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Professor Dr. Reinaldo Lucena
Disciplina: Princípios básicos e métodos em etnobotânica
Ernane Nogueira Nunes
Aluno de Mestrado
João Pessoa
2013
Introdução
 Os quintais agroflorestais representam uma unidade de
produção agrícola importante para as populações locais,
especialmente em países subdesenvolvidos (regiões
tropicais);
 São utilizados e geridos com base na agricultura familiar,
sendo o excesso comercializado para gerar renda;
 É uma prática de uso da terra que combina o cultivo de
árvores associadas ou não, com plantas anuais e
perenes, que proporcionam também espaços para criação
de animais;
Introdução
 São vistos como uma alternativa para aumentar a oferta
de alimentos e diversificação da produção (in situ) ;
 Duas ou mais espécies de plantas (ou animais e plantas);
 São ecologicamente mais complexos do que os sistemas
de monocultura.
Introdução
 Proporciona integração entre espécies nativas,
possibilidade de grande variação de espécies e
exploração diversificada;
 Os agricultores tiram proveito das variações naturais do
ambiente atual e os recursos naturais podem
sustentavelmente geridos;
“ O conhecimento que é passado de geração em
geração, tornam os espaços ao redor da casa um
verdadeiro "campo" para a prática da tradição
familiar”.
Introdução
 Extremamente importantes do ponto de visto biológico,
mas pouco explorado, sendo muito explorado no aspecto
do desenvolvimento socioeconômico;
 Na Caatinga são alternativas para minimizar os impactos
gerados pelo extrativismo;
 Compõem o mosaico vegetacional da matriz local;
 Corredores vegetais;
 Bancos de germoplasma;
Importância do estudo
 De acordo com a SNE (Sociedade Nordestina de Ecologia)
(2002) e SUDEMA (Superintendência de Desenvolvimento
Ambiente) (2004), a devastação de florestas nativas na
região do brejo paraibano, acontece de uma forma tão
intensa que os atuais fragmentos existentes representam
apenas 0,12% do vegetal originais cobertura.
 Esta região está incluída entre as áreas prioritárias para a
conservação da Mata Atlântica e Biodiversidade no estado
da Paraíba.
Objetivos
 Avaliou-se a estrutura de quintais agroflorestais,
considerando:
 Tamanho, área ocupada, distribuição e diversidade de
espécies e função;
 O estudo também registra a composição florística,
avaliando possíveis relações entre espécies nativas e
exóticas nos quintais agroflorestais da Comunidade Rural
de Vaca Brava, localizada em um brejo de altitude na
região Nordeste do Brasil.
Material e Métodos
 Área de estudo
 6km da cidade de Areia, PB;
 A região abrange 269 km², com clima ameno e florestas
secas e úmidas, localizado a uma altitude de 618 m;
 Temperatura média anual de 22 °C e umidade relativa do
ar em torno de 85% e precipitação total média anual
1.200 mm;
Material e Métodos
 Área de estudo
 Nesta região fica a Reserva Ecológica Estadual Mata do
Pau Ferro, com 600 ha. Fragmento mais representativo
de floresta de brejo de altitude no Estado da Paraíba;
Material e Métodos
 Entrevistas
 A coleta de dados ocorreram no período de agosto de
2010 a maio de 2011;
 Foram identificados 26 quintais agroflorestais;
 Do total, 19 (73%) foram visitadas;
 TCLE - (Resolução n º 196/96);
 Foram medidas as áreas dos quintais agroflorestais (m²),
e todas as plantas presentes foram analisadas.
Material e Métodos
 Verificou-se o DNS (diâmetro ao nível do solo) dos
indivíduos com DNS ≥ 3cm;
 A contagem de presença/ausência foi também de
pequenas herbáceas espécies em cada quintal.
 Os padrões de cada quintal foram traçados com base em
um diagrama de perfil, caracterizado por as linhas verticais
(altura e DNS) e horizontais (localização e distribuição dos
indivíduos).
