Caro (a) aluno (a), você acaba de ingressar em um mundo novo, onde aprender a instalar e
manter sistemas elétricos pode representar uma nova oportunidade de emprego ou até mesmo
negócio. Isso, em função da qualificação e estruturação na hora de tomar as decisões, que devem
ser pautadas visando as normas e cliente final interno ou externo.
Como toda e qualquer transformação, seja ela na economia de um país, vida pessoal e até
mesmo em um esporte ou hobby, aqui também você vai precisar ter motivação e disciplina para
perseguir seus objetivos. Isto é, será necessário aplicar parte do seu tempo dentro e fora da sala
de aula para absorver de fato os conteúdos. Entretanto, todos os desafios serão superados e
conduzidos em conjunto, junto a turma e o instrutor. Vale lembrar que, cada um possui um ritmo
diferente de aprendizado, mas que todos têm a sua parcela de contribuição.
2. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
2
1. POR QUE APRENDER INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS?..............................5
2. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS NORMAS PARAAS INSTALAÇÕES PREDIAIS?.......5
a. NBR5444: SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................5
b. NBR5410: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO [1000V] ..................6
c. NR10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ...................................................................7
3. A MATÉRIA E A ELETRICIDADE ..................................................................................8
a. A MOLÉCULA ...............................................................................................................8
b. ÁTOMOS, PRÓTONS, NÊUTRONS E ELÉTRONS....................................................9
c. MATERIAIS CONDUTORES E ISOLANTES..............................................................9
4. AS PRINCIPAIS GRANDEZAS ELÉTRICAS...............................................................11
a. GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.......................................................................11
5. GRANDEZAS ELÉTRICAS ...........................................................................................14
A. TENSÃO ELÉTRICA DDP.......................................................................................15
B. CORRENTE ELÉTRICA..........................................................................................15
I. CORRENTE CONTÍNUA ........................................................................................16
II. CORRENTE ALTERNADA..................................................................................17
III. SENTIDO REAL E CONVENCIONAL DA CORRENTE...................................18
IV. EFEITOS DA ELETRICIDADE ...........................................................................18
C. RESISTÊNCIA ELÉTRICA......................................................................................19
D. POTÊNCIA ELÉTRICA............................................................................................20
6. LEI DE OHM ...................................................................................................................20
7. COMO UTILIZAR O MULTÍMETRO DIGITAL?.........................................................22
A. COMO MEDIR TENSÃO EM UM PONTO DE ENERGIA?..................................25
B. COMO MEDIR TENSÃO EM PILHAS? .................................................................25
C. COMO MEDIR RESISTÊNCIA? .............................................................................26
D. COMO MEDIR CONTINUIDADE? FIO ROMPIDO .............................................27
3. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
3
8. EMENDAS DE CABOS ..................................................................................................28
A. RABO DE RATO.......................................................................................................28
B. PROLONGAMENTO................................................................................................28
C. DERIVAÇÃO ............................................................................................................28
9. CIRCUITOS EM SÉRIE E PARALELO.........................................................................29
A. CIRCUITO EM SÉRIE..............................................................................................29
B. CIRCUITO EM PARALELO ....................................................................................30
10. LEITURA DE PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS ..................................................31
A. PLANTA BAIXA.......................................................................................................31
B. PRINCIPAIS SIMBOLOGIAS DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ......................32
C. PROJETO ELÉTRICO ..............................................................................................33
D. QUAIS SÃO SO TIPOS DE DIAGRAMAS?...........................................................33
I. UNIFILAR.................................................................................................................34
