1) O documento discute aspectos históricos, filosóficos e antropológicos da educação física.
2) Aborda conceitos como etnicidade, conflito étnico e preconceito.
3) Apresenta exemplos destes conceitos no documentário "Forever Pure" sobre o clube de futebol Beitar Jerusalém e sua torcida extremista.
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forever pure.pptx
1. Aspectos Históricos, Filosóficos
e Antropológicos da Educação
Física
Integrantes:
Arthur Calegari
Lucas Vidal
Nathan Nunes
Nathan Vinicius
2. Etnicidade: É a identificação e o sentimento de
pertencimento a um grupo étnico (com
características como a de língua, cultura e também a
noção de uma origem comum semelhantes) e a
consequentemente a exclusão de outros, podendo
se dar por grupos de convívio ou parentesco [...].
Kottak (p261)
É indiscutível que o documentário é focado do começo ao fim na etnicidade da torcida judaica
Israelense do clube Beitar Jerusalém em relação aos de crenças religiosas muçulmanas, este fato
é notório pelo próprio título do documentário cuja a tradução é: “para sempre puro”
autodeclarando-se de uma única religião e crença. Outro fator importante é do clube ser o único do
país a nunca ter contratado se quer um jogador árabe.
Esta cena do documentário que foi escolhida para a apresentação aconteceu em uma entrevista
entre um torcedor fanático do clube, conhecido por suas visões nacionalistas radicais a uma
estação de rádio, onde ele faz a referida pergunta, relacionando-se diretamente a uma hipótese de
não-aceitação de sua filha a um grupo étnico árabe.
Em consequência disto, vê-se a todo instante a forte relação da torcida do Beitar Jerusalém à
religião judaica e a consequentemente a exclusão da religião muçulmana.
3. Conflito étnico: A etnia, com base em
semelhanças e diferenças culturais percebidas em
uma sociedade ou nação, pode ser expressa na
forma de multiculturalismo ou confronto
interétnico violento. As raízes da diferenciação
étnica e, portanto, do conflito étnico , podem ser
políticas, econômicas, religiosas, culturais ou
raciais- (Kuper, 2006).
No filme Forever Pure do diretor Maya Zinshtein, a intolerância