Falar de livros e leitura é aventurar-se em um mundo de conflitos, contradições e poderes. É falar também das interdições que permearam a relação entre o homem, a leitura e a escrita ao longo do tempo. Muitos pesquisadores procuraram desvelar os meandros desta relação.
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DOS ROLOS E CÓDICES AOS TEXTOS DIGITAIS: MUDANÇAS E DESAFIOS NAS PRÁTICAS DA LEITURA
1. DOS ROLOS E CÓDICES AOS TEXTOS DIGITAIS:
MUDANÇAS E DESAFIOS NAS PRÁTICAS DA LEITURA
Falar de livros e leitura é aventurar-se em
um mundo de conflitos, contradições e
poderes. É falar também das interdições que
permearam a relação entre o homem, a
leitura e a escrita ao longo do tempo. Muitos
pesquisadores procuraram desvelar os
meandros desta relação.
2. OBJETIVOS
Discutir as mudanças nos suportes da leitura ao longo do
tempo e as conseqüências advindas dessas mudanças
tomando como base os escritos de alguns autores. Em
CHARTIER (1993, 2007, 2009), fizemos uma retomada
das revoluções pelas quais passou a leitura e do modo
como estas marcaram a forma de aquisição dos textos
manuscritos ou impressos; em ABREU (2001),
localizamos as modalidades de leituras, o que e como o
povo brasileiro lê; em DARNTON (2010) identificamos
seu apreço pelo impresso e sua defesa pela
democratização do conhecimento digitalizado e em SILVA
(2008), refletimos sobre os novos gêneros de leitura e
sobre os desafios que os mesmos impõem à educação
escolar.
3. DISCUSSÃO...
O que permeia a produção destes autores é o
resgate da relação entre o homem, a leitura e a
linguagem e de como esta se deu ao longo do
tempo, posta como testemunha poderosa,
servindo como mediadora na constituição de
subjetividades a partir da objetividade da
vida,através do impresso, do oral, do pictórico
ou do digital. Tais autores nos apontam,
ainda, a leitura como o elemento mais
fundamental e misterioso do processo de
comunicação humana a partir de situações
concretas de pesquisa com leitores e
leitoras ao longo do tempo.
4. CONCLUSÃO
Diante de uma suposta “crise de leitura”, vale o
questionamento: será que, ao invés de afirmarmos
que o brasileiro não lê, não deveríamos perguntar,
antes, o que ele lê?
Defendemos/acreditamos, então, que um dos
grandes desafios é conhecer que leituras o leitor
brasileiro tem feito no cotidiano e possibilitar, a partir
do conhecimento gerado pelas pesquisas, o acesso
a outras leituras. E finalmente, criar condições
sociais para superar as desigualdades e, assim,
possibilitar o acesso aos livros e a uma educação de
qualidade que seja meio para lerem e entenderem o
mundo em que vivem.