A Maginews é uma revista mensal que nasce com o desejo de contribuir para o desenvolvimento do mercado magistral. Reúnem profissionais de diversas áreas do conhecimento, apaixonados pelo universo da farmácia de manipulação.
Maginews - sua parceira mensal no setor magistral - Edição 3 JULHO
1. O conteúdo que
você esperava no
setor magistral
news.com.br
MAGI
RESOLUÇÃO
656/20 DO CFN
Kennya Macedo
EVOLUÇÃO NA
PROTEÇÃO E
RENOVAÇÃO
CAPILAR
Lívia Azevedo
FARMACÊUTICO,
O PROFISSIONAL DO
MEDICAMENTO
Dimas Souza
QUALIDADE
A PALAVRA
MAIS DESEJADA
Patricia Vasconcellos
QUANTO
CUSTA UMA
ESPECIFICAÇÃO?
Gelza Rúbia
A PELE E A PANDEMIA
Julia Weber
INOVAÇÃO E
EVOLUÇÃO DO
ÁCIDO RETINÓICO
Márcio Guidoni
J U L H O 2 0 2 0 # E D I Ç Ã O 0 3
2. Sua parceria mensal
do mercado magistral
O MERCADO
MAGISTRAL
Por Jorge Mariano
news.com.br
MAGI
Vemos um horizonte?
Sim... é o que podemos comemo-
rar nesta edição da revista.
Depois de um mês de abril bem
tenebroso para grande parte dos
empresários, um mês de maio
desafiador, e junho, sendo o mês
de recuperação.
Muitas farmácias conseguiram
alcançando e superando seus
resultados, conquistando novos
clientes, utilizando novas ferra-
mentas, desenvolvendo novos
prescritores.
Este fato não é apenas uma visão
da maginews, foi o que mostrou
uma recente pesquisa realizada
pela ANFARMAG com 230 farmá-
cias, onde grande parte dos
empresários afirmaram que ocor-
reu um crescimento significativo
comparado com 2019.
Agora é hora de mantermos este
crescimento e retomarmos a
escalada que o segmento obteve
nos últimos anos.
Todo time Maginews, torce pelo
crescimento do mercado magis-
tral, e sempre estará pronto para
ajudar, trazendo conteúdo relevan-
te e de qualidade para que sua
farmácia faça a diferença.
QUEM
SOMOS
Por Editor
A Maginews chega a sua terceira
edição, estamos muitos satisfei-
tos com os resultados obtidos até
agora, todos os feedbacks foram
fundamentais para nosso aprimo-
ramento e para seguirmos levan-
do conteúdo relevante para o mer-
cado magistral.
Além de nossos colunistas já con-
sagrados, estamos apresentando
nesta edição quatro novos colu-
nistas, que chegam com muito
conhecimento, experiência e
repletos de novidades para contri-
buir com você nosso leitor.
Nesta edição você terá conteúdos
inovadores, pesquisas, legislação,
comportamento, comunicação e
muito mais.
Feita com amor, por quem ama o
mercado magistral.
MAGINEWS O CONTEÚDO QUE
VOCÊ ESPERAVA NO SETOR MA-
GISTRAL
Seja você também um colunista
Maginews envie seu e-mail para:
maginews@jmariano.com.br
3. Por Kennya Macedo
Até que surja a vacina para o COVID 19, o
mundo segue girando e, alguns com menos
e outros com mais dificuldade, todos a seu
modo vão trabalhando intensamente. Quem
pode desempenhar suas funções em home
office, desempenha, quem não pode, segue
com todos os cuidados possíveis e o tão
aclamado ‘novo normal’ vai paulatinamente
se estabelecendo. Dizemos isso porque
novas resoluções que impactam direta ou
indiretamente o setor continuam sendo
lançadas e, com todas as exigências e
demandas que povoam a mente de quem
mantém sua farmácia de manipulação
funcionando, cuidando da segurança dos
seus pacientes presenciais, de seus funcio-
nários e de sua família, não é tarefa fácil
estar atento a qualquer novidade. Por isso,
entendemos ser relevante falar sobre as
novidades que essa resolução traz para a
prática da nutrição e a importância que há
para o farmacêutico que atua na manipula-
ção estar a par dessas novidades.
Essa resolução, publicada em Junho desse
ano dispõe “sobre a prescrição dietética, pelo
nutricionista, desuplementos alimentares”.
Até aqui parece que nada mudou. Mas con-
forme comentarmos os parágrafos seguin-
tes, será possível perceber que esta resolu-
ção ampliou e muito o campo de atuação do
nutricionista e que, uma vez que inclusive
dentro dessa resolução o setor magistral é
citado explicitamente, o que é ótimo aliás,
aumenta a nossa responsabilidade em
conhecer o delineamento da legislação para
que sejamos capazes de orientar, tanto do
ponto de vista de quais são os novos limites
para determinadas prescrições quanto de
que maneira podemos e devemos contribuir
com o nosso conhecimento farmacotécnico
para viabilizar tais prescrições. Além, é claro
de nos protegermos e orientarmos o profis-
sional que direciona suas prescrições para o
setor magistral caso haja alguma prescrição
que por qualquer motivo, não se adeque ao
delineamento proposto pelo CFN. Sabemos
muito bem que tudo que aviamos é também
de nossa responsabilidade e não somente
001
RESOLUÇÃO 656/20 DO CFN E O QUE
FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO
PRECISA SABER
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do prescritor e devemos estar sempre aler-
tas nesse sentido.
No artigo 1 o texto diz que “Art. 1º Esta Reso-
lução regulamenta a prescrição dietética de
suplementos alimentares pelonutricionista.
§ 1° A prescrição dietética de suplementos
alimentares pelo nutricionista inclui nutrien-
tes,substâncias bioativas, enzimas, prebióti-
cos, probióticos, produtos apícolas, como
mel, própolis, geleia reale pólen, novos
alimentos e novos ingredientes e outros
autorizados pela Anvisa para comercializa-
ção,isolados ou combinados, bem como
medicamentos isentos de prescrição à base
de vitaminas e/ouminerais e/ou aminoáci-
dos e/ou proteínas isolados ou associados
entre si”.
Nesse primeiro parágrafo e em seu primeiro
inciso, além de incluir e se pautar nas RDC
239,240,241,242 e 243 e a IN 28 de 2018,
todas dentro do marco regulatório dos suple-
mentos alimentares, a resolução do CFN
relembra também a RES 16/1999 que trata
da definição de novo alimento e novo ingre-
diente que é, a bem da verdade, a grande
porta de entrada da maioria dos insumos
que convencionou-se chamar na maioria dos
casos de nutracêutico, apesar da ANVISA
oficialmente não reconhecer o termo,
mesmo sendo esse um termo amplamente
utilizado e difundido na comunidade científi-
ca.E já nesse ponto entram os MIP´s ou
medicamentos isentos de prescrição, uma
novidade que aumenta o campo de atuação
do profissional da nutrição. É importante
notar que o texto é bem claro ao dizer que os
MIP´s permitidos para prescrição do nutri-
cionista devem ser a base de vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas
isoladas ou associados entre si. Ainda
assim, configura um ponto de atenção por se
tratar de uma novidade.
Na sequência do texto o § 2° diz que “O nutri-
cionista poderáprescrever produtos acaba-
dos/industrializados ou seus equivalentes
manipulados e outros produtos não acaba-
dos passíveis de manipulação, isentos de
prescrição médica e contemplados nesta
Resolução.
A resolução nesse ponto coloca o setor
magistral num lugar de destaque não restrin-
gindo a atividade do profissional da nutrição
a produtos acabados e dando a ele, e porque
não dizer, ao farmacêutico que atua orien-
tando e municiando o nutricionista de infor-
mações, liberdade de ação na hora de
pensar formulações.
No § 3° que diz que “Entende-se como suple-
mento alimentar o produto para administra-
ção exclusiva pelas vias oral e enteral,incluí-
das mucosa, sublingual e sondas enterais e
excluída a via anorretal, apresentado em
formas farmacêuticas, destinado a suple-
mentar a alimentação de indivíduos.”, a
forma sublingual é incluída e mais uma vez a
farmácia de manipulação ganha lugar de
destaque por conta do conhecimento farma-
cotécnico que se fará necessário para que o
profissional da nutrição possa ser orientado
sobre o melhor uso dessa forma farmacêuti-
ca que a partir dessa resolução passa a fazer
parte do seu arsenal.
Falando um pouco mais profundamente
sobre os MIP´s a resolução se pauta
também na “RDC Anvisa n° 24,de 14 de
junho de 2011, que dispõe sobre o registro
de medicamentos específicos, alterada pela
RDC n°242/2018 no § 3° do art. 3°, no inciso
XII, do artigo 5°, no art. 6° e revogada parcial-
mente nos incisos XI e XIVdo art. 4°, o pará-
grafo único do art. 6°, os §§ 1° e 2° do art. 31
e os incisos I e III do art. 33; III - RDC Anvisa
n°98, de 1º de agosto de 2016, que dispõe
sobre os critérios e procedimentos para o
enquadramento de medicamentos como
isentos de prescrição e o reenquadramento
como medicamentos sob prescrição, edá
outras providências; IV - RDC Anvisa n° 107,
de 5 de setembro de 2016, que altera a RDC
nº 199, de 26 de outubro de 2006, que dispõe
sobre os medicamentos de notificação sim-
plificada, alteradaparcialmente pela RDC n°
242/2018 nos itens ácido fólico, carbonato
de cálcio + colecalciferol e sulfatoferroso;”
5. 003
que são as RDC´s nas quais você, profissio-
nal farmacêutico deverá se pautar caso haja
qualquer dúvida sobre as prescrições tanto
para sua própria orientação ou para auxiliar
o nutricionista.
Outros pontos importantes na resolução
que devem ser observados são “VI -conside-
rar as possíveis interações entre nutrientes,
não nutrientes, fármacos e plantas medici-
nais, bemcomo reações adversas poten-
ciais, toxicidade e contraindicações;”, ques-
tão na qual o farmacêutico pode e deve
estar atento, “VII - respeitar os limites de UL
(do inglêsTolerable Upper Intake Levels ou
Nível Superior Tolerável de Ingestão) para-
nutrientes e, em casos não contemplados,
considerar critérios de eficácia e segurança
com alto grau de evidências científicas; VIII -
respeitar as listas de constituintes autoriza-
dos para uso em suplementos alimentares,
prevista nos anexos I e II da IN Anvisa n°
28/2018 e suas atualizações, e os insumo-
sautorizados pela Anvisa, para comerciali-
zação, disponíveis nas farmácias de mani-
pulação;” Esse enegritado por nós é para
deixar que claro que além do que está na IN
28, insumos que por ventura não constem
da IN e sejam autorizados pela ANVISA
também estão permitidos. E no item IX “- na
prescrição de enzimas, indicar a atividade
enzimática em Unidades (U)i, e na de probió-
tico, em Unidades Formadoras de Colônias
(UFC);” Ou seja, nada de unidade de peso na
prescrição desses itens. Outro ponto de
atenção.
A resolução ainda conta com um glossário
final que auxilia a desambiguação de algu-
mas terminologias e pode auxiliar o farma-
cêutico tanto no contato com o nutricionista
que já sabe e domina todos os aspectos da
resolução quanto em visitas a profissionais
que estão começando e podem não estar
tão familiarizados com o tema.
Como podem ver essa expansão do campo
de atuação do nutricionista é uma ótima
notícia para o mercado magistral e irá exigir
conhecimento e domínio da legislação para
que dessa parceria se colha os melhores
frutos.
Abaixo segue a lista das legislações tratadas
para quem desejar se aprofundar. Boa leitura!
Referências consultadas
Resolução n. 656, de 15 de Junho de 2020. Dispõe sobre
a prescrição dietética, pelo nutricionista, desuplementos
alimentares e dá outras providências. Disponível em:
http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-656-de-
-15-de-junho-de-2020-262145306. Acesso em 03/07/20.