II. MULTIFILAR........................................................................................................34
11. CIRCUITOS PRIMÁRIOS ...........................................................................................35
A. INTERRUPTOR SIMPLES (ILUMINAÇÃO) .........................................................35
B. INTERRUPTOR PARALELO (ILUMINAÇÃO).....................................................35
C. INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO (ILUMINAÇÃO)..........................................36
D. TOMADA DE USO GERAL (TUE) .........................................................................36
E. TOMADA DE USO ESPECÍFICO (TUE)................................................................37
12. CALCULANDO O PROJETO......................................................................................37
A. REGRAS PARA DIMENSIONAMENTO DE ILUMINAÇÃO...............................38
I. TABELA DE CÁLCULOS PARA ILUMINAÇÃO..................................................39
B. REGRAS PARA DIMENSIONAMENTO DE TOMADAS .....................................40
I. TABELA DE CÁLCULOS PARA TOMADAS ........................................................41
C. LEVANTAMENTO DE POTÊNCIA TOTAL...........................................................41
D. PADRÃO DE ENTRADA.........................................................................................42
5. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
5
1. POR QUE APRENDER INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS?
Caro (a) aluno (a), você acaba de ingressar em um mundo novo, onde aprender a instalar e
manter sistemas elétricos pode representar uma nova oportunidade de emprego ou até mesmo
negócio. Isso, em função da qualificação e estruturação na hora de tomar as decisões, que devem
ser pautadas visando as normas e cliente final interno ou externo.
Como toda e qualquer transformação, seja ela na economia de um país, vida pessoal e até
mesmo em um esporte ou hobby, aqui também você vai precisar ter motivação e disciplina para
perseguir seus objetivos. Isto é, será necessário aplicar parte do seu tempo dentro e fora da sala
de aula para absorver de fato os conteúdos. Entretanto, todos os desafios serão superados e
conduzidos em conjunto, junto a turma e o instrutor. Vale lembrar que, cada um possui um ritmo
diferente de aprendizado, mas que todos têm a sua parcela de contribuição.
2. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS NORMAS PARAAS INSTALAÇÕES PREDIAIS?
Para as instalações elétricas prediais, que é o foco principal do nosso curso, temos duas
principais normas que regem os padrões técnicos e simbologias:
• NBR 5444 – Símbolos Gráficos Para Instalações Prediais
• NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão
• NR 10 - Segurança em Instalações Elétricas e Serviços em Eletricidade
a. NBR5444: SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Essa norma regulamentadora é responsável pela padronização e disposição dos símbolos
gráficos que integram as instalações elétricas prediais. É de suma importância que o profissional
da área conheça essa norma, uma vez que ele fará o seu uso para interpretar os projetos, ou até
mesmo confeccioná-los. Os diagramas elétricos fazem parte do cotidiano do (a) eletricista,
conforme veremos adiante.
Empregabilidade
• Remuneração média: R$ 3.000
• Mercado sempre aquecido
• Diversificação de mão de obra
Empreendedorismo
• Autônomo que mais cresce
• Simples modelo de negócio
• Horas vagas/oportunidades
6. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
6
b. NBR5410: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO [1000V]
A NBR em questão, padroniza as instalações elétricas de modo a definir os critérios
mínimos de segurança para os projetos realizados. Como por exemplo a bitola mínima dos
cabos, os disjuntores a serem utilizados de acordo com a carga em questão, dimensionamento
de eletrodutos entre outros elementos que farão parte das instalações.
7. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
7
c. NR10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
Essa norma é determinante para as condições de trabalho com instalações elétricas, de
tal forma que garanta a segurança dos trabalhadores que de forma indireta ou indireta realizam
atividades nas instalações elétricas.
8. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
8
É importante lembrar que, a diferença entre NR e NBR é o que se mostra abaixo:
3. A MATÉRIA E A ELETRICIDADE
Matéria é tudo que existe no universo, ou seja, é tudo o que tem massa e ocupa lugar no
espaço. A madeira, o vidro, a água são exemplos de matéria. No entanto, podemos perceber
diferenças nessas matérias:
a. A MOLÉCULA
Molécula é a menor parte de uma substância. As moléculas são partes tão pequenas, que
não podem ser vistas mesmo com o auxílio dos microscópios. Por exemplo: uma molécula de
água é a menor quantidade de água que pode existir. Ainda assim, cada molécula é constituída
de átomos.
O que caracteriza uma
molécula é o tipo de átomo que
a constitui, a quantidade deles, e
o modo como são combinados
para construí-la. Atualmente,
são conhecidos 103 tipos
diferente de átomos. Cada tipo
recebeu um nome e tem
características próprias.
NR
• Regida pelo MTE (Ministério do Trabalho). Segurança do
trabalho, existe obrigatoriedade.
NBR
• Pesquisadores e profissionais da área, aprovada pela Associação
(ABNT). É obrigatória quando exigida por algum órgão público.
9. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
9
b. ÁTOMOS, PRÓTONS, NÊUTRONS E ELÉTRONS
Experimentalmente pode-se determinar que a menor porção na qual se reduz um
elemento, conservando as propriedades desse elemento, é o Átomo. Ele é composto de prótons,
nêutrons e elétrons.
O próton é uma partícula com uma carga elétrica unitária, de tipo positivo (+). É muito
pequeno, medindo por volta de 1778 trilionésimos de milímetros de diâmetro. Seu tamanho é
de três vezes menor que o do elétron, mas pesa 1840 vezes mais que este. Os nêutrons são
partículas simples e indivisíveis e não têm carga elétrica.
O diâmetro de um elétron é três vezes maior q o próton, mas é 1840 vezes mais leve.
Torna-se relativamente fácil deslocá-lo de sua órbita, nas quais giram, portanto, são partículas
que dão origem ao fluxo elétrico. A carga elétrica que o elétron possui é do tipo negativo (-).
c. MATERIAIS CONDUTORES E ISOLANTES
• Isolantes: são materiais que se eletrizam facilmente por atrito com outro isolante.
Neles as cargas elétricas têm dificuldade de se deslocar.
10. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
10
• Condutores: são materiais onde as cargas elétricas se deslocam com facilidade. Eles
podem ser eletrizados por atrito, contato e indução
Quando falamos em materiais condutores e não condutores, o ideal é sabermos que, todos
os materiais podem ser condutores, depende apenas do nível de carga elétrica que é aplicada
para causar o movimento dos elétrons.
Quando colocamos de forma aplicada, podemos também entender os materiais
condutores e isolantes como parte do funcionamento de tudo que funciona na indústria e em
casa.
11. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
11
4. AS PRINCIPAIS GRANDEZAS ELÉTRICAS
a. GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
A geração de energia elétrica pode se originar de formas alternativas, vamos conhecer
alguns tipos ainda neste capítulo. Porém, antes disso, vamos entender o que é energia.
• Energia: Capacidade de realizar trabalho, podendo uma forma de energia ser
transformada em outra.
• Tipos de Energia:
13. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
13
Aenergia elétrica, normalmente não é utilizada no mesmo local onde é produzida. Como
é produzida a grandes distâncias do centro de consumo, é necessário que seja transportada; e
por motivos estritamente econômicos, deve ser feito em altas tensões. Isto é, a energia elétrica
não pode ser transportada nos mesmos valores de tensão do ponto de produção, por questões de
isolamento dos geradores.
14. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
14
1 – Barragem 2 - Condutos Forçados 3 - Casa de Força
4 - Subestação Elevadora 5 - Torres de Transmissão 6 - Subestação Abaixadora
7 - Subestação de Distribuição 8 - Postos de Transformação para Baixa Tensão 9 - Consumidor Residencial
10 – Consumidor Industrial 11 – Derivação para Distribuição Rural 12 – Consumidor
5. GRANDEZAS ELÉTRICAS
Grandeza é tudo que podemos medir, distância, área, velocidade e afins. As grandezas
elétricas, são oriundas dos efeitos da eletricidade ou até mesmo das interferências ou
contribuições com esses efeitos.
15. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
15
A. TENSÃO ELÉTRICA DDP
Os corpos carregados possuem uma quantidade de cargas elétricas que lhe dão maior ou
menor intensidade. Justamente por essa quantidade de cargas é que se pode dizer se um corpo
está mais ou menos carregado que outro. Naturalmente essa comparação deve ser feita entre
corpos com cargas de mesmo sinal. Essa propriedade de estar mais ou menos carregado é
chamada de Potencial Elétrico.
Exemplo:
Na tomada de nossa casa, dizemos que tem 220 volts. Mas na verdade você está falando
da diferença de potencial que existe entre os pólos da tomada. Veja:
A unidade de medida da Diferença de Potencial é o Volt (v)
A Diferença de Potencial é conhecida como: D.D.P., Tensão Elétrica e Tensão Nominal,
Força Eletromotriz (FEM) ou ainda voltagem
O Aparelho utilizado para medir a Diferença de Potencial é o Voltímetro.
