo que busquemos a prevenção,
muitas vezes, ainda precisaremos dessa dor da lei de destruição para que
possamos despertar para Deus.
À medida que formos evoluindo, formos mudando o nosso interior, o meio
exterior também mudará, pois os flagelos são consequências das ações da
humanidade que habita aquele planeta.
Quando destruirmos o nosso orgulho, o nosso egoísmo, a nossa vaidade e
deixarmos aflorar o respeito, a humildade, o amor, a verdadeira caridade a
necessidade dos flagelos destruidores será muito menor, mesmo porque
também teremos desenvolvido a nossa inteligência buscando meios de
prevenir esses flagelos.
Quanto mais evoluímos intelectualmente e moralmente menos os flagelos
destruidores se fazem necessários.
17
6.3 – Guerras
Como Doutrina filosófica, de bases científicas e consequências morais, o
Espiritismo se relaciona com tudo o que diz respeito ao nosso processo
existencial, pois objetiva contribuir para o progresso da humanidade, tornando-
a melhor. Dessa forma, Allan Kardec buscou os ensinamentos dos Espíritos
em relação à guerra, inserindo-a na lei de destruição, pois foi relacionada pelos
Espíritos como um de seus agentes.
742 – Qual é a causa que leva o homem à guerra?
Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das
paixões. No estado de barbárie, os povos não conhecem senão o direito do
mais forte; por isso, a guerra é para eles um estado normal. À medida que o
homem progride, ela se torna menos frequente, porque lhe evita as causas e,
quando é necessária, sabe aliá-la à humanidade.
Comentários:
A Espiritualidade afirma que as guerras são consequências da predominância
da natureza animal do homem sobre a espiritual e do transbordamento de suas
paixões. Esclarecem, ainda, que Deus permite que assim aconteça para
propiciar ao homem a oportunidade de uma evolução mais rápida, no sentido
de atingir a liberdade e o progresso.
Houve muitas situações em que os perdedores de uma guerra se
transformavam em escravos dos vencedores.
Podemos perceber que no decorrer da história da humanidade as guerras
pouco a pouco vêm diminuindo. Infelizmente, ainda existem, mas não como
no passado, pois estamos evoluindo, porém nossa evolução é lenta, motivo
pelo qual ainda há conflitos entre os povos.
Não estamos mais naquela condição do passado quando matávamos o nosso
próximo em decorrência das guerras, mas ainda temos o comportamento
belicoso, quando demonstramos a nossa prepotência, a nossa arrogância,
quando não reconhecemos o direito do outro, quando não usamos da
compreensão, da caridade e do amor.
As guerras até o século XIX eram por ataques direto, corpo a corpo.
A partir da primeira Guerra Mundial vem sendo inseridos equipamentos mais
modernos nos combates.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
18
- Equipamentos bélicos da atualidade (carros blindados, disparos
programados, atinge o alvo com precisão, armas silenciosas, aviões
camuflados, drones, alto teor destrutivo)
O exército dos Estados Unidos está desenvolvendo um sistema chamado “DREAD Silent Weapon System”, que pode
disparar até 120 mil projéteis por minuto sem fazer qualquer ruído ou sofrer com aquecimento. O motivo para isso está
na troca da pólvora por eletricidade.
- Criação da ONU (1945) e outros Órgãos voltados para a paz.
- Manter a paz e a segurança internacionais;
- Promover a amizade e as boas relações entre as nações;
- Defender a cooperação como solução para os problemas internacionais;
- Desenvolvimento dos direitos humanos e das liberdades da população mundial.
- Busca de soluções diplomáticas
- Intervenção internacional
- Os países não estão amando quem sofre ou deixa de sofrer com a guerra,
eles estão preocupados o quanto aquele conflito vai afetar a vida dentro
daquele país. É o caso do Iêmen afeta bem menos que Rússia e Ucrânia.
- Além dos conflitos armados pela busca do poder, há entre as sociedades os
combates ideológicos, gerando conflitos psicológicos.
Principais guerras e conflitos que estão ocorrendo no momento
(outubro/2022):
1 - Rússia x Ucrânia – Em guerra desde 24/02/2022
Causas: Há um conjunto de fatores que influenciam no conflito, resultante
de condicionantes políticos e culturais. Porém, o ponto central para o ataque
é impedir a expansão pelo oriente da Otan (Organização do Tratado do
Atlântico Norte) — grupo criado em 1949, após a 2ª Guerra Mundial, para
evitar o avanço da então União Soviética ao ocidente.
Consequências: centenas de mortes, mais de dois milhões de pessoas
refugiadas (deixaram suas casas)
No entanto, quando comparada com outros conflitos que existem no mundo hoje, há mais mortes e sofrimento
humano sendo causados em outras guerras que recebem menos atenção e ajuda internacional.
2 – Iêmen – Em conflito desde 2011.
Causas: Questões políticas
Consequências: A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o Iêmen
como a pior situação humanitária do mundo.
Mais de 230 mil mortes, sendo 131 mil por causas indiretas, como fome e falta
de assistência à saúde. Mais de 10 mil crianças perderam a vida como
consequência direta dos combates.
Cerca de quatro milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas.
19
Mais de 2 milhões de crianças em desnutrição aguda. Falta água potável,
alimento e atendimento médico à população.
Mais de 70% da população local necessitada de assistência humanitária ou
proteção para que sobrevivam, o que representa mais de 20 milhões de
pessoas.
3 – Síria – Em conflito desde 2011
Causas: Política – Primavera Árabe, uma onda de protestos contra regimes
autoritários, pedindo melhor qualidade de vida nos países árabes.
Consequências:
Mais de 380 mil pessoas morreram e mais 200 mil estão desaparecidas.
O conflito é um dos mais sangrentos do planeta dos últimos anos. Mais de 2
milhões de pessoas sofreram algum tipo de ferimento. Mais da metade da
população do país antes da guerra (que era de 22 milhões) tiveram de deixar
suas casas. Muitos estão dentro do país ainda, mas Líbano, Jordânia e
Turquia receberam grande parte dos refugiados.
4 – Etiópia – Desde novembro de 2020
Causas: Disputa entre diferentes grupos étnicos que tentam conviver há 30
anos.
Consequências:
O conflito é considerado um dos mais brutais do ponto de vista humanitário,
com assassinatos de civis, estupros em massa e milhões de famintos.
5 – Mianmar – Desde fevereiro de 2021
Causas: Política (Golpe militar)
Consequências: Cerca de 12 mil mortes. Um quarto da população do país
depende de ajuda humanitária e 220 mil pessoas se deslocaram por causa do
conflito, somente no ano passado.
6 – Haiti – Desde julho de 2021
Causas: Políticas (assassinato do presidente)
Consequências:
Mais de 800 pessoas foram sequestradas por guerrilheiros até então.
A situação na ilha já instável passou também por um desastre natural em
agosto de 2021: um terremoto assolou o Haiti e matou mais de 2 mil pessoas,
o que gerou um fluxo intenso de imigrantes tentando chegar aos Estados
Unidos após o ocorrido. No momento, a escalada de tensão gera um temor de
que as disputas entre gangues se tornem um conflito armado.
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7 – Grupos islâmicos espalhados pela África
Há diversos grupos militares islâmicos tentando dominar regiões de diversos
países africanos como Somália, Congo, Moçambique, Niger, Burkina Faso e
Mali. Isso vem acontecendo principalmente após a derrocada do Estado
Islâmico (EI) no Oriente Médio, em 2017.
Os grupos jihadistas agem destruindo cidades e vilarejos, com assassinatos
em massa, sequestros e decapitações, o que já gera inúmeros problemas
humanitários no continente, em que governos fragilizados não conseguem se
defender de forma eficaz.
Em nossas preces devemos pedir ao Pai pelos que sofrem as aflições
promovidas pelas guerras, seja de forma direta ou indireta, encarnados ou
desencarnados.
Em termos evolutivos, a heterogeneidade do mundo espiritual é o reflexo da
mesma que vivenciamos aqui, enquanto encarnados, assim, enquanto alguns
lutam para evitar o mal maior, outros se unem às mentes humanas sedentas
pelo embate e depositam todos os esforços para que o sofrimento humano
seja ainda maior.
Devemos seguir firmes e vigilantes, engrossando as fileiras juntos aos
mensageiros do bem e, com isso, tentarmos criar entre os dois planos uma
verdadeira corrente de amor que possa envolver todo o nosso planeta.
Continuemos orando, cumprindo com nossos deveres, sem tomar partidos. O
nosso partido é o de Jesus, é o amor a todos, a compaixão, a misericórdia.
- Nosso Lar – Capítulo 41
- Os Mensageiros – Capítulo 18
743 – A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?
Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus;
então, todos os povos serão irmãos.
Comentários:
Ainda vivemos em um mundo de guerras. Não apenas as guerras entre países,
onde os povos se colocam uns contra os outros, matando e defendendo seus
pontos de vistas sempre muito egoístas.
Mas é bom sabermos que haverá o desaparecimento completo da guerra, pois
esse dia chegará. Quando todos vivenciarem o amor verdadeiro, haverá a
21
compreensão, o entendimento, o respeito aos direitos do outro, então não
haverá desentendimentos gerando conflitos.
Há vários tipos de guerras, como as guerras das ideias, onde destruímos os
sonhos, as lutas, os desejos, os amores, a liberdade do outro.
Em determinado momento compreenderemos que a verdadeira justiça só é
alcançada quando praticarmos a lei de Deus.
Quando olharmos o nosso próximo como verdadeiro irmão.
Quando tratarmos todos os povos como irmãos.
Precisamos fazer a nossa parte.
Se quisermos permanecer na Terra enquanto mundo de regeneração, onde
as pessoas se comportarão como irmãos, precisamos trabalhar o nosso íntimo
desde já e sempre, dando o nosso melhor para que possamos merecer a Terra
nessa condição.
744 – Qual foi o objetivo da Providência, tornando a guerra necessária?
A liberdade e o progresso.
744.a) Se a guerra deve ter por resultado alcançar a liberdade, como
ocorre que ela, frequentemente, tenha por objetivo e por resultado a
subjugação?
Subjugação momentânea para abater os povos, a fim de os fazer chegar mais
depressa.
Comentários:
Se não tivéssemos a doutrina espírita para nos orientar e nos mostrar como
de um mal aparente pode resultar um bem, nós teríamos muitas dificuldades
em compreender como as guerras trazem algum benefício, como elas podem
objetivar a liberdade e o progresso, se muitas vezes tem como resultado a
escravização.
A Espiritualidade nos esclarece que a liberdade buscada através da guerra
com o tempo, com a evolução da humanidade, mostra ao homem que
nascemos para sermos livres, que temos o nosso livre-arbítrio e com ele
devemos e podemos agir na Terra conforme a nossa consciência. Não
nascemos para vivermos submetidos ou escravizados a quem quer que seja.
Se não houvesse esse sentimento, muitas vezes, a guerra almejando uma
liberdade talvez nós ficássemos por muito mais tempo na escravização com
um povo subjugando um outro povo.
22
Embora a guerra traga sofrimento, dor, ela também impulsiona o progresso e
a civilização da humanidade.
Impulsiona a capacidade dos povos perceberem que todos somos irmãos,
agindo como pessoas livres, respeitando a liberdade do próximo.
No que se refere ao progresso percebemos que através das dificuldades, das
dores a humanidade se une, pois uns procuram aliviar a dor dos outros,
desenvolvendo a compaixão, a caridade.
Exemplo: Joana D’arc – Livro Chico, de Francisco, pág. 149.
745 – Que pensar daquele que suscita a guerra em seu proveito?
Este é o verdadeiro culpado e precisará de muitas existências para expiar
todos os homicídios dos quais foi a causa, porque responderá pelo homem,
cada um deles, ao qual causou a morte para satisfazer sua ambição.
Comentários:
Nada fica ignorado pela justiça divina.
No caso de uma pessoa que articula a guerra em seu proveito pessoal adquire
muitos débitos perante a justiça divina. Muitas vidas serão perdidas devido a
sua atitude. Muito sofrimento provocado.
Esse Espírito terá muito o que expiar para que ele possa se quitar com a lei
de Deus.
Mesmo um Espírito nessa condição tendo muitos débitos a espiar, Deus em
sua misericórdia infinita permite que a criatura humana espie esses débitos
não apenas em uma única reencarnação, pois é impossível espiar em uma
única existência tantas mortes, tantos assassínios cometidos. Deus permite o
parcelamento dos débitos em várias experiências reencarnatórias, de forma
que vai resgatando esses débitos.
Uma pessoa assim acaba atraindo para si inúmeras experiências de dor e
sofrimento.
Sabemos que aqui estamos colhendo o que fizemos no passado, os nossos
erros, os nossos equívocos, mas também estamos plantando para o amanhã.
Aquilo que fazemos precisamos resgatar e aquilo que plantamos hoje iremos
colher no amanhã. Portanto, devemos cuidar para que o nosso amanhã seja
mais feliz.
- Nosso Lar – Capítulo 41
23
6.4 – Homicídio
746 – O homicídio é um crime aos olhos de Deus?
Sim, um grande crime, porque aquele que tira a vida do seu semelhante, corta
uma vida de expiação ou de missão, e aí está o mal.
Comentários:
Como vimos na lei de conservação, devemos todos preservar a vida, a nossa
vida e a vida dos outros seres vivos, incluindo o reino vegetal, animal e
hominal.
Mesmo no reino animal podemos utilizar da vida dos animais apenas para a
nossa necessidade, sem abuso.
Tirar a vida do nosso semelhante, um Espírito reencarnado como nós, filho de
Deus é uma afronta contra a lei de Deus e iremos pagar de alguma forma,
seremos responsabilizados pelos nossos atos. Interromper a reencarnação do
outro.
Se Deus nos dá a vida só Ele tem o poder de tirá-la.
Aqueles que agem acabando com uma existência de expiação ou de missão
precisarão responder pelos seus atos.
É importante compreendermos que tudo isso acontece, todas as destruições,
todos os flagelos (causadas ou não pelo homem), todas as maldades são
permitidas por Deus, pois faz parte do processo de evolução da humanidade.
A partir do momento que adquirimos mais intelectualidade, mais moralidade,
esses comportamentos muito próximos da animalidade vão sendo
gradativamente substituídos por atitudes e pensamentos mais enobrecidos até
que cheguemos à perfeição.
Deus sabe que essas situações mais cedo ou mais tarde trarão entendimento
e ensinamentos necessários para que possamos crescer e evoluir.
Nada acontece sem o conhecimento e a permissão de Deus.
Não é que Ele incentive o assassinato. Isso decorre das nossas imperfeições,
mas Ele permite, pois sabe que no amanhã daquele mal resultará um bem.
747 – O homicídio tem sempre o mesmo grau de culpabilidade?
Já o dissemos: Deus é justo e julga a intenção mais do que o fato.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
24
Comentários:
A justiça divina é perfeita. Tudo passa pela avaliação do Pai: as condições, os
sentimentos, as emoções, a intenção daquele que comete, o conhecimento
das leis de Deus, tudo aquilo que se fez presente e decorre em um
assassinato.
Nas nossas leis imperfeitas tratamos os casos que envolve o direito criminal
de forma a avaliar as condições atenuantes e as condições agravantes.
Deus sendo infinitamente bom e justo vai avaliar e ponderar com justiça.
Aquilo que não conseguimos saber, compreender, Deus sabe. Ele sabe não
apenas o que se passa na atual reencarnação, mas toda a trajetória dos seres
envolvidos no ato. Ele analisa principalmente a intenção.
Será que aquela pessoa matou a outra porque queria mesmo?
Foi uma situação de legítima defesa?
Foi para proteger alguém?
Será que tinha o conhecimento das leis de Deus e de toda a sua amplitude?
748 – Deus escusa o homicídio no caso de legítima defesa?