BRASIL, ANVISA. Alimentos. Legislação. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/legislacao-por-categoria-de-
-produto. Acesso em 26/09/19.
BRASIL, ANVISA. Alimentos. Suplementos Alimentares.
13.ago.19. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/su-
plementos-alimentares. Acesso em 26/09/19.
BRASIL, ANVISA. Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999.
Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos para
registro de Alimentos eou Novos Ingredientes, constante
do anexo desta Portaria. Disponível em: <http://portal.an-
visa.gov.br/documents/33916/394219/RESOLU-
CAO_16_1999.pdf/66b77435-cde3-43ce-839f-f468f480e
5e5>. Acesso em 03/07/20.
BRASIL, ANVISA. RDC 24 de 14 de Junho de 2011, atuali-
zada até a RDC 97 de 01 de Agosto de 2016 e alterada
pela RDC 242/18. Dispõe sobre medicamentos específi-
cos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/docu-
m e n t s / 3 3 8 3 6 / 2 9 5 7 2 1 3 / R D -
C+2411+-+atualizada.pdf/592f6198-85c5-4c95-b0af-0e6
a05a36122> . Acesso em 03/07/20.
BRASIL, ANVISA. RDC 98 de 01 de Agosto de 2016.
Dispõe sobre os critérios e procedimentospara o enqua-
dramento de medicamentoscomo isentos de prescrição
e o reenquadramentocomo medicamentos sob prescri-
çãoe dá outras providências. Disponível em:
<http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kuj-
r w 0 T Z C 2 M b / -
content/id/23376708/do1-2016-08-03-resolucao-rdc-n-9
8-de-1-de-agosto-de-2016-23376586>. Acesso em
03/07/20.
BRASIL, ANVISA. RDC 107 de 05 de Setembro de 2016
que altera a RDC 199 de 26 de Outubro de 2006 que
dispõe sobre medicamentos de notificação simplificada.
Disponível em: <http://www.in.gov.br/materia/-/asset_pu-
b l i s h e r / K u j r w 0 T Z C 2 M b / -
content/id/23527924/do1-2016-09-06-resolucao-rdc-n-1
07-de-5-de-setembro-de-2016-23527827>. Acesso em
03/07/2020.
Kennya Macedo
Farmacêutica
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Nosso cabelo está exposto a danos diários,
como radiação solar, poluição, tratamentos
químicos e até o simples fato de pentear.
Com isso, produtos cosméticos estão cada
vez mais ganhando espaço e importância
em nossa rotina, uma vez que são desenvol-
vidos de forma a devolver a maleabilidade
do cabelo, diminuir a eletricidade estática,
reduzir a fricção entre os fios e recondicio-
nar a fibra danificada.
Os óleos vegetais se destacam como impor-
tantes constituintes de produtos cosméti-
cos, seguindo uma tendência mundial de
incorporar ingredientes naturais em formu-
lações. Quando pensamentos em óleos
capilares, vem logo na nossa cabeça o
famoso óleo de cocoe suas infinitas recei-
tas que encontramos na internet, tem ele
puro, tem ele com maisena, encontramos de
todos os jeitos.
Quando surgiu o óleo de Argan, ninguém
imaginaria que pudesse surgir outro óleo à
altura, com tantos benefícios de revestir a
superfície dos fios, importante papel na
melhora das propriedades sensoriais e
manutenção da camada cuticular, que
possui a principal função a proteção da
região do córtex capilar, mas se tratando de
plantas medicinais a nossa biodiversidade
dá um show.
Hoje vou trazer para vocês o óleo sucesso
do momento, o óleo de Moringa Oleífera.
Sim, meus amigos farmacêuticos! Ele
chegou para abalar as estruturas da indús-
tria de cosméticos, está no topo da lista dos
óleos queridinhos para tratamento da pele e
do cabelo. Ele chegou para fazer a diferença
na saúde e recuperação dos fios.
Por Lívia Azevedo
A EVOLUÇÃO NA PROTEÇÃO
E REPARAÇÃO CAPILAR
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O óleo
Moringa oleifera Lamarck, da família
Moringaceae, é uma árvore nativa do
norte da Índia, hoje encontrado em diver-
sos países tropicais de baixa altitude,
incluindo-se zonas áridas.Um aspecto
importante, do ponto de vista agronômico
e ecológico, é o papel dos pigmentos,
responsáveis pela cor das flores, que
influem diretamente no comportamento
dos insetos em relação à planta. Esses
pigmentos pertencem essencialmente à
classe de flavonóides e carotenóides e
atuam como estimulante alimentar em
alguns grupos de insetos, nas regiões
áridas e semi-áridas
Diversos estudos científicos têm mostra-
do uma caracterização do óleo com um
alto teor de ácido oleico e diferentes
isômeros de tocoferol.A Moringa oleífera-
também contém o ácido berrênico que
resulta em formulações com característi-
cas muito desejáveis: a grande emoliên-
cia, mas sem o aspecto pegajoso que a
gente odeia após a aplicação.
Cabelos
No Brasil o uso de alisantes químicos é
crescente, visto que há uma prevalência
de cabelos crespos e ondulados. E esses
agentes são os que mais se destacam
entre os agentes que causam danos aos
fios.
Suas propriedades riquíssimas em vitami-
nas, ácidos graxos e proteínas, promovem
o tratamento de choque que a fibra capilar
maltratada por agentes externos como
poluição, cloro, água de praia, processos
químicos e até os raios solares.
Isso mesmo, o Óleo de Moringa de formar
uma película protetora exclusiva contra a
exposição em demasia ao sol. Vamos
combinar que esse é um violãozinho difícil
de escapar. Lembramos até do protetor
solar para o rosto e corpo, mas dificilmen-
te damos a mesma atenção para a prote-
ção aos cabelos.
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MAGI
Podemos citar como benefícios:
Combate a caspa: Problemas nesta área
podem ser facilmente resolvidos com a
aplicação do óleo diretamente no couro
cabeludo. A repetição do tratamento, resul-
tará em pouco tempo, na limpeza total da
escamação.
Regeneração dos fios: Sucessivas progres-
sivas, relaxamentos, alisamentos, aplica-
ções de tinturas e tantos outros procedi-
mentos podem e devem ser cuidadas com a
Moringa. O Óleo proporcionar a força, male-
abilidade, restaurando a fibra capilar. Os
minerais presentes em sua fórmula, poten-
cializam a sua ação de recuperação. Não
existe cabelo bonito sem tratamento. E esta
é uma excelente oportunidade de colocar
aquele projeto Rapunzel, que amamos defi-
nir assim, em ação!
Excelente finalizador: Molhado ou seco.
Antes da chapinha, como leave-in, ou na
hora de finalizar o penteado, podemos usar
o óleo de Moringa. A sua versatilidade de
uso promete (e cumpre!) resultados maravi-
lhosos em todos os tipos de cabelos.
Coloração: Para proteger o cabelo antes
desses dois procedimentos é indicado a
aplicação do Óleo antes dessas químicas.
Potencializador em máscaras: Uma ou
duas gotinhas nos seus produtos preferidos
para tratamento dos seus fios, pode resultar
em ainda mais brilho e hidratação.
Frizz: Sabe aqueles fios insistentes em ficar
levantados em toda a sua cabeça? Colocan-
do em prática a dica de utilizar o Óleo de
Moringa como um finalizador serve
também de forma eficaz na diminuição
desses fios atrevidos.
Então como uma amante do poder das plan-
tas medicinais posso dizer que o óleo pode
ser acrescentado em produtos já utilizados
na sua rotina capilar como as máscaras de
nutrição. Na umectação, isto é, aplicando o
Óleo por toda a extensão dos fios e deixan-
do agir por alguns minutos. Na finalização
da chapinha ou da escova. Com cabelos
úmidos ou secos.
Vocês vão obter resultados impressionan-
tes e jamais vistos antes.
Cabelos mais fortes, brilhosos e resistentes!
Recomendo sempre que antes de qualquer
iniciativa, você procure um profissional habi-
litado na área da cosmetologia.
Referência
ABURJAI,T,;NATSHEH,F.M.Plantsused in Cosmetics.Phy-
totherapyresearch : PTR,v.17,n 9,p.987-1000, v.2003.
KLEIMAN,R.;ASHLEY,D.A.;BORWN,J,H.COMPARISON OF
TWO SEED OILS USED IN COSMETICS,MORINGA AND
MARULA.IndustrialCropsandProducts ,v.28,n 13,p
361-364,nov.2008.
<https://www.moringacaribbean.pt/a428-belo-cabelo-
-com-moringa> Acesso em : 28 de junho de 2020
Livia Azevedo
Farmacêutica Clinica
021 98326-4730
Curta minha página no Instagram, essa e
muitas outras dicas!
@liviaazevedo.farmaceutica
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9. Por Julia Weber
A PELE E A PANDEMIA
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MAGI
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Estamos passando por um momento de
transformação, que o normal antes vivido
não existe mais. Precisamos nos adaptar ao
novo normal e isso engloba todo o nosso
ser.
A nova realidade modificou nossa rotina de
vida profissional, social e pessoal, assim
como: famílias estão convivendo 24 horas
por dia, crianças estão demandando maior
atenção dos pais, aulas online, home office,
perda de familiares e amigos, desemprego,
situação econômica, sedentarismo. Então,
hoje mais do que nunca, precisamos cuidar
da nossa saúde. Porém, apesar de todo o
cuidado com a higiene, uso de máscara,
ficar em casa e outros métodos de preven-
ção frente ao COVID-19 que nos preserva-
rão de sermos acometidos pelo vírus, já é
possível observar diversos efeitos colaterais
desta pandemia.
A saúde mental da população está afetada
pelo estresse, insegurança, medo e ansieda-
de. O que causam alterações no ciclo circa-
diano, aumento de radicais livres, aumento
de processos inflamatórios, aceleração o
envelhecimento e maior incidência da acne.
Para driblarmos essas intercorrências preci-
samos buscar ajuda de especialistas na
área de mindfullness, meditação, aromate-
rapia, chás e neurocosméticos (como o
Prodizia e o Neuroguard que auxiliam a
combater a fadiga cutânea).
A íntima ligação da epiderme e o sistema
nervoso se deve a origem embrionária a
partir do mesmo folheto, o ectoderma. Com
isso, por vezes, nossas emoções geram
efeitos cutâneos assim como as lesões na
pele oportunizam distúrbios psíquicos.O
atual momento expôs todos os indivíduos a
diversos agentes estressores de alto impac-
to psicodermatológicoque agem diretamen-
te na pele, que tem a sua função de reparo
reduzida, facilitando a perda de água tran-
sepidérmica, oportunizando a permeação
de substâncias e o acometimento de bacté-
rias e vírus na pele.
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MAGI
O estresse causa um aumento de radicais
livres que agridem as células do organismo,
geram peroxidação lipídica e danos ao DNA
que modificam toda a parte tecidual. Para
conter a produção de radicais livres pode-
mos indicar o uso de antioxidantes, tanto de
uso oral quanto uso tópico: Ácido Ferulíco,
Picnogenol, Redorange, Coenzima Q10, Res-
veratrol, Vitamina C, Vitamina E, Physasun.
As principais reclamações recebidas no
atendimento nas farmácias magistrais são
referentes as complicações dermatológicas
como a queda capilar, agravo da psoríase e
dermatites, surgimento de acne e manchas,
privação do sono, desânimo e aumento de
peso. Tais desordens podem ser, diretamen-
te, relacionadas ao distanciamento social,
mudanças da rotina e as incertezas decor-
rentes da pandemia.