Material e Métodos
 Entrevista semiestruturada foi aplicada ao gestor de cada
quintal;
 Foram realizadas 19 entrevistas com 15 mulheres e 4
homens, com idade variando de 17 a 83 anos;
 Passeio no quintal com o “gerente”, a fim de facilitar a coleta
e identificação, local das espécies;
 Todas as plantas coletadas foram processadas,
identificadas e depositadas no Herbário Jaime Coelho de
Moraes da Universidade Federal da Paraíba.
 Avaliou-se a correlação entre a função, tamanho,
densidade relativa e frequência da espécie e idade do
gerente através do coeficiente de correlação de
Spearman;
 Da mesma forma, utilizando-se um L-teste (Williams
correção) o relacionamento entre exótico e nativo plantas
em relação a sua abundância e ocorrência;
Material e Métodos
Material e Métodos
 As categorias de uso dessas espécies (alimentício,
medicinal, ornamental, combustível, sombra, tecnológico,
forragem e outros que incluem místico religioso, higiene
pessoal e não utilizáveis pelo G-teste (Williams);
 As análises foram realizadas com o software Bioestat 5.0
e FITOPAC 2.1.2.
 Das 177 plantas registradas, 155 foram identificados,
abrangendo 131 gêneros e 63 famílias. 20 plantas não
foram identificadas devido à falta de material fértil.
 As famílias mais representativa dessa diversidade foram:
 Fabaceae (16 espécies);
 Euphorbiaceae (10 espécies);
 Myrtaceae (7 espécies);
Resultados e Discussão
As espécies que melhor representaram as famílias nos
jardins casa foram Phaseolus lunatus L. (feijão), Jatropha
gossypiifolia L. (pinhão roxo) e Psidium guajava L.
(goiaba).
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
 Nos 19 quintais pesquisados, foram contabilizados 1.755
indivíduos, dos quais 1.297 são exóticas (74%), englobando
94 espécies;
 Entre os mais comuns são Musa acuminata x balbisiana
Colla (banana), Artocarpus intergrifolia L. (jaca) e
Dieffenbachia seguine Schott (Jacq.). (Comigo Ninguém
pode);
Resultados e Discussão
 Os 458 indivíduos restantes são nativas (26%), distribuídos
em 83 espécies, tais como Spondias mombin L. (cajá),
Acrocomia intumescens Drude. (Macaíba) e Cupania
impressinervia Acev-Rodr. var. Revoluta Radlk. (cabatã de
rego).
Resultados e Discussão
 A Análise das espécies e famílias em quintais pesquisados
mostram ser o mais importante em termos de densidade,
frequência e dominância.
 Estes quintais têm uma alta correspondência entre as
espécies mais importantes e as famílias mais
proeminentes, com as exceções de Sapindaceae,
Malvaceae, Euphorbiaceae e Malvaceae.
 Cada um dos quintais pesquisados ​​foram colocados em
um de três grupos com base no número de espécies
presentes.
Resultados e Discussão
 Seis quintais tinham 1-12 espécies, sete quintais tinham
13-18 espécies, e os restantes (6) tinha 19-25 espécies;
 Nenhuma correlação foi mostrada entre o número de
espécies presentes em um jardim em casa com o
tamanho do jardim (p <0,05).
 Hortas relativamente pequenas eram tão igualmente
diversas como muito maiores. Um exemplo disso é um
dos quintais visitados (jardim A17) tinha uma área de 594
m², enquanto contendo apenas 18 espécies, colocando-o
no grupo de nível médio.
Resultados e Discussão
 Usos
 Cada uma das 177 plantas registradas foram
organizadas em nove categorias de uso: alimento,
forrageiro, medicinal, ornamental, combustível, sombra,
místicoreligioso, higiene pessoal e não útil (plantas
mantidas em quintais, sem qualquer utilidade, mas que
muitas vezes são espécies nativas;
Resultados e Discussão
 Embora não cultivadas como sendo útil, alguns
indivíduos deste último categoria podem ser utilizados
depois de morrer, como Guazuma umifolia Lam.