Símbolo do Voltímetro (A tensão se mede em paralelo):
B. CORRENTE ELÉTRICA
A movimentação ordenada de cargas elétricas provocada pela diferença de potencial é
chamada de Corrente Elétrica. Podemos dizer também que quando as cargas se movimentam
se tem a Corrente Elétrica.
16. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
16
Tal movimentação procura restabelecer o equilíbrio desfeito pela ação de um campo
magnético ou outros meios (reação química, atrito etc.). O elétron que se deslocou é completado
pelo elétron de outro átomo a fim de que o equilíbrio seja restabelecido.
Se fizermos uma analogia de uma instalação hidráulica, compreenderemos melhor o
fenômeno.
Imaginemos dois tanques cheios d’água, sendo um mais cheio que o outro. Se ligarmos
esses dois tanques por um cano (condutor de água), pela diferença de nível de água (diferença
de potencial) haverá um fluxo d’água do tanque mais cheio para o tanque mais vazio até que os
níveis sejam iguais (mesmo potencial).
• A unidade de medida da Corrente Elétrica é o Ampère (A) ou (i)
• A Corrente elétrica é também conhecida por Amperagem
• Aparelho utilizado para medir a Corrente Elétrica é o Amperímetro.
Símbolo do Amperímetro (A corrente se mede em série):
O sentido da corrente é definido pela direção em que os elétrons se movimentam. A
corrente pode ser classificada em relação a movimentação de seus elétrons em corrente
alternada e corrente contínua.
I. CORRENTE CONTÍNUA
Quando as cargas elétricas se movimentam em uma só direção temos a Corrente Contínua. -
C.C, ou DC (Direct Corrent). Podemos observar o movimento global das cargas de um corpo
na mesma direção e sentido em um dado momento. Quando esse movimento de cargas é sempre
no mesmo sentido, surge no corpo uma corrente elétrica contínua, conhecida como CC. É
exatamente o tipo de corrente fornecido por uma pilha de lanterna, bateria de automóvel e a
fonte de alimentação do computador. Os circuitos integrados das placas dos computadores
trabalham sob uma alimentação de CC.
Quando as cargas elétricas se movimentam em uma só direção temos a Corrente
Contínua. - C.C, ou DC (Direct Corrent). Podemos observar o movimento global das cargas de
17. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
17
um corpo na mesma direção e sentido em um dado momento. Quando esse movimento de cargas
é sempre no mesmo sentido, surge no corpo uma corrente elétrica contínua, conhecida como
CC. É exatamente o tipo de corrente fornecido por uma pilha de lanterna, bateria de automóvel
e a fonte de alimentação do computador. Os circuitos integrados das placas dos computadores
trabalham sob uma alimentação de CC.
Obs.: Note que na explicação acima, estamos tratando de duas grandezas que estão
relacionadas diretamente: Corrente Contínua (CC ou DC), que é medida em ampères e
Voltagem de Corrente.
II. CORRENTE ALTERNADA
É definida como a corrente que não só varia de sentido, mas também em sua intensidade
ao longo do tempo. Quando a movimentação dos elétrons varia de sentido em um determinado
tempo, classificamos esta como Corrente Alternada – CA (ou AC: Alternate Corrent). A
Voltagem de Corrente alternada – VCA (ou ACV: Alternat Corrent Voltage) é gerada no Brasil
em sua grande parte pelas hidrelétricas que convertem a energia cinética da água em energia
potencial, através do movimento de turbinas que transformam o efeito magnético em energia
alternada, que é muito mais fácil de transportar por não ter grandes perdas na transmissão a
longas distâncias.
Podemos representar a tensão alternada como VAC, você pode encontrar esta
representação atrás da fonte do microcomputador ou de todos os equipamentos elétricos
alimentados pela tensão alternada que possuem uma chave seletora de tensão 220/115 VAC.
18. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
18
III. SENTIDO REAL E CONVENCIONAL DA CORRENTE
Quando falamos no sentido da corrente elétrica, estamos querendo definir em que
direção as cargas elétricas estão se movimentando.
• Sentido Real:
É o sentido usado para estudos na maioria dos livros técnicos. Neste sentido a corrente
se desloca do positivo para o negativo.
• Sentido Convencional:
Este é o sentido verdadeiro dos elétrons, do negativo para o positivo.