O agravo de dermatoses, como psoríase e
eczemas, é consequência do aumento dos
processos inflamatórios, alterações hormo-
nais, modificação da microbiota cutânea e
do fator natural de hidratação. Para o trata-
mento destas disfunções precisamos refa-
zer a barreira lamelar, contendo a perda de
água transepidérmica e atenuando os
processos inflamatórios. Temos como
opção ativos ricos em ceramidas e ômegas
que são biocompatíveis e formam um filme
semi-oclusivo, favorecendo a manutenção
hídrica da pele; ativos como Psodermax e
Modukine agem na modulação da inflama-
ção, reduzindo os sintomas de prurido, erite-
ma, e proliferação inadequada de queratinó-
citos.
O grande período de isolamento social favo-
receu a exposição a poluentes indoor:equi-
pamentos eletrônicos; ácaros; alta exposi-
ção ao calor (banho quente, fogão); animais
de estimação. Esses fatores causam modi-
ficação de barreira, aumento de radicais
livres, sensibilização, aumento de disfun-
ções cutâneas como dermatites, acne,
envelhecimento, melasma, urticária.
Os melanócitos são neurônios modificados
e por isso são considerados células de
comando. Assim, ao sofrerem algum tipo de
estresse eles sinalizam a necessidade de
proteção à pele e passam a uma produção
exacerbada de melanina, que se deposita
nos queratinócitos acarretando no surgi-
mento de manchas na pele. Ativos como
Physasun, Phisavie, Neurolight, protegem a
pele frente a agressões externas como alte-
rações de temperatura e foto exposição.
A acne é umas das principais reclamações
de balcão. Dentre as razões quanto ao
aumento da ocorrência da acne temos as
mudanças alimentares, com maior ingesta
de carboidratos e açúcares; maior período
de exposição a microrganismos, como
ácaros presentes pela casa; mais tempo
junto dos animais de estimação que pos-
suem uma microbiota diferentes dos huma-
nos; e as questões psicológicas que alteram
os níveis hormonais. Todos esses fatores
afetam a produção de sebo pelas glândulas
sebáceas, aumentando a oleosidade e favo-
recendo o desenvolvimento da Cutibacti-
rium acnes. Para atenuar tais efeitos pode-
mos utilizar ativos como: Sebonormine, Fen-
sebiome, Óleo essencial de melaleuca, Vero-
chic, SkinBiotics, Canabidiollike.
As complicações dermatológicas decorren-
tes pelo uso prolongado de equipamentos
de proteção individual (EPI) e a necessidade
de higienizar as mãos frequentemente
afetam, principalmente, os profissionais da
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MAGI
preparada para viver um momento de intros-
pecção bem como olhar para dentro do seu
lar. A fragilidade do momento propicia o
desencadeamento de diversas doenças que
aproveitam a oportunidade para acometer a
população. A farmácia magistral, junto aos
demais profissionais da saúde, tem um
mundo de possibilidade para ajudar a melho-
rar a saúde mental, física e social da comuni-
dade na qual está inserida.
Referências
Hoffmann,F.Setal.Aintegraçãomenteecorpoempsico-
dermatologia. Psicol. teor. prat. v.7 n.1 São Paulo jun.
2005.
Rodriguez-Vallecillo E et al. Dermatological manifesta-
tions of stress in normal and psychiatric populations.
PsychiatrClin North Am. 2014 Dec;37(4):625-51.
Suárez, A.L et al. Psychoneuroimmunology of psychologi-
cal stress and atopic dermatitis: pathophysiologic and
therapeutic updates. Acta DermVenereol. 2012
Jan;92(1):7-15.
Ramalho,A.Oetal.Lesõesdepelerelacionadasaousode
equipamentos de proteção individual em profissionais da
saúde: estratégias de prevenção frente à pandemia por
Covid-19. São Paulo: GPET, SOBEST, 2020.
Sociedade Brasileira de Dermatologia. Estresse e somati-
zação podem levar o corpo a apresentar doença de pele.
Acessado em 10 de jul de 2020: https://www.sbd.org.br/-
n o t i c i a s / d e r m a t o l o g i s t a s - a l e r t a m - p a ra -
-agravamento-de-doencas-de-pele-durante-a-pandemia/
Costa, A et al. Fatores etiopatogênicos da acne vulgar.
AnBrasDermatol. 2008;83(5):451-9.
Julia Weber
Dra. em ciências magistral
055 9948-5310
saúde. Dentre as manifestações cutâneas
temos o ressecamento, descamação, erite-
mas, fissuras, prurido, lesão por pressão,
infecções secundárias e o agravamento de
dermatoses preexistentes.
O uso da máscara por um longo período de
tempo é um fator desencadeante de sensibi-
lização, irritação e afecções cutâneas
faciais. A máscara causa o abafamento do
local e propicia o acúmulo de impurezas,
consequentemente, maior é o desenvolvi-
mento de bactérias e vírus. Isso gera um
desequilíbrio na microbiota cutânea alteran-
do a barreira de defesa da pele, o que favore-
ce o surgimento de acne, dermatites, rosá-
cea, urticária. Manter a rotina skincare é
essencial, pois com a pele limpa, hidratada e
sem maquiagem conseguimos minimizar o
aparecimento de possíveis desordens cutâ-
neas.
O uso exacerbado de álcool em gel pode
gerar o ressecamento da pele, pois, além de
destruir as proteínas e lipídeos dos microrga-
nismos patogênicos, o álcool tem caracterís-
ticas irritativa e desengordurante o que pode
agredir o manto hidrolipídico da pele causan-
do ressecamento e favorecendo o acometi-
mento de afecções cutâneas. Por isso a
importância da farmácia magistral em
desenvolver álcool em gel com agentes
hidratantes, assim como cremes com ação
calmante, hidratante e reparadora de barrei-
ra.
Por fim, a pandemia veio para nos “tirar dos
trilhos”, nos pedir mais cuidado e amor ao
próximo. A maioria das pessoas não está
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12. "Pediu tá pedido, não pode ficar arrependido"
A frase é de uma personagem de programa
humorístico televisivo, que se apresentava
como “gênia da lâmpada”, e não tinha muita
habilidade para interpretar os desejos dos
seus amos, o que eventualmente acarretava
alguns probleminhas com a satisfação do
cliente, digamos assim.
Quando tratamos de processos produtivos, e
recorro novamente aos 6M de Ishikawa, o
material de partida é um ponto crítico, e qual-
quer variação na sua forma, composição ou
outra característica vai levar a um produto
final diferente do esperado.
Uma não-conformidade dificilmente pode
ser atribuída a uma causa única, sendo mais
comum que uma cadeia de variações seja
responsável pelo desfecho insatisfatório.
Quando restringimos as variáveis do proces-
so é possível atingir um padrão definido por
duas palavras que eu, particularmente, apre-
cio muito: CONFORMIDADE e REPRODUTI-
BILIDADE.
A primeira diz respeito ao método, a segunda
ao resultado, e ambas fazem muita diferen-
ça quando o tema é produto individualizado.
Vamos a algumas considerações a respeito.
Para qualquer tipo de produção, a primeira
questão a ser respondida é: definimos o
método etemos todos os materiais, máqui-
nas, mão de obra, condições ambientais e
padrões para executar a produção? A falta
de respostas, ou meias respostas, pode
custar muito caro.
1909.... Início da construção do RMS Titanic,
em Belfast, nos estaleiros Harland and Wolff.
Foi lançado ao mar em 31 de Maio de 1911,
saindo em viagem inaugural em 10 de Abril
de 1912, na rota Southhampton – Nova
Iorque, passando por Cherbourg-Octeville
(FRA) e Queenstown (IRL).
Seu projeto previa manter a navegabilidade
mesmo se 4 de seus 16 compartimentos
estanques fossem inundados. Seriam
necessários 3 milhões de rebites de aço
carbono para assegurar a estrutura de cada
um dos navio em construção no estaleiro (3
na época), com data de entrega de marcada.
A demanda foi superior à capacidade da
010
news.com.br
MAGI
Por Gelza Rúbia
QUANTO CUSTA UMA ESPECIFICAÇÃO?
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13. 011
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MAGI
siderúrgica fornecedora do estaleiro (traba-
lho MANUAL), o que levou à subcontratação
de empresas sem processos e materiais
igualmente qualificados – produzidos com
ferro forjado com traços de escória acima do
permitido (baixa resistência). Estes seriam
usados em áreas de menor comprometi-
mento ou risco de colapso, na proa e popa –
RISCO CONHECIDO!
Às 23:30h de 14 de Abril, ao fim do quarto dia
de viagem, um iceberg no meio do cami-
nho... Na proa. Colisão, um rasgo nas
chapas, seis compartimentos inundados e
naufrágio.
Na partida levava 885 tripulantes e 1316 pas-
sageiros, 2201 pessoas no total. 1514
pessoas, contagem mais aceita, não chega-
ram à América.
Certamente essa foi uma das causas contri-
buintes do acidente, não a única, mas a falta
de CONFORMIDADE e REPRODUTIBILIDADE
na produção dos rebites deu chance a uma
cadeia de eventos que culminou no naufrá-
gio.
A essa hora você pode estar pensando sobre
o quanto é relevante para a farmácia com
manipulação estabelecer a correta especifi-
cação de TODOS os seus insumos. Reforço,
TODOS.
Vou acrescentar um relato pessoal, numa
área onde ainda temos muitas fragilidades,
os fitoterápicos. Temos regramentos que
estabelecem que as especificações para
insumos deverão conter as informações
necessárias para manter as características e
possibilitar a correta identificação de cada
matéria-prima comprada pela farmácia.
Para os fitoterápicos, entre outros itens, a
denominação botânica é IMPRESCINDÍVEL
– se não, vejamos:
Para Erva-de-São-João, por exemplo, temos
duas espécies que recebem a mesma deno-
minação popular, sendo, porém, totalmente
distintas em suas características botânicas
e usos terapêuticos, fato que descobri após
uma compra onde não constava no pedido o
nome botânico da espécie. Sim, senhores,
acontece nas melhores famílias e farmácias.
A erva que eu desejava comprar era o Hyperi-
cum perforatum, espécie exótica, com
propriedades ansiolíticas e eventualmente
manifestações de hepatotoxicidade e fotos-
sensibilidade, sendo seu uso restrito à pres-
crição médica.
O que recebi foi a Erva-de-São-João nacio-
nal, o Ageratum conizoides, que tem outros
nomes menos santos como catinga-de-bo-
de e picão-roxo, com propriedades tônicas,
carminativas e anti-inflamatórias, entre
outras. Em resumo, nada haver com nada,
mas exatamente o que foi pedido – “não
adianta ficar arrependido”, lembra?
E se, hipoteticamente, além da ausência de
especificação de compra, a conferência das
informações do laudo tivesse falhado? O
prejuízo terapêutico seria completo.
Então, seja para grandes navios transatlânti-
cos, ou medicamentos, ou outros produtos
para a saúde individualizados, tenha em
mente que CONFORMIDADE e REPRODUTI-
BILIDADE são mais que a alma do negócio –
são o negócio em si.
Texto disponível em: https://pharma360.-
com.br/2020/07/21/quanto-custa-uma-es-
pecificacao/
Gelza Rúbia Rigue de Araujo
Farmacêutica Consultora
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INOVAÇÃO E EVOLUÇÃO DO
ÁCIDO RETINÓICO
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Por Márcio Guidoni
RETINOIDES
A vitamina A (retinol) e seus derivados, cole-
tivamente chamados de retinóides desem-
penham um papel importante na regulação
de várias funções fisiológicas, incluindo o
sistema imune, formação óssea, morte
celular programada, hematopoese e visão.
Os retinóides regulam também a prolifera-
ção e diferenciação celulares, desempe-
nhando importante papel no desenvolvi-
mento e crescimento normais e ainda no
tratamento dermatológico, na supressão da
carcinogênese, artrite, além de outras condi-
ções clínicas.