(mutamba), que é utilizado como uma fonte
combustível.
 A categoria mais proeminente foi a de ornamentais, com
104 espécies.
 O segundo mais importante categoria foi alimentício, com
46 espécies que estão sendo utilizados para a
alimentação da família ou medicinal (16 espécies)
utilizadas na produção do medicamento em casa, como
chás e xaropes, e nos banhos terapêuticos.
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
 TAMANHO
 320m2 – 15.982m2;
 Não houve correlação entre tamanho x função, tamanho x
idade do mantenedor e função x idade do mantenedor
(p>5);
 Tamanho se relacionou com a quantidade e abundancia das
espécies;
 Houve correlação ((densidade relativa p=0,8990),
(frequencia relativa p=0,8815) (categoria de uso p=0,0868)
entre as espécies nativas e exóticas;
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
Conclusões
 Os típicos quintais agroflorestais encontrados na
comunidade de Vaca Brava mostram-se estruturalmente
complexos e floristicamente diversificado, devido a variação
em seu tamanhos e número de espécies gravada;
 São percebidos como eficaz espaços para a manutenção de
vários espécies incluindo nativa;
 As espécies são mantidas nos quintais estão diretamente
relacionadas com as condições socioeconômicas e
condições culturais de seus gestores;
Conclusões
 A associação com fruticultura e a permanência de
espécies nativas lenhosas, torna esses lugares esboços
de pequeno sistemas que ajudam na conservação da
diversidade local, dependendo do modelo de gestão
usado sobre eles.
 Estudos de investigação sobre quintais são cada vez mais
necessárias, a fim de compreender eles como um opção
de conservação em termos da sua estrutura e
composição.
Ernane Nogueira Nunes
Aluno de Mestrado
ernanenn@gmail.com
(83) 9908 0650

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Estrutura e florística de quintais agroflorestais

  • 1. Professor Dr. Reinaldo Lucena Disciplina: Princípios básicos e métodos em etnobotânica Ernane Nogueira Nunes Aluno de Mestrado João Pessoa 2013
  • 2.
  • 3. Introdução  Os quintais agroflorestais representam uma unidade de produção agrícola importante para as populações locais, especialmente em países subdesenvolvidos (regiões tropicais);  São utilizados e geridos com base na agricultura familiar, sendo o excesso comercializado para gerar renda;  É uma prática de uso da terra que combina o cultivo de árvores associadas ou não, com plantas anuais e perenes, que proporcionam também espaços para criação de animais;
  • 4. Introdução  São vistos como uma alternativa para aumentar a oferta de alimentos e diversificação da produção (in situ) ;  Duas ou mais espécies de plantas (ou animais e plantas);  São ecologicamente mais complexos do que os sistemas de monocultura.
  • 5.
  • 6. Introdução  Proporciona integração entre espécies nativas, possibilidade de grande variação de espécies e exploração diversificada;  Os agricultores tiram proveito das variações naturais do ambiente atual e os recursos naturais podem sustentavelmente geridos;
  • 7. “ O conhecimento que é passado de geração em geração, tornam os espaços ao redor da casa um verdadeiro "campo" para a prática da tradição familiar”.
  • 8. Introdução  Extremamente importantes do ponto de visto biológico, mas pouco explorado, sendo muito explorado no aspecto do desenvolvimento socioeconômico;  Na Caatinga são alternativas para minimizar os impactos gerados pelo extrativismo;  Compõem o mosaico vegetacional da matriz local;  Corredores vegetais;  Bancos de germoplasma;
  • 9. Importância do estudo  De acordo com a SNE (Sociedade Nordestina de Ecologia) (2002) e SUDEMA (Superintendência de Desenvolvimento Ambiente) (2004), a devastação de florestas nativas na região do brejo paraibano, acontece de uma forma tão intensa que os atuais fragmentos existentes representam apenas 0,12% do vegetal originais cobertura.  Esta região está incluída entre as áreas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica e Biodiversidade no estado da Paraíba.
