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Bela Cruz, 28 de Setembro de 2016Volume 1, Edição 0
Nesta edição:
PSOL um partido
Necessário
1
Por uma frente
municipal contra o PL
193/2016, o mal
chamado escola sem
partido.
2
Por uma educação,
livre laica e libertadora
3
O desafio de ser
mulher negra
4
Quem somos
4
“Uma organização
marxista
revolucionária,
democrática,
feminista,
ecologista e
libertaria que
esteja a altura de
nossos sonhos”
Porque não lançamos candidaturas às eleições municipais de 2016 em Bela Cruz? Em primeiro
lugar porque ainda somos um partido em formação, em crescimento e amadurecimento de ideias
e de um projeto político sério para esse município que traduza necessariamente os anseios da
população. Planos para conquista e manutenção do poder todos têm e tais planos jamais fariam
parte de nosso programa. Não queremos o poder para o PSOL ou alguma liderança política que
um dia o represente. Queremos trabalhadores e trabalhadoras organizados e combatentes, na luta
diária pela cidadania.
Para isso, é necessário trabalho árduo. Trabalho que passa pela reflexão teórica mas que também
passa pelo contato com o povo, pela formação de núcleos de combate a desigualdade social em
cada bairro, em cada associação e em cada categoria de trabalhador do município, servidores
públicos, comerciantes, feirantes, ambulantes, autônomos, todos devem estar atentos e
organizados para o exercício de sua cidadania. Esse é o trabalho do PSOL. Ocupar espaços
públicos e formar a verdadeira base de sustentação de um governo decente e legítimo: o povo.
Em segundo lugar, não poderíamos, como o fizeram alguns partidos, lançar candidaturas em
meio a alianças políticas tão profundamente permeadas com aquilo que consideramos mais
danoso para a população. Não buscamos a vitória ao custo da dependência política. Não
buscamos galgar posições no cenário político para engrandecimento solitário. Buscamos antes a
construção de um partido livre. Absolutamente livre de acordos, conchavos e da dependência
financeira. As atuais opções, assim como a décadas, de fato possuem essa característica imoral e
não condizente com a prática autenticamente democrática.
Para finalizar, não se trata jamais de afirmar das atuais candidaturas que estas sejam, imorais ou
deslegitimas no sentido jurídico da palavra, mas no sentido ético e na transparência com a
população tão carente de quem os represente.
O PSOL não apoia candidaturas milionárias onde votos são conquistados pelo poder econômico.
Não apoia candidaturas e alianças pautadas na troca de favores. No nepotismo. Em perseguições
políticas. O PSOL acredita no voto livre, no voto do povo organizado, no voto sem a interferência
do poder econômico, na maioria das vezes oriundo de grandes empresários que nada mais fazem
do que investir dinheiro para resgatar das formas mais tenebrosas imagináveis, perpetuando
assim a cultura da corrupção nos interiores do país.
Nossa postura durante a campanha? Neutra, honesta, sem interferir jamais no voto livre de cada
cidadão.
A razão do nosso texto de posicionamento? Apresentar-nos a cada cidadão de Bela cruz e convidá-
los a conhecer o partido, as nossas ideias e construir um projeto limpo, transparente, com calma,
tempo, participação popular e livre da interferência dos coronéis!
O PSOL vota NULO! Nossa coerência e convicção de que as opções não nos representam! Nós
somos de todas as cores e livre. É o que queremos para Bela Cruz no futuro.
Paulo Cesar
Filósofo e Presidente do PSOL—Bela Cruz
PSOL um partido necessário
POR UMA FRENTE MUNICIPAL CONTRA O PL 193/2016, o mal chamado
escola sem partido.
“É necessário
intensificarmo
s iniciativa,
abandonando
os velhos pré-
conceitos tão
comuns em
nossa cidade.