O retinol é armazenado no fígado, porém,
sua ação fisiológica, com exceção da visão,
é em geral mediada por seu metabólito, o
ácido retinóico. Retinóides sintéticos foram
introduzidos como drogas experimentais
em meados da década de 70 e foram apro-
vados para uso no tratamento dermatológi-
co de psoriase no início da década de 80,
sendo eficazes no tratamento desta patolo-
gia, pois normalizam a diferenciação e hiper-
proliferação de queratinócitos e infiltração
de células inflamatórias na pele. Os retinói-
des são muito utilizados no tratamento de
acne, entretanto, o uso prolongado de
retinóides por via oral está associado a
muitos efeitos adversos, incluindo toxicidade
e teratogenicidade.
A descoberta e caracterização de receptores
de retinóides trouxe muitos avanços sobre a
compreensão do mecanismo de ação dos
retinóides, porém, os efeitos pleiotrópicos do
AR, especialmente sobre a epiderme, não
estão completamente esclarecidos. Os
retinóides são moléculas pequenas que
atuam como hormônios e eliciam sua ativi-
dade biológica através da ativação de recep-
tores nucleares, que levam à modulação da
transcrição gênica.
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MAGI J U L H O 2 0 2 0
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Há duas famílias estruturalmente e farma-
cologicamente distintas de receptores de
retinóides, a família de receptores do ácido
retinóico (RAR) e a família de receptores de
retinóides X.
Cada família contém três subtipos distintos
de receptores: α, β, e γ, codificados por dife-
rentes genes. Os RARs são ativados pelo
ácido retinóico all-trans e tem sido proposto
que o ácido retinóico 9-cis seja o ativador
fisiológico dos receptores RXRs. Os recep-
tores RARs e RXRs estão sempre na forma
dimérica, in vivo. Os RARs aparecem
sempre complexados aos RXRs, possibili-
tando 9 permutações diferentes. Os RXRs
podem existir como homodímeros ou hete-
rodímeros com: RARs, receptores para vita-
mina D3 , receptores para o hormônio tireoi-
diano T3 , além de outros. A formação de
heterodímeros possibilita a formação de
vias de sinalização cruzada entre os hormô-
nios.
Os retinóides têm efeito direto e indireto
sobre a transcrição gênica. Seus efeitos
diretos são mediados pelos elementos de
resposta na região promotora dos genes-al-
vo. Há vários elementos de resposta na
região promotora dos genes-alvo de retinói-
des, que induzem, assim, os efeitos pleiotró-
picos do AR. O AR pode antagonizar os efei-
tos de fatores de transcrição nucleares,
como os fatores oncogênicos AP1 e NF-IL6,
que aparecem ativos em condições de
hiperproliferação e inflamação, determinan-
do seus efeitos indiretos. A ativação e
repressão gênicas induzidas pelos retinói-
des modificam vários passos metabólicos,
que incluem a proliferação e diferenciação
celulares, a inflamação e atividade de glân-
dulas sebáceas. A existência de vários tipos
de receptores retinóicos significa que os
efeitos farmacológicos dos diferentes
retinóides variam com a seletividade dos
receptores. O tipo predominante de receptor
RAR expresso na epiderme humana é o RAR
γ, sugerindo que este seja o principal media-
dor da ação do ácido retinóico sobre a pele.
RETINOIDES TÓPICOS
A aplicação tópica de ácido retinóico e
outros retinóides têm demonstrado efeitos
terapêuticos positivos no tratamento de
dermatoses como a acne, psoriase e desor-
dens da queratinização da pele, porém, o
padrão histológico da epiderme sob efeito
do ácido retinóico não foi determinado. No
presente trabalho o ácido retinóico parece
não ter modificado a morfologia celular, con-
tudo interferiu no crescimento celular. A
regeneração da epiderme foi observada no
grupo controle, sendo que 14 dias após a
lesão as camadas de células epiteliais, o
tecido conjuntivo e presença de glândulas
demonstraram um padrão histológico seme-
lhante à epiderme não lesada. Este padrão
histológico foi muito diferente no grupo
tratado. A camada de células epiteliais apre-
sentou-se menos estratificada e houve
formação de tecido conjuntivo mais frouxo
que o normal. Assim, o AR parece ter induzi-
do reparo e não regeneração. A inibição de
crescimento celular foi relatada por outros
autores em estudos in vitro. Shapiro e Poon
(1979) analisaram células epiteliais intesti-
nais humanas em cultura e observaram que
o tratamento com AR inibiu o crescimento
celular. Contudo, o AR parece ter um efeito
inibitório maior sobre o crescimento de célu-
las epiteliais, provavelmente, porque este um
tecido alvo da ação dos retinóides. O resulta-
do mais surpreendentes do presente traba-
lho foi a indução de reação inflamatória pelo
AR. Gollnick e Schramm (1998) relataram
que o AR alltrans aplicado topicamente dimi-
nuiu as lesões causadas pela acne comedô-
nica e papulopustulosa e que o AR apresen-
tou um pequeno efeito anti-inflamatório
sobre as lesões. Elbaum (1988) observou
uma diminuição das lesões inflamatórias no
tratamento de acne com AR. Resultados
similares foram observados por Domínguez
et al. (1998).
A aparente contradição com os resultados
deste trabalho pode ser atribuída ao fato de
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news.com.br
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que o efeito anti-inflamatório observado
pelos referidos autores, expressam apenas
o efeito do AR sobre a diminuição da coloni-
zação bacteriana e não uma reação inflama-
tória tecidual como a observada no trata-
mento das lesões da pele aqui analisadas. A
intensa reação inflamatória local e a redu-
ção do crescimento celular talvez justifi-
quem o padrão histológico induzido pelo AR,
compatível com reparo e não regeneração.
O número de fibroblastos foi menor no
tecido tratado do que no controle, com exce-
ção do 3o dia após a indução da lesão, o que
provavelmente justifique a formação de
tecido conjuntivo mais frouxo no tratado em
comparação ao controle. Os fibroblastos
são responsáveis pela formação da matriz
extracelular e quando completamente dife-
renciados são caracterizados pela síntese
de colágeno tipo I (Muller et al., 1977), uma
proteoglicana contendo sulfato de condroiti-
na (Kimura et al., 1981), e pela síntese de
glicoproteínas como a fibronectina (Hewitt
et al., 1982).
Os colágenos formam uma família de prote-
ínas estruturais da matriz extracelular de
organismos diversos. Em mamíferos foram
descritos 19 tipos diferentes de colágeno
codificados por mais de 30 genes (Metsa-
ranta et al., 1995). A expressão de padrões
de colágeno em tecidos embrionário e
adulto exibem especificidade celular espa-
cial e temporal, entretanto o mecanismo
que regula a expressão de padrões comple-
xos é pouco conhecida. Acredita-se que a
expressão têmporo-espacial do colágeno
tipo I seja importante para a manutenção da
pele normal, isto é, tecido onde esse tipo de
colágeno é predominantemente encontrado.
Estudos in vitro revelaram que o ácido
retinóico pode alterar características especí-
ficas dos fibroblastos, incluindo formato da
célula (Shapiro e Poon, 1976), síntese de
glicosaminoglicanas (Swiderski e Solursh,
1992) e a síntese de proteínas como diminui-
ção de colágeno tipo I e aumento de fibro-
nectina e colágeno III (Horton et al., 1987),
sugerindo que o ácido retinóico pode alterar
a expressão gênica de fibroblastos. No
presente trabalho foi verificado que o AR
inibiu a proliferação de fibroblastos e pode
ainda ter causado alterações metabólicas
dessas células. Processos como a morfogê-
nese, regeneração e reparo requerem altera-
ções significativas de morfologia e cresci-
mento celular, bem como alterações na
matriz extracelular. Os dados deste trabalho
demonstraram que o ácido retinóico parece
modular o metabolismo da epiderme, con-
trolando tanto o crescimento celular como a
atividade metabólica celular.
Referência Bibliográfica
R. Un. Alfenas, Alfenas 5:51-56, 1999.
Marcio Guidoni
Dr. em Farmácia
(027) 99986-5700
17. 015
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O PODER DA MENTE
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Sem autocontrole e domínio do pensar, não
há harmonia, nem inovação.
Provavelmente você já ouviu dizer que as
palavras têm poder. Mas os pensamentos
têm ainda mais!
Não é verdade que quando acreditamos que
uma coisa vai dar errado, ela geralmente dá
e ficamos frustrados (as)? Pois é.
De qualquer forma, devíamos lembrar que o
contrário também é possível. Sim! Nossa
mente é maravilhosa e capaz de fazer
coisas incríveis.
Mas daí vem uma pergunta: você tem con-
trole sobre o que pensa? Se a resposta for
“NÃO”, certamente você está permitindo que
as armadilhas mentais aprisionem e impe-
çam seu desenvolvimento pessoal e profis-
sional em todos os sentidos.
Para se libertar de uma vez por todas de pen-
samentos que fazem fronteiras com ideias do
tipo “eu não vou conseguir” ou “isso não é pra
mim”, por exemplo, precisamos ir mais a
fundo e identificar as armadilhas mentais
nocivas em suas profundezas.
Uma vez que conhecemos os pensamentos
incapacitantes, damos o primeiro passo para
nos livrarmos deles.
Pensamento 8 ou 80: percebe os fatos ou
pessoas apenas de dois modos, em termos
de tudo ou nada. Exemplo: se eu não tiver
uma boa quantia, melhor nem investir.
Pensamento Adivinhador: previsão negativa
do futuro, adiantando problemas que talvez
nem aconteçam. Exemplo: não vou conseguir
Por Francieli Pagliari
18. ganhar mais dinheiro.
Pensamento Rotulação: coloca rótulos em
si, nos outros ou numa situação. Exemplo:
sou ruim nisso. Ela é ruim naquilo. Isso não
vai mudar.
Pensamento Negativista: experiências posi-
tivas não contam ou são diminuídas. Exem-
plo: economizei quinhentos reais esse mês,
mas isso não é nada!
Pensamento Generalizado: considerar algo
específico como um padrão geral. Exemplo:
eu nunca consigo poupar dinheiro.
As distorções cognitivas ou armadilhas do
pensamento são uma forma errada de inter-
pretar a realidade. Não são os fatos, mas
você pensa e enxerga como reais. Muito
potencial é desperdiçado através destes
pensamentos que acabam se tornando
verdades absolutas e guiam nosso destino.
Sempre que qualquer pensamento destes
surgir, é importante sermos capazes de
deixá-lo ir, de modo indiferente, desapegan-
do do pensamento e não fazendo com que
ele nos domine, afinal, nós é que temos con-
trole sobre nosso diálogo interno.
No começo, essa prática do desapego pode
parecer difícil, no entanto, quanto mais viven-
ciarmos essa experiência, melhor dominare-
mos a arte da não-identificação do fluxo cons-
tante da mente.
Mudar a maneira de pensar, traz inovação às
nossas vidas e inspiração para fazer sempre
o melhor de forma natural. Isso quer dizer que
podemos entender melhor crenças individu-
ais e do grupo, aprendendo coisas novas e/ou
inovando as antigas. Por isso, reconheça-se
como uma pessoa vencedora, cheia de opor-
tunidades e que consegue ser otimista. Pen-
samento positivo!
Já dizia Mahatma Gandhi: “Mantenha seus
pensamentos positivos, porque seus pensa-
mentos tornam-se suas palavras. Mantenha
suas palavras positivas, porque suas palavras
tornam-se suas atitudes. Mantenha suas
atitudes positivas, porque suas atitudes
tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábi-
tos positivos, porque seus hábitos tornam-se
seus valores. Mantenha seus valores positi-
vos, porque seus valores tornam-se seu desti-
no.”
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E D I Ç Ã O 0 3
O pensamento positivo na vida
pessoal e profissional
Na vida pessoal, ele trabalha a nossa resili-
ência e gratidão, despertando um sentimen-
to otimista com relação a qualquer situação
ou pessoa e agradecendo pelo que somos e
temos até o momento.
Na trajetória profissional ajuda atingir objeti-
vos com maior facilidade por pensar na
solução para resolver problemas, utilizando
as emoções positivas como instrumentos
para o crescimento da carreira ou do negó-
cio.