  • 10. Objetivos  Avaliou-se a estrutura de quintais agroflorestais, considerando:  Tamanho, área ocupada, distribuição e diversidade de espécies e função;  O estudo também registra a composição florística, avaliando possíveis relações entre espécies nativas e exóticas nos quintais agroflorestais da Comunidade Rural de Vaca Brava, localizada em um brejo de altitude na região Nordeste do Brasil.
  • 11. Material e Métodos  Área de estudo  6km da cidade de Areia, PB;  A região abrange 269 km², com clima ameno e florestas secas e úmidas, localizado a uma altitude de 618 m;  Temperatura média anual de 22 °C e umidade relativa do ar em torno de 85% e precipitação total média anual 1.200 mm;
  • 12.
  • 13. Material e Métodos  Área de estudo  Nesta região fica a Reserva Ecológica Estadual Mata do Pau Ferro, com 600 ha. Fragmento mais representativo de floresta de brejo de altitude no Estado da Paraíba;
  • 14. Material e Métodos  Entrevistas  A coleta de dados ocorreram no período de agosto de 2010 a maio de 2011;  Foram identificados 26 quintais agroflorestais;  Do total, 19 (73%) foram visitadas;  TCLE - (Resolução n º 196/96);  Foram medidas as áreas dos quintais agroflorestais (m²), e todas as plantas presentes foram analisadas.
  • 15. Material e Métodos  Verificou-se o DNS (diâmetro ao nível do solo) dos indivíduos com DNS ≥ 3cm;  A contagem de presença/ausência foi também de pequenas herbáceas espécies em cada quintal.  Os padrões de cada quintal foram traçados com base em um diagrama de perfil, caracterizado por as linhas verticais (altura e DNS) e horizontais (localização e distribuição dos indivíduos).
  • 16. Material e Métodos  Entrevista semiestruturada foi aplicada ao gestor de cada quintal;  Foram realizadas 19 entrevistas com 15 mulheres e 4 homens, com idade variando de 17 a 83 anos;  Passeio no quintal com o “gerente”, a fim de facilitar a coleta e identificação, local das espécies;  Todas as plantas coletadas foram processadas, identificadas e depositadas no Herbário Jaime Coelho de Moraes da Universidade Federal da Paraíba.
  • 17.  Avaliou-se a correlação entre a função, tamanho, densidade relativa e frequência da espécie e idade do gerente através do coeficiente de correlação de Spearman;  Da mesma forma, utilizando-se um L-teste (Williams correção) o relacionamento entre exótico e nativo plantas em relação a sua abundância e ocorrência; Material e Métodos
  • 18. Material e Métodos  As categorias de uso dessas espécies (alimentício, medicinal, ornamental, combustível, sombra, tecnológico, forragem e outros que incluem místico religioso, higiene pessoal e não utilizáveis pelo G-teste (Williams);  As análises foram realizadas com o software Bioestat 5.0 e FITOPAC 2.1.2.
  • 19.  Das 177 plantas registradas, 155 foram identificados, abrangendo 131 gêneros e 63 famílias. 20 plantas não foram identificadas devido à falta de material fértil.  As famílias mais representativa dessa diversidade foram:  Fabaceae (16 espécies);  Euphorbiaceae (10 espécies);  Myrtaceae (7 espécies); Resultados e Discussão
  • 20. As espécies que melhor representaram as famílias nos jardins casa foram Phaseolus lunatus L. (feijão), Jatropha gossypiifolia L. (pinhão roxo) e Psidium guajava L. (goiaba). Resultados e Discussão
  • 22. Resultados e Discussão  Nos 19 quintais pesquisados, foram contabilizados 1.755 indivíduos, dos quais 1.297 são exóticas (74%), englobando 94 espécies;  Entre os mais comuns são Musa acuminata x balbisiana Colla (banana), Artocarpus intergrifolia L. (jaca) e Dieffenbachia seguine Schott (Jacq.). (Comigo Ninguém pode);
  • 23. Resultados e Discussão  Os 458 indivíduos restantes são nativas (26%), distribuídos em 83 espécies, tais como Spondias mombin L. (cajá), Acrocomia intumescens Drude. (Macaíba) e Cupania impressinervia Acev-Rodr. var. Revoluta Radlk. (cabatã de rego).
