O documento discute as orações subordinadas adverbiais, que funcionam como adjuntos adverbiais indicando circunstâncias. São apresentados os principais tipos de orações subordinadas adverbiais de acordo com a relação lógica estabelecida: causal, comparativa, concessiva, condicional, conformativa, consequencial, temporal, finalidade e proporcional.
2. Para finalizar o estudo das
orações subordinadas,
estudaremos as orações
subordinadas adverbiais. Elas
funcionam como adjunto
adverbial, ou seja, são orações
que indicam a existência de
uma circunstância.
3. • É aquela que tem valor de um advérbio ( ou
de locução adverbial) e exerce, em relação
ao verbo da oração principal, a função de
adjunto adverbial.
• Ex: “Mandar um Claro Torpedo é como beijo
na boca. Quando você começa, não quer
mais parar”.
• “como dar beijo na boca”- comparação
• “quando você começa”- tempo
4. As orações adverbiais estabelecem relações
lógicas e coesivas importantes na
construção do sentido de um texto. Servem
para inserir noções de tempo, finalidade,
condição, concessão ou, ainda, para
estabelecer comparação, concomitância ou
relações de causa e consequência entre
dois fatos.
5. Embora as orações adverbiais sejam
comuns na fala, alguns dos seus tipos
aparecem mais frequentemente em textos
escritos de acordo com a variedade padrão
da língua e com certo grau de elaboração de
ideias.
6. Funciona como adjunto adverbial de causa.
Principais conjunções: porque, porquanto,
visto que, já que, uma vez que, como, que.
Exemplos:
- Saímos rapidamente, visto que estava armando
um tremendo temporal.
- Como estivesse chovendo, não saímos de casa.
- Por ter chegado atrasada, não pôde entrar na
palestra.
7. Fazer a distinção entre uma oração coordenada
explicativa e uma oração subordinada adverbial
causal nem sempre é fácil, porque ambas podem
ser introduzidas pelas conjunções que e porque.
Para eliminar a dúvida, você deve fazer estas
considerações:
1 - A oração coordenada explicativa explica a razão
da afirmação feita na oração anterior:
Ex: O sol estava muito forte, porque as flores
estão murchas.
8. 2 - A oração subordinada adverbial causal tem o
papel de advérbio em relação à oração principal, isto
é, indica a causa do efeito expresso pelo verbo da
oração principal:
Ex: Fomos ao passeio porque houve algumas
desistências.
3 - A oração coordenada explicativa é frequentemente
empregada depois de orações imperativas e
optativas :
Ex: Não fique muito tempo diante do computador,
que a sua coluna pode sentir.
Deus te guie, porque você merece!
9. Na variedade padrão da língua, emprega-se a
locução por causa de.
Em vez de, por exemplo, “Voltei para casa por
causa que ia chover”, a variedade padrão
recomenda outras construções, como “voltei
para casa porque ia chover”, “…uma vez
que ia chover”ou “…por causa da chuva”.
10.
Funciona como adjunto adverbial de comparação.
Geralmente, o verbo fica subentendido. É iniciada
por uma conjunção subordinativa comparativa. São
elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)...
quanto, como.
Exemplos:
- Vinícius era mais esforçado que o irmão.
- Leal é tão esforçado como o irmão.
11.
Funciona como adjunto adverbial de concessão.
Principais conjunções: embora, conquanto,
não obstante, apesar de que, se bem que,
mesmo que, posto que, ainda que, em que
pese.
Exemplos:
- Todos se retiraram, apesar de não terem
terminado a prova.
- Mesmo que ele tenha razão, posicionar-me-ei
contrário às suas ideias.
12. Funciona como adjunto adverbial de condição.
Conjunções: se, a menos que, desde que, caso,
contanto que. Também pode ser iniciada pela
preposição a, estando o verbo no infinitivo.
Exemplos:
- Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.
- Contanto que se esforce, conquistará aquela garota.
- A continuar agindo dessa maneira, tudo se dificultará.