”
Página 2 Insurgência—Corrente Interna do PSOL
A tática da formação de frente no interior do movimento operário é tão antiga quanto a
historia das lutas. Tais frentes tiveram objetivos difusos ,mas a sua constituição sempre
foi presente,principalmente quando levadas a sua real essência, ou seja, o cumprimento
de uma tarefa urgente que encontra em sujeitos proximidades maiores dos que os
motivos para distanciá-los. A velha história de que o que nos une é mais forte do que o
que nos separa.
Contudo, Bela Cruz parece fugir à regra de que possível encontrar em diferentes
tradições dos trabalhado@s convergência, em torno pelo menos de temas imediatos e
que exigem unidade. Nossa corrente foi a primeira na esquerda local a propor uma frente
em defesa da Educação e seus servidores, na necessária FRENTE CONTRA O PL
193/2016 – PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO – Alertamos e denunciamos o ato
golpista de pregar uma escola sem discussões.
Infelizmente setores honestos do campo da esquerda se recusam a compor frentes
talvez pelo medo de construção de um ou outro setor ou por falta de real combatividade .
Todavia, não nos permitimos esquecer que numa frente a chamada auto-construção é
fator secundário, sob pena de seu ‘des-facelamento “ mesmo antes de cumprir seu
objetivo maior.
As facilidades de comunicação hoje são parte de um processo de avanço do capital
informacional. Pensando nisso, nossa corrente propôs a uma gama de militantes ligados
ou não ao movimento sindical de uma FRENTE CONTRA O PROJETO ESCOLA SEM
PARTIDO do senador ultra-conservador Magno Malta de PR-RJ,chegamos a participar
de uma reunião, esvaziada, mesmo depois de sete dias de intensa divulgação e debate
via redes chamadas sociais.
A ideia era propor um lançamento oficial, com atividades de formação e informação
acerca do nefasto projeto de lei. As dificuldades de organização de setores de esquerda
em Bela Cruz é gritante e mostra o quanto estamos longe das lutas do povo. O grupo
criado foi perdendo integrantes, que motivados ao rompimento e ao isolamento ou por
ideologia ou por falta desta tornaram o espaço potencialmente mínimo na luta.
O momento político pelo qual passo nosso país é divisor de águas na recomposição da
esquerda local com implicações para o próximo período. A desorganização ou o medo do
debate não pode ser o combustível daqueles que reivindicam à luta em favor dos direitos
humanos e populares, antes, é hora de procurarmos sínteses, unidade na luta contra os
diversos atos golpistas do Governo de usurpação de Temer-PMDB/SP.
É necessário intensificarmos iniciativa, abandonando os velhos pré-conceitos tão comuns
em nossa cidade. Reivindicamos que os setores que constituem uma frente sejam
aliados táticos, com um objetivo maior claramente elucidado e potencializado pelos
diversos setores.
Conclamamos aos ativistas de uma educação livre, plural e diversas a engrossar as
fileiras da frente, para derrotar o projeto da mordaça e da perseguição, pois entendemos
que um projeto como esse que tem um nomenclatura com aparência de democrático –
ESCOLA SEM PARTIDO –seja na verdade a ponta de iceberg do conservadorismo
brasileiro.
Está em marcha uma clara tentativa de endurecer o regime contra aqueles que lhes são
adversários no complexo e antagônico jogo da luta de classes.
Com a palavra e a luta os que reivindicam posições de esquerda.
Carlos André
Professor e Militante da Insurgência
“Ela virá, a
revolução
conquistará a
todos o direito
não somente ao
pão mas,
também, à
poesia”.
Leon Trotsky
“O golpe da
educação se
concretiza com a
sua Reforma
anunciada esse
mês, prevendo a
exclusão das
disciplinas
Sociologia,
Filosofia,
Educação Física
e Artes, o
objetivo é tornar
a educação
tecnicista
voltada
exclusivamente
para a
formação de
um exército de
contingente
para o
Mercado de
Trabalho. “
Página 3Volume 1, Edição 0
POR UMA EDUCAÇÃO LIVRE, LAICA E LIBERTADORA!