Só a necessidade pode escusá-lo; mas se puder preservar a vida sem atingir
a do agressor, deve-se fazê-lo.
Comentários:
Quem precisou matar o outro em processo de legítima defesa pode até
receber a escusa (desculpa, perdão) de Deus até porque Ele considera mais
a intenção do que o fato em si.
Deus analisa profundamente aquele assassínio. O que motivou um ou outro a
matar.
Qual foi a necessidade de se defender ou se houve outra causa.
Para Deus tudo estará bem claro, pois ele consegue ver o que se passa no
íntimo dos nossos corações. Ele sabe exatamente quais as causas de todas
as nossas ações.
Se houver a possibilidade de preservar a sua própria vida sem atentar contra
a vida do agressor é isso que se deve fazer. Procurar não exagerar na legítima
defesa, pois muitas vezes querendo nos defender agredimos o outro de forma
exagerada sem que isso fosse necessário.
Devemos procurar cumprir a lei de conservação e a lei de amor.
25
749 – O homem é culpável pelas mortes que comete durante a guerra?
Não, quando ele é constrangido pela força. Mas ele é culpável pelas
crueldades que comete e ser-lhe-á levada em conta sua humanidade.
Comentários:
Quando é constrangido pela força não é culpado, pois nessas situações não
teve escolha. Se é impelido para aquela situação, seja pela sociedade ou pelas
leis ou qualquer outra, se seu livre-arbítrio foi tolhido e ele não podia deixar de
atender, Deus vai considerar isso perante a sua justiça.
Por outro lado, será culpado pelas crueldades que cometa.
Se é constrangido pela força com o dever de fazer (matar o inimigo), mas não
precisa ser cruel. Mesmo nessa condição pode ter um sentimento de
humanidade. Que se faça com o mínimo de sofrimento e crueldade para com
aquele que está na situação de vítima.
Se agir com crueldade, com orgulho, com prazer terá que ser
responsabilizado.
Deus sabe o que se passa no íntimo dos nossos corações.
750 – Quem é mais culpável aos olhos de Deus, o parricida ou o
infanticida?
Ambos o são igualmente, porque todo crime é um crime.
Comentários:
Parricídio – é quando se mata os pais
Infanticídio – é quando se mata criança
Todo crime é crime, e quem mata responde pelo fato irracional.
A lei de Deus manda amar aos seus pais e respeitá-los, ajudando nas suas
devidas necessidades. Então, o filho que mata seus pais ou ascendentes é
um criminoso que deverá responder duramente por essa violência e falta de
respeito às criaturas que serviram de instrumento para a sua vinda ao mundo
material.
- ESE – Cap. XIV – Honrai a vosso pai e a vossa mãe.
O infanticida, aquele que mata uma criança, age abaixo de um animal, que
sempre defende a vida dos seus filhotes. O ser humano deve defender a vida
dos seus filhos e das crianças em geral. O adulto que pratica o infanticídio
26
será, certamente, cobrado pela natureza, por seu ato selvagem. Se o
infanticida agir sob a influência de obsessores, também estes estarão incursos
nas leis da justiça.
Deus na sua infinita bondade não quer o nosso sofrimento, mas o nosso
aprendizado.
Quando colhemos a dor, o sofrimento, são frutos do nosso plantio. Nós
colhemos na quantidade e intensidade na necessidade do nosso aprendizado.
Dessa forma, na maioria das vezes, colhemos muito menos do que aquilo que
fizemos os outros sofrerem, porque sofremos aquilo que precisamos para
aprender.
Por isso não é olho por olho e dente por dente, mas apenas aquilo que
precisamos para crescer, para evoluir.
751 – Como se explica que, entre certos povos já avançados do ponto de
vista intelectual, o infanticídio esteja nos costumes e consagrados pela
legislação?
O desenvolvimento intelectual não leva à necessidade do bem. O Espírito,
superior em inteligência, pode ser mau. É aquele que tem vivido muito, sem
se melhorar: ele o sabe.
Comentários:
A escala espírita explicada a partir da questão n.º 100 esclarece que há muitos
graus de evolução. O ser pode evoluir mais em um aspecto que em outro. Há
Espíritos que evoluem muito intelectualmente, mas não no aspecto moral.
Esses Espíritos muitas vezes utilizam a sua intelectualidade para o mal para
prejudicar as pessoas apenas para satisfazer seus interesses pessoais.
Todos irão evoluir, todos serão um dia Espíritos perfeitos, mas esse processo
de depuração é gradual.
A doutrina espírita nos esclarece que normalmente o desenvolvimento
intelectual vem primeiro e o moral acompanha, decorre do intelectual.
Portanto, é compreensível que nesse período em que a moralidade ainda não
desenvolveu o suficiente, o ser utiliza da sua inteligência para o mal.
Esses povos, esses Espíritos que estão ainda nessa faixa podem praticar o
infanticídio porque não percebem que isso fere as leis de Deus.
A concepção que eles têm da vida, a caridade, o amor ao próximo ainda é
muito incipiente e não os faz perceber a afronta às leis de Deus através de
uma conduta como essa.
Exemplo:
27
No passado crianças eram sacrificadas em decorrência dos deuses
considerados violentos. Para acalmar a fúria dos deuses sacrificavam
crianças.
- A história de Moisés
- A história de Jesus
- O aborto – Nos dias atuais, o infanticídio é permitido por lei, entre alguns
povos intelectualmente desenvolvidos, sob o nome de aborto legal. (Questão
358)
“358 – O abortamento voluntário é um crime, qualquer que seja a época da concepção?
Existe sempre crime quando transgredis a lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa,
cometerá sempre crime tirando a vida à criança antes de nascer, porque está impedindo, à
alma, de suportar as provas das quais o corpo deveria ser o instrumento.
COMENTÁRIOS:
Devemos valorizar a vida, sempre e em todos os momentos.
Só Deus tem condições, autonomia e permissão para tirar a vida se isso for necessário
para a aprendizagem.
Nunca deve partir de nós, Espíritos imperfeitos que precisamos valorizar a vida que nos foi
dada por Deus.
É uma transgressão da Lei de Deus.
A doutrina Espírita é terminantemente contra ao aborto.
Todas as pessoas que participaram e incentivaram o aborto têm a sua parcela de
responsabilidade. Não é só a mãe e o pai que irão responder, mas todos os envolvidos,
cada qual na medida da sua responsabilidade no ato.
Tirando daquele Espírito a oportunidade das experiências que ele precisa para a sua
evolução.
A mulher não toma a decisão de abortar sozinha, há a conivência ou a pressão do parceiro,
ou de outras pessoas. Há a co-participação. A responsabilidade nunca é individual.
Infelizmente as consequências mais graves fica com a mulher.
Não há justificativas para se provocar um aborto, exceto o que será comentado na Q. 359.
(Em risco a vida da mãe).
Não se justifica situações em que a mãe se dê ao direito de tirar a vida do filho. Ex: Eu sou
dona do meu corpo (mas não dona do corpo do filho que está no ventre)
O corpo é usufruto nosso, empréstimo de Deus.
Ao ter o domínio desse corpo e se expor a uma relação para engravidar, tem que se
responsabilizar pelas consequências dos atos.
Hoje existem vários tipos de contraceptivos.
Estupro – mesmo que haja uma questão ética terrível por trás, pois não houve o exercício
do livre-arbítrio, ainda é necessário haver a percepção que apesar da tragédia, há a vida
da criança que está ali e que não é responsável pelo ato.
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Existe o direito daquele Espírito em processo reencarnatório à vida, mesmo que seja
através de uma tragédia terrível que é o estupro.
Na natureza nada acontece sem a permissão do Altíssimo. Por trás de uma tragédia, como
o estupro, não se sabe as causas que explicam a experiência vivida pela vítima. Por trás
da tragédia, há um Espírito que está aproveitando a oportunidade para vir a vida. O aborto
seria transferir ao Espírito reencarnante a responsabilidade final do ato a pagar com a
própria vida.
O estuprador responderá pelos seus atos, se não diante das leis dos homens que é
imperfeita como somos, mas diante da Lei Divina que é perfeita.
A estuprada diante das leis dos homens é considerada inocente, diante das Leis Divinas
não é. Não podemos julgar e nem condenar, já está sendo condenada. Merece nossa
compaixão, misericórdia e respeito.
O aborto é crime aos olhos das leis humanas (no Brasil) e perante Deus sempre será crime,
pois é um atentado às leis naturais.
A doutrina Espírita nos mostra que a vida na matéria é necessária e é uma bênção.
O aborto é um crime de maior monta, é matar quem não tem meios de defender a própria
vida, em um corpo que se encontra formação. (Miramez)”
29
6.5 – Crueldade
(Prazer em fazer o mal, impiedade, maldade)
752 – Pode-se atribuir o sentimento de crueldade ao instinto de
destruição?
É o instinto de destruição no que tem de pior, porque se a destruição, algumas
vezes, é necessária, a crueldade não o é jamais. Ela é sempre o resultado de
uma natureza má.
Comentários:
A crueldade é bem diferente da destruição em si.
Em alguns momentos podemos utilizar da lei de destruição, mas não usar da
crueldade, pois é sempre uma atitude má, denota imperfeição espiritual,
ausência de moralidade, ausência de amor.
Quem pratica a crueldade é um Espírito ainda muito imperfeito que se não se
encontra ainda nas suas primeiras reencarnações muito pouco evoluiu. Pode
até ter evoluído no aspecto intelectual, mas no moral é muito pouco.
A crueldade aproxima o ser do primitivismo e muitas vezes age em uma
condição pior que os animais, pois entre eles já há carinho, respeito, um certo
sentimento. Quem age com crueldade é porque tem uma natureza ruim
mesmo, como se os sentimentos nobres ainda não fizessem parte daquela
criatura.
É possível haver destruição sem crueldade.
Na crueldade está presente a destruição e o agravamento da maldade
demonstrada pela imperfeição moral.
753 – Como se explica que a crueldade é o caráter dominante dos povos
primitivos?
Entre os povos primitivos, como os chamas, a matéria domina sobre o Espírito.
Eles se abandonam aos instintos animais e, como não têm outras
necessidades que as da vida do corpo, não visam senão à sua conservação
pessoal e é isso que os torna, geralmente, cruéis. Aliás, os povos de
desenvolvimento imperfeito estão sob o império de Espíritos igualmente
imperfeitos que lhes são simpáticos, até que os povos mais avançados
venham destruir ou enfraquecer essa influência.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
30
Comentários:
Dois fatos justificam a crueldade dos povos primitivos:
- O Estado de imperfeição que eles se encontram – os povos primitivos
decorrem do fato de que os Espíritos recém-criados estão reencarnando.
Quando o Espírito é recém-criado ele reencarna entre os povos primitivos. Nos
mundos primitivos está a oportunidade para que aqueles Espíritos comecem
a percorrer a sua caminhada evolutiva. São Espíritos com senso moral
praticamente inexistente. Mesmo a intelectualidade é incipiente, pois ela
começa a se desenvolver a partir do momento que começa a reencarnar no
reino hominal, ainda mais a moralidade que começa a desenvolver depois de
um certo tempo. O Espírito primitivo não tem o conhecimento da moralidade,
da espiritualidade. A consciência do certo e do errado ainda é muito pequena.
- A influência de Espíritos imperfeitos – Como eles são povos imperfeitos,
primitivos, vivem sob a influência essencialmente de Espíritos
(desencarnados) imperfeitos, pois tudo no Universo é sintonia. Os bons são
influenciados pelos bons e os maus pelos maus. Esses povos sendo Espíritos
imperfeitos buscam apenas a satisfação das necessidades do corpo, não
estando desenvolvida a moralidade, irão atrair Espíritos (do plano espiritual)
também imperfeitos. Une a imperfeição física com a influência moral negativa.
754 – A crueldade não provém da ausência do senso moral?
Dize que o senso moral não está desenvolvido, mas não que está ausente,
porque ele existe, em princípio, em todos os homens. É esse senso moral que
fará mais tarde seres bons e humanos. Ele existe, pois, no selvagem, mas está
como o princípio do perfume está no germe da flor, antes de ela desabrochar.
Allan Kardec:
Todas as faculdades existem no homem em estado rudimentar ou
latente. Elas se desenvolvem conforme as circunstâncias lhes são mais
ou menos favoráveis. O desenvolvimento excessivo de uma detém ou
neutraliza o das outras. A super excitação dos instintos materiais sufoca,
por assim dizer, o senso moral, como o desenvolvimento do senso moral
enfraquece, pouco a pouco, as faculdades puramente animais.
Comentários:
Não há ausência do senso moral, pois esse já existe como princípio em todos
os seres humanos.
31
Nós nascemos com centelha divina do amor que são os sentimentos e virtudes
que todos nós almejamos.
Nós já temos essas faculdades em estado latente que em decorrência das
nossas experiências reencarnatórias vamos ampliando cada uma delas. À
medida que ampliamos as faculdades enobrecidas vamos diminuindo aquelas
que são mais rudimentares e nos aproximam dos animais e assim vamos
desenvolvendo o senso moral.
O desenvolvimento do senso moral é que faz com que gradativamente a
crueldade vai sendo eliminada do caráter da humanidade.
755 – Como se dá que no seio da civilização mais avançada se encontrem
seres algumas vezes tão cruéis quanto os selvagens?
Como sobre uma árvore carregada de bons frutos, encontram-se os que não
chegam a termo. São, se o queres, selvagens que não têm da civilização
senão o verniz, lobos perdidos no meio das ovelhas. Espíritos de uma ordem
inferior e muito atrasados, podem se encarnar entre os homens avançados,
na esperança de eles mesmos avançarem. Mas se a prova é muito penosa, a
natureza primitiva os domina.
Comentários:
Entre os seres civilizados há aqueles com aspectos de selvageria, com
condutas de Espíritos primitivos, pois através do convívio com aqueles que
sabem mais é que vamos tendo a oportunidade de crescer e de evoluir.
Ao observarmos a nossa sociedade percebemos que há pessoas bem mais
evoluídas, com muitos exemplos de Espíritos mais moralizados, mais
intelectualizados e que nos servem de inspiração. Jesus é o nosso maior
modelo e guia, mas a humanidade nos proporciona inúmeros outros exemplos
que nos ajudam a caminhar. Esses bons exemplos nos impulsionam a querer
crescer, querer melhorar e evoluir.
Através do convívio aqueles que sabem mais auxiliam aqueles que estão na
retaguarda e estes se inspiram naqueles que estão mais adiantados e, assim
um ajuda o outro.
Ex: Se um ser mais selvagem, mais cruel nasce no seio de uma família
constituída por Espíritos mais moralizados a tendência é que ele evolua
também, que ele se adiante em contato com os demais. Porém não há a
certeza de que isso irá ocorrer, pois temos o livre arbítrio. Não é porque o
Espírito está no seio de outros mais moralizados que ele irá seguir aquela
conduta.
32
756 – A sociedade dos homens de bem estará, um dia, livre dos seres
malfazejos?
A Humanidade progride. Esses homens, dominados pelo instinto do mal, e que
estão deslocados entre as pessoas de bem, desaparecerão, pouco a pouco,
como o mau grão se separa do bom, depois que este é selecionado, mas para
renascer sob um outro envoltório, e como terão mais experiência,
compreenderão melhor o bem e o mal. Tens um exemplo nas plantas e nos
animais que o homem encontrou meios de aperfeiçoar, e nos quais ele
desenvolve qualidades novas. Pois bem! Não senão depois de várias
gerações que o aperfeiçoamento se torna completo. É a imagem das
diferentes existências do homem.
Comentários:
Esses Espíritos ainda dominados pelo instinto do mal irão gradativamente
evoluindo.
Através das inúmeras experiências reencarnatórias vão adquirindo a
moralidade necessária.
A humanidade progride constantemente.