Quando você vai mudando o “pensar” e o
“agir”, vai influenciando pelo exemplo e pela
perseverança e percebendo que pequenas
revoluções podem mudar o mundo – o
mundo de dentro e de fora da gente –
trazendo equilíbrio e bem-estar em todas as
experiências vividas.
A nossa qualidade de vida é reflexo de como
nos sentimos em cada momento e para
manter a mente onde você quer e tirar dela
àquelas armadilhas que nos prejudicam, é
importante utilizar todas as técnicas psicoló-
gicas existentes.
Agora, já que as palavras e o pensamento têm
poder e temos controle sobre eles, repitam
comigo e gravem isso: EU QUERO. EU POSSO.
EU CONSIGO. EU VOU.
Força e empodere-se!
Francieli Pagliari
Gerente de Trade Marketing
(011) 98657-7250
20. Por Adrielle Brandão
A AUTOMEDIÇÃO, O USO IRRACIONAL
DE MEDICAMENTOS NO BRASIL E A
IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NO
COMBATE À ESTAS PRÁTICAS
news.com.br
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A automedicação é uma prática que existe
desde o início da humanidade e consiste no
ato de medicar-se por conta própria. Todos
nós, pelos menos uma vez na vida, já ouvi-
mos de nossas mães, tias ou avós frases
como: “Tá com dor disso, toma chá daquilo
que passa!”, ou então – “Toma o remédio X
que é tiro e queda!” – Verdade ou não, quem
nunca seguiu estes conselhos ou se depa-
rou com tais dicas?
Essa prática, assim como o uso irracional de
medicamentos são amplamente difundidas
em diversos países do mundo. E no Brasil
não é diferente. Tanto que, o país está
presente entre os dez maiores mercados
consumidores de medicamentos do mundo.
E infelizmente, ambas as práticas tendem a
acarretar uma série de problemas, como:
não surtir efeito algum; mascarar sintomas,
e daí tornar mais difícil o diagnóstico de
certas enfermidades e agravar doenças,
além de causar sérios danos ao organismo,
ao atingir órgãos que não estão doentes.
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21. news.com.br
MAGI
019
Dentre muitos fatores que con-
tribuem para a automedicação
no Brasil, podemos destacar:
1) Problemas financeiros: Muitas vezes, o
indivíduo detecta um problema, seja uma
dor física ou mesmo uma alteração corporal
e por não possuir um plano de saúde e na
impossibilidade de consultar-se com um
médico ou Especialista, por exemplo, opta
por automedicar-se;
2) Questões culturais e sociais: Tendo em
vista o exposto no início deste texto, no qual
ações costumeiras, como o “famoso chá da
vovó” que tendia a resolver tudo, sem (de
acordo com o próprio paciente) a necessi-
dade da análise de um profissional da
saúde;
3) A alta influência das ações publicitárias
veiculadas pela indústria farmacêutica nas
mídias;
4) A fácil acessibilidade por parte do consu-
midor quanto aos medicamentos isentos de
prescrição – “os famosos MIPs; dentre
outros.
De acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS), entende-se que há uso racio-
nal de medicamento quando os pacientes
os recebem para suas condições clínicas
em doses adequadas às suas necessidades
individuais, por um período adequado e ao
menor custo para si e para a comunidade.
Já os exemplos de uso irracional de medica-
mentos incluem desde a "polifármacia" -
utilização de muitos medicamentos por
paciente -, até o uso inadequado de antimi-
crobianos, muitas vezes em dosagem
inadequada para infecções não bacterianas;
uso excessivo de injeções, quando as
formulações orais seriam mais apropriadas.
A OMS estima ainda que, mais da metade
de todos os medicamentos são prescritos,
dispensados ou vendidos de forma inade-
quada e que metade de todos os pacientes
não os utiliza corretamente.
Em relação a automedicação e considerando
a utilização de um MIP, como ex.: a vitamina
A: estudos comprovaram que, quando con-
sumida em altas doses e por um longo perío-
do de tempo, pode causar distúrbios neuroló-
gicos. O uso inadequado em crianças
também pode acarretar problemas, como
hipertensão craniana. Ainda neste quesito de
automedicação pelo uso de um MIP, o uso
excessivo e inadequado de alguns analgési-
cos também chama a atenção, uma vez que
podem causar lesão aguda na mucosa
gástrica e são contraindicados para o
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22. news.com.br
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020
tratamento da dengue, devido causar sangra-
mentos e hemorragias internas. Há também
a preocupação com o uso abusivo de medi-
camentos para sintomas da gripe, os quais
podem aumentar a pressão arterial, intraocu-
lar e os batimentos cardíacos.
Outro ponto importante a considerar é que a
automedicação pode causar o que chama-
mos de interação medicamentosa. Isto é,
quando “combinarmos medicamentos”, um
pode interferir na ação do outro, potenciali-
zando ou até anulando-a. Este tipo de intera-
ção também ocorre quando utilizamos
determinados medicamentos em conjunto
com certos alimentos. Vale ressaltar que,
todos os medicamentos (sem exceção)
possuem efeitos adversos e podem provo-
car diversos e consideráveis riscos à saúde.
O número de vítimas causado por intoxica-
ção medicamentosa é deveras considerável
no Brasil. E de acordo com a ABIFARMA -
Associação Brasileira de Indústrias Farma-
cêuticas - aproximadamente 20 mil pessoas
vêm a óbito no país, sendo vítimas da auto-
medicação.
Como citamos acima, uma das causas para
a automedicação consiste na fácil acessibi-
lidade do paciente aos MIPs, como por
exemplo o Paracetamol. Este medicamento
é considerado a primeira escolha no trata-
mento de dores leves à moderadas, pois
tem potente ação antitérmica e analgésica e
são mais eficazes e seguros, se compara-
dos à outros medicamentos da classe
AINES (Anti-inflamatórios não esteroides).
Em doses terapêuticas, os riscos da auto-
medicação de Paracetamol são menores e
incomuns, entretanto, podem ocorrer
reações alérgicas cutâneas e o uso contí-
nuo por um período longo, pode aumentar o
risco de lesão renal. As doses tóxicas de
Paracetamol são duas a três vezes a dose
terapêutica máxima, equivalente a 4g/dia. E
no primeiro momento, pode provocar náu-
seas e vômitos e em até 48 horas depois
pode ocorrer a lesão hepática fatal. Inclusi-
ve, a toxicidade do Paracetamol é potenciali-
zada com o uso crônico e excessivo de
álcool. Além deste, há outros medicamen-
tos que compõe a listagem dos MIPs e que
são deveras utilizados para automedicação,
como exemplos, o AAS (Ácido Acetilsalicíli-
co) e também a Dipirona.
Mas independente desta listagem e anali-
sando todo o cenário problemático advindo
da automedicação, a assistência farmacêu-
tica é essencial para prevenir erros e minimi-
zar esta problemática. Pois, além da espe-
cialização para atuar em diversas áreas
como farmacologia, hospitais, farmácias e
drogarias, o Farmacêutico é o principal
responsável pela orientação e dispensação
segura dos medicamentos. Já que é no ato
da aquisição que o paciente vai receber as
orientações sobre a posologia* dos
mesmos.
Para que esse trabalho seja possível e alta-
mente eficaz, o Farmacêutico precisa escu-
tar as necessidades dos pacientes e
demonstrar real interesse nos casos. Assim,
a tendência será o aumento de pacientes
que passarão a procurar mais vezes o
profissional Farmacêutico para receber as
orientações e fazer o uso correto das medi-
cações. É importante lembrar também que,
algumas perguntas devem ser realizadas
aos pacientes, como: idade, motivo para a
solicitação do medicamento, tempo de
duração dos sintomas, se o paciente utiliza
outros medicamentos em conjunto e etc.
Feita esta triagem e após uma avaliação
crítica das informações, o farmacêutico
pode indicar algum MIP, ou dependendo do
caso, orientar o paciente para que se dirija à
uma unidade básica de saúde. No caso da
indicação do MIP, é de extrema importância
que Farmacêutico oriente quanto a posolo-
gia e fale também das possíveis reações
adversas.
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Obviamente que, o farmacêutico depende e
muito da colaboração dos demais profissio-
nais da área da saúde para promover à
população a melhor assistencialidade pos-
sível. Mas a atuação do Farmacêutico frente
à defesa do uso racional de medicamentos
é uma oportunidade de desempenhar seu
papel na sociedade, entregando um serviço
de qualidade. Ademais, a automedicação é
um problema de saúde pública. Assim, o
Farmacêutico deve sim, compor as equipes
de saúde, visando a melhoria e a conscienti-
zação constante da população frente à
utilização dos medicamentos.
*Posologia: Relacionada ao tempo de ação
e a dose terapêutica do medicamento envol-
vido. Isto é, trata-se do número de vezes e a
quantidade de medicamento que deve ser
utilizada por dia e que pode variar de acordo
com o paciente, da doença que está sendo
tratada e também de acordo com o tipo de
medicamento utilizado.
Referências:
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dicamentos
https://saude.abril.com.br/blog/cientistas-explicam/a-
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https://panoramafarmaceutico.com.br/
https://www.scielosp.org/article/rsp/2015.v49/36/pt/
h t t p : // p o r t a l . a n v i s a . g o v. b r / d o c u m e n t -
s / 3 3 8 5 6 / 1 4 3 6 0 9 9 / C a m p a -
nha+A+informa%C3%A7%C3%A3o+%C3%
http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/12308
Adrielle Brandão
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24. Por Reginalda Russo
ESTRATÉGIAS DE SUPLEMENTAÇÃO
NUTRICIONAL ALIADA À REGENERAÇÃO
TECIDUAL
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A preocupação do ser humano com o
estado de saúde e estética da pele, bem
como os cuidados para a sua manutenção
remontam a antiguidade. Os egípcios
usavam óleos essenciais para criar cremes
antirrugas e na Roma antiga, esfoliações
com sementes e mel eram bem populares.
O que dizer então sobre a preocupação e
cuidado com feridas e lesões e com sua
adequada cicatrização para não deixar
marcas inestéticas na pele comprometendo
o epitélio íntegro.
Neste artigo, será abordado um aspecto
novo sobre o cuidado com a cicatrização de
feridas que tem gerado muitas pesquisas e
estudos: Estratégias de suplementação
nutricional com foco na regeneração tecidu-
al.
“Cuidando da pele de dentro para fora”.
O complexo processo de cicatri-
zação
O processo de cicatrização consiste em
uma perfeita e coordenada cascata de even-
tos celulares, moleculares e bioquímicos
que interagem para que ocorra a reconstitui-
ção tecidual. É um processo comum a todas
as feridas, independentemente de sua etio-
logia e é um processo sistêmico e dinâmico
que está diretamente relacionado às condi-
ções gerais do organismo.
O mecanismo da cicatrização como uma
sequência ordenada de eventos foi descrito
pela primeira vez em 1910 e mais recente-
mente, esse processo foi reclassificado em
três fases divididas apenas por uma ques-
tão didática em:
FASE INFLAMATÓRIA
Caracterizada pela mobilização de leucóci-
tos e monócitos, através de nossa eficiência
imunológica, bem como de mediadores e
neurotransmissores pró-inflamatórios.
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FASE PROLIFERATIVA OU DE GRANULAÇÃO
Formação de colágeno, que é responsável
pela sustentação e força tensora da cicatriz.
FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO
Com predominância do equilíbrio entre a
síntese e a destruição das fibras de coláge-
no por ação das colagenases. O desequilí-
brio nesta fase favorece aparecimento de
falhas na cicatrização como queloides e
cicatrizes hipertróficas. Perdurando esta
fase por toda a vida da ferida com provável
estabilização após 1 ano.
A característica principal desta fase é a
deposição de colágeno de maneira organi-
zada, por isso é a mais importante do ponto
de vista clínico.