Após a consolidação do GOLPE o então presidente Michel Temer com seus comparsas
mostram a que veio: a implementação de um projeto ultraconservador, neoliberal e a
retirada de Direitos dxs trabalhadorxs são suas principais metas. A composição
ministerial sem nenhuma representatividade ou melhor com apenas uma
representatividade: Homens, brancos, velhos (de pensamento), ricos e de direita
mostram o verdadeiro retrocesso do Governo Golpista.
O Ataque à educação começou pela nomeação do ministro Mendonça Filho (DEM) citado
nas operações lava jato e Castelo de Areia, faz parte de uns dos partidos mais corruptos
do congresso, além de representar grupos que sempre tentaram barrar políticas de
democratização na educação.
O projeto “escola sem partido” criado em 2004 retorna como pauta principal para a
educação, o modelo neoliberal baseado na competitividade e na meritocracia é a
principal defesa dos aliados: Alexandre Frota, “primeira personalidade recebida pelo
Ministério da Educação” e MBL (Movimento Brasil Livre) “grupo que articulou
politicamente o golpe nas ruas”. A PL 193/2016 é uma verdadeira afronta aos
professores e a educação democrática, prevendo inclusive prisão para professores que
debaterem autores como Karl Marx ou Paulo Freire em sala de aula.
O golpe da educação se concretiza com a sua Reforma anunciada esse mês, prevendo a
exclusão das disciplinas Sociologia, Filosofia, Educação Física e Artes do currículo do
Ensino Médio, o objetivo é tornar a educação tecnicista voltada exclusivamente para a
formação de um exército de contingente para o Mercado de Trabalho. A frase “formar
cidadãos críticos” antes somente escritas nos muros da escola, agora é apagada de vez
da história da educação.
Em Bela Cruz a farsa da educação democrática reina desde os “tempos de tupiniquim”.
O Governo Atual , candidato a reeleição, foi procurado por diversas vezes pelo
SINSEMPMBC (Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Bela Cruz) para
conversar sobre democratizar a escolha de diretores e coordenadores das escolas
municipais, infelizmente nunca foi atendido, e essa não é exclusividade do governo atual,
esse tema é bandeira de luta sindical belacruzense desde seu surgimento a mais de
dez anos atrás.
O outro candidato à prefeitura de Bela Cruz, representa um verdadeiro retrocesso e já
mostrou sua truculência aos movimentos sociais alguns anos atrás quando prefeito, na
ocasião da greve dos servidores. Os professores que estavam naquela referida data
nunca se esquecerão de como foram tratados. Em sua plataforma de governo defende a
velha meritocracia educacional, premiando professores que derem resultados para o
município. É preciso deixar claro que uma educação de qualidade se faz com
investimento em estrutura e valorização dos professores através do seu plano de Cargos
e Carreira e não com gratificações.
Concluindo, no sistema capitalista em que vivemos e após a contrarreforma
política aprovada pelo congresso nacional limitando ainda mais a participação de partidos
de esquerda como o PSOL, quase nenhuma mudança se faz através das urnas, é
preciso UNIDADE de Classe e LUTA, só a REVOLUÇÃO trará mudanças para a classe
trabalhadora.
Marcos Rubens
Professor e Militante da Insurgência
Insurgência
Tendência Interna do
PSOL
Quem somos
A INSURGÊNCIA é constituída por militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
que, reivindicando-se do marxismo revolucionário, têm como objetivo central a superação
por via revolucionária do capitalismo e a construção de uma sociedade ecossocialista e
libertária – entendida como a primeira fase da verdadeira emancipação humana, a
sociedade comunista.
Neste sentido, pretende-se “uma organização marxista revolucionária, democrática,
feminista, ecologista e libertaria que esteja a altura de nossos sonhos”, conforme aponta
sua resolução política fundacional.