Os Espíritos que ainda não compreendem a bondade (maus) nascem no meio
da sociedade, para dos bons receberem exemplos dignificantes, mas onde
haja muito endurecimento eles são retirados para lugares com que mais se
afinam por sentimentos.
Com determinado tempo, se não desejaram aprender, são retirados pelos
processos que a vida conhece e usa, para lugares que lhes são próprios, onde
há dor e ranger de dentes. Onde o amor é ofertado com carinho e não é aceito,
a dor impõe meios duros e amacia a alma para depois compreender o que
aprendeu com a cordialidade, a fraternidade e o carinho.
Nos mundos habitados, estão espalhados escolas diversas com fundamentos
educativos instituídos por Deus.
As pessoas animalizadas no seio das pessoas de bem, e que perduram no
mal, serão removidas.
Nesse exato momento de transição pelo qual a Terra passa de um mundo de
provas e expiação para um mundo de regeneração muitos Espíritos ainda
imperfeitos, dominados pelo instinto do mal estão sendo recambiados para
outros planetas para que não venha dificultar o desenvolvimento da
humanidade terrestre.
A humanidade terrestre será expurgada desses Espíritos, pois ou eles
evoluem se modificando para melhor ou são retirados para outros planetas
condizentes com seu estágio evolutivo.
33
6.6 – Duelo
Duelo – Combate entre dois indivíduos, realizado na presença de testemunhas
e em campo aberto, com armas iguais escolhidas pelo ofendido, e que tem por
objetivo o desagravo da honra de um dos combatentes.
757 – O duelo pode ser considerado como um caso de legítima defesa?
Não, é um homicídio e um hábito absurdo, digno dos bárbaros. Com uma
civilização mais avançada e mais moral, o homem compreenderá que o duelo
é tão ridículo, como os combates que se consideraram outrora como o juízo
de Deus.
Comentários:
O duelo era um hábito muito natural nas sociedades do passado. Hoje não é
mais, pois a sociedade progride.
Situações que eram consideradas naturais, justas, corretas, hoje já não fazem
mais sentido, nos mostrando que hoje já estamos um pouquinho melhor do
que éramos no passado.
Apesar de termos avançado, hoje temos o duelo através das palavras, da
escrita e das atitudes.
Ainda temos o hábito infeliz de questionar, de maltratar, de menosprezar o
outro quando ele não pensa ou não age como eu quero, como acho que seja
o correto e começamos a ver o outro como nosso inimigo, como nosso
adversário.
758 – O duelo pode ser considerado como um homicídio da parte daquele
que, conhecendo sua própria fraqueza, está mais ou menos seguro de
sucumbir?
É um suicídio.
758.a) E quando as chances são iguais, é um homicídio ou um suicídio?
É um e outro.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
34
Allan Kardec:
Em todos os casos, mesmo naqueles em que as chances são iguais, o
duelista é culpável, primeiro porque ele atenta friamente e de propósito
deliberado contra a vida do seu semelhante; em segundo lugar, porque
expõe a própria vida inutilmente e sem proveito para ninguém.
Comentários:
Se diante de um duelo eu sei que provavelmente irei sucumbir devido a minha
fraqueza e aceito aquela situação é um suicídio, pois de forma voluntária
coloco a minha vida em risco, entregando-a à morte, pois sei que sucumbirei.
Quando as condições são as mesmas é um suicídio porque sei que estou
colocando minha vida em risco, tendo grandes chances de perdê-la ao mesmo
tempo é um assassinato, pois sei que posso ganhar o que significa tirar a vida
do meu próximo.
De uma forma ou de outra é uma infração à lei de Deus, portanto, irei
responder pelas consequências dos meus atos.
759 – Qual é o valor daquilo que se chama o ponto de honra em matéria
de duelo?
O orgulho e a vaidade, duas chagas da Humanidade.
759.a) Mas não há casos em que a honra se encontra verdadeiramente
empenhada e em que um recuo seria uma covardia?
Isso depende dos costumes e dos usos; cada país e cada século têm aí um
modo de ver diferente. Quando os homens forem melhores e mais avançados
em moral, eles compreenderão que o verdadeiro ponto de honra está acima
das paixões terrestres, e que não é matando ou se fazendo matar, que se
repara um erro.
Allan Kardec:
Há mais de grandeza e de verdadeira honra em se confessar culpado
quando se errou, ou em perdoar quando se tem razão, e, em todos os
casos, em desprezar os insultos que não podem nos atingir.
Comentários:
35
Tudo decorre da sociedade e do momento evolutivo. Cada país, cada século
tem um entendimento diferente sobre essas questões. O que para um é ponto
de honra ou covardia para outro nada mais é que orgulho e vaidade.
Para nós que estamos tentando compreender as orientações da doutrina
espírita, procurando vivenciá-la em nossas vidas não cabe mais esse orgulho
e essa vaidade.
O nosso ponto de honra precisa ser perdoar, aprender, evoluir, amar.
Enquanto não optarmos por esses pontos de honra ficaremos trabalhando em
cima dos mesmos erros: orgulho, egoísmo e vaidade.
36
6.7 – Pena de morte
A pena de morte, ou pena capital, é quando o Estado executa um indivíduo
em punição por seus crimes. Até a primeira metade do Séc. XX, ela era
sempre presente na humanidade, sendo encontrada em todas as épocas e
quase todas as sociedades e estando atrelada a uma grande quantidade de
causas: punição por crimes hediondos (ex.: assassinatos, roubo), de natureza
sexual (estupro, incesto, adultério, zoofilia...), religiosa (apostasia, blasfêmia)
ou militar (traição, deserção, espionagem), afrontas às morais e costumes e,
especialmente em nações autoritárias, para suprimir opiniões divergentes às
das autoridades em poder.
Métodos de aplicação:
 Afogamento
 Asfixia
 Câmara de gás
 Crucificação
 Decapitação (a espada ou
machado)
 Degola
 Desmembramento
 Eletrocussão numa cadeira
elétrica
 Empalamento
 Escafismo
 Esfolamento
 Esmagamento
 Esmagamento por elefante
 Esquartejamento
 Estiramento
 Estrangulamento
 Fogueira
 Forca
 Fuzilamento
 Garrote vil
 Guilhotina
 Inanição
 Injeção letal
 Lapidação (Apedrejamento)
 Morte por mil cortes
 Precipitação
 Roda
 Sangramento
 Serração
 Touro de latão
No Brasil:
A última execução determinada pela Justiça Civil no Brasil foi a do escravo
Francisco, em Pilar das Alagoas, em 28 de abril de 1876, e a última execução
de um homem livre (não existe relatos posteriores com as mesmas
características) foi a de José Pereira de Sousa, condenado pelo júri de Santa
Luzia, em Goiás, enforcado na dita vila no dia 30 de outubro de 1861.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
37
Posição dos países em relação à pena de morte (2014)
Abolida para todos os crimes – 103 (53%)
Abolida para crimes comuns, porém usada em casos excepcionais (crimes de guerra, por exemplo) – 6 (3%)
Abolida na prática, porém permitida por lei (suspensa ou em desuso nos últimos 10 anos) – 50 (26%)
Permitida por lei e em prática – 36 (18%)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pena_de_morte
Países que mais executam a pena de morte
País Número de executados em 2012 Número de executados em 2021
China 2 400 (estimado, número oficial não divulgado) 1000+
Coreia do Norte 0+ (número oficial não divulgado) 0+
Irã 369+ 314+
Iraque 169+ 17+
Arábia Saudita 79+ 65
Estados Unidos 39 11
Somália 34+ 21+
Iêmen 13+ 14+
Japão 8 3
Egito 0+ 83+
Síria 0+ 24+
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pena_de_morte
38
760 – A pena de morte desaparecerá um dia da legislação humana?
A pena de morte desaparecerá incontestavelmente e sua supressão marcará
um progresso na Humanidade. Quando os homens estiverem mais
esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida sobre a Terra. Os
homens não terão mais necessidade de serem julgados pelos homens. Falo
de uma época que está ainda muito distante de vós.
Allan Kardec:
O progresso social, sem dúvida, deixa ainda muito a desejar, mas seria
injusto para com a sociedade moderna se não se visse um progresso nas
restrições trazidas à pena de morte entre os povos, os mais avançados,
e na natureza dos crimes aos quais se limita sua aplicação. Se se
comparam as garantias com que a justiça, entre esses mesmos povos,
se esforça para cercar o acusado, a humanidade que ela usa para com
ele, ainda mesmo que seja reconhecido culpado, com o que se praticava
em tempos que não são ainda muito distantes, não se pode desconhecer
o caminho progressivo pelo qual marcha a Humanidade.
Comentários:
Hoje já há um grande progresso ao que se refere à pena de morte quando
comparamos em relação ao passado.
As condenações à morte no passado eram realizadas de forma brutal, com
muito sofrimento. Eram verdadeiros espetáculos a serem vistos pela
humanidade.
Atualmente a pena de morte ainda existe em alguns países, em algumas
sociedades, mas de forma mais restrita para situações mais específicas. O
acusado é cercado de justiça, tem condições de se defender no seu
julgamento, mesmo que essa seja a sua pena tem certos direitos que no
passado não havia.
Isso decorre do progresso moral da humanidade, apesar de estarmos longe
do desaparecimento completo da pena de morte.
No tempo apropriado, não tão próximo como gostaríamos, o homem não
precisará julgar mais dessa forma o seu irmão, o próprio homem.
A pena de morte não combina com o Evangelho, com as leis de Deus.
Ex. Jesus, a inquisição
Progresso social:
- Redução do número de países que executam criminosos;
39
- Limitação dos crimes / Se matavam por pouca coisa;
- Direito a se defender, mesmo que o julgamento final seja a execução;
- Métodos de execução com menos sofrimento.
A Lei de Deus é perfeita, não muda. As leis humanas são imperfeitas havendo
necessidade de se alterar conforme o avanço da sociedade, da humanidade.
A pena de morte é um ato inferior entre a humanidade; quando os povos se
tornarem mais mansos, mais compreensivos, mais humanos, quando a
sociedade entender a missão de Jesus e passar a viver Seus preceitos,
certamente que tanto a pena de morte, como outras leis que se afinizam com
ela, desaparecerão da face da Terra. Para isso, deverão mudar tanto os
homens que fazem as leis, como os fora da lei, porque não adianta modificar
as leis da Terra, fazendo-as para anjos, se os que devem respeitá-las são
demônios. (Miramez)
761 – A lei de conservação dá ao homem o direito de preservar sua
própria vida; não usa ele desse direito, quando suprime da sociedade um
membro perigoso?
Há outros meios de se preservar do perigo senão o de matar. Aliás, é preciso
abrir ao criminoso a porta do arrependimento, e não fechá-la.
Comentários:
Temos outros meios de preservar a sociedade do perigo sem matar, nem que
seja até mesmo a prisão perpétua.
Como sabemos através da doutrina espírita que a vida é imortal temos
condições de avaliar que a morte não livra a sociedade ou o homem daquelas
pessoas ainda voltadas para o mal.
Quando desencarnadas podem continuar interferindo, prejudicando,
maltratando da mesma forma ou às vezes até mais que antes.
Não devemos fechar a porta do arrependimento do criminoso através da pena
de morte, mas ao contrário, procurar resgatar nele o que ele tem de bom.
Todos nós nascemos com a centelha divina do amor e é esse sentimento que
precisamos trabalhar, fazer crescer em nossas vidas.
Quantos criminosos não se arrependem, com certa assistência de outros companheiros?
Muitos e muitos; portanto, se já sabemos que ninguém morre, por que tirar a vida? Se ele
vai viver do mesmo modo, se a vida continua, cortar o fio da existência física é apenas
transferi-lo com os mesmos problemas para o mundo espiritual, onde se encontram bem
mais problemáticos do que na Terra. (Miramez)
40
- Educação – Não só a educação escolar, mas a educação baseada nos
princípios éticos e morais, no seio da família;
- Quantas pessoas e lideranças estão sob a influência de Espíritos revoltados.
762 – Se a pena de morte pode ser banida das sociedades civilizadas,
não foi ela uma necessidade nas épocas menos avançadas?
Necessidade não é a palavra. O homem crê sempre uma coisa necessária
quando ele não encontra nada melhor. À medida que se esclarece,
compreende melhor o que é justo ou injusto e repudia os excessos cometidos,
nos tempos de ignorância, em nome da justiça.
Comentários:
Tudo acontece conforme a condição, a moralidade e o entendimento dos seres
em determinado tempo.
Deus na sua infinita bondade, na sua infinita sabedoria compreende esse
processo e permite tais ações entre a humanidade.
A pena de morte existiu no passado e ainda existe na atualidade por
representar uma condição social de justiça.
Em uma sociedade ou em um país onde o bem predomina, onde a vivência do
evangelho é algo comum e constante na vida das pessoas não há necessidade
da pena de morte, pois ninguém comete crimes contra a si e contra o próximo
a ponto de ser julgado e receber a condenação da pena de morte.
Por outro lado, países, sociedades onde o mal predomina, há punições mais
severas para os crimes cometidos, lembrando que a sanção é muitas vezes
uma forma de conter as atitudes equivocadas.
No passado (e ainda hoje) a ideia que se tinha de Deus era um Deus punitivo,
severo, irado para que através do temor muitas atitudes equivocadas fossem
contidas. A humanidade não tinha o entendimento para seguir o que é certo
pela racionalidade, mas pelo temor.
As leis, como a pena de morte, têm esse viés, no sentido de infringir ao homem
um temor ao dele evitar determinadas condutas pelo medo. Não é que ele já
seja uma criatura melhor, é que ele teme pelo que pode acontecer.
À medida que a sociedade se instrui, obtém mais maturidade espiritual,
compreende melhor o que é certo e errado, o que é justo e injusto, o que é
excesso e limites. Vai mudando a forma de ver a vida e compreendendo
melhor aquilo que deve realmente fazer.
41
763 – A restrição dos casos em que se aplica a pena de morte é um índice
de progresso na civilização?
Podes duvidar? Teu Espírito não se revolta lendo a narrativa das carnificinas
humanas que se faziam outrora em nome da justiça e, frequentemente, em
honra da Divindade? Das torturas que se fazia o condenado suportar, e
mesmo o acusado para lhe arrancar, pelo excesso de sofrimento, a confissão
de um crime que, frequentemente, ele não cometera? Pois bem! se tivesses
vivido nessas épocas, terias achado tudo isso natural e talvez tu, juiz, terias
feito o mesmo. É assim que aquilo que parece justo em uma época, parecerá
bárbaro em uma outra. Só as leis divinas são eternas; as leis humanas mudam
com o progresso. Elas mudarão ainda, até que sejam postas em harmonia
com as leis divinas.
Comentários:
Essa resposta não deixa dúvidas quanto à evolução da humanidade e,
consequentemente, das leis humanas, mostrando o progresso da civilização.
No passado aplicava a pena de morte em muitos casos e com muito sofrimento
e ainda, em muitos casos a pessoa era inocente, não havia cometido tal crime
e que às vezes até confessava como sendo o infrator, pois consideravam tais
situações normais.
Nós aqui hoje com certeza já estivemos no passado envolvidos em várias
dessas situações. Os encarnados do passado éramos nós mesmos. Já fomos
vítimas e algoz.
Para nós hoje essas situações são bárbaras, diante do entendimento que já
temos. São situações que fogem totalmente dos princípios do amor, da justiça,
da verdade, do evangelho ensinado e vivido por Jesus.
A restrição da pena de morte representa progresso da humanidade.
764 – Jesus disse: Quem matou pela espada, perecerá pela espada.
Essas palavras não são a consagração da pena de talião? A morte
infligida ao homicida não é a aplicação dessa pena?