IV. EFEITOS DA ELETRICIDADE
• Efeito Joule (Térmico):
Qualquer condutor terá sua temperatura elevada quando sujeito a uma corrente elétrica.
Esse efeito é explorado pelo homem em vários equipamentos como ferros elétricos, lâmpadas,
chuveiro elétrico entre outros.
• Efeito Magnético:
Ao ser atravessado por uma corrente elétrica um condutor gera ao seu redor um campo
magnético. Essa propriedade é utilizada nos eletroímãs, campainhas, relês etc.
19. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
19
C. RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Podemos afirmar que dois tubos, um limpo e o outro obstruído por anteparos, deixarão
diferentemente a água passar. A água terá mais “facilidade” de se deslocar pelo tubo limpo e
mais ‘dificuldade” pelo tubo obstruído. Isso pode ser observado quando os canos de ferro
começam a enferrujar e a diminuir o fluxo d’agua em uma instalação hidráulica.
Assim como no exemplo do cano e da água vistos acima, a corrente elétrica ao passar
por um condutor o faz com certa “dificuldade”.
Dependendo do material e das suas condições, a corrente terá um fluxo mais livre ou
mais difícil. Certos materiais impõem maior dificuldade do que outros. A essa “dificuldade”
que o material impõe à passagem da corrente chamamos de Resistência Elétrica. Todo material,
por mais condutor que seja, oferece uma resistência à passagem da corrente. Os melhores
condutores serão aqueles que terão a menor resistência e os piores condutores a maior
resistência.
Quanto maior a resistência elétrica maior será o calor dissipado pelo condutor na
passagem de uma mesma corrente. Essa propriedade da resistência é que tem levado a indústria
de computadores a grandes pesquisas no sentido de diminuir ao máximo a resistência dos seus
CI (Circuitos Integrados). Esse calor dos “chips” é que provoca os grandes problemas físicos
dos computadores e é a razão pela qual os equipamentos de informática devem trabalhar sob ar
refrigerado. O objetivo é ao diminuir a temperatura do ar, tentar resfriar os circuitos integrados
dos computadores.
• A unidade de medida da Resistência Elétrica é os ohms (Ω) representado pela
letra grega ômega.
• A Resistência Elétrica é também chamada de Impedância se o circuito for
indutivo e/ou capacitivo
• Aparelho utilizado para medir a Resistência Elétrica é o Ohmímetro.
20. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
20
D. POTÊNCIA ELÉTRICA
Todo condutor sujeito a uma tensão é atravessado por uma corrente. Essa corrente que
passa pelo condutor é capaz de produzir algum trabalho, assim como ocorre com os motores
elétricos. Essa capacidade de produzir trabalho é definida como Potência Elétrica e
normalmente é referenciada pela letra P. Apesar dos nomes serem parecidos não devemos
confundir potência elétrica com potencial elétrico. Relembrando, o potencial elétrico é
determinado pela quantidade de cargas elétricas acumuladas e a potência elétrica é a capacidade
de produzir trabalho da corrente que passa por um condutor. Um determinado equipamento terá
uma potência maior ou menor de acordo com a sua capacidade de produzir mais ou menos
trabalho elétrico.
• A unidade de medida da Potência Elétrica é o Watt (W)
• O Aparelho utilizado para medir a Potência Elétrica é o Watímetro.
6. LEI DE OHM
As grandezas descritas são relacionadas pela lei de Ohm:
𝑽 = 𝑹 ∙ 𝑰
V = diferença de potencial (d.d.p.)
R = resistência em ohms (Ω)
21. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
21
I = corrente em ampères (A)
Exemplo 1
Queremos saber a (d.d.p.) de um equipamento que, através de uma resistência de 100ohms,
estabelece uma corrente de 1 ampère.
Solução
V = R x I V =100 x 1 = 100V
Exemplo 2
Qual a corrente que circula através de um condutor de 10 ohms de resistência, quando em suas
extremidades existe um equipamento de 110 “Volts” ?
Solução
V = R x I
I = V/R
I =110 / 10 = 11A
Exemplo 3
Queremos saber resistência oposta ao deslocamento de uma corrente de 5 ampères, quando
existe uma (d.d.p.) de 220 “Volts” fornecida por uma fonte.
22. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
22
Solução
V = R x I
R = V / I
R =220 / 5= 44Ω
7. COMO UTILIZAR O MULTÍMETRO DIGITAL?
Um multímetro digital é um aparelho utilizado para medir grandezas elétricas:
- Corrente Elétrica (Amperes)
- Tensão Elétrica (Volts)
- Resistência elétrica (Ohms)
Como vimos acima, há vários modelos de multímetro. O selecionado para conduzirmos
as nossas aulas práticas é o modelo abaixo:
TRDT830B marca RONTEK
23. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
23
Temos três principais partes:
- Display (Visor)
- Chave Seletora
- Bornes onde são conectadas as Pontas de Prova (Ponteiras)
O display é onde são mostrados os resultados das medidas.
A maioria dos multímetros possui 3 ½ ou 4 ½ dígitos. O ½ dígito é usado para mostrar
o sinal da medida (+ ou -).
A chave serve para selecionar a função a ser utilizada:
Deve-se selecionar a escala imediatamente superior ao valor esperado da grandeza que
se quer medir.
24. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
24
Por exemplo, se você quer medir a tensão numa tomada, e espera que o valor esteja em
torno de 220 volts, deverá selecionar a escala imediatamente superior a esse valor, ou seja, 750
volts (tensão alternada).
O multímetro vem acompanhado por duas pontas de prova ou ponteiras sendo uma na
cor vermelha, normalmente usada na polaridade positiva e outra na cor preta, normalmente
usada na polaridade negativa.
O multímetro possui 3 bornes de conexão para as ponteiras, que devem ser utilizados
conforme a grandeza que se deseja medir.
Aponta de prova preta deve ser ligada sempre ao borne COM (Terra/Negativo) e a ponta
de prova vermelha deve ser ligada ao borne do meio.
A ponta de prova vermelha deve ser ligada sempre ao borne do meio, exceto quando se deseja
medir corrente contínua acima de 200 miliampères.
Quando se deseja medir corrente contínua acima de 200 miliampères, deve-se conectar
a ponta de prova vermelha no borne de cima.
25. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
25
Depois de conectar as pontas de prova aos bornes adequados é necessário colocar a chave
seletora na posição adequada.
A. COMO MEDIR TENSÃO EM UM PONTO DE ENERGIA?
- Ponteira vermelha no borne do meio
- Ponteira preta no borne COM
- Colocar a chave seletora na posição 750 volts tensão alternada
Se a tomada é de 127 volts pode-se usar também a escala de 200 V.
Se você não tem certeza qual é a tensão da tomada, usar a escala de maior valor, ou seja, 750
volts.
B. COMO MEDIR TENSÃO EM PILHAS?
- Ponteira vermelha no borne do meio
- Ponteira preta no borne COM
- Chave seletora na posição 20 volts Tensão Contínua
Se você não tem certeza qual é a tensão da pilha, usar a escala de 20V. Se você sabe que
a tensão da pilha é 1,5 volts, pode usar a escala de 20V ou de 2000m (2 volts ou 2000 milivolts).
26. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
26
C. COMO MEDIR RESISTÊNCIA?
Tomando como exemplo uma resistência de 33 ohms
- Ponteira vermelha no borne do meio
- Ponteira preta no borne COM
- Chave seletora na posição 200 Ohms
Caso você não saiba o valor da resistência, colocar a chave seletora na escala de maior
valor 2000K (2 mega-ohms). Vá deslocando a chave seletora para escalas de menor valor, até
obter a leitura com maior número de dígitos possível antes do ponto decimal.
27. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
27
D. COMO MEDIR CONTINUIDADE? FIO ROMPIDO
- Ponteira vermelha no borne do meio
- Ponteira preta no borne COM
- Chave seletora na posição – Continuidade
A resistência de um fio elétrico é bastante baixa. Se o fio não está interrompido, deve-
se obter um valor de resistência bem baixo, da ordem de alguns ohms.
Caso o fio esteja interrompido, a resistência elétrica é muito alta da ordem de alguns mega-
ohms.
Se o fio estiver interrompido valor obtido no multímetro será 1 no primeiro digito da esquerda
e os demais dígitos apagados.