Fruto de um processo de meses de debates e sínteses políticas, entre o Coletivo
Socialismo e Liberdade (CSOL), o Enlace, o Coletivo Luta Vermelha (CLV), e outros
agrupamentos e militantes do PSOL, o Encontro Nacional de fundação da Insurgência
ocorreu no Rio de Janeiro, de 4 a 6 de outubro de 2013.
A nova organização aposta na construção do PSOL como um partido de oposição de
esquerda, um instrumento que contribua para organizar a juventude e a classe trabalhadora
e seu processo de avanço de consciência, um instrumento a serviço das lutas sociais e
mobilizações políticas.
Como mostra o seu processo de construção, a Insurgência aposta na necessidade de
recomposição da esquerda brasileira e internacional, com o fortalecimento da luta e
organização da classe trabalhadora e dos oprimidos, em prol da superação do capitalismo
em escala mundial.
Insurgência
“Uma organização
marxista
revolucionária,
democrática,
feminista,
ecologista e
libertaria que
esteja a altura de
nossos sonhos”
O desafio de ser mulher e negra...
Mesmo com tantas transformações nas condições de vida e no papel das mulheres em todo
Brasil, a mulher negra continua vivendo uma situação marcada por duas descriminações: ser
mulher negra em uma sociedade machista e ser mulher negra em uma sociedade racista.
Sempre vista como um ser frágil e submisso ao homem, dependente do companheiro que
infelizmente ainda existem muitas nessas situações nos dias atuais, o reflexo dos tempos que
os homens tinham todo o poder nas mãos e as mulheres eram encarregadas apenas pelos
trabalhos domestico e cuidar das crianças.
Deixando assim sua intendência de lado. Os anos passaram e mesmo assim ainda existe um
grande índice de prostituição e condições precárias na saúde e educação. Com tudo vale a
pena ressaltar que as mulheres negras e pobres das periferias sofrem duas vezes mais que
as brancas de nível mais elevado, com empregos e salários, uma educação de qualidade e
uma estrutura familiar e social bem mais equilibrada.
O gênero feminino não pode ser mais considerado como ser frágil, pois o mesmo já proveu
que pode ser capaz de se superar a cada queda.
E é nas ruas lutando por mais diretos, melhores salários, e pós mais igualdade social, é que
nos provamos que somos iguais socialmente e humanamente diferente.
Janaina
Militante Feminista

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PSOL um partido necessário em Bela Cruz

  • 1. Bela Cruz, 28 de Setembro de 2016Volume 1, Edição 0 Nesta edição: PSOL um partido Necessário 1 Por uma frente municipal contra o PL 193/2016, o mal chamado escola sem partido. 2 Por uma educação, livre laica e libertadora 3 O desafio de ser mulher negra 4 Quem somos 4 “Uma organização marxista revolucionária, democrática, feminista, ecologista e libertaria que esteja a altura de nossos sonhos” Porque não lançamos candidaturas às eleições municipais de 2016 em Bela Cruz? Em primeiro lugar porque ainda somos um partido em formação, em crescimento e amadurecimento de ideias e de um projeto político sério para esse município que traduza necessariamente os anseios da população. Planos para conquista e manutenção do poder todos têm e tais planos jamais fariam parte de nosso programa. Não queremos o poder para o PSOL ou alguma liderança política que um dia o represente. Queremos trabalhadores e trabalhadoras organizados e combatentes, na luta diária pela cidadania. Para isso, é necessário trabalho árduo. Trabalho que passa pela reflexão teórica mas que também passa pelo contato com o povo, pela formação de núcleos de combate a desigualdade social em cada bairro, em cada associação e em cada categoria de trabalhador do município, servidores públicos, comerciantes, feirantes, ambulantes, autônomos, todos devem estar atentos e organizados para o exercício de sua cidadania. Esse é o trabalho do PSOL. Ocupar espaços públicos e formar a verdadeira base de sustentação de um governo decente e legítimo: o povo. Em segundo lugar, não poderíamos, como o fizeram alguns partidos, lançar candidaturas em meio a alianças políticas