Tomai cuidado! tendes vos enganado sobre essa palavra, como sobre muitas
outras. A pena de talião é a justiça de Deus e é ele que a aplica. Todos vós
suportais, a cada instante, essa pena, porque sois punidos pelo que pecastes,
nesta vida ou em uma outra. Aquele que fez sofrer seus semelhantes, estará
numa posição em que sofrerá, ele mesmo, o sofrimento que causou. É o
sentido das palavras de Jesus; mas vos disse também: Perdoai aos vossos
inimigos e vos ensinou a pedir a Deus perdoar as vossas ofensas, como vós
42
mesmos tiverdes perdoado; quer dizer, na mesma proporção que tiverdes
perdoado: compreendei-o bem.
Comentários:
Em resumo a Espiritualidade nos mostra que só Deus na sua infinita justiça e
sabedoria é que tem condições de aplicar a lei de talião.
Qualquer tentativa nossa de aplicar essa lei será infrutífera, será equivocada.
Só Deus tem condições de saber todas as nuances de um fato. Ele sabe qual
é o nosso passado, quais são as nossas dificuldades, quais as nossas
virtudes, o esforço que fizemos ou não para vencer determinadas
imperfeições, o que já conseguimos evoluir. Ele sabe o que se passa no nosso
coração.
Portanto, essa pena de talião em momento algum compete a nós mesmos.
Nós sofremos a todo momento a pena de talião. Ela está ligada às dificuldades
que vivenciamos atual existência e que podem decorrer de erros cometidos
em reencarnações passadas ou de atitudes equivocadas cometidas na atual
reencarnação.
Ao mesmo tempo que Jesus nos disse que quem mata pela espada, pela
espada perecerá, ele também nos disse do perdão aos nossos inimigos, do
amar ao próximo como a si mesmo mostrando que a nós compete o perdão,
a caridade e o amor.
A justiça sempre existirá, mas será feita por Deus e não por nós.
765 – Que pensar da pena de morte infligida em nome de Deus?
É tomar o lugar de Deus na prática da justiça. Os que agem assim mostram o
quanto estão longe de compreender Deus e que têm ainda muitas coisas a
expiar. A pena de morte é um crime, quando ela aplicada em nome de Deus,
e os que a infligem são acusados igualmente de homicídio.
Comentários:
Impor a pena de morte a outro é sempre contrário a lei de Deus.
Não é o fato de fazermos em nome de Deus que vai dar legitimidade aquele
ato.
Isso decorre da falta de compreensão de Deus e da sua justiça.
Os que assim procedem estão ainda muito longe do objetivo da superioridade
moral e intelectual.
43
Só através das expiações, das provas, das lutas e das dificuldades é que
essas pessoas vão pouco a pouco compreendendo Deus.
Não devemos tomar o lugar de Deus na distribuição da justiça, pois jamais
faremos justiça com a mesma perfeição do Pai. A nossa imperfeição é muito
grande e não estamos aptos para realizar tal julgamento. Assim, a pena de
morte nunca deve ser imposta, principalmente, em nome de Deus.
44
REFERÊNCIAS:
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o
Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª
Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed.
Araras – SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de Salvador Gentile. Araras –
SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 19ª Ed. Rio
de Janeiro: FEB, 1983.
MLODINOW, Leonard. De primatas a astronautas: A jornada do homem
em busca do conhecimento. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
SILVEIRA, Adelino. Chico, de Francisco. São Paulo: Cultura Espírita União,
1987.
XAVIER, Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Pelo
Espírito Emmanuel.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo Espírito André
Luiz.
XAVIER, Chico. Os Mensageiros. 47ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. Missionários da Luz. 45ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André
Luiz.
XAVIER, Chico. Entre a Terra e o Céu. 27ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Nos domínios da Mediunidade. 36ª ed. Brasília: FEB, 2018.
Pelo Espírito André Luiz.
45
XAVIER, Chico. Ação e Reação. 30ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Evolução em dois Mundos. 27ª ed.
Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. 28ª ed.
Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Sexo e Destino. 34ª ed. Brasília: FEB,
2018. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. E a vida continua.... 35ª ed. Esp. Rio de Janeiro: FEB, 2021.
Pelo Espírito André Luiz.
https://www.bibliaonline.com.br/
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/questoes.html
https://super.abril.com.br/historia/os-bastidores-do-livro-dos-espiritos/
https://www.youtube.com/user/livrodosespiritos/videos
https://www.youtube.com/watch?v=4xRhAKctMo8&list=PLI-
OgasY7T5tz8FFyT2yr5aKTPbavF7by&index=111
https://www.youtube.com/playlist?list=PLlRlJDlCghdwROpe8PBZF5_wFxlJqq
UnZ
https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/
https://pt.slideshare.net/espirinauta/reinos-da-natureza
https://slideplayer.com.br/slide/14346629/
http://www.caminhosluz.com.br
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A lei da destruição e a transformação necessária

  • 1. 1 Livro Terceiro: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição 6.1 – Destruição necessária e destruição abusiva 6.2 – Flagelos destruidores 6.3 – Guerras 6.4 – Homicídio 6.5 – Crueldade 6.6 – Duelo 6.7 – Pena de morte Referências Slide: 3.6 - Lei de Destruição.pptx (slideshare.net)
  • 2. 2 6.1 – Destruição necessária e destruição abusiva A palavra destruir traz a ideia de finitude, término, transmitindo a imagem de que destruir é demolir, extinguir, assolar, arrasar, arruinar … Lavoisier (Químico francês, 1743-1794) já dizia: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” e é sob essa lógica que devemos reflexionar sobre a destruição já que somos seres criados pelo Pai Universal, que nos dotou da mônada onde estão inseridos em essência o princípio inteligente e todas as potencialidades em estado latentes que não se destruirão jamais, apesar de ir se elaborando pelos diversos movimentos que a Natureza proporcionar. Só Deus cria. Nós, também criaturas Divinas, transformamos ou alteramos a partir da criação Divinas já existente. Assim, nada se perde, tudo se transforma. https://se-novaera.org.br/destruio-lei/ 728 – A destruição é uma lei da Natureza? É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque o que chamais destruição não é senão uma transformação que tem por objetivo a renovação e melhoramento dos seres vivos. 728.a) O instinto de destruição teria, assim, sido dado aos seres vivos com objetivos providenciais? As criaturas de Deus são os instrumentos dos quais ele se serve para atingir seus fins. Para se nutrirem, os seres vivos se destroem entre si, e isso com o duplo objetivo de manter o equilíbrio na reprodução, que poderia vir a ser excessiva, e de utilizar os restos do envoltório exterior. Mas, sempre, não é senão esse envoltório que é destruído, e esse envoltório não é senão o acessório e não a parte principal, é o princípio inteligente que é indestrutível e que se elabora nas diferentes metamorfoses que sofre. Comentários: O objetivo da lei de destruição é a transformação para renovação e melhoria dos seres vivos. Através da destruição tudo renasce, tudo se regenera, tudo melhora, tudo progride. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição
  • 3. 3 Assim a lei de destruição é necessária para o progresso que tem que acontecer tanto em relação ao princípio material, quanto ao princípio espiritual. Os seres vivos se destroem reciprocamente porque ainda é necessário: - Para manter o equilíbrio conforme a lei de reprodução, pois se não se destruíssem, principalmente, no reino animal haveria a reprodução excessiva trazendo desequilíbrio. A cadeia alimentar é de suma importância para esse equilíbrio; - Os despojos do invólucro exterior são utilizados para a nutrição e outros objetivos, como adubo, conforme a lei de conservação. A destruição é apenas do invólucro exterior, do princípio material, pois o princípio inteligente que habita todos os seres vivos não se destrói, vai se aprimorando em todas as condições pelas quais ele passa. Essa destruição ocorre somente com a matéria. Toda matéria tende a se degradar. 729 – Se a destruição é necessária para a regeneração dos seres, por que a Natureza os cerca de meios de preservação e de conservação? Para que a destruição não chegue antes da época necessária. Toda destruição antecipada entrava o desenvolvimento do princípio inteligente. Por isso, Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir. Comentários: Deus, na sua perfeição tudo faz para que haja equilíbrio na natureza. Assim como a lei de destruição é necessária para a renovação e transformação dos seres e de tudo o que existe, há também a lei de conservação que faz com que a criatura procure cuidar no sentido de preservar a sua vida, de modo que a destruição não se faça de maneira demasiada e nem antes do tempo o que interferiria no progresso da criatura. Nós precisamos da lei de destruição na medida exata. A destruição abusiva não está na lei de Deus porque ela atrasa o progresso. Enquanto a destruição necessária auxilia no progresso e faz com que a humanidade progrida em poucos anos o que demoraria séculos, a destruição abusiva, como as guerras e tudo aquilo que é movido por interesses egoístas atrasa o processo de evolução da humanidade. Por isso que precisamos do instinto de conservação, pois diante da nossa imperfeição, se não houvesse esse instinto, esse cuidado, iríamos ser levados
  • 4. 4 para um desencarne prematuro atrasando a nossa evolução que é o nosso objetivo maior. Devemos destruir os velhos hábitos criando novos métodos de vida. Reforma íntima. “Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.” Efésios 4:22-24 Oração de São Francisco Senhor, Fazei de mim um instrumento de vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna! Amém 730 – Visto que a morte deve nos conduzir para uma vida melhor, que nos livra dos males desta, e que, assim, ela está mais para ser desejada que temida, por que o homem tem dela um horror instintivo que o faz temê-la? Já o dissemos, o homem deve procurar prolongar sua vida para cumprir sua tarefa. Por isso, Deus lhe deu o instinto de conservação que o sustém nas provas, e sem o qual se deixaria, muito frequentemente, levar ao desencorajamento. A voz secreta que o faz repelir a morte lhe diz que ele pode ainda fazer alguma coisa pelo seu adiantamento. Quando um perigo o ameaça, é uma advertência para que aproveite a moratória que Deus lhe concede. Mas ingrato! rende, mais frequentemente, graças à sua estrela que ao seu Criador.
  • 5. 5 Comentários: Por mais que a vida no plano espiritual mostre melhor que a vida na matéria, considerando os males, as provas, as expiações que aqui temos, o instinto de conservação equilibra o desejo que teríamos de retornar ao mundo espiritual. Diante do instinto de conservação buscamos prolongar a nossa vida permanecendo aqui na Terra. O medo da morte, comum aos homens, é uma proteção para que não venhamos a sair da Terra antes do tempo, o que poderia ocorrer diante do desespero ou das dificuldades que passamos por aqui e acabaríamos por nos autodestruir. Esse procedimento pode custar muito caro, em reparos dolorosos, tanto no mundo espiritual, quanto mesmo na volta à Terra em novas vestes, com a marca que foi usada para dela sair. Aqui temos nossas tarefas a cumprir. Devemos procurar o prolongamento da nossa vida pelos meios lícitos, que se encontram ao nosso alcance. Quanto mais tempo estivermos aqui, mais oportunidades temos de realizar alguma coisa pelo nosso progresso, pelo progresso do nosso irmão. Mais oportunidades de crescer e de evoluir. Não devemos esquecer da força que tem a oração, a água fluidificada, o passe, o Culto do Evangelho no lar e as reuniões de estudos evangélicos. Tudo isso assegura mais harmonia na mente, aliada à fé e à esperança, preenche o nosso coração de paz e alegria transbordada em amor. 731 – Por que, ao lado dos meios de conservação, a Natureza, ao mesmo tempo, colocou os agentes destruidores? O remédio ao lado do mal. Já o dissemos, é para manter o equilíbrio e servir de contrapeso. Comentários: Da mesma forma que há a lei de destruição de um lado, há o instinto de conservação do outro lado para que possamos caminhar no caminho do meio sempre com equilíbrio. Buscar a conservação de nós mesmos e de tudo o que existe na Terra como um todo, mas também entender a importância da lei de destruição. Compreender a importância da destruição dos vícios e de tudo aquilo que trava a nossa evolução para que possa ir gradativamente destruindo esses males.
  • 6. 6 732 – A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos? Ela é proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos, e cessa com um estado físico e moral mais depurado. Nos mundos mais avançados que o vosso, as condições de existências são outras. Comentários: A destruição é mais necessária em mundos inferiores onde predomina a imperfeição, o orgulho, o egoísmo com o objetivo de oportunizar, facilitar e estimular o progresso. Nos mundos inferiores, onde as provações e as expiações comandam os destinos dos homens, como na Terra, as leis estão de acordo com essas necessidades, e a própria natureza cria destruições violentas, fazendo os Espíritos entenderem que devem com urgência, modificar suas intenções e avançar para a perfeição, que deve começar em um simples perdão, no amor mesmo que seja mais material e na caridade, ainda que esteja ligada ao interesse, porque é assim que começa o despertar das almas. Nos mundos superiores onde essa evolução se faça presente a lei de destruição já não é tão necessária. Eles já se elevaram, de sorte a não precisarem mais das destruições que se operam na Terra. Cada mundo e humanidade recebe o que merece, conforme o seu nível evolutivo, conforme suas necessidades espirituais. A lei de destruição pode mudar a forma como ela se apresenta. Nos mundos mais inferiores ela se apresenta mais física do que moral. À medida que vamos evoluindo o físico do planeta vai se tornando mais equilibrado, a destruição ainda se faz presente no aspecto moral, onde pouco a pouco vamos destruindo o homem velho para permitir que o homem novo, mais evangelizado nasça. Esse processo de destruição, de transformação se opera conosco o tempo todo. A evolução é constante e mesmo nos mundos celestes (morada dos Espíritos puros) há um processo de transformação, de mudança. 733 – A necessidade da destruição existirá sempre entre os homens sobre a Terra? A necessidade de destruição enfraquece entre os homens, à medida que o Espírito se sobrepõe à matéria, e é por isso que vedes o horror à destruição seguir o desenvolvimento intelectual e moral. Comentários:
  • 7. 7 Nos mundos mais felizes a destruição deixa de existir da forma como conhecemos. Na Terra a destruição ainda é muito presente. Porém essa necessidade vai se enfraquecendo à medida que o Espírito domina a matéria. Estamos passando de mundo de expiações e de provas para mundo de regeneração, momento em que a depuração ocorre tanto em nível quanto moral. Não apenas o homem se depura e cresce, mas o planeta também. Tudo vai se equilibrando. Assim, a lei de destruição vai mudando a sua feição à medida que o homem se espiritualiza. Por isso temos horror à destruição, à medida que o nosso desenvolvimento intelectual e moral amplia-se e cada vez mais vamos buscar meios para evitar a destruição decorrentes da ação humana. 734 – Em seu estado atual, o homem tem um direito ilimitado de destruição sobre os animais? Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua nutrição e à sua segurança. O abuso jamais foi um direito. Comentários: Tudo tem que caminhar dentro do equilíbrio, conforme nossa real necessidade. Considerando a estrutura do nosso corpo físico (natureza, densidade) ainda precisamos nos alimentar com a carne animal, motivo pelo qual podemos destruir os animais para essa finalidade. Matar os animais para se alimentar. Não temos o direito ilimitado sobre os animais, mas apenas na medida exata para suprir as nossas necessidades. (Também para se proteger) Essa destruição também promove o equilíbrio das espécies, por isso os animais se autodestroem. Não temos o direito e não devemos promover a destruição abusiva, nem dos seres vivos, nem do nosso planeta. Significa abuso, egoísmo, desrespeito das leis divinas. Os animais só se destroem no limite das suas necessidades para manter a sua conservação O abuso só é causado pelo homem. Ex: Pesca esportiva
  • 8. 8 735 – Que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança? Da caça, por exemplo, quando não tem por objetivo senão o prazer de destruir sem utilidade? Predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. Toda destruição que ultrapasse os limites da necessidade, é uma violação da lei de Deus. Os animais não destroem senão por suas necessidades; mas o homem, que tem o livre-arbítrio, destrói sem necessidade. Ele prestará contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, porque é aos maus instintos que ele cede. Comentários: Ainda temos muitas dificuldades em discernir os limites que vão além da necessidade e da segurança. Isso mostra o quão distante ainda estamos da nossa meta evolutiva. Criamos falsas necessidades que parecem reais. Procuramos desculpas para justificar o uso desequilibrado da lei de destruição, como se isso tornassem as nossas atitudes corretas. Enganamos a nós mesmos, mas não a Deus. Se a destruição ultrapassa o limite necessário, se a caça tem por objetivo não a satisfação das nossas necessidades, mais o prazer, a diversão, a destruição sem utilidade, nós seremos responsabilizados por essas atitudes. Ex: Caça e pesca esportivas 736 – Os povos que possuem em excesso o escrúpulo relativo à destruição dos animais têm um mérito particular? É um excesso num sentimento louvável por si mesmo, mas que se torna abusivo e cujo mérito é neutralizado pelo abuso de bens de outras espécies. Há entre eles mais de medo supersticioso do que verdadeira bondade. Comentários: Todos os excessos são perniciosos. O sentimento em si de conservar e evitar a destruição de certas espécies de animais é louvável, mas o excesso em relação ao cuidado ou a evitar a destruição dessas espécies de animais, muitas vezes se neutraliza porque
  • 9. 9 esses mesmos povos cometem outros abusos em relação a outras espécies de animais ou mesmo outros tipos de abusos. Não significa um sentimento real de respeito, de amor, mas de temor em função de superstições. Ex: Os judeus evitavam destruir os porcos, pois eram considerados animais impuros. Os indianos em relação às vacas, pois são considerados animais sagrados. Deus sabe avaliar se tal cuidado decorre de um temor ou de uma vontade sincera de ajudar e contribuir. Excesso de conservação/preservação de alguns biomas entrava o progresso. Em tudo deve haver equilíbrio.
