Este documento discute a sexualidade durante a gravidez, abordando como o corpo e desejo da mulher mudam nas diferentes fases da gestação e mitos comuns sobre o assunto. É explicado que cada gravidez é única e que não há verdades universais, dependendo das alterações individuais e do diálogo entre o casal.
2. Podemos? Devemos? Queremos?
Conseguimos?
Desde que não haja expressa contraindicação médica, as respostas a
estas perguntas só podem ser dadas na intimidade de cada
relacionamento, onde as únicas respostas erradas são aquelas que não
satisfazem os envolvidos, de forma plena e consensual.
3. Um corpo em mudança
A gravidez é um período especial na vida de qualquer casal, em
particular na da mulher, sujeita, nesta fase, a um turbilhão de
alterações hormonais, físicas e sensoriais, emocionais e psicológicas
que alteram, entre outras coisas, a sua postura e desejo sexuais.
Não havendo verdades universais, cada gravidez é um caso individual,
há padrões verificáveis e que vão sofrendo alterações no decurso da
gestação, interferindo na líbido e alterando comportamentos sexuais.
4. Primeiro trimestre de gestação
Nas 12 primeiras semanas verificam-se as primeiras grandes alterações
físicas no corpo da gestante. Aumento e rigidez mamários, náuseas,
vómitos e um certo cansaço são notórios. Ainda que normais são
fatores de interferência na resposta sexual da mulher, que experimenta
ainda modificações emocionais com as quais tem de aprender a lidar.
A gestão de tudo isto interfere inclusivamente com a imagem corporal
que tem de si mesma, que pode apagar a perceção da sua sensualidade
e retrair o desejo, o que, sempre que se verifica, tem enorme impacto
no padrão de relacionamento sexual do casal.
O casal deve, desde logo, falar abertamente sobre os seus sentimentos
e receios e, em conjunto, deve encontrar forma de encontrar soluções
confortáveis para ambas as partes
5. Segundo trimestre
O período compreendido entre as 13 e as 27 semanas é relativamente
mais tranquilo e tende a ser descrito como um período sexualmente
mais gratificante. De lado está o receio de um possível aborto, já houve
um período de adaptação às primeiras alterações físicas e hormonais e
o casal parece descomprimir durante esta fase.
É ainda um período em que as alterações fisiológicas da mulher
potenciam a capacidade orgástica, o que se reflete na esfera íntima
pela positiva. Claro que cada gravidez é vivida de forma diferente e
aquilo que se verifica num casal não é replicável noutro
6. Terceiro trimestre
• Pode ser um período complicado, aquele que medeia as 28 e as 40
semanas. Se por um lado a líbido tende a manter-se elevava na
mulher durante esta fase, por outro, o volume abdominal, o
desconforto e o cansaço começam a ser impeditivos de uma atividade
sexual regular, sendo um período em que se verifica, por norma, um
decréscimo de atividade na vida sexual dos casais.
7. Mitos sobre a sexualidade durante a gravidez
• As relações sexuais com penetração podem provocar aborto nos
primeiros três meses - Desde que não haja contraindicações médicas, a
penetração é inofensiva ao longo de toda a gravidez.
• A penetração pode magoar o bebé - Não é verdade. O bebé está bem
protegido e seguro no útero. Numa gravidez saudável, o útero protege o
feto de elementos exteriores através do tampão mucoso, uma barreira que
sela o colo do
• O orgasmo afeta o desenvolvimento fetal - Mais um mito a não ser tido
em conta. O bebé pode até manifestar-se, movimentando-se mais após o
orgasmo e mantendo um ritmo cardíaco mais acelerado, mas apenas está a
reagir às contrações uterinas normais durante o orgasmo.
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