tão profundamente permeadas com aquilo que consideramos mais danoso para a população. Não buscamos a vitória ao custo da dependência política. Não buscamos galgar posições no cenário político para engrandecimento solitário. Buscamos antes a construção de um partido livre. Absolutamente livre de acordos, conchavos e da dependência financeira. As atuais opções, assim como a décadas, de fato possuem essa característica imoral e não condizente com a prática autenticamente democrática. Para finalizar, não se trata jamais de afirmar das atuais candidaturas que estas sejam, imorais ou deslegitimas no sentido jurídico da palavra, mas no sentido ético e na transparência com a população tão carente de quem os represente. O PSOL não apoia candidaturas milionárias onde votos são conquistados pelo poder econômico. Não apoia candidaturas e alianças pautadas na troca de favores. No nepotismo. Em perseguições políticas. O PSOL acredita no voto livre, no voto do povo organizado, no voto sem a interferência do poder econômico, na maioria das vezes oriundo de grandes empresários que nada mais fazem do que investir dinheiro para resgatar das formas mais tenebrosas imagináveis, perpetuando assim a cultura da corrupção nos interiores do país. Nossa postura durante a campanha? Neutra, honesta, sem interferir jamais no voto livre de cada cidadão. A razão do nosso texto de posicionamento? Apresentar-nos a cada cidadão de Bela cruz e convidá- los a conhecer o partido, as nossas ideias e construir um projeto limpo, transparente, com calma, tempo, participação popular e livre da interferência dos coronéis! O PSOL vota NULO! Nossa coerência e convicção de que as opções não nos representam! Nós somos de todas as cores e livre. É o que queremos para Bela Cruz no futuro. Paulo Cesar Filósofo e Presidente do PSOL—Bela Cruz PSOL um partido necessário
  • 2. POR UMA FRENTE MUNICIPAL CONTRA O PL 193/2016, o mal chamado escola sem partido. “É necessário intensificarmo s iniciativa, abandonando os velhos pré- conceitos tão comuns em nossa cidade. ” Página 2 Insurgência—Corrente Interna do PSOL A tática da formação de frente no interior do movimento operário é tão antiga quanto a historia das lutas. Tais frentes tiveram objetivos difusos ,mas a sua constituição sempre foi presente,principalmente quando levadas a sua real essência, ou seja, o cumprimento de uma tarefa urgente que encontra em sujeitos proximidades maiores dos que os motivos para distanciá-los. A velha história de que o que nos une é mais forte do que o que nos separa. Contudo, Bela Cruz parece fugir à regra de que possível encontrar em diferentes tradições dos trabalhado@s convergência, em torno pelo menos de temas imediatos e que exigem unidade. Nossa corrente foi a primeira na esquerda local a propor uma frente em defesa da Educação e seus servidores, na necessária FRENTE CONTRA O PL 193/2016 – PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO – Alertamos e denunciamos o ato golpista de pregar uma escola sem discussões. Infelizmente setores honestos do campo da esquerda se recusam a compor frentes talvez pelo medo de construção de um ou outro setor ou por falta de real combatividade . Todavia, não nos permitimos esquecer que numa frente a chamada auto-construção é fator secundário, sob pena de seu ‘des-facelamento “ mesmo antes de cumprir seu objetivo maior. As facilidades de comunicação hoje são parte de um processo de avanço do capital informacional. Pensando nisso, nossa corrente propôs a uma gama de militantes ligados ou não ao movimento sindical de uma FRENTE CONTRA O PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO do senador ultra-conservador Magno Malta de PR-RJ,chegamos a participar de uma reunião, esvaziada, mesmo depois de sete dias de intensa divulgação e debate via redes chamadas sociais. A ideia era propor um lançamento oficial, com atividades de formação e informação acerca do nefasto projeto de lei. As dificuldades de organização de setores de esquerda em Bela Cruz é gritante e mostra o quanto estamos longe das lutas do povo. O