  • 10. 10 6.2 – Flagelos destruidores Alguns exemplos comuns são ciclones, furacão, tempestades, enchentes e inundação, deslizamentos de terra, secas, erupção vulcânica, incêndios (quando não causados por ação humana), tsunamis, terremotos, queda de meteoro e doenças (endemias, epidemias, pandemias) 737 – Com que objetivo Deus atinge a Humanidade por meio de flagelos destruidores? Para fazê-la avançar mais depressa. Não vos dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem, a cada nova existência, um novo grau de perfeição? É preciso ver o fim para lhe apreciar os resultados. Não os julgais senão sob o vosso ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que vos ocasionam. Mas esses transtornos são, frequentemente, necessários para fazer alcançar, mais prontamente, uma ordem melhor de coisas, e em alguns anos, o que exigiria séculos. (744) Comentários: A primeira função dos “flagelos” é acelerar o processo evolutivo da humanidade: “fazê-la progredir mais depressa”. A segunda é promover o resgate coletivo de débitos. Nosso planeta já foi algumas vezes levado à beira da extinção por “flagelos” universais. Em todos eles o homem ainda não existia, o que os caracteriza como tendo apenas função evolucional. Os “flagelos” ocorridos após o surgimento do homo sapiens foram de proporções regionais, e sempre com dupla função (evolução/expiação). Exemplo: o dilúvio narrado na Bíblia e que também está registrado em inúmeros livros religiosos de civilizações antigas. - Glaciação / período glacial. As profecias, desde os Evangelhos até as mensagens recebidas com o advento do Espiritismo, advertem-nos sobre futuros “flagelos”, principalmente, agora nessa fase de transição. A exemplo, a pandemia 2020/2021. Podemos verificar a força transformadora da lei de destruição que oportuniza que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos. Ela faz com que a humanidade cresça e progrida mais depressa. Nós chamamos de flagelos diante da nossa visão limitada de ver o resultado material que é a dor, o sofrimento, as perdas, as dificuldades. Se tivéssemos LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição
  • 11. 11 uma visão mais ampla perceberíamos o nível de transformação é a destruição, nem chamaríamos de flagelos, mas usaríamos um termo mais positivo, pois estaríamos vendo as mudanças efetuadas pela destruição com resultados positivos nos proporcionando a aproximação de Deus. Devemos compreender a destruição, pois quando acontece ela decorre da bondade e da misericórdia divina, nunca da maldade ou de um Deus vingativo e rancoroso que está punindo as criaturas. Ele está apenas facilitando, acelerando o progresso. Os desastres naturais são fenômenos que estão fora do controle de qualquer ser humano, mas dá para fazer algumas prevenções, dependendo da situação, porém em muitos casos é impossível prevenir. Prevenção (algumas): - Ciclones, tornados – Evacuação da área a ser atingida; - Áreas de instabilidade tectônica – Construção de prédios e edifícios resistentes aos abalos sísmicos; - Enchentes – Remoção da população ribeirinha, limpeza das ruas e bocas de lobo para que a água seja bem drenada, construção de barragens e redirecionamento da água para longe das cidades; - Avalanches – Manter árvores nas encostas dos morros; - Doenças – investimentos em pesquisas científicas e melhoria nos atendimentos e logística da saúde pública. As agências humanitárias e os sistemas de alerta são um dos principais meios para reduzir os efeitos dos desastres naturais. Os sistemas de alerta avisam as pessoas quando uma catástrofe irá ocorrer para elas se prepararem, enquanto as agências humanitárias colaboram para solucionar os problemas causados pelos desastres. Geralmente, fornecem comida, alojamentos temporários, e cuidados médicos. Situações que favorecem os sentimentos de compaixão, condolências, fraternidade, solidariedade, desinteresse pessoal e amor ao próximo. Os maiores desastres naturais de todos os tempos: EVENTO LOCAL PERÍODO N.º DE MORTES Erupção do Vesúvio Pompeia e Herculano 79 d.C 16 mil Furacão São Calixto Caribe 1.780 27 mil Erupção do Krakatoa Indonésia 1.883 35 mil Terremoto e tsunami em Lisboa Lisboa 1.755 100 mil
  • 12. 12 Tufão Nina China 1.975 229 mil Terremoto de Antioquia Turquia 115 d.C 260 mil Tsunami na Indonésia Indonésia 2004 280 mil Ciclone Bhola Bangladesh 1.970 500 mil Terremoto de Tangshan China 1.976 655 mil Terremoto em Shaanxi China 1.556 830 mil Inundação do rio Amarelo China 1.887 900 mil Seca na Índia Índia 1.900 3,25 milhões Inundação na China China 1.931 4 milhões Fonte: https://segredosdomundo.r7.com/piores-desastres-naturais/ - Peste negra (1343-1351) – Pandemia mais devastadora da história – 75 a 200 milhões de pessoas. - Covid 19 – 2020/2021 – Cerca de 15 milhões de pessoas desencarnaram em todo o planeta. 738 – Deus não poderia empregar, para o aprimoramento da Humanidade, outros meios senão os flagelos destruidores? Sim, e o emprega todos os dias, visto que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É que o homem não aproveita; é preciso castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir sua fraqueza. 738.a) Mas nesses flagelos, o homem de bem sucumbe como o perverso; isso é justo? Durante a vida, o homem relaciona tudo com o seu corpo, mas, depois da morte, ele pensa de outra forma e, como já dissemos: a vida do corpo é pouca coisa. Um século do vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Portanto, os sofrimentos do que chamais alguns meses ou alguns dias, não são nada, apenas um ensinamento para vós, e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, eis o mundo real, preexistentes e sobreviventes a tudo (85), são os filhos de Deus e o objeto de toda a sua solicitude; os corpos não são senão os trajes com os quais eles aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, é como um exército que, durante a guerra, vê seus trajes usados, rasgados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus soldados do que com suas vestes. 738.b) Mas as vítimas desses flagelos não são menos vítimas? Se se considerasse a vida por aquilo que ela é, e o pouco que é com relação ao infinito, se atribuiria menos importância a isso. Essas vítimas encontrarão,
  • 13. 13 em uma outra existência, uma larga compensação aos seus sofrimentos, se elas sabem suportá-los sem murmurar. Allan Kardec: Quer chegue a morte por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora de partida: a única diferença é que com isso, no primeiro caso, parte um maior número de uma vez. Se pudéssemos nos elevar, pelo pensamento, de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la inteiramente, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais que tempestades passageiras no destino do mundo. Comentários: Nós não precisaríamos dos flagelos destruidores. À medida que formos evoluindo eles vão deixando de existir da forma como conhecemos. Deus usará de outros meios, de outras formas para que possamos crescer e evoluir. Nós temos inúmeros mecanismos de aprendizado, como a própria natureza, as pesquisas, os livros, mas não aproveitamos. E quando isso acontece, Deus envia a lei de destruição para que nós possamos sentir a nossa fraqueza para enxergarmos o orgulho que ainda carregamos e possamos despertar para Deus. Damos muita importância à matéria, à carne. O que é um século perante a eternidade? Caso algum justo precisa desencarnar dessa forma, ele não vai desencarnar fora da época, porque não há desencarnes por acidentes. Se chegou a hora da pessoa desencarnar ela vai de uma forma ou de outra. O fato de desencarnar de uma forma mais violenta, muitas vezes, é necessidade ou escolha da própria pessoa para evoluir mais rapidamente. Se é uma pessoa de bem, no plano espiritual ela não vai sofrer como o perverso. Se é uma pessoa que ainda tem atitudes e sentimentos em desconformidade com a lei de Deus, ao desencarnar de uma forma mais violenta, no plano espiritual o seu período de sofrimento será rápido, vai receber assistência, vai ser amparado, possibilitando o seu crescimento e progresso mais rápido. Muitas vezes, a morte violenta, escolha do próprio Espírito faz com que ele se eleve ainda mais. Precisamos pensar que a vida material representa uma pequeníssima fração de tempo na vida de eternidade.
  • 14. 14 Considerando que a nossa verdadeira vida é a Espiritual e não a material deixamos de nos preocupar tanto com a forma que iremos desencarnar. Não queremos minimizar a dor, mas compreender as situações em uma escala mais ampla: Espaço (Terra); Tempo (eternidade) 739 – Os flagelos destruidores têm uma utilidade, sob o ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam? Sim, eles mudam, algumas vezes, o estado de uma região; mas o bem que disso resulta não é, frequentemente, percebido senão pelas gerações futuras. Comentários: Os flagelos destruidores servem para a depuração moral da humanidade e para a depuração do próprio planeta do ponto de vista físico. Porém esses benefícios não serão vistos de imediato. As gerações futuras é que irão experimentar essas mudanças, esse progresso. - Reconstrução da área atingida, novas leis humanas, mudanças de hábitos. A lei de destruição é global. Ela trabalha e desenvolve nossa moralidade, mas também o melhoramento do ponto de vista físico do planeta ao qual a lei de destruição se faz presente. 740 – Os flagelos não seriam igualmente para o homem provas morais que o submetem às mais duras necessidades? Os flagelos são provas que fornecem ao homem a ocasião de exercitar sua inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação à vontade de Deus, e o orientam para demonstrar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se ele não está mais dominado pelo egoísmo. Comentários: Os flagelos destruidores estando inseridos na lei de destruição nos oportuniza a crescer, a progredir e assim, todos os desafios, tudo aquilo que faz com que precisemos lidar com uma situação para crescer, para aprender, para evoluir são provas permitidas por Deus. Essas provas têm vários objetivos:
  • 15. 15 - Exercitar nossa inteligência, pois diante das dificuldades precisamos trabalhar o nosso intelecto para vencer aquela dificuldade; - Permitir que obtenhamos paciência e resignação ante a vontade de Deus, pois em determinadas situações, em determinados flagelos nos sentimos impotentes pelo menos no primeiro momento e depois é que vamos pensar e trabalhar em como evitar que novos flagelos cheguem até a humanidade; - Oferecer oportunidades para que possamos demonstrar nossa abnegação, solidariedade, nosso amor, nossa caridade e benevolência para com o próximo. Se o egoísmo não nos domina como um todo, certamente esses impulsos de generosidade, de paciência, de resignação, de intelectualidade vão surgir e desenvolver a partir desses flagelos. Eles são provas, mas também nos oportunizam inúmeras ocasiões de crescimento e evolução. 741 – É dado ao homem conjurar os flagelos que o afligem? Sim, de uma parte, mas não como se pensa, geralmente. Muitos flagelos são o resultado de sua imprevidência; à medida que ele adquire conhecimentos e experiência, pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, se sabe procurar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem a Humanidade, há os gerais que estão nos desígnios da Providência, e dos quais cada indivíduo recebe mais ou menos, a repercussão. A estes o homem não pode opor senão a resignação à vontade de Deus e, ainda, esses males são agravados, frequentemente, pela sua negligência. Allan Kardec: Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, é preciso incluir na primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem não encontrou na ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e na irrigação, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar, ou pelo menos atenuar, os desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão preservadas hoje? Que não fará, portanto, o homem por seu bem-estar material quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando ao cuidado de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de uma verdadeira caridade por seus semelhantes? (707) Comentários:
  • 16. 16 O homem deve buscar prevenir os flagelos? É possível e correto a prevenção contra os flagelos. Há aqueles flagelos que atingem a humanidade que decorrem da providência divina com o objetivo de nos despertar para o bem, para o amor e para a verdade. Há os flagelos que são necessários pela condição de imperfeição que ainda nos encontramos. Quando estamos nessa condição mesmo que busquemos a prevenção, muitas vezes, ainda precisaremos dessa dor da lei de destruição para que possamos despertar para Deus. À medida que formos evoluindo, formos mudando o nosso interior, o meio exterior também mudará, pois os flagelos são consequências das ações da humanidade que habita aquele planeta. Quando destruirmos o nosso orgulho, o nosso egoísmo, a nossa vaidade e deixarmos aflorar o respeito, a humildade, o amor, a verdadeira caridade a necessidade dos flagelos destruidores será muito menor, mesmo porque também teremos desenvolvido a nossa inteligência buscando meios de prevenir esses flagelos. Quanto mais evoluímos intelectualmente e moralmente menos os flagelos destruidores se fazem necessários.