  • 24. Resultados e Discussão  A Análise das espécies e famílias em quintais pesquisados mostram ser o mais importante em termos de densidade, frequência e dominância.  Estes quintais têm uma alta correspondência entre as espécies mais importantes e as famílias mais proeminentes, com as exceções de Sapindaceae, Malvaceae, Euphorbiaceae e Malvaceae.  Cada um dos quintais pesquisados ​​foram colocados em um de três grupos com base no número de espécies presentes.
  • 25. Resultados e Discussão  Seis quintais tinham 1-12 espécies, sete quintais tinham 13-18 espécies, e os restantes (6) tinha 19-25 espécies;  Nenhuma correlação foi mostrada entre o número de espécies presentes em um jardim em casa com o tamanho do jardim (p <0,05).  Hortas relativamente pequenas eram tão igualmente diversas como muito maiores. Um exemplo disso é um dos quintais visitados (jardim A17) tinha uma área de 594 m², enquanto contendo apenas 18 espécies, colocando-o no grupo de nível médio.
  • 26. Resultados e Discussão  Usos  Cada uma das 177 plantas registradas foram organizadas em nove categorias de uso: alimento, forrageiro, medicinal, ornamental, combustível, sombra, místicoreligioso, higiene pessoal e não útil (plantas mantidas em quintais, sem qualquer utilidade, mas que muitas vezes são espécies nativas;
  • 27. Resultados e Discussão  Embora não cultivadas como sendo útil, alguns indivíduos deste último categoria podem ser utilizados depois de morrer, como Guazuma umifolia Lam. (mutamba), que é utilizado como uma fonte combustível.
  • 28.  A categoria mais proeminente foi a de ornamentais, com 104 espécies.  O segundo mais importante categoria foi alimentício, com 46 espécies que estão sendo utilizados para a alimentação da família ou medicinal (16 espécies) utilizadas na produção do medicamento em casa, como chás e xaropes, e nos banhos terapêuticos. Resultados e Discussão
  • 29. Resultados e Discussão  TAMANHO  320m2 – 15.982m2;  Não houve correlação entre tamanho x função, tamanho x idade do mantenedor e função x idade do mantenedor (p>5);  Tamanho se relacionou com a quantidade e abundancia das espécies;  Houve correlação ((densidade relativa p=0,8990), (frequencia relativa p=0,8815) (categoria de uso p=0,0868) entre as espécies nativas e exóticas;
  • 35. Conclusões  Os típicos quintais agroflorestais encontrados na comunidade de Vaca Brava mostram-se estruturalmente complexos e floristicamente diversificado, devido a variação em seu tamanhos e número de espécies gravada;  São percebidos como eficaz espaços para a manutenção de vários espécies incluindo nativa;  As espécies são mantidas nos quintais estão diretamente relacionadas com as condições socioeconômicas e condições culturais de seus gestores;
  • 36. Conclusões  A associação com fruticultura e a permanência de espécies nativas lenhosas, torna esses lugares esboços de pequeno sistemas que ajudam na conservação da diversidade local, dependendo do modelo de gestão usado sobre eles.  Estudos de investigação sobre quintais são cada vez mais necessárias, a fim de compreender eles como um opção de conservação em termos da sua estrutura e composição.
  • 37. Ernane Nogueira Nunes Aluno de Mestrado ernanenn@gmail.com (83) 9908 0650