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Milhões de pessoas ainda morrem a cada ano de
doenças infecciosas que podem ser prevenidas
ou tratadas.
Surtos de cólera, sarampo e febre
amarela podem se espalhar rapidamente e ser fatais, sendo um
risco particular em ambientes com condições de vida precárias. A
malária é endêmica em mais de 100 países. Milhões de pessoas
vivem com HIV/AIDS e tuberculose e precisam de tratamento
adequado. As doenças hemorrágicas virais como o Ebola e a febre
de Marburg são mais raras, mas potencialmente fatais.
A atual pandemia de COVID-19 viu quase todos os países em todo
o mundo com recorde de casos, com mais de um milhão de
pessoas morrendo da doença. As equipes de MSF responderam –
incluindo tratamento para a COVID-19 e assistência na prevenção
de infecções e medidas de controle – em mais de 70 países.
QUEM ESTÁ SOB RISCOS?
Epidemias e pandemias podem colocar sob pressão os sistemas
de saúde mais fortes, mas as pessoas em maior risco são
principalmente aquelas que vivem na pobreza ou em áreas de
grande instabilidade. Nessas situações, as condições de vida são
precárias, o acesso à saúde está longe de ser oferecido a todos
que necessitam e as vacinações de rotina muitas vezes são
interrompidas ou têm cobertura reduzida.
O ressurgimento da difteria nos acampamentos de refugiados em
Bangladesh, no final de 2017, é um testemunho da exclusão dos
Rohingya dos cuidados de saúde enquanto estavam em Mianmar.
No país, a maioria deles não é vacinada contra qualquer doença,
pois eles têm acesso muito limitado a cuidados de saúde de rotina,
incluindo vacinas.
Em conflitos armados, a destruição ou danos à infraestrutura de
saúde, a interrupção dos programas de prevenção de doenças e
sistemas de vigilância enfraquecidos aumentam o risco de um
surto grave.As pessoas que vivem em acampamentos também
podem ser extremamente vulneráveis a surtos, especialmente se
houver superlotação e os serviços de água e saneamento forem
precários.
Enquanto isso, a pandemia de COVID-19 mostrou que as pessoas
que são socialmente excluídas, como as pessoas em situação de
rua e os idosos, mesmo nos países mais ricos do mundo, são
vulneráveis a doenças, se viverem próximos, sem prevenção e sem
controle adequados de surtos.
Acesse os links:
1.https://uii.io/pande-035
2.https://uii.io/pande-036
3.https://uii.io/pande-037
4.https://uii.io/pande-038
5.https://uii.io/pande-039

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DIFERENÇA ENTRE PANDEMIAS E ENDEMIAS NO BRASIL

  • 1. Milhões de pessoas ainda morrem a cada ano de doenças infecciosas que podem ser prevenidas ou tratadas. Surtos de cólera, sarampo e febre amarela podem se espalhar rapidamente e ser fatais, sendo um risco particular em ambientes com condições de vida precárias. A malária é endêmica em mais de 100 países. Milhões de pessoas vivem com HIV/AIDS e tuberculose e precisam de tratamento adequado. As doenças hemorrágicas virais como o Ebola e a febre de Marburg são mais raras, mas potencialmente fatais. A atual pandemia de COVID-19 viu quase todos os países em todo o mundo com recorde de casos, com mais de um milhão de pessoas morrendo da doença. As equipes de MSF responderam – incluindo tratamento para a COVID-19 e assistência na prevenção de infecções e medidas de controle – em mais de 70 países. QUEM ESTÁ SOB RISCOS? Epidemias e pandemias podem colocar sob pressão os sistemas de saúde mais fortes, mas as pessoas em maior risco são principalmente aquelas que vivem na pobreza ou em áreas de grande instabilidade. Nessas situações, as condições de vida são precárias, o acesso à saúde está longe de ser oferecido a todos
  • 2. que necessitam e as vacinações de rotina muitas vezes são interrompidas ou têm cobertura reduzida. O ressurgimento da difteria nos acampamentos de refugiados em Bangladesh, no final de 2017, é um testemunho da exclusão dos Rohingya dos cuidados de saúde enquanto estavam em Mianmar. No país, a maioria deles não é vacinada contra qualquer doença, pois eles têm acesso muito limitado a cuidados de saúde de rotina, incluindo vacinas. Em conflitos armados, a destruição ou danos à infraestrutura de saúde, a interrupção dos programas de prevenção de doenças e sistemas de vigilância enfraquecidos aumentam o risco de um surto grave.As pessoas que vivem em acampamentos também podem ser extremamente vulneráveis a surtos, especialmente se houver superlotação e os serviços de água e saneamento forem precários. Enquanto isso, a pandemia de COVID-19 mostrou que as pessoas que são socialmente excluídas, como as pessoas em situação de rua e os idosos, mesmo nos países mais ricos do mundo, são vulneráveis a doenças, se viverem próximos, sem prevenção e sem controle adequados de surtos.