grupo criado foi perdendo integrantes, que motivados ao rompimento e ao isolamento ou por ideologia ou por falta desta tornaram o espaço potencialmente mínimo na luta. O momento político pelo qual passo nosso país é divisor de águas na recomposição da esquerda local com implicações para o próximo período. A desorganização ou o medo do debate não pode ser o combustível daqueles que reivindicam à luta em favor dos direitos humanos e populares, antes, é hora de procurarmos sínteses, unidade na luta contra os diversos atos golpistas do Governo de usurpação de Temer-PMDB/SP. É necessário intensificarmos iniciativa, abandonando os velhos pré-conceitos tão comuns em nossa cidade. Reivindicamos que os setores que constituem uma frente sejam aliados táticos, com um objetivo maior claramente elucidado e potencializado pelos diversos setores. Conclamamos aos ativistas de uma educação livre, plural e diversas a engrossar as fileiras da frente, para derrotar o projeto da mordaça e da perseguição, pois entendemos que um projeto como esse que tem um nomenclatura com aparência de democrático – ESCOLA SEM PARTIDO –seja na verdade a ponta de iceberg do conservadorismo brasileiro. Está em marcha uma clara tentativa de endurecer o regime contra aqueles que lhes são adversários no complexo e antagônico jogo da luta de classes. Com a palavra e a luta os que reivindicam posições de esquerda. Carlos André Professor e Militante da Insurgência “Ela virá, a revolução conquistará a todos o direito não somente ao pão mas, também, à poesia”. Leon Trotsky
  • 3. “O golpe da educação se concretiza com a sua Reforma anunciada esse mês, prevendo a exclusão das disciplinas Sociologia, Filosofia, Educação Física e Artes, o objetivo é tornar a educação tecnicista voltada exclusivamente para a formação de um exército de contingente para o Mercado de Trabalho. “ Página 3Volume 1, Edição 0 POR UMA EDUCAÇÃO LIVRE, LAICA E LIBERTADORA! Após a consolidação do GOLPE o então presidente Michel Temer com seus comparsas mostram a que veio: a implementação de um projeto ultraconservador, neoliberal e a retirada de Direitos dxs trabalhadorxs são suas principais metas. A composição ministerial sem nenhuma representatividade ou melhor com apenas uma representatividade: Homens, brancos, velhos (de pensamento), ricos e de direita mostram o verdadeiro retrocesso do Governo Golpista. O Ataque à educação começou pela nomeação do ministro Mendonça Filho (DEM) citado nas operações lava jato e Castelo de Areia, faz parte de uns dos partidos mais corruptos do congresso, além de representar grupos que sempre tentaram barrar políticas de democratização na educação. O projeto “escola sem partido” criado em 2004 retorna como pauta principal para a educação, o modelo neoliberal baseado na competitividade e na meritocracia é a principal defesa dos aliados: Alexandre Frota, “primeira personalidade recebida pelo Ministério da Educação” e MBL (Movimento Brasil Livre) “grupo que articulou politicamente o golpe nas ruas”. A PL 193/2016 é uma verdadeira afronta aos professores e a educação democrática, prevendo inclusive prisão para professores que debaterem autores como Karl Marx ou Paulo Freire em sala de aula. O golpe da educação se concretiza com a sua Reforma anunciada esse mês, prevendo a exclusão das disciplinas Sociologia, Filosofia, Educação Física e Artes do currículo do Ensino Médio, o objetivo é tornar a educação tecnicista voltada exclusivamente para a formação de um exército de contingente para o Mercado de Trabalho. A frase “formar cidadãos críticos” antes somente escritas nos muros da escola, agora é apagada de vez da história da educação. Em Bela Cruz a farsa da educação democrática reina desde os “tempos de tupiniquim”. O Governo Atual , candidato a reeleição, foi procurado por diversas vezes pelo SINSEMPMBC (Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Bela Cruz) para conversar sobre democratizar a escolha de diretores e coordenadores das escolas municipais, infelizmente nunca foi atendido, e essa não é exclusividade do