O papel da nutrição no processo
de cicatrização de feridas
Vários fatores interferem no processo de
cicatrização favorecendo ou dificultando
seu desfecho, como por exemplo: defeitos
de oxigenação celular, envelhecimento,
estresse, algumas condições de saúde
como infecções, diabetes, abuso de álcool e
fumo e status nutricional.
Independentemente do tratamento específi-
co das feridas, o papel da nutrição sempre
deve ser considerado, muitos componentes
nutricionais têm papeis importantes no
processo de cicatrização, podendo afetar a
função imunológica, a síntese de colágeno e
a força tênsil da cicatriz.
A nutrição tem papel importante na recupe-
ração pós-cirúrgica, acelerando a cicatriza-
ção e melhorando a defesa imunológica. O
estresse cirúrgico aumenta a perda muscu-
lar e a lipólise e pacientes com deficiências
nutricionais poderão apresentar tecido mus-
cular e gordura insuficientes para a adequa-
da cicatrização. A terapia nutricional pode
reduzir as complicações pós-cirúrgicas e
acelerar a recuperação.
Evidências tem demonstrado que a suple-
mentação nutricional favorece o processo
de cicatrização de lesões. Pacientes subme-
tidos a cirurgia oncológica que receberam
suporte nutricional pré-cirurgia tiveram
incidência e severidade reduzidas nas inter-
corrências de cicatrização em comparação
com pacientes que não receberam nenhu-
ma suplementação.
A incorporação de intervenções nutricionais
no cuidado peri-cirúrgico de pacientes sub-
metidos a cirurgias estéticas, pode corrigir
deficiências nutricionais subclínicas, acele-
rar a recuperação e melhorar os resultados
cirúrgicos.
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A Suplementação Nutricional
Eficiente.
São inúmeras as opções dentre os suple-
mentos nutricionais que tem apresentado
evidências científicas e relevância clínica no
manejo da cicatrização de lesões contri-
buindo para melhores resultados clínicos e
bem-estar dos pacientes.
Macronutrientes (proteínas e aminoácidos,
carboidratos e ácidos graxos essenciais)
proporcionam estrutura e energia para cres-
cimento tecidual, renovação celular e repa-
ração de lesões. Micronutrientes (vitaminas
e minerais) promovem proliferação e manu-
tenção celular.
Na fase inflamatória os nutrientes mais
importantes são: proteínas, aminoácidos e
vitamina E.
Enquanto na fase de proliferação, responsá-
vel pelo “fechamento” da ferida, os nutrien-
tes importantes são proteínas, aminoáci-
dos, vitamina C, ferro e zinco. E nessa fase é
necessária boa condição de produção de
energia.
Na fase de remodelação, ocorrem dois
eventos importantes: deposição e remode-
lação do colágeno e a regressão endotelial.
A remodelação do colágeno inicia-se na
formação do tecido de granulação e man-
tém-se por meses após a reepitelização. As
colagenases e outras proteases produzidas
por macrófagos e células epidérmicas dão
direção correta às fibras colágenas difusas,
são importantes nessa fase: proteínas, ami-
noácidos, carboidratos, lipídeos, vitamina A,
C, E, zinco e cobre.
A suplementação de arginina, glutamina e
zinco devem ser consideradas, bem como
de vitamina D, selênio, ferro e ácidos graxos
essenciais, em alguns casos. A glutamina
leva a melhora da cicatrização com aumen-
to da força de tração e da deposição de
colágeno tipo III. A arginina e HMB (b-hidro-
xi-b-metil butirato) são indispensáveis para
a biossíntese de colágeno e processo de
cicatrização.
Suplementação de nutrientes específicos
como a glutamina, arginina e ômega-3 são
reconhecidos como “imunonutrição” e
podem reduzir a morbidade e as complica-
ções infecciosas reduzindo o tempo de
internação e melhorando os resultados pós
cirúrgicos.
A vitamina A modula os efeitos dos corticói-
des que inibem a contração da ferida e a
proliferação de fibroblastos.
As vitaminas do complexo B aumentam a
síntese de fibroblastos. A vitamina D facilita
a absorção de cálcio e a vitamina E é cofator
na síntese do colágeno, além de melhorar a
resistência da cicatriz e eliminar radicais
livres.
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O zinco é cofator de mais de 200 metaloen-
zimas envolvidas no crescimento celular e
na síntese proteica, sendo indispensável
para a reparação dos tecidos.
Um estudo para determinar os efeitos da
suplementação de magnésio e vitamina E
na cicatrização de úlceras em pé diabético,
demonstrou que a suplementação reduziu
significativamente o tamanho das lesões
em largura e profundidade, além de melho-
rar significativamente os padrões metabóli-
cos como controle glicêmico e perfil lipídico.
E não podemos deixar de mencionar a
importância de alguns nutrientes para a
formação da matriz extracelular, que é resul-
tante de um balanço entre a deposição (sín-
tese) e degradação de colágeno.
Os fibroblastos são as maiores fontes de
proteínas da matriz extracelular, onde irão
ordenar os feixes de colágeno produzidos,
também, pelos próprios fibroblastos, além
de ser o arcabouço para os vasos neofor-
mados. É constituída de proteínas, como
fibrina, colágeno, proteoglicanos (ácido
hialurônico e condroítina), glicoproteínas
(fibronectina e laminina), água e eletrólitos.
Além dos macro e micronutrientes que
atuam como fonte para construção e sus-
tentação do epitélio em formação e como
cofatores para processos moleculares e
bioquímicos decisivos, alguns fitoterápicos
e ingredientes bioativos também apresen-
tam um papel bem definido no processo de
cicatrização.
Fitoterápicos como: Passiflora edulis (mara-
cujá); Orbignya phalerata (babaçu) e a Jotro-
pha gossypiifolia L.(pião roxo) e a Schimus
terebinthifolius raddi (aroeira), demonstra-
ram efeitos positivos em pesquisas prelimi-
nares.
Espécies de alcaçuz (Glycyrrhiza) são muito
estudadas na medicina tradicional, e seu
composto bioativo, ácido 18B-glicirretinico,
tem demonstrando que pode estimular a
proliferação de fibroblastos e queratinóci-
tos, demonstrando importante papel na
cicatrização e defeitos dérmicos.
O uso de substâncias antioxidantes tem
sido relacionado à menor formação de radi-
cais livres e menor dano tecidual em situa-
ções de hipóxia. Os principais antioxidantes
ativos positivamente na cicatrização são:
Vitamina C, vitamina E e Gingko biloba.
Evidências sugerem que espécies oxigênio
reativas (ROS) são reguladores cruciais em
várias fases do processo de cicatrização. A
produção excessiva de ROS ou defeitos na
detoxificação de ROS podem causar danos
oxidativos, que são a principal causa das
falhas de cicatrização em feridas crônicas.
Neste contexto, estudos clínicos ou experi-
mentais têm demonstrado que estratégias
antioxidantes e anti-inflamatórias são bené-
ficas para a cicatrização mais eficiente.
E neste contexto modulador antioxidante, a
surpreendente Curcumina, composto bioati-
vo encontrado na raiz de Curcuma longa, é
usada a anos como agente farmacológico
demonstrando atividade anti-inflamatória e
antioxidante e eficaz na cicatrização de
lesões, reduz a expressão da TNF-alfa e IL-1
e restabelece o equilíbrio entre a produção
de espécies oxigênio-reativas (ROS) e sua
eliminação.
Uma vez que a curcumina induz apoptose
de células inflamatórias durante a fase infla-
matória da cicatrização, pode acelerar este
processo encurtando esta fase. Ainda, facili-
ta a migração e diferenciação de fibroblas-
tos e a síntese de colágeno.
O futuro é promissor para as medidas
preventivas e curativas mais eficientes e
que possam estar à disposição dos cirurgi-
ões, diminuindo assim a possibilidade de
complicações no manejo dos pacientes que
necessitam se submeter a procedimentos
cirúrgicos.
Desta forma, procuramos demonstrar a
importância da nutrição associada a cirur-
gia plástica e também ao tratamento de
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feridas crônicas, e o amplo leque de oportu-
nidades disponíveis para oferecer interven-
ções nutricionais juntamente com os cuida-
dos clínicos e cirúrgicos, como uma ferra-
menta estratégica nos cuidados com a cica-
trização das lesões e bem estar do paciente
muito além da cirurgia e das lesões na pele.
“Não devemos tocar em uma
ferida se não temos com o que
curá-la”
Ernest Hello
Referências
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of magnesium and vitamin E co-supplementation on
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International; Acepted date: 26 November 2018
Reginalda Russo
Farmacêutica
(011) 97481-3560
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29. Por Graciana Neumann
PRÁTICA DE JEJUM INTERMITENTE:
ENTENDENDO ESSA ESTRATÉGIA
NUTRICIONAL
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Não é de hoje (e nem da ciência em si) a
prática de jejuar. Há muitos séculos o jejum
é praticado principalmente por questões
religiosas. Mas seu papel na melhora da
saúde e redução de doenças é um assunto
muito pontual na ciência! Existe uma gama
imensa de estudos controlados, randomiza-
dos e publicados em revistas acadêmicas,
que relacionam o jejum intermitente ao
emagrecimento, melhora da sensibilidade a
insulina, longevidade, limitação e diminui-
ção do quadro inflamatório crônico, queda
de níveis lipídicos altos, redução da pressão
arterial, diminuição do stress oxidativo e
ação cardioprotetora.
É importante lembrar que jejuns são indica-
dos apenas para ADULTOS SAUDÁVEIS não
dependentes de medicação, especialmente
diabéticos dependentes de insulina, e nem
de longe servem para todo mundo .E o que
seria jejum, afinal? Jejum é abster-se de
comida (ou bebida calórica) por um período
que pode variar entre 14h-24h, ou mais
horas.
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Jejum Intermitente de acordo
com a quantidade de horas
O Jejum Intermitente é um dos métodos
mais eficazes no combate a perca de calo-
rias indesejáveis. Para que o Jejum tenha
resultado, será preciso intercalar longos
períodos sem se alimentar, com o objetivo
de que o corpo queime calorias. Em geral,
são indicadas de 10 a 24 horas de jejum.
Este costume foi muito comum na era pas-
sada, onde os nossos ancestrais costuma-
vam viver de caça e por conta disso, tinham
muito menos problemas relacionados a
obesidade do que temos hoje.
Como funciona o jejum intermi-
tente de 12 a 14 horas
O jejum precisará ser de pelo menos 12
horas diárias sem se alimentar. Como já são
somadas as 8 horas obrigatórias de sono,
você pode acordar as 7 da manhã e pular o
seu café da manhã, apenas realizando refei-
ções a partir do almoço. Jejum Intermitente
de 14 horas sem comer é bem parecido
com o de 12 horas, sendo mais indicado
para as pessoas que conseguem ficar mais
tempo dormindo, que tem facilidade de
comer pouco durante o almoço e que
podem fazer a primeira refeição apenas a
tarde.
Ficar até 16 horas sem comer
Esse jejum ainda é um pouco arriscado de
se fazer, visto que ainda existe uma série de
recomendações feitas pelos nutricionistas e
profissionais da saúde. Para que você consi-
ga fazê-lo sem maiores problemas para o
seu controle vital, coma bem nas 8 horas
que tem direito, compensando para ficar às
16 horas restantes sem se alimentar.
18 horas sem comer:
Como ficará meu corpo? Um dos maiores
benefícios do Jejum Intermitente é a possi-
bilidade de viver mais, de forma natural e
longe de doenças que afetam o seu coleste-
rol ou por exemplo a glicose, caso mais
comum da diabetes. Quando se fica até 18
horas sem comer, é quase impossível tentar
o método pare e come, pare e coma nova-
mente. Vale lembrar, que você ficará quase
que os 3 terços do dia sem se alimentar, e
não é aconselhado repetir essa fórmula por
2 dias seguidos, ainda mais se você não é
acostumado.
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Quais os alimentos mais reco-
mendados para se ingerir?