  • 17. 17 6.3 – Guerras Como Doutrina filosófica, de bases científicas e consequências morais, o Espiritismo se relaciona com tudo o que diz respeito ao nosso processo existencial, pois objetiva contribuir para o progresso da humanidade, tornando- a melhor. Dessa forma, Allan Kardec buscou os ensinamentos dos Espíritos em relação à guerra, inserindo-a na lei de destruição, pois foi relacionada pelos Espíritos como um de seus agentes. 742 – Qual é a causa que leva o homem à guerra? Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos não conhecem senão o direito do mais forte; por isso, a guerra é para eles um estado normal. À medida que o homem progride, ela se torna menos frequente, porque lhe evita as causas e, quando é necessária, sabe aliá-la à humanidade. Comentários: A Espiritualidade afirma que as guerras são consequências da predominância da natureza animal do homem sobre a espiritual e do transbordamento de suas paixões. Esclarecem, ainda, que Deus permite que assim aconteça para propiciar ao homem a oportunidade de uma evolução mais rápida, no sentido de atingir a liberdade e o progresso. Houve muitas situações em que os perdedores de uma guerra se transformavam em escravos dos vencedores. Podemos perceber que no decorrer da história da humanidade as guerras pouco a pouco vêm diminuindo. Infelizmente, ainda existem, mas não como no passado, pois estamos evoluindo, porém nossa evolução é lenta, motivo pelo qual ainda há conflitos entre os povos. Não estamos mais naquela condição do passado quando matávamos o nosso próximo em decorrência das guerras, mas ainda temos o comportamento belicoso, quando demonstramos a nossa prepotência, a nossa arrogância, quando não reconhecemos o direito do outro, quando não usamos da compreensão, da caridade e do amor. As guerras até o século XIX eram por ataques direto, corpo a corpo. A partir da primeira Guerra Mundial vem sendo inseridos equipamentos mais modernos nos combates. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição
  • 18. 18 - Equipamentos bélicos da atualidade (carros blindados, disparos programados, atinge o alvo com precisão, armas silenciosas, aviões camuflados, drones, alto teor destrutivo) O exército dos Estados Unidos está desenvolvendo um sistema chamado “DREAD Silent Weapon System”, que pode disparar até 120 mil projéteis por minuto sem fazer qualquer ruído ou sofrer com aquecimento. O motivo para isso está na troca da pólvora por eletricidade. - Criação da ONU (1945) e outros Órgãos voltados para a paz. - Manter a paz e a segurança internacionais; - Promover a amizade e as boas relações entre as nações; - Defender a cooperação como solução para os problemas internacionais; - Desenvolvimento dos direitos humanos e das liberdades da população mundial. - Busca de soluções diplomáticas - Intervenção internacional - Os países não estão amando quem sofre ou deixa de sofrer com a guerra, eles estão preocupados o quanto aquele conflito vai afetar a vida dentro daquele país. É o caso do Iêmen afeta bem menos que Rússia e Ucrânia. - Além dos conflitos armados pela busca do poder, há entre as sociedades os combates ideológicos, gerando conflitos psicológicos. Principais guerras e conflitos que estão ocorrendo no momento (outubro/2022): 1 - Rússia x Ucrânia – Em guerra desde 24/02/2022 Causas: Há um conjunto de fatores que influenciam no conflito, resultante de condicionantes políticos e culturais. Porém, o ponto central para o ataque é impedir a expansão pelo oriente da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) — grupo criado em 1949, após a 2ª Guerra Mundial, para evitar o avanço da então União Soviética ao ocidente. Consequências: centenas de mortes, mais de dois milhões de pessoas refugiadas (deixaram suas casas) No entanto, quando comparada com outros conflitos que existem no mundo hoje, há mais mortes e sofrimento humano sendo causados em outras guerras que recebem menos atenção e ajuda internacional. 2 – Iêmen – Em conflito desde 2011. Causas: Questões políticas Consequências: A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o Iêmen como a pior situação humanitária do mundo. Mais de 230 mil mortes, sendo 131 mil por causas indiretas, como fome e falta de assistência à saúde. Mais de 10 mil crianças perderam a vida como consequência direta dos combates. Cerca de quatro milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas.
  • 19. 19 Mais de 2 milhões de crianças em desnutrição aguda. Falta água potável, alimento e atendimento médico à população. Mais de 70% da população local necessitada de assistência humanitária ou proteção para que sobrevivam, o que representa mais de 20 milhões de pessoas. 3 – Síria – Em conflito desde 2011 Causas: Política – Primavera Árabe, uma onda de protestos contra regimes autoritários, pedindo melhor qualidade de vida nos países árabes. Consequências: Mais de 380 mil pessoas morreram e mais 200 mil estão desaparecidas. O conflito é um dos mais sangrentos do planeta dos últimos anos. Mais de 2 milhões de pessoas sofreram algum tipo de ferimento. Mais da metade da população do país antes da guerra (que era de 22 milhões) tiveram de deixar suas casas. Muitos estão dentro do país ainda, mas Líbano, Jordânia e Turquia receberam grande parte dos refugiados. 4 – Etiópia – Desde novembro de 2020 Causas: Disputa entre diferentes grupos étnicos que tentam conviver há 30 anos. Consequências: O conflito é considerado um dos mais brutais do ponto de vista humanitário, com assassinatos de civis, estupros em massa e milhões de famintos. 5 – Mianmar – Desde fevereiro de 2021 Causas: Política (Golpe militar) Consequências: Cerca de 12 mil mortes. Um quarto da população do país depende de ajuda humanitária e 220 mil pessoas se deslocaram por causa do conflito, somente no ano passado. 6 – Haiti – Desde julho de 2021 Causas: Políticas (assassinato do presidente) Consequências: Mais de 800 pessoas foram sequestradas por guerrilheiros até então. A situação na ilha já instável passou também por um desastre natural em agosto de 2021: um terremoto assolou o Haiti e matou mais de 2 mil pessoas, o que gerou um fluxo intenso de imigrantes tentando chegar aos Estados Unidos após o ocorrido. No momento, a escalada de tensão gera um temor de que as disputas entre gangues se tornem um conflito armado.
  • 20. 20 7 – Grupos islâmicos espalhados pela África Há diversos grupos militares islâmicos tentando dominar regiões de diversos países africanos como Somália, Congo, Moçambique, Niger, Burkina Faso e Mali. Isso vem acontecendo principalmente após a derrocada do Estado Islâmico (EI) no Oriente Médio, em 2017. Os grupos jihadistas agem destruindo cidades e vilarejos, com assassinatos em massa, sequestros e decapitações, o que já gera inúmeros problemas humanitários no continente, em que governos fragilizados não conseguem se defender de forma eficaz. Em nossas preces devemos pedir ao Pai pelos que sofrem as aflições promovidas pelas guerras, seja de forma direta ou indireta, encarnados ou desencarnados. Em termos evolutivos, a heterogeneidade do mundo espiritual é o reflexo da mesma que vivenciamos aqui, enquanto encarnados, assim, enquanto alguns lutam para evitar o mal maior, outros se unem às mentes humanas sedentas pelo embate e depositam todos os esforços para que o sofrimento humano seja ainda maior. Devemos seguir firmes e vigilantes, engrossando as fileiras juntos aos mensageiros do bem e, com isso, tentarmos criar entre os dois planos uma verdadeira corrente de amor que possa envolver todo o nosso planeta. Continuemos orando, cumprindo com nossos deveres, sem tomar partidos. O nosso partido é o de Jesus, é o amor a todos, a compaixão, a misericórdia. - Nosso Lar – Capítulo 41 - Os Mensageiros – Capítulo 18 743 – A guerra desaparecerá um dia da face da Terra? Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus; então, todos os povos serão irmãos. Comentários: Ainda vivemos em um mundo de guerras. Não apenas as guerras entre países, onde os povos se colocam uns contra os outros, matando e defendendo seus pontos de vistas sempre muito egoístas. Mas é bom sabermos que haverá o desaparecimento completo da guerra, pois esse dia chegará. Quando todos vivenciarem o amor verdadeiro, haverá a
  • 21. 21 compreensão, o entendimento, o respeito aos direitos do outro, então não haverá desentendimentos gerando conflitos. Há vários tipos de guerras, como as guerras das ideias, onde destruímos os sonhos, as lutas, os desejos, os amores, a liberdade do outro. Em determinado momento compreenderemos que a verdadeira justiça só é alcançada quando praticarmos a lei de Deus. Quando olharmos o nosso próximo como verdadeiro irmão. Quando tratarmos todos os povos como irmãos. Precisamos fazer a nossa parte. Se quisermos permanecer na Terra enquanto mundo de regeneração, onde as pessoas se comportarão como irmãos, precisamos trabalhar o nosso íntimo desde já e sempre, dando o nosso melhor para que possamos merecer a Terra nessa condição. 744 – Qual foi o objetivo da Providência, tornando a guerra necessária? A liberdade e o progresso. 744.a) Se a guerra deve ter por resultado alcançar a liberdade, como ocorre que ela, frequentemente, tenha por objetivo e por resultado a subjugação? Subjugação momentânea para abater os povos, a fim de os fazer chegar mais depressa. Comentários: Se não tivéssemos a doutrina espírita para nos orientar e nos mostrar como de um mal aparente pode resultar um bem, nós teríamos muitas dificuldades em compreender como as guerras trazem algum benefício, como elas podem objetivar a liberdade e o progresso, se muitas vezes tem como resultado a escravização. A Espiritualidade nos esclarece que a liberdade buscada através da guerra com o tempo, com a evolução da humanidade, mostra ao homem que nascemos para sermos livres, que temos o nosso livre-arbítrio e com ele devemos e podemos agir na Terra conforme a nossa consciência. Não nascemos para vivermos submetidos ou escravizados a quem quer que seja. Se não houvesse esse sentimento, muitas vezes, a guerra almejando uma liberdade talvez nós ficássemos por muito mais tempo na escravização com um povo subjugando um outro povo.
  • 22. 22 Embora a guerra traga sofrimento, dor, ela também impulsiona o progresso e a civilização da humanidade. Impulsiona a capacidade dos povos perceberem que todos somos irmãos, agindo como pessoas livres, respeitando a liberdade do próximo. No que se refere ao progresso percebemos que através das dificuldades, das dores a humanidade se une, pois uns procuram aliviar a dor dos outros, desenvolvendo a compaixão, a caridade. Exemplo: Joana D’arc – Livro Chico, de Francisco, pág. 149. 745 – Que pensar daquele que suscita a guerra em seu proveito? Este é o verdadeiro culpado e precisará de muitas existências para expiar todos os homicídios dos quais foi a causa, porque responderá pelo homem, cada um deles, ao qual causou a morte para satisfazer sua ambição. Comentários: Nada fica ignorado pela justiça divina. No caso de uma pessoa que articula a guerra em seu proveito pessoal adquire muitos débitos perante a justiça divina. Muitas vidas serão perdidas devido a sua atitude. Muito sofrimento provocado. Esse Espírito terá muito o que expiar para que ele possa se quitar com a lei de Deus. Mesmo um Espírito nessa condição tendo muitos débitos a espiar, Deus em sua misericórdia infinita permite que a criatura humana espie esses débitos não apenas em uma única reencarnação, pois é impossível espiar em uma única existência tantas mortes, tantos assassínios cometidos. Deus permite o parcelamento dos débitos em várias experiências reencarnatórias, de forma que vai resgatando esses débitos. Uma pessoa assim acaba atraindo para si inúmeras experiências de dor e sofrimento. Sabemos que aqui estamos colhendo o que fizemos no passado, os nossos erros, os nossos equívocos, mas também estamos plantando para o amanhã. Aquilo que fazemos precisamos resgatar e aquilo que plantamos hoje iremos colher no amanhã. Portanto, devemos cuidar para que o nosso amanhã seja mais feliz. - Nosso Lar – Capítulo 41
  • 23. 23 6.4 – Homicídio 746 – O homicídio é um crime aos olhos de Deus? Sim, um grande crime, porque aquele que tira a vida do seu semelhante, corta uma vida de expiação ou de missão, e aí está o mal. Comentários: Como vimos na lei de conservação, devemos todos preservar a vida, a nossa vida e a vida dos outros seres vivos, incluindo o reino vegetal, animal e hominal. Mesmo no reino animal podemos utilizar da vida dos animais apenas para a nossa necessidade, sem abuso. Tirar a vida do nosso semelhante, um Espírito reencarnado como nós, filho de Deus é uma afronta contra a lei de Deus e iremos pagar de alguma forma, seremos responsabilizados pelos nossos atos. Interromper a reencarnação do outro. Se Deus nos dá a vida só Ele tem o poder de tirá-la. Aqueles que agem acabando com uma existência de expiação ou de missão precisarão responder pelos seus atos. É importante compreendermos que tudo isso acontece, todas as destruições, todos os flagelos (causadas ou não pelo homem), todas as maldades são permitidas por Deus, pois faz parte do processo de evolução da humanidade. A partir do momento que adquirimos mais intelectualidade, mais moralidade, esses comportamentos muito próximos da animalidade vão sendo gradativamente substituídos por atitudes e pensamentos mais enobrecidos até que cheguemos à perfeição. Deus sabe que essas situações mais cedo ou mais tarde trarão entendimento e ensinamentos necessários para que possamos crescer e evoluir. Nada acontece sem o conhecimento e a permissão de Deus. Não é que Ele incentive o assassinato. Isso decorre das nossas imperfeições, mas Ele permite, pois sabe que no amanhã daquele mal resultará um bem. 747 – O homicídio tem sempre o mesmo grau de culpabilidade? Já o dissemos: Deus é justo e julga a intenção mais do que o fato. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição
  • 24. 24 Comentários: A justiça divina é perfeita. Tudo passa pela avaliação do Pai: as condições, os sentimentos, as emoções, a intenção daquele que comete, o conhecimento das leis de Deus, tudo aquilo que se fez presente e decorre em um assassinato. Nas nossas leis imperfeitas tratamos os casos que envolve o direito criminal de forma a avaliar as condições atenuantes e as condições agravantes. Deus sendo infinitamente bom e justo vai avaliar e ponderar com justiça. Aquilo que não conseguimos saber, compreender, Deus sabe. Ele sabe não apenas o que se passa na atual reencarnação, mas toda a trajetória dos seres envolvidos no ato. Ele analisa principalmente a intenção. Será que aquela pessoa matou a outra porque queria mesmo? Foi uma situação de legítima defesa? Foi para proteger alguém? Será que tinha o conhecimento das leis de Deus e de toda a sua amplitude? 748 – Deus escusa o homicídio no caso de legítima defesa? Só a necessidade pode escusá-lo; mas se puder preservar a vida sem atingir a do agressor, deve-se fazê-lo. Comentários: Quem precisou matar o outro em processo de legítima defesa pode até receber a escusa (desculpa, perdão) de Deus até porque Ele considera mais a intenção do que o fato em si. Deus analisa profundamente aquele assassínio. O que motivou um ou outro a matar. Qual foi a necessidade de se defender ou se houve outra causa. Para Deus tudo estará bem claro, pois ele consegue ver o que se passa no íntimo dos nossos corações. Ele sabe exatamente quais as causas de todas as nossas ações. Se houver a possibilidade de preservar a sua própria vida sem atentar contra a vida do agressor é isso que se deve fazer. Procurar não exagerar na legítima defesa, pois muitas vezes querendo nos defender agredimos o outro de forma exagerada sem que isso fosse necessário. Devemos procurar cumprir a lei de conservação e a lei de amor.