Esse valor aparece no display sempre que o valor medido é superior ao limite máximo permitido
pela escala.
28. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
28
8. EMENDAS DE CABOS
Toda e qualquer emenda deve ser feita com muito cuidado e precisão, uma vez que as
emendas mal-feitas são as causas de problemas intermitentes nos circuitos, bem como a
causa de aquecimentos e acidentes com incêndio.
A. RABO DE RATO
B. PROLONGAMENTO
C. DERIVAÇÃO
29. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
29
9. CIRCUITOS EM SÉRIE E PARALELO
A. CIRCUITO EM SÉRIE
Nas ligações em série, cada componente adicionado aumenta a resistência total do
circuito, ou seja, a barreira entre as pontas do circuito eletrônico, sendo assim, a cada
componente adicionado ao circuito, mais resistência será oferecida, então menos energia
circulará, dividindo a tensão proporcionalmente a cada novo componente.
Para as ligações em série, a tensão necessária para alimentar todo o circuito é soma da
tensão de cada componente adicionado, logo:
No exemplo acima, se cada lâmpada consome 1A, o circuito consumirá apenas 1A total.
As ligações em série têm como característica principal forçar a passagem da energia
elétrica componente após componente, se um desses componentes queimar, todo o circuito será
interrompido, a energia não circulará mais, e consecutivamente tudo para de funcionar.
30. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
30
B. CIRCUITO EM PARALELO
Para as ligações em paralelo, cada novo componente no circuito diminui a resistência
total pois, como são ligados em paralelo, existem mais caminhos para a eletricidade percorrer,
diminuindo assim a barreira entre o ponto de mais energia e o ponto de menos energia.
Como a resistência diminui a cada novo componente, a tensão necessária para alimentar
o circuito permanece inalterada, o que muda é a quantidade de energia que circulará devido a
baixa resistência, ou seja, há um aumento de corrente.
As ligações em paralelo têm como principal característica a independência de cada
componente no circuito eletrônico, ou seja, se um componente queimar, os outros continuarão
funcionando.
31. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
31
Nas ligações em paralelo, os componentes elétricos não podem operar a tensões
diferentes, logo ao ligar em paralelo 2 lâmpadas de 110V e uma lâmpada de 36V, certamente a
lâmpada de 36V queimará enquanto as outras funcionarão perfeitamente.
10. LEITURA DE PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS
Para toda e qualquer instalação que formos realizar, precisamos entender os símbolos e
os conceitos aplicados em um projeto elétrico predial. Segue alguns conceitos que devemos
entender para fixar os conhecimentos.
A. PLANTA BAIXA
A planta baixa é a representação da estrutura da casa e/ou prédio que a instalação
será executada. Isso é, representando as paredes, portas, janelas entre outros elementos
que comumente vemos em uma construção.
33. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
33
C. PROJETO ELÉTRICO
Uma vez que temos os cálculos feitos, o projeto elétrico é elaborado e representado de
forma gráfica, como abaixo:
D. QUAIS SÃO SO TIPOS DE DIAGRAMAS?
Os diagramas servem para representar graficamente e de forma técnica/padronizada o
que deve ser feito em cada instalação, contendo os condutores e os componentes.
Temos dois principais tipos de diagramas, o unifilar e o mutilar (funcional).
34. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
34
I. UNIFILAR
O diagrama unifilar representa de forma simples, porém declarando os locais físicos
onde devem ser posicionados cada componente na planta baixa. O diagrama abaixo,
mostra a instalação de uma lâmpada, veja:
II. MULTIFILAR
O diagrama multifilar é responsável por representar a funcionalidade de um circuito ou
componente. Observe:
Observação:
37. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
37
E. TOMADA DE USO ESPECÍFICO (TUE)
12. CALCULANDO O PROJETO
Tomando como base a planta abaixo a seguir, faremos os cálculos para o dimensionamento
juntos, seguindo o passo a passo estipulado pela norma NBR5410.
40. INSTAÇAÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
40
B. REGRAS PARA DIMENSIONAMENTO DE TOMADAS
• Para tomadas de uso específico (TUE), a potência do circuito deve ser a potência
nominal do equipamento. Isso para efeito de todos os cálculos.