Não somente no período em que está fazen-
do sua dieta de emagrecimento, mas dê
continuidade na sua alimentação sempre
com alimentos como as frutas, as verduras,
os alimentos integrais e tudo que for rico em
fibras. Quando você ingere esse tipo de
alimento, está contribuindo para desintoxi-
car o seu corpo, eliminando as famosas
“gorduras indesejáveis”. Sem contar que
alivia outros problemas, como a prisão de
ventre e problemas no sangue.
Dentre as opções de métodos de jejum
intermitente está também o ato de pular o
café da manhã nas refeições diárias, mas,
porém um estudo desenvolvido durante
nove anos com a participação de mais de 4
mil pessoas, foi concluído que esse hábito
aumenta o risco de diabetes, obesidade e
síndrome metabólica.
Existem diversos protocolos que são adota-
dos por quem se propõe a praticar essa
forma de regime, como o alternate-dayfas-
ting, quando se alterna entre um dia em que
a alimentação é restrita, e outro em que a
alimentação é normal, e assim por diante; o
every-other-dayfasting, com um jejum total
em um dia, e, no dia seguinte, normal; a dieta
do 5/2, na qual o jejum acontece apenas
dois dias não-consecutivos na semana,
entre outros.
Uma revisão de diversos estudos feitos em
animais e humanos mostrou que o jejum
intermitente pode diminuir a pressão san-
guínea, ajudar na perda de peso e melhorar
a longevidade. Publicada no periódico The
New EnglandJournalof Medicine no dia 26
de dezembro passado, a pesquisa apoia a
prescrição do método para prevenir obesi-
dade, câncer, diabetes e problemas no cora-
ção. Mas será que o jejum é tão "milagroso"
assim?
O jejum é uma das dietas mais polêmicas
atualmente. É possível encontrar facilmente
diversos nutricionistas, cientistas e profis-
sionais da saúde que o criticam ou o defen-
dem. Apesar de não haver um consenso
entre os especialistas se o método é bom
ou ruim, uma coisa é fato: ele pode ser feito
com segurança por qualquer pessoa que
não tenha restrições (grávidas, mulheres
amamentando e pacientes em tratamento
de algumas doenças.
Uma revisão de diversos estudos feitos em
animais e humanos mostrou que o jejum
intermitente pode diminuir a pressão san-
guínea, ajudar na perda de peso e melhorar
a longevidade. Publicada no periódico The
New EnglandJournalof Medicine no dia 26
de dezembro, a pesquisa apoia a prescrição
do método para prevenir obesidade, câncer,
diabetes e problemas no coração. Mas será
que o jejum é tão "milagroso" assim?
Fazer jejum é seguro? O jejum é uma das
dietas mais polêmicas atualmente. É possí-
vel encontrar facilmente diversos nutricio-
nistas, cientistas e profissionais da saúde
que o criticam ou o defendem. Apesar de
não haver um consenso entre os especialis-
tas se o método é bom ou ruim, uma coisa é
fato: ele pode ser feito com segurança por
qualquer pessoa que não tenha restrições
(grávidas, mulheres amamentando e
pacientes em tratamento de algumas doen-
ças, por exemplo.
O jejum é uma prática milenar, realizada por
diferentes civilizações e culturas ao longo
da história. Portanto, seja por opção, seja
por falta de disponibilidade, nosso corpo
está mais do que adaptado a ficar longos
períodos sem comer. E diversos estudos
mostram ainda que isso pode trazer benefí-
cios para o organismo além da perda de
peso, como redução no risco de doenças
cardíacas, combate ao diabetes e melhora
da pressão arterial.
É melhor para emagrecer? O jejum funciona
para eliminar os quilos extras, mas não pode
ser considerado melhor (nem pior) do que
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32. news.com.br
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vários outros programas para perda de
peso. Uma pesquisa publicada no periódico
científico The American JournalofClinical-
Nutrition, realizada durante 50 semanas
com 150 pessoas, concluiu que o jejum e
tão eficiente para emagrecer ou melhorar a
saúde metabólica quanto uma dieta em que
as pessoas reduziram cerca de 20% de sua
ingestão calórica. Os resultados de perda de
peso de qualquer estratégia alimentar
dependem principalmente da capacidade
da pessoa em manter o cardápio saudável
por um longo período (se possível para o
resto da vida).
Os resultados de perda de peso de qualquer
estratégia alimentar dependem principal-
mente da capacidade da pessoa em manter
o cardápio saudável por um longo período
(se possível para o resto da vida).
Nesse ponto, o jejum pode ser ruim para
alguns indivíduos, que não conseguem se
adaptar aos períodos de restrição e desis-
tem da prática —e às vezes voltam a comer
muito mais, sofrendo um efeito sanfona.
Tudo é uma questão de equilíbrio!
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fectsofintermittentfasting. Annual review ofnutrition, v.
37, 2017.
MATTSON, Mark P.; LONGO, Valter D.; HARVIE, Michelle.
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DE CABO, Rafael; MATTSON, Mark P. Effectsofintermit-
tentfastingonhealth, aging, anddisease. New England-
Journalof Medicine, v. 381, n. 26, p. 2541-2551, 2019.
KLEMPEL, Monica C. et al. Intermittentfastingcombine-
dwithcalorierestrictioniseffective for weightlossandcar-
dio-protection in obesewomen. Nutritionjournal, v. 11, n.
1, p. 98, 2012.
Graciana Neumann
Mestre em envelhecimento humano
Nutricionista CRN2 - 15770D
Farmacêutica
(054) 99696-2757
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33. Por Patricia Vasconcellos
QUALIDADE
A PALAVRA MAIS DESEJADA
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Primeiramente vamos entender o que quer
dizer essa palavra. Qualidade é o grau de
utilidade esperado ou adquirido de qualquer
coisa, verificável através da forma e dos
elementos constitutivos do mesmo e pelo
resultado do seu uso. A palavra "qualidade"
tem um conceito subjetivo que está relacio-
nado com as percepções, necessidades e
resultados em cada indivíduo. Logo a quali-
dade é individualmente percebida, variando
de pessoa para pessoa.
De acordo com a RDC 67/07 o termo Garan-
tia da Qualidade se refere ao esforço organi-
zado e documentado dentro de uma empre-
sa no sentido de assegurar as característi-
cas do produto, de modo que cada unidade
do mesmo esteja de acordo com suas espe-
cificações. A qualidade é um apanhado de
etapas e processos organizados pelo Siste-
ma da Garantia da Qualidade, onde as Boas
Práticas de Manipulação em Farmácia se
destacam. No Manual de Boas Práticas des-
crevemos todas as atividades de uma
farmácia, desde a aquisição, armazenamen-
to, conservação e dispensação dos produ-
tos comercializados e serviços prestados
pelo estabelecimento, a fim de manter a
qualidade e a integridade deles até o consu-
midor.
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Para garantir a qualidade do medicamento
manipulado todos os colaboladores devem
estar em comum propósito e cientes das
suas responsabilidades.
Em outras palavras, qualidade na Farmácia
Magistral é quando:
• Existe correspondência às especificações;
• Adequação ao uso;
• Obediência às normas legais;
• Efeito, propriedade e aplicação de um
produto;
• Rastreabilidade;
• Encantamento do cliente.
Nos Farmacêuticos somos responsáveis
por avaliar os riscos, devemos nos antecipar
à probabilidade de dar errado e qual a con-
sequência que este erro pode ocasionar.
Alguns itens são importantes serem cuida-
dosamente verificados e avaliados, suas
não conformidades podem causar sérios
riscos à qualidade do medicamento.
Diagrama de Ishikawa - Correlação de
causa e efeito na farmácia:
Itens básicos de verificação
Ambiente
• Instalações
• Temperatura e Umidade
• Luminosidade
Recursos Humanos
• Regime de trabalho
• Qualificação
• Capacitação
• Motivação
• Saúde
• Ética
Métodos e Técnicas
• Informação Técnica
• Informação Regulatória
• Instrução
• Manuais
• POP’s
Matéria-prima e embalagens
• Fornecedores
• Conservação
• Fracionamento interno
• Controle de qualidade
Equipamentos
• Instalação
• Manutenção
• Conservação
• Desempenho
• Operação
• Verificação
• Calibração
Dispensação
• Verificação
• Atenção Farmacêutica
• Transporte
Todas as legislações vigentes visam garan-
tir a qualidade do medicamento manipulado
e a segurança do paciente.
Na Farmácia Magistral é necessário com-
provar que o medicamento esteja em con-
formidade com os atributos determinados,
através de ensaios de controle de qualidade,
controle e monitoramento de todas as
etapas do processo de manipulação.
Então é fundamental controlar processos.
Enfim, processos representam “Um conjun-
to definido de passos para a realização de
uma tarefa” (Humphery,2006).
Um processo definido é aquele descrito de
forma detalhada para a obtenção de um ou
mais resultados.
Não podemos esquecer todos os itens de
verificação mencionados a cima onde são
primordiais para que todo o processo possa
ser executado de forma eficaz devem ser
monitorados e registrados.
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EFEITO
MATERIAIS
MÁQUINAS MEDIDAS
MÉTODOS
MEIO
AMBIENTE
MÃO-DE-OBRA
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Monitorar corresponde acompanhar todo o
processo de manipulação do produto em
todas as suas etapas, desde a avaliação da
prescrição quando chega à farmácia ate a
dispensação do medicamento ao paciente
orientando forma de uso e conservação.
Podemos dizer que controlamos bem
nossos processos quando os mesmos são
rastreáveis, ou seja, nos permite o acompa-
nhamento e revisão de todo o percurso do
medicamento na farmácia, desde colabora-
dores envolvidos ate equipamentos utiliza-
dos e controles finais executados.
Ao contrario do que todos Farmacêuticos
pensam, uma não conformidade detectada
seja por reprovação do controle de proces-
so, reclamação externa, auto inspeção ou
auditoria externa, significa oportunidade de
melhoria. A partir dessas avaliações pode-
mos implantar quando necessárias ações
corretivas e ações preventivas.
Ações corretivas são providencias tomadas
com o objetivo de eliminar as causas de
uma não conformidade, defeito, falha, para
retificar condições adversas à qualidade e
para prevenir sua repetição. Deve ser
sempre documentada com o objetivo de
manter um histórico sobre a ação tomada e
seus objetivos. Lembre-se: toda produção
tem em um dado momento não conformi-
dades, o problema é não detectar e não
corrigi-los.
Ações preventivas são tomadas no sentido
de impossibilitar ou ao menos dificultar a
ocorrência ou recorrência de um problema
devido à mesma causa.
A qualidade de um medicamento começa,
com um recurso humano que faça a contra-
tação dos colaboladores de acordo com o
nível da atividade que será desempenhada,
uma instalação que proporcione conforto,
treinamentos contínuos, equipamentos que
sejam compatíveis com a necessidade do
local, mas principalmente organização do
local de trabalho.
Podemos então chegar à conclusão que
todos os setores de uma farmácia são
importantes para garantir a qualidade do
produto final e segurança no tratamento do
paciente.
O mais importante: Qualidade na Farmácia
Magistral esta diretamente ligada à segu-
rança e eficácia ao paciente.
Patricia Vasconcellos
Consultora & Treinamento Farmacêutico
021 970288533
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36. Por Kelly Lourenço
COMUNICAÇÃO PESSOAL EM
TEMPOS DE CRISE
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O que mais tenho ouvido falar nas últimas
semanas são os termos “Novo Humano”,
“Novo Normal” e você? Estamos, literalmen-
te, enfrentando uma curva de aprendizagem
dessas mudanças impostas por um cenário
não previsto.
Esse novo cenário tem exigido mudanças
em todos os sentidos, porém não nos adap-
tamos tão rapidamente assim. Há um grau
de velocidade exigido que não é coerente
com a capacidade de aprendizagem do ser
humano. Isso tem aumentado os níveis de
estresse, insegurança, instabilidade...
respira!