  • 25. 25 749 – O homem é culpável pelas mortes que comete durante a guerra? Não, quando ele é constrangido pela força. Mas ele é culpável pelas crueldades que comete e ser-lhe-á levada em conta sua humanidade. Comentários: Quando é constrangido pela força não é culpado, pois nessas situações não teve escolha. Se é impelido para aquela situação, seja pela sociedade ou pelas leis ou qualquer outra, se seu livre-arbítrio foi tolhido e ele não podia deixar de atender, Deus vai considerar isso perante a sua justiça. Por outro lado, será culpado pelas crueldades que cometa. Se é constrangido pela força com o dever de fazer (matar o inimigo), mas não precisa ser cruel. Mesmo nessa condição pode ter um sentimento de humanidade. Que se faça com o mínimo de sofrimento e crueldade para com aquele que está na situação de vítima. Se agir com crueldade, com orgulho, com prazer terá que ser responsabilizado. Deus sabe o que se passa no íntimo dos nossos corações. 750 – Quem é mais culpável aos olhos de Deus, o parricida ou o infanticida? Ambos o são igualmente, porque todo crime é um crime. Comentários: Parricídio – é quando se mata os pais Infanticídio – é quando se mata criança Todo crime é crime, e quem mata responde pelo fato irracional. A lei de Deus manda amar aos seus pais e respeitá-los, ajudando nas suas devidas necessidades. Então, o filho que mata seus pais ou ascendentes é um criminoso que deverá responder duramente por essa violência e falta de respeito às criaturas que serviram de instrumento para a sua vinda ao mundo material. - ESE – Cap. XIV – Honrai a vosso pai e a vossa mãe. O infanticida, aquele que mata uma criança, age abaixo de um animal, que sempre defende a vida dos seus filhotes. O ser humano deve defender a vida dos seus filhos e das crianças em geral. O adulto que pratica o infanticídio
  • 26. 26 será, certamente, cobrado pela natureza, por seu ato selvagem. Se o infanticida agir sob a influência de obsessores, também estes estarão incursos nas leis da justiça. Deus na sua infinita bondade não quer o nosso sofrimento, mas o nosso aprendizado. Quando colhemos a dor, o sofrimento, são frutos do nosso plantio. Nós colhemos na quantidade e intensidade na necessidade do nosso aprendizado. Dessa forma, na maioria das vezes, colhemos muito menos do que aquilo que fizemos os outros sofrerem, porque sofremos aquilo que precisamos para aprender. Por isso não é olho por olho e dente por dente, mas apenas aquilo que precisamos para crescer, para evoluir. 751 – Como se explica que, entre certos povos já avançados do ponto de vista intelectual, o infanticídio esteja nos costumes e consagrados pela legislação? O desenvolvimento intelectual não leva à necessidade do bem. O Espírito, superior em inteligência, pode ser mau. É aquele que tem vivido muito, sem se melhorar: ele o sabe. Comentários: A escala espírita explicada a partir da questão n.º 100 esclarece que há muitos graus de evolução. O ser pode evoluir mais em um aspecto que em outro. Há Espíritos que evoluem muito intelectualmente, mas não no aspecto moral. Esses Espíritos muitas vezes utilizam a sua intelectualidade para o mal para prejudicar as pessoas apenas para satisfazer seus interesses pessoais. Todos irão evoluir, todos serão um dia Espíritos perfeitos, mas esse processo de depuração é gradual. A doutrina espírita nos esclarece que normalmente o desenvolvimento intelectual vem primeiro e o moral acompanha, decorre do intelectual. Portanto, é compreensível que nesse período em que a moralidade ainda não desenvolveu o suficiente, o ser utiliza da sua inteligência para o mal. Esses povos, esses Espíritos que estão ainda nessa faixa podem praticar o infanticídio porque não percebem que isso fere as leis de Deus. A concepção que eles têm da vida, a caridade, o amor ao próximo ainda é muito incipiente e não os faz perceber a afronta às leis de Deus através de uma conduta como essa. Exemplo:
  • 27. 27 No passado crianças eram sacrificadas em decorrência dos deuses considerados violentos. Para acalmar a fúria dos deuses sacrificavam crianças. - A história de Moisés - A história de Jesus - O aborto – Nos dias atuais, o infanticídio é permitido por lei, entre alguns povos intelectualmente desenvolvidos, sob o nome de aborto legal. (Questão 358) “358 – O abortamento voluntário é um crime, qualquer que seja a época da concepção? Existe sempre crime quando transgredis a lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre crime tirando a vida à criança antes de nascer, porque está impedindo, à alma, de suportar as provas das quais o corpo deveria ser o instrumento. COMENTÁRIOS: Devemos valorizar a vida, sempre e em todos os momentos. Só Deus tem condições, autonomia e permissão para tirar a vida se isso for necessário para a aprendizagem. Nunca deve partir de nós, Espíritos imperfeitos que precisamos valorizar a vida que nos foi dada por Deus. É uma transgressão da Lei de Deus. A doutrina Espírita é terminantemente contra ao aborto. Todas as pessoas que participaram e incentivaram o aborto têm a sua parcela de responsabilidade. Não é só a mãe e o pai que irão responder, mas todos os envolvidos, cada qual na medida da sua responsabilidade no ato. Tirando daquele Espírito a oportunidade das experiências que ele precisa para a sua evolução. A mulher não toma a decisão de abortar sozinha, há a conivência ou a pressão do parceiro, ou de outras pessoas. Há a co-participação. A responsabilidade nunca é individual. Infelizmente as consequências mais graves fica com a mulher. Não há justificativas para se provocar um aborto, exceto o que será comentado na Q. 359. (Em risco a vida da mãe). Não se justifica situações em que a mãe se dê ao direito de tirar a vida do filho. Ex: Eu sou dona do meu corpo (mas não dona do corpo do filho que está no ventre) O corpo é usufruto nosso, empréstimo de Deus. Ao ter o domínio desse corpo e se expor a uma relação para engravidar, tem que se responsabilizar pelas consequências dos atos. Hoje existem vários tipos de contraceptivos. Estupro – mesmo que haja uma questão ética terrível por trás, pois não houve o exercício do livre-arbítrio, ainda é necessário haver a percepção que apesar da tragédia, há a vida da criança que está ali e que não é responsável pelo ato.
  • 28. 28 Existe o direito daquele Espírito em processo reencarnatório à vida, mesmo que seja através de uma tragédia terrível que é o estupro. Na natureza nada acontece sem a permissão do Altíssimo. Por trás de uma tragédia, como o estupro, não se sabe as causas que explicam a experiência vivida pela vítima. Por trás da tragédia, há um Espírito que está aproveitando a oportunidade para vir a vida. O aborto seria transferir ao Espírito reencarnante a responsabilidade final do ato a pagar com a própria vida. O estuprador responderá pelos seus atos, se não diante das leis dos homens que é imperfeita como somos, mas diante da Lei Divina que é perfeita. A estuprada diante das leis dos homens é considerada inocente, diante das Leis Divinas não é. Não podemos julgar e nem condenar, já está sendo condenada. Merece nossa compaixão, misericórdia e respeito. O aborto é crime aos olhos das leis humanas (no Brasil) e perante Deus sempre será crime, pois é um atentado às leis naturais. A doutrina Espírita nos mostra que a vida na matéria é necessária e é uma bênção. O aborto é um crime de maior monta, é matar quem não tem meios de defender a própria vida, em um corpo que se encontra formação. (Miramez)”
  • 29. 29 6.5 – Crueldade (Prazer em fazer o mal, impiedade, maldade) 752 – Pode-se atribuir o sentimento de crueldade ao instinto de destruição? É o instinto de destruição no que tem de pior, porque se a destruição, algumas vezes, é necessária, a crueldade não o é jamais. Ela é sempre o resultado de uma natureza má. Comentários: A crueldade é bem diferente da destruição em si. Em alguns momentos podemos utilizar da lei de destruição, mas não usar da crueldade, pois é sempre uma atitude má, denota imperfeição espiritual, ausência de moralidade, ausência de amor. Quem pratica a crueldade é um Espírito ainda muito imperfeito que se não se encontra ainda nas suas primeiras reencarnações muito pouco evoluiu. Pode até ter evoluído no aspecto intelectual, mas no moral é muito pouco. A crueldade aproxima o ser do primitivismo e muitas vezes age em uma condição pior que os animais, pois entre eles já há carinho, respeito, um certo sentimento. Quem age com crueldade é porque tem uma natureza ruim mesmo, como se os sentimentos nobres ainda não fizessem parte daquela criatura. É possível haver destruição sem crueldade. Na crueldade está presente a destruição e o agravamento da maldade demonstrada pela imperfeição moral. 753 – Como se explica que a crueldade é o caráter dominante dos povos primitivos? Entre os povos primitivos, como os chamas, a matéria domina sobre o Espírito. Eles se abandonam aos instintos animais e, como não têm outras necessidades que as da vida do corpo, não visam senão à sua conservação pessoal e é isso que os torna, geralmente, cruéis. Aliás, os povos de desenvolvimento imperfeito estão sob o império de Espíritos igualmente imperfeitos que lhes são simpáticos, até que os povos mais avançados venham destruir ou enfraquecer essa influência. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição
  • 30. 30 Comentários: Dois fatos justificam a crueldade dos povos primitivos: - O Estado de imperfeição que eles se encontram – os povos primitivos decorrem do fato de que os Espíritos recém-criados estão reencarnando. Quando o Espírito é recém-criado ele reencarna entre os povos primitivos. Nos mundos primitivos está a oportunidade para que aqueles Espíritos comecem a percorrer a sua caminhada evolutiva. São Espíritos com senso moral praticamente inexistente. Mesmo a intelectualidade é incipiente, pois ela começa a se desenvolver a partir do momento que começa a reencarnar no reino hominal, ainda mais a moralidade que começa a desenvolver depois de um certo tempo. O Espírito primitivo não tem o conhecimento da moralidade, da espiritualidade. A consciência do certo e do errado ainda é muito pequena. - A influência de Espíritos imperfeitos – Como eles são povos imperfeitos, primitivos, vivem sob a influência essencialmente de Espíritos (desencarnados) imperfeitos, pois tudo no Universo é sintonia. Os bons são influenciados pelos bons e os maus pelos maus. Esses povos sendo Espíritos imperfeitos buscam apenas a satisfação das necessidades do corpo, não estando desenvolvida a moralidade, irão atrair Espíritos (do plano espiritual) também imperfeitos. Une a imperfeição física com a influência moral negativa. 754 – A crueldade não provém da ausência do senso moral? Dize que o senso moral não está desenvolvido, mas não que está ausente, porque ele existe, em princípio, em todos os homens. É esse senso moral que fará mais tarde seres bons e humanos. Ele existe, pois, no selvagem, mas está como o princípio do perfume está no germe da flor, antes de ela desabrochar. Allan Kardec: Todas as faculdades existem no homem em estado rudimentar ou latente. Elas se desenvolvem conforme as circunstâncias lhes são mais ou menos favoráveis. O desenvolvimento excessivo de uma detém ou neutraliza o das outras. A super excitação dos instintos materiais sufoca, por assim dizer, o senso moral, como o desenvolvimento do senso moral enfraquece, pouco a pouco, as faculdades puramente animais. Comentários: Não há ausência do senso moral, pois esse já existe como princípio em todos os seres humanos.
  • 31. 31 Nós nascemos com centelha divina do amor que são os sentimentos e virtudes que todos nós almejamos. Nós já temos essas faculdades em estado latente que em decorrência das nossas experiências reencarnatórias vamos ampliando cada uma delas. À medida que ampliamos as faculdades enobrecidas vamos diminuindo aquelas que são mais rudimentares e nos aproximam dos animais e assim vamos desenvolvendo o senso moral. O desenvolvimento do senso moral é que faz com que gradativamente a crueldade vai sendo eliminada do caráter da humanidade. 755 – Como se dá que no seio da civilização mais avançada se encontrem seres algumas vezes tão cruéis quanto os selvagens? Como sobre uma árvore carregada de bons frutos, encontram-se os que não chegam a termo. São, se o queres, selvagens que não têm da civilização senão o verniz, lobos perdidos no meio das ovelhas. Espíritos de uma ordem inferior e muito atrasados, podem se encarnar entre os homens avançados, na esperança de eles mesmos avançarem. Mas se a prova é muito penosa, a natureza primitiva os domina. Comentários: Entre os seres civilizados há aqueles com aspectos de selvageria, com condutas de Espíritos primitivos, pois através do convívio com aqueles que sabem mais é que vamos tendo a oportunidade de crescer e de evoluir. Ao observarmos a nossa sociedade percebemos que há pessoas bem mais evoluídas, com muitos exemplos de Espíritos mais moralizados, mais intelectualizados e que nos servem de inspiração. Jesus é o nosso maior modelo e guia, mas a humanidade nos proporciona inúmeros outros exemplos que nos ajudam a caminhar. Esses bons exemplos nos impulsionam a querer crescer, querer melhorar e evoluir. Através do convívio aqueles que sabem mais auxiliam aqueles que estão na retaguarda e estes se inspiram naqueles que estão mais adiantados e, assim um ajuda o outro. Ex: Se um ser mais selvagem, mais cruel nasce no seio de uma família constituída por Espíritos mais moralizados a tendência é que ele evolua também, que ele se adiante em contato com os demais. Porém não há a certeza de que isso irá ocorrer, pois temos o livre arbítrio. Não é porque o Espírito está no seio de outros mais moralizados que ele irá seguir aquela conduta.
  • 32. 32 756 – A sociedade dos homens de bem estará, um dia, livre dos seres malfazejos? A Humanidade progride. Esses homens, dominados pelo instinto do mal, e que estão deslocados entre as pessoas de bem, desaparecerão, pouco a pouco, como o mau grão se separa do bom, depois que este é selecionado, mas para renascer sob um outro envoltório, e como terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. Tens um exemplo nas plantas e nos animais que o homem encontrou meios de aperfeiçoar, e nos quais ele desenvolve qualidades novas. Pois bem! Não senão depois de várias gerações que o aperfeiçoamento se torna completo. É a imagem das diferentes existências do homem. Comentários: Esses Espíritos ainda dominados pelo instinto do mal irão gradativamente evoluindo. Através das inúmeras experiências reencarnatórias vão adquirindo a moralidade necessária. A humanidade progride constantemente. Os Espíritos que ainda não compreendem a bondade (maus) nascem no meio da sociedade, para dos bons receberem exemplos dignificantes, mas onde haja muito endurecimento eles são retirados para lugares com que mais se afinam por sentimentos. Com determinado tempo, se não desejaram aprender, são retirados pelos processos que a vida conhece e usa, para lugares que lhes são próprios, onde há dor e ranger de dentes. Onde o amor é ofertado com carinho e não é aceito, a dor impõe meios duros e amacia a alma para depois compreender o que aprendeu com a cordialidade, a fraternidade e o carinho. Nos mundos habitados, estão espalhados escolas diversas com fundamentos educativos instituídos por Deus. As pessoas animalizadas no seio das pessoas de bem, e que perduram no mal, serão removidas. Nesse exato momento de transição pelo qual a Terra passa de um mundo de provas e expiação para um mundo de regeneração muitos Espíritos ainda imperfeitos, dominados pelo instinto do mal estão sendo recambiados para outros planetas para que não venha dificultar o desenvolvimento da humanidade terrestre. A humanidade terrestre será expurgada desses Espíritos, pois ou eles evoluem se modificando para melhor ou são retirados para outros planetas condizentes com seu estágio evolutivo.
  • 33. 33 6.6 – Duelo Duelo – Combate entre dois indivíduos, realizado na presença de testemunhas e em campo aberto, com armas iguais escolhidas pelo ofendido, e que tem por objetivo o desagravo da honra de um dos combatentes. 757 – O duelo pode ser considerado como um caso de legítima defesa? Não, é um homicídio e um hábito absurdo, digno dos bárbaros. Com uma civilização mais avançada e mais moral, o homem compreenderá que o duelo é tão ridículo, como os combates que se consideraram outrora como o juízo de Deus. Comentários: O duelo era um hábito muito natural nas sociedades do passado. Hoje não é mais, pois a sociedade progride. Situações que eram consideradas naturais, justas, corretas, hoje já não fazem mais sentido, nos mostrando que hoje já estamos um pouquinho melhor do que éramos no passado. Apesar de termos avançado, hoje temos o duelo através das palavras, da escrita e das atitudes. Ainda temos o hábito infeliz de questionar, de maltratar, de menosprezar o outro quando ele não pensa ou não age como eu quero, como acho que seja o correto e começamos a ver o outro como nosso inimigo, como nosso adversário. 758 – O duelo pode ser considerado como um homicídio da parte daquele que, conhecendo sua própria fraqueza, está mais ou menos seguro de sucumbir? É um suicídio. 758.a) E quando as chances são iguais, é um homicídio ou um suicídio? É um e outro. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição
  • 34. 34 Allan Kardec: Em todos os casos, mesmo naqueles em que as chances são iguais, o duelista é culpável, primeiro porque ele atenta friamente e de propósito deliberado contra a vida do seu semelhante; em segundo lugar, porque expõe a própria vida inutilmente e sem proveito para ninguém. Comentários: Se diante de um duelo eu sei que provavelmente irei sucumbir devido a minha fraqueza e aceito aquela situação é um suicídio, pois de forma voluntária coloco a minha vida em risco, entregando-a à morte, pois sei que sucumbirei. Quando as condições são as mesmas é um suicídio porque sei que estou colocando minha vida em risco, tendo grandes chances de perdê-la ao mesmo tempo é um assassinato, pois sei que posso ganhar o que significa tirar a vida do meu próximo. De uma forma ou de outra é uma infração à lei de Deus, portanto, irei responder pelas consequências dos meus atos. 759 – Qual é o valor daquilo que se chama o ponto de honra em matéria de duelo? O orgulho e a vaidade, duas chagas da Humanidade. 759.a) Mas não há casos em que a honra se encontra verdadeiramente empenhada e em que um recuo seria uma covardia? Isso depende dos costumes e dos usos; cada país e cada século têm aí um modo de ver diferente. Quando os homens forem melhores e mais avançados em moral, eles compreenderão que o verdadeiro ponto de honra está acima das paixões terrestres, e que não é matando ou se fazendo matar, que se repara um erro. Allan Kardec: Há mais de grandeza e de verdadeira honra em se confessar culpado quando se errou, ou em perdoar quando se tem razão, e, em todos os casos, em desprezar os insultos que não podem nos atingir. Comentários:
  • 35. 35 Tudo decorre da sociedade e do momento evolutivo. Cada país, cada século tem um entendimento diferente sobre essas questões. O que para um é ponto de honra ou covardia para outro nada mais é que orgulho e vaidade. Para nós que estamos tentando compreender as orientações da doutrina espírita, procurando vivenciá-la em nossas vidas não cabe mais esse orgulho e essa vaidade. O nosso ponto de honra precisa ser perdoar, aprender, evoluir, amar. Enquanto não optarmos por esses pontos de honra ficaremos trabalhando em cima dos mesmos erros: orgulho, egoísmo e vaidade.