-
13. Funciona como adjunto adverbial de conformidade.
Conjunções: como, conforme, segundo.
Exemplos:
- Pintamos sua casa, conforme havia pedido.
- Como combinamos ontem, eis os documentos.
14. Funciona como adjunto adverbial de consequência.
É iniciada pela conjunção subordinativa consecutiva
que. Na oração principal normalmente surge
um advérbio de intensidade tal, tanto,
tamanho(a): (tão)... que, (tanto)... que,
(tamanho)... que.
Exemplos:
- Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.
- Ele é de tamanha capacidade, que a todos
encanta.
15. Funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada
por uma conjunção subordinativa temporal ou por
uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São
elas: quando, enquanto, sempre que, assim
que, desde que, logo que, mal. Também pode
ser iniciada por ao, estando o verbo no
infinitivo.
Exemplos:
- Fico triste, sempre que os alunos chegam
atrasados.
- Ao terminar essa discussão, sairemos daqui.
16. Funciona como adjunto adverbial de finalidade. É
iniciada por uma conjunção subordinativa final ou por
uma locução conjuntiva subordinativa final. São
elas: a fim de que, para que, porque.
Também pode ser iniciada pela preposição
para, estando o verbo no infinitivo.
Exemplos:
- Aqui estamos para estudar.
- “Eu vim para que todos tenham vida.”
17. Funciona como adjunto adverbial de proporção. É
iniciada por uma locução conjuntiva subordinativa
proporcional. São elas: à proporção que, à
medida que, tanto mais.
Exemplo:
- À medida que o tempo passa, mais experientes
ficamos.
18. Dicionário da Língua Por tuguesa (Verbo)
conj[unção] 1. Exprime causa, razão, POIS. Caí ~ tropecei numa pedra.
Cheguei atrasado ~ adormeci. 2. Introduz justificação de frase anterior, JÁ
QUE, POIS QUE, UMA VEZ QUE. Ele está cá, ~ ainda há pouco o vi!Grande
Dicionário da Língua Por tuguesa e Dicionário da Língua
Por tuguesa 2009 — Acordo Or tográfico (Por to Editora):
conj[unção] uma vez que; já que; como; por causa
De Priberam:
conj[unção] introduz uma oração causal: Ele ganhou as eleições porque fez
uma boa campanha.Dicionário Houaiss da Língua.
Por tuguesa (Círculo de Leitores/Temas e Debates/Objetiva):
conj[unção] coord[coordenativa] (…) 1 conj[unção] expl[i]c[ativa] liga duas
orações coordenadas, numa das quais se explica ou se justifica a asserção
contida na outra; pois, porquanto, que
http://livrodeestilo.blogs.sapo.pt/167867.html
19. Carla não foi à escola porque estava doente. = Como
estava doente não foi à escola.
Não almoço, porque não tenho fome. = Como não
tenho fome, não almoço.
O Vítor domina o vocabulário, porque lê muito. = Como
o Vítor lê muito, domina o vocabulário.
Marta não comprou o vestido, porque era muito caro. =
Como o vestido era muito caro, Marta não o comprou.
O menino caiu, porque ia distraído. = Como ia distraído,
o menino caiu.
Aplaudiram o orador, porque o discurso foi brilhante. =
Como o discurso foi brilhantes, aplaudiram o orador.
20. Sobe, que te quero mostrar uns livros. = Sobe, pois
quero mostrar-te uns livros.
Come a sopa toda, que está muito boa. = Come a
sopa toda, pois está muito boa.
Não tenhais medo, que o mundo não acaba agora.
= Não tenhais medo, pois o mundo não acaba agora.
Manuel tem dinheiro, pois comprou um carro
novo.
O pai já está deitado, pois as luzes estão
apagadas
21. Pedro vai à praia porque está bom tempo.
Pedro estuda pois tem boas notas.
Não atravesse a rua, porque você pode ser
atropelado.
Façam silêncio, que estou falando.
Precisavam enterrar os mortos em outra
cidade porque não havia cemitério no
local.