governo atual, esse tema é bandeira de luta sindical belacruzense desde seu surgimento a mais de dez anos atrás. O outro candidato à prefeitura de Bela Cruz, representa um verdadeiro retrocesso e já mostrou sua truculência aos movimentos sociais alguns anos atrás quando prefeito, na ocasião da greve dos servidores. Os professores que estavam naquela referida data nunca se esquecerão de como foram tratados. Em sua plataforma de governo defende a velha meritocracia educacional, premiando professores que derem resultados para o município. É preciso deixar claro que uma educação de qualidade se faz com investimento em estrutura e valorização dos professores através do seu plano de Cargos e Carreira e não com gratificações. Concluindo, no sistema capitalista em que vivemos e após a contrarreforma política aprovada pelo congresso nacional limitando ainda mais a participação de partidos de esquerda como o PSOL, quase nenhuma mudança se faz através das urnas, é preciso UNIDADE de Classe e LUTA, só a REVOLUÇÃO trará mudanças para a classe trabalhadora. Marcos Rubens Professor e Militante da Insurgência
  • 4. Insurgência Tendência Interna do PSOL Quem somos A INSURGÊNCIA é constituída por militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) que, reivindicando-se do marxismo revolucionário, têm como objetivo central a superação por via revolucionária do capitalismo e a construção de uma sociedade ecossocialista e libertária – entendida como a primeira fase da verdadeira emancipação humana, a sociedade comunista. Neste sentido, pretende-se “uma organização marxista revolucionária, democrática, feminista, ecologista e libertaria que esteja a altura de nossos sonhos”, conforme aponta sua resolução política fundacional. Fruto de um processo de meses de debates e sínteses políticas, entre o Coletivo Socialismo e Liberdade (CSOL), o Enlace, o Coletivo Luta Vermelha (CLV), e outros agrupamentos e militantes do PSOL, o Encontro Nacional de fundação da Insurgência ocorreu no Rio de Janeiro, de 4 a 6 de outubro de 2013. A nova organização aposta na construção do PSOL como um partido de oposição de esquerda, um instrumento que contribua para organizar a juventude e a classe trabalhadora e seu processo de avanço de consciência, um instrumento a serviço das lutas sociais e mobilizações políticas. Como mostra o seu processo de construção, a Insurgência aposta na necessidade de recomposição da esquerda brasileira e internacional, com o fortalecimento da luta e organização da classe trabalhadora e dos oprimidos, em prol da superação do capitalismo em escala mundial. Insurgência “Uma organização marxista revolucionária, democrática, feminista, ecologista e libertaria que esteja a altura de nossos sonhos” O desafio de ser mulher e negra... Mesmo com tantas transformações nas condições de vida e no papel das mulheres em todo Brasil, a mulher negra continua vivendo uma situação marcada por duas descriminações: ser mulher negra em uma sociedade machista e ser mulher negra em uma sociedade racista. Sempre vista como um ser frágil e submisso ao homem, dependente do companheiro que infelizmente ainda existem muitas nessas situações nos dias atuais, o reflexo dos tempos que os homens tinham todo o poder nas mãos e as mulheres eram encarregadas apenas pelos trabalhos domestico e cuidar das crianças. Deixando assim sua intendência de lado. Os anos passaram e mesmo assim ainda existe um grande índice de prostituição e condições precárias na saúde e educação. Com tudo vale a pena ressaltar que as mulheres negras e pobres das periferias sofrem duas vezes mais que as brancas de nível mais elevado, com empregos e salários, uma educação de qualidade e uma estrutura familiar e social bem mais equilibrada. O gênero feminino não pode ser mais considerado como ser frágil, pois o mesmo já proveu que pode ser capaz de se superar a cada queda. E é nas ruas lutando por mais diretos, melhores salários, e pós mais igualdade social, é que nos provamos que somos iguais socialmente e humanamente diferente. Janaina Militante Feminista