Um dia, as coisas estarão mais próximas do
que já foram e o mercado de atuação profis-
sional será diferente, as pessoas estarão
diferentes, as empresas e funções estarão
diferentes. E agora te pergunto: o que de
diferente você terá para entregar à este novo
momento?
Nos últimos anos, é notável o crescimento e
a importância que temas como desenvolvi-
mento pessoal tem recebido. Isto porque,a
sociedade e o mercado corporativo necessi-
tam de diferenciais e, sobretudo, profissio-
nais diferenciados. Os desafios profissio-
nais e empresariais são muito mais comple-
xos hoje do que já foram, apesar de termos
mais recursos tecnológicos o que tem feito
a diferença mesmo são as características
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comportamentais humanas. Dizem os
especialistas em recrutamentos que somos
selecionados por habilidades técnicas e
dispensados pelas inabilidades comporta-
mentais.
Um dado importante, por falarmos nesse
assunto, é que oito entre dez especialistas
de recrutamento e seleção tem apontado a
comunicação pessoal como habilidade
essencial para profissionais e empreende-
dores nos últimos anos. Não é à toa que
essas “soft skills” tem se destacado. Os
processos e trabalhos automatizáveis
deixaram de ser feitos por profissionais e
são feitos por máquinas, programações,
sistemas e muitas pessoas e funções deixa-
ram de ser necessárias. Por outro lado, o
mercado tem demandado por profissionais
capazes, cada vez mais, de vender, negociar,
comunicar, representar seus negócios,
produtos e empresas,além disso, estarem a
frente da inteligência desses projetos que as
máquinas assumiram.
É possível refletirmos sobre esse momento,
observando a baixa quantidade de pessoas
que conhecemos se destacando ao nosso
redor. Essa virada de chave de funções
processuais (que as máquinas fazem) para
um contexto mais intelectualizado exige
habilidades que não aprendemos na facul-
dade e os cursos que abordam são cursos
bem específicos. Por isso, a minoria se des-
taca. Quer entender e sabe mais como se
destacar em seu negócio ou carreira? Então
fica comigo até o final do texto. Bora lá?!
Já que os recrutadores mencionaram sobre
a habilidade de comunicação selecionei
este tema para falarmos. Começaremos
com a linguagem corporal que é o mesmo
que linguagem não-verbal - o que é dito ou
expresso sem palavras ou em conjunto com
elas - e é considerada uma dessas ferra-
mentas de comunicação pessoal estratégi-
ca. Ao longo do texto vou contar um pouco
sobre ela e sua importância, inclusive men-
cionarei alguns pontos históricos para con-
textualizar o nosso tema.
A linguagem corporal é um canal importan-
tíssimo de comunicação das nossas inten-
ções e emoções. Tudo aquilo que sentimos
ou não sentimos, tudo aquilo que falamos
ou não falamos, inclusive o silêncio, comuni-
ca alguma coisa ao nosso respeito. O tempo
todo estamos emitindo sinais verbais e não
verbais e mesmo quando tentamos reprimi-
-los eles “vazam”. Ou seja, inconscientemen-
te, emitimos sinais sobre nossos pensa-
mentos e emoções sem ao menos falar
uma letra se quer. Por isso, muitas vezes
alguém te fala algo e você “sente” que há
alguma coisa que não bate, não fecha! Isso
é seu cérebro primitivo lendo a outra pessoa
e te dizendo: “fica esperta que tem alguma
incongruência nessa comunicação”.
Eu sou uma apaixonada por essa pesquisa e
quanto mais conheço, mais encantada fico
com o poder que temos de melhorar nosso
comportamento e ações por meio da comu-
nicação. É fato que há um analfabetismo,
quase que total, em relação a esta lingua-
gem. E não deveria ser assim, até porque,
curiosamente, é a nossa linguagem mais
antiga.
E é neste ponto que tudo fica mais interes-
sante. Ao longo dos séculos, nossa socieda-
de foi evoluindo e nos últimos anos as des-
cobertas tecnológicas contribuíram para
saltos nunca imaginados. Porém, nosso
cérebro não acompanhou as evoluções na
mesma proporção. Temos uma parte dele,
chamado de cérebro reptiliano, que tem um
mecanismo de sobrevivência idêntico ao
que tínhamos na época e que morávamos
em cavernas. E nele há registros de como
vivíamos e o que era necessário para sobre-
vivermos.
E você deve estar se perguntando, o que a
evolução tecnológica, a não evolução do
cérebro e a linguagem corporal tem em
comum. E eu te resposto: Tudo!
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Um breve recorte histórico para contextuali-
zar. A nossa fala – comunicação verbal –
veio após a não verbal (linguagem corporal),
assim como os animais por muito tempo
nos comunicamos com gestos e grunhidos
e só então a fala. O autor Juan Bordenave,
comunicólogo paraguaio, discorre em seu
livro “O que é Comunicação”sobre ainda hoje
haver dúvidas sobre como a comunicação
do homem primitivo foi constituída para a
que conhecemos como civilização, ou seja,
pós caverna. É fato, que a comunicação,
como conhecemos, foi fruto dessa combi-
nação entre gestos e grunhidos e de alguma
forma conseguiram determinar, na época,
que um som específico era um objeto ou
uma situação. Por que falar sobre isso?!
Para que você possa entender que instinti-
vamente nosso cérebro interpreta sinais
que nossa consciência não percebe.
Nosso instinto está no cérebro reptiliano,
como mencionei antes, e por causa dele
temos os gatilhos (uma espécie de botão)
que é acionado todos as vezes que o cére-
bro sente uma ameaça de perigo eminente.
E por preservação da espécie temos 3 pos-
síveis reações: fugir, congelar, paralisar o
que formam os 3 Fs da Linguagem corporal:
FREEZE , FLEE , FIGHT.
A Comunicação Pessoal Estratégica é com-
posta da soma da sua linguagem corporal e
verbal e a sua congruência entre cérebro,
emoções e corpo criam este diferencial que
mencionei no início do texto.
Com técnicas bem específicas é possível
você se destacar em uma entrevista de
emprego ou processo de venda e em uma
apresentação como reunião ou palestra.
Desde o apertar das mãos até a sua forma
de gesticular, para onde e como olhar, sua
roupa e seus sapatos. Tudo comunica e
tudo é palco! Sendo issoa nossa realidade,
temos que estar preparados para em qual-
quer momento podermos nos vender,
vender nossos produtos e empresas.
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Essas técnicas são o grande diferencial para
o sucesso que buscamos, por muitos anos
eu sentia como se “batesse na trave”, sabe
como é?! Sentia que faltava um detalhe para
eu chegar onde queria. Após longos 20 anos
é que fui me dar conta, usando técnicas de
modelagem, observando pessoas que che-
garam lá. Fazendo cursos que pessoas de
sucesso faziam, lendo os livros que eles
liam… e “bingo”. A chave para o sucesso
estava dentro de mim! A comunicação é
intrínseca a nossa espécie e nossa realida-
de profissional, não á toa que os recrutado-
res fazem menções à ela.
Selecionei uma área da linguagem corporal
para você melhorar sua comunicação não
verbal, dicas simples e práticas que poderá
usar hoje mesmo!
Mas antes só uma breve explicação de sua
importância. Você sabia que o aperto de
mão é uma das ações estudadas e ensinada
em Linguagem Corporal?Há situações de
dominância na linguagem não verbal que
modifica um estado mental e que faz o
inconsciente do outro aceitar a sua "superio-
ridade", como a do outro sobre você,
também! Onde uso isso? Em negociações,
atendimento ao cliente, vendas, reuniões
etc. Você pode “ganhar” uma negociação
antes mesmo da reunião iniciar.
Já parou para pensar que a maioria das
fotos dos políticos são com apertos de
mãos? Acha que é aleatório? Quem estiver
mais treinado enviará uma mensagem em
massa de poder.Cada detalhe, rigorosamen-
te, pensado para 'manipulação da massa".
No nosso caso, usamos as técnicas no con-
texto corporativo.
Então, vamos as 3 dicas que separei:
1) Não aperte demais nem de menos. De mais
vai causar desconforto e de menos sugere
nojo e indiferença de forma subliminar;
2) Sua mão deve ser colocada por cima da
mão da outra pessoa. Se não conseguir veja
a próxima dica;
3) Se sua mão ficar por baixo, você poderá
usar sua outra mão para sobrepor as duas
que já estão apertadas.
Kelly Lourenço
Mestre em comunicação
11 94175-7375
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40. Por Francine Schütz
O sistema imune é um conjunto de órgãos e
células extremamente poderoso, que permi-
te enfrentar as agressões permanentes do
nosso ambiente. Representa cerca de 1%
das células do corpo.
As 3 linhas de defesa do orga-
nismo:
A imunidade é a capacidade do organismo
em manter a sua integridade pelo reconhe-
cimento e a eliminação de corpos estra-
nhos (os antígenos = micróbios, alérgenos,
tecidos estranhos…) que o penetram. O
sistema de defesa passa por 3 grandes
barreiras, físicas ou celulares, chamadas
linhas de defesa.
1ª linha de defesa: a pele e as
mucosas
A pele e as mucosas representam a primeira
barreira física e natural contra os agresso-
res. Compostos por células epiteliais justa-
postas, se tornam impermeáveis. Este
escudo é reforçado com a presença de
pelos e secreções corporais que formam
um filme protetor (sebo, muco, suor). Outros
órgãos como o intestino, vagina, trato uriná-
rio e sistema respiratório também apresen-
tam uma camada protetora composta por
“bactérias boas”, chamada de microbiota.
Estas bactérias impedem a adesão e o
desenvolvimento de patógenos.
A MICROBIOTA INTESTINAL:
A SUA ALIADA PARA A IMUNIDADE
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41. 2ª linha de defesa: imunidade
inata não específica
Se a primeira barreira é ultrapassada, na 2ª
linha de defesa intervêm as células da imu-
nidade. Esta reação é chamada não especí-
fica porque intervém da mesma maneira
seja qual for o agressor. Vários fenômenos
acontecem:
Alguns glóbulos brancos, os mastócitos
identificam o corpo estranho e liberam os
mediadores químicos da inflamação. Permi-
tem a vasodilatação dos vasos sanguíneos
e a chegada massiva de glóbulos brancos
no local de infeção que provoca uma sensa-
ção de calor, vermelhidão, dor e inchaço da
pele: é a reação inflamatória.
Os mediadores químicos também atraem
os fagócitos, células que destroem os
corpos estranhos “devorando-os”, processo
denominado de fagocitose.
As células NK (Natural Killer) podem
também intervir e possuem a capacidade de
destruir as nossas próprias células infecta-
das com vírus através de proteínas, perfori-
nas que provocam a morte celular.
3ª linha de defesa: a imunidade
específica adaptativa
Em algumas situações a imunidade inata
não é suficientemente poderosa para elimi-
nar o agressor. Por conseguinte, intervém a
imunidade específica, com a ajuda dos linfó-
citos T e B. É chamada específica e adaptati-
va porque a resposta dada depende da natu-
reza do agressor: cada linfócito B ou T tem
na sua membrana um receptor que só pode
reconhecer um único tipo de agressor.
• Os linfócitos B: produzem anticorpos que
se fixam nos agressores e os neutralizam.
• Os linfócitos T: células assassinas que
matam por contacto as células infectadas.
O intestino, órgão chave nas defesas imuno-
lógicas
Além das suas funções na digestão, o intes-
tino tem um papel importante na defesa
imune, porque contém entre 70-80% das
células imunitárias do nosso corpo.
As células da mucosa, as células imunes e a
microbiota intestinal estão intimamente
ligadas para a manutenção da sua integrida-
de.
De fato, as células imunes recebem infor-
mações provenientes do lúmen intestinal,
assim como sinais emitidos pelas células
da mucosa. Este diálogo permite desenca-
dear uma resposta imunológica para lutar
contra a invasão de corpos estranhos pato-
gênicos via intestino.
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