  • 36. 36 6.7 – Pena de morte A pena de morte, ou pena capital, é quando o Estado executa um indivíduo em punição por seus crimes. Até a primeira metade do Séc. XX, ela era sempre presente na humanidade, sendo encontrada em todas as épocas e quase todas as sociedades e estando atrelada a uma grande quantidade de causas: punição por crimes hediondos (ex.: assassinatos, roubo), de natureza sexual (estupro, incesto, adultério, zoofilia...), religiosa (apostasia, blasfêmia) ou militar (traição, deserção, espionagem), afrontas às morais e costumes e, especialmente em nações autoritárias, para suprimir opiniões divergentes às das autoridades em poder. Métodos de aplicação:  Afogamento  Asfixia  Câmara de gás  Crucificação  Decapitação (a espada ou machado)  Degola  Desmembramento  Eletrocussão numa cadeira elétrica  Empalamento  Escafismo  Esfolamento  Esmagamento  Esmagamento por elefante  Esquartejamento  Estiramento  Estrangulamento  Fogueira  Forca  Fuzilamento  Garrote vil  Guilhotina  Inanição  Injeção letal  Lapidação (Apedrejamento)  Morte por mil cortes  Precipitação  Roda  Sangramento  Serração  Touro de latão No Brasil: A última execução determinada pela Justiça Civil no Brasil foi a do escravo Francisco, em Pilar das Alagoas, em 28 de abril de 1876, e a última execução de um homem livre (não existe relatos posteriores com as mesmas características) foi a de José Pereira de Sousa, condenado pelo júri de Santa Luzia, em Goiás, enforcado na dita vila no dia 30 de outubro de 1861. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo VI: Lei de Destruição
  • 37. 37 Posição dos países em relação à pena de morte (2014) Abolida para todos os crimes – 103 (53%) Abolida para crimes comuns, porém usada em casos excepcionais (crimes de guerra, por exemplo) – 6 (3%) Abolida na prática, porém permitida por lei (suspensa ou em desuso nos últimos 10 anos) – 50 (26%) Permitida por lei e em prática – 36 (18%) https://pt.wikipedia.org/wiki/Pena_de_morte Países que mais executam a pena de morte País Número de executados em 2012 Número de executados em 2021 China 2 400 (estimado, número oficial não divulgado) 1000+ Coreia do Norte 0+ (número oficial não divulgado) 0+ Irã 369+ 314+ Iraque 169+ 17+ Arábia Saudita 79+ 65 Estados Unidos 39 11 Somália 34+ 21+ Iêmen 13+ 14+ Japão 8 3 Egito 0+ 83+ Síria 0+ 24+ https://pt.wikipedia.org/wiki/Pena_de_morte
  • 38. 38 760 – A pena de morte desaparecerá um dia da legislação humana? A pena de morte desaparecerá incontestavelmente e sua supressão marcará um progresso na Humanidade. Quando os homens estiverem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida sobre a Terra. Os homens não terão mais necessidade de serem julgados pelos homens. Falo de uma época que está ainda muito distante de vós. Allan Kardec: O progresso social, sem dúvida, deixa ainda muito a desejar, mas seria injusto para com a sociedade moderna se não se visse um progresso nas restrições trazidas à pena de morte entre os povos, os mais avançados, e na natureza dos crimes aos quais se limita sua aplicação. Se se comparam as garantias com que a justiça, entre esses mesmos povos, se esforça para cercar o acusado, a humanidade que ela usa para com ele, ainda mesmo que seja reconhecido culpado, com o que se praticava em tempos que não são ainda muito distantes, não se pode desconhecer o caminho progressivo pelo qual marcha a Humanidade. Comentários: Hoje já há um grande progresso ao que se refere à pena de morte quando comparamos em relação ao passado. As condenações à morte no passado eram realizadas de forma brutal, com muito sofrimento. Eram verdadeiros espetáculos a serem vistos pela humanidade. Atualmente a pena de morte ainda existe em alguns países, em algumas sociedades, mas de forma mais restrita para situações mais específicas. O acusado é cercado de justiça, tem condições de se defender no seu julgamento, mesmo que essa seja a sua pena tem certos direitos que no passado não havia. Isso decorre do progresso moral da humanidade, apesar de estarmos longe do desaparecimento completo da pena de morte. No tempo apropriado, não tão próximo como gostaríamos, o homem não precisará julgar mais dessa forma o seu irmão, o próprio homem. A pena de morte não combina com o Evangelho, com as leis de Deus. Ex. Jesus, a inquisição Progresso social: - Redução do número de países que executam criminosos;
  • 39. 39 - Limitação dos crimes / Se matavam por pouca coisa; - Direito a se defender, mesmo que o julgamento final seja a execução; - Métodos de execução com menos sofrimento. A Lei de Deus é perfeita, não muda. As leis humanas são imperfeitas havendo necessidade de se alterar conforme o avanço da sociedade, da humanidade. A pena de morte é um ato inferior entre a humanidade; quando os povos se tornarem mais mansos, mais compreensivos, mais humanos, quando a sociedade entender a missão de Jesus e passar a viver Seus preceitos, certamente que tanto a pena de morte, como outras leis que se afinizam com ela, desaparecerão da face da Terra. Para isso, deverão mudar tanto os homens que fazem as leis, como os fora da lei, porque não adianta modificar as leis da Terra, fazendo-as para anjos, se os que devem respeitá-las são demônios. (Miramez) 761 – A lei de conservação dá ao homem o direito de preservar sua própria vida; não usa ele desse direito, quando suprime da sociedade um membro perigoso? Há outros meios de se preservar do perigo senão o de matar. Aliás, é preciso abrir ao criminoso a porta do arrependimento, e não fechá-la. Comentários: Temos outros meios de preservar a sociedade do perigo sem matar, nem que seja até mesmo a prisão perpétua. Como sabemos através da doutrina espírita que a vida é imortal temos condições de avaliar que a morte não livra a sociedade ou o homem daquelas pessoas ainda voltadas para o mal. Quando desencarnadas podem continuar interferindo, prejudicando, maltratando da mesma forma ou às vezes até mais que antes. Não devemos fechar a porta do arrependimento do criminoso através da pena de morte, mas ao contrário, procurar resgatar nele o que ele tem de bom. Todos nós nascemos com a centelha divina do amor e é esse sentimento que precisamos trabalhar, fazer crescer em nossas vidas. Quantos criminosos não se arrependem, com certa assistência de outros companheiros? Muitos e muitos; portanto, se já sabemos que ninguém morre, por que tirar a vida? Se ele vai viver do mesmo modo, se a vida continua, cortar o fio da existência física é apenas transferi-lo com os mesmos problemas para o mundo espiritual, onde se encontram bem mais problemáticos do que na Terra. (Miramez)
  • 40. 40 - Educação – Não só a educação escolar, mas a educação baseada nos princípios éticos e morais, no seio da família; - Quantas pessoas e lideranças estão sob a influência de Espíritos revoltados. 762 – Se a pena de morte pode ser banida das sociedades civilizadas, não foi ela uma necessidade nas épocas menos avançadas? Necessidade não é a palavra. O homem crê sempre uma coisa necessária quando ele não encontra nada melhor. À medida que se esclarece, compreende melhor o que é justo ou injusto e repudia os excessos cometidos, nos tempos de ignorância, em nome da justiça. Comentários: Tudo acontece conforme a condição, a moralidade e o entendimento dos seres em determinado tempo. Deus na sua infinita bondade, na sua infinita sabedoria compreende esse processo e permite tais ações entre a humanidade. A pena de morte existiu no passado e ainda existe na atualidade por representar uma condição social de justiça. Em uma sociedade ou em um país onde o bem predomina, onde a vivência do evangelho é algo comum e constante na vida das pessoas não há necessidade da pena de morte, pois ninguém comete crimes contra a si e contra o próximo a ponto de ser julgado e receber a condenação da pena de morte. Por outro lado, países, sociedades onde o mal predomina, há punições mais severas para os crimes cometidos, lembrando que a sanção é muitas vezes uma forma de conter as atitudes equivocadas. No passado (e ainda hoje) a ideia que se tinha de Deus era um Deus punitivo, severo, irado para que através do temor muitas atitudes equivocadas fossem contidas. A humanidade não tinha o entendimento para seguir o que é certo pela racionalidade, mas pelo temor. As leis, como a pena de morte, têm esse viés, no sentido de infringir ao homem um temor ao dele evitar determinadas condutas pelo medo. Não é que ele já seja uma criatura melhor, é que ele teme pelo que pode acontecer. À medida que a sociedade se instrui, obtém mais maturidade espiritual, compreende melhor o que é certo e errado, o que é justo e injusto, o que é excesso e limites. Vai mudando a forma de ver a vida e compreendendo melhor aquilo que deve realmente fazer.
  • 41. 41 763 – A restrição dos casos em que se aplica a pena de morte é um índice de progresso na civilização? Podes duvidar? Teu Espírito não se revolta lendo a narrativa das carnificinas humanas que se faziam outrora em nome da justiça e, frequentemente, em honra da Divindade? Das torturas que se fazia o condenado suportar, e mesmo o acusado para lhe arrancar, pelo excesso de sofrimento, a confissão de um crime que, frequentemente, ele não cometera? Pois bem! se tivesses vivido nessas épocas, terias achado tudo isso natural e talvez tu, juiz, terias feito o mesmo. É assim que aquilo que parece justo em uma época, parecerá bárbaro em uma outra. Só as leis divinas são eternas; as leis humanas mudam com o progresso. Elas mudarão ainda, até que sejam postas em harmonia com as leis divinas. Comentários: Essa resposta não deixa dúvidas quanto à evolução da humanidade e, consequentemente, das leis humanas, mostrando o progresso da civilização. No passado aplicava a pena de morte em muitos casos e com muito sofrimento e ainda, em muitos casos a pessoa era inocente, não havia cometido tal crime e que às vezes até confessava como sendo o infrator, pois consideravam tais situações normais. Nós aqui hoje com certeza já estivemos no passado envolvidos em várias dessas situações. Os encarnados do passado éramos nós mesmos. Já fomos vítimas e algoz. Para nós hoje essas situações são bárbaras, diante do entendimento que já temos. São situações que fogem totalmente dos princípios do amor, da justiça, da verdade, do evangelho ensinado e vivido por Jesus. A restrição da pena de morte representa progresso da humanidade. 764 – Jesus disse: Quem matou pela espada, perecerá pela espada. Essas palavras não são a consagração da pena de talião? A morte infligida ao homicida não é a aplicação dessa pena? Tomai cuidado! tendes vos enganado sobre essa palavra, como sobre muitas outras. A pena de talião é a justiça de Deus e é ele que a aplica. Todos vós suportais, a cada instante, essa pena, porque sois punidos pelo que pecastes, nesta vida ou em uma outra. Aquele que fez sofrer seus semelhantes, estará numa posição em que sofrerá, ele mesmo, o sofrimento que causou. É o sentido das palavras de Jesus; mas vos disse também: Perdoai aos vossos inimigos e vos ensinou a pedir a Deus perdoar as vossas ofensas, como vós
  • 42. 42 mesmos tiverdes perdoado; quer dizer, na mesma proporção que tiverdes perdoado: compreendei-o bem. Comentários: Em resumo a Espiritualidade nos mostra que só Deus na sua infinita justiça e sabedoria é que tem condições de aplicar a lei de talião. Qualquer tentativa nossa de aplicar essa lei será infrutífera, será equivocada. Só Deus tem condições de saber todas as nuances de um fato. Ele sabe qual é o nosso passado, quais são as nossas dificuldades, quais as nossas virtudes, o esforço que fizemos ou não para vencer determinadas imperfeições, o que já conseguimos evoluir. Ele sabe o que se passa no nosso coração. Portanto, essa pena de talião em momento algum compete a nós mesmos. Nós sofremos a todo momento a pena de talião. Ela está ligada às dificuldades que vivenciamos atual existência e que podem decorrer de erros cometidos em reencarnações passadas ou de atitudes equivocadas cometidas na atual reencarnação. Ao mesmo tempo que Jesus nos disse que quem mata pela espada, pela espada perecerá, ele também nos disse do perdão aos nossos inimigos, do amar ao próximo como a si mesmo mostrando que a nós compete o perdão, a caridade e o amor. A justiça sempre existirá, mas será feita por Deus e não por nós. 765 – Que pensar da pena de morte infligida em nome de Deus? É tomar o lugar de Deus na prática da justiça. Os que agem assim mostram o quanto estão longe de compreender Deus e que têm ainda muitas coisas a expiar. A pena de morte é um crime, quando ela aplicada em nome de Deus, e os que a infligem são acusados igualmente de homicídio. Comentários: Impor a pena de morte a outro é sempre contrário a lei de Deus. Não é o fato de fazermos em nome de Deus que vai dar legitimidade aquele ato. Isso decorre da falta de compreensão de Deus e da sua justiça. Os que assim procedem estão ainda muito longe do objetivo da superioridade moral e intelectual.
  • 43. 43 Só através das expiações, das provas, das lutas e das dificuldades é que essas pessoas vão pouco a pouco compreendendo Deus. Não devemos tomar o lugar de Deus na distribuição da justiça, pois jamais faremos justiça com a mesma perfeição do Pai. A nossa imperfeição é muito grande e não estamos aptos para realizar tal julgamento. Assim, a pena de morte nunca deve ser imposta, principalmente, em nome de Deus.
  • 44. 44 REFERÊNCIAS: KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de Salvador Gentile. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 19ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1983. MLODINOW, Leonard. De primatas a astronautas: A jornada do homem em busca do conhecimento. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. SILVEIRA, Adelino. Chico, de Francisco. São Paulo: Cultura Espírita União, 1987. XAVIER, Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Pelo Espírito Emmanuel. XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Os Mensageiros. 47ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Missionários da Luz. 45ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Entre a Terra e o Céu. 27ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Nos domínios da Mediunidade. 36ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz.
  • 45. 45 XAVIER, Chico. Ação e Reação. 30ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Evolução em dois Mundos. 27ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. 28ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Sexo e Destino. 34ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. E a vida continua.... 35ª ed. Esp. Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. https://www.bibliaonline.com.br/ http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/questoes.html https://super.abril.com.br/historia/os-bastidores-do-livro-dos-espiritos/ https://www.youtube.com/user/livrodosespiritos/videos https://www.youtube.com/watch?v=4xRhAKctMo8&list=PLI- OgasY7T5tz8FFyT2yr5aKTPbavF7by&index=111 https://www.youtube.com/playlist?list=PLlRlJDlCghdwROpe8PBZF5_wFxlJqq UnZ https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/ https://pt.slideshare.net/espirinauta/reinos-da-natureza https://slideplayer.com.br/slide/14346629/ http://www.caminhosluz.com.br Veja outros conflitos armados ao redor do mundo e suas motivações (estrategia.com) Além da Guerra na Ucrânia: 7 conflitos sangrentos que ocorrem hoje no mundo - BBC News Brasil