A dor pélvica deve ser levada a sério e avaliada por um médico, pode indicar problemas nos órgãos reprodutivos femininos ou masculinos, ou em outros órgãos da pélvis, e sua gravidade depende da causa, podendo variar de leve a séria como uma peritonite.
2. A dor pélvica deve sempre ser levada a sério, reportada e avaliada
clinicamente pelo ginecologista. Mesmo quando associada à
dismenorreia – dores decorrentes do ciclo menstrual –, não deve ser
tida como normal, sem um parecer médico. Mais comum nas
mulheres, mas não lhe sendo exclusiva, pode ainda indiciar distúrbios
vários que não se limitam aos órgãos reprodutores.
3. Como reconhecer a dor pélvica?
Dor pélvica é toda a dor sentida no baixo-ventre, abaixo do abdómen,
entre os ossos dos quadris. Caracteriza-se por um quadro de mal-estar,
desconforto, dor ou pressão na pélvis, ou pelve. Pode ser aguda e
assemelhar-se a uma cólica, como as que frequentemente ocorrem
durante a menstruação, ou manifestar-se intermitentemente. Pode
ocorrer de forma repentina e intensa, ser mais moderada e constante,
ou ir aumentando de intensidade de forma gradual. Náuseas, vómitos,
febre, suores ou tonturas são outros sintomas que podem vir
associados bem como, dependendo da causa, secreção vaginal e
sangramento. Fala-se de dor pélvica crónica quando os sintomas
persistem por mais de três meses.
4. É grave?
A gravidade depende sempre da causa que a provoca, havendo fatores
causadores de dor pélvica que não apresentam gravidade e outros que
potencialmente podem provocar peritonite, uma inflamação e infeção
do peritónio, membrana que reveste os órgãos da cavidade abdominal,
sendo este um problema grave.
5. A dor pélvica é restrita às mulheres?
Não. Ainda que afete mais frequente nas mulheres, estando muitas
vezes associada à menstruação, ou ocorrendo em ciclos coordenados
com o ciclo menstrual, ou sinalizando distúrbios que afetam o sistema
reprodutor feminino, a dor pélvica também afeta os homens, estando,
neste caso, associada a problemas intestinais, inflamações, tumores ou
alterações da próstata.
6. A que problemas de saúde está associada?
• Ginecológicos
Pode estar relacionada com distúrbios que afetam os órgãos reprodutores femininos (vagina, útero
e colo do útero, trompas de Falópio e ovários) e tem como causas ginecológicas mais comuns a
dismenorreia (cólicas menstruais), dor do meio ciclo menstrual (que se verifica no decurso da
ovulação), endometriose e os miomas uterinos.
• Urológicos
Pode indiciar distúrbios relacionados com a bexiga, o reto, o apêndice ou outros órgãos da pelve,
como os rins, sendo frequente quando ocorrem infeções urinárias ou existem cálculos renais ou nas
vias urinárias.
• Gastrointestinais
Síndrome do intestino irritável, inflamações, tumores, hérnias ou obstipação são causas frequentes
de dor pélvica.
• Neurológicos
Sabe-se também que quadros depressivos, ansiedade, neuropatias e outras perturbações
psicológicas podem estar na origem desta dor, mas quase sempre associados a outras causas.
7. Dor pélvica e a gravidez
A gravidez é uma fase que necessita de vigilância, pelo que qualquer dor
inesperada deve ser imediatamente reportada ao ginecologista e avaliada
clinicamente, mesmo sabendo que a dor pélvica não é estranha à gestação.
Pode estar relacionada com a produção hormonal, principalmente a que
assume a responsabilidade de tornar mais elásticos os ligamentos e que vai
preparando o corpo para o parto. Com o avançar da gravidez, quando o peso
da barriga é considerável, pode resultar ainda da normal pressão do bebé
sobre órgãos e músculos na região da pelve. Todavia, pode significar
complicações mais sérias, como um potencial aborto ou uma gravidez
ectópica. Razão pela qual, independentemente da fase, do tipo ou
intensidade da dor pélvica, esta deve sempre ser valorizada e reportada.
Em caso de dúvida, venha falar connosco, para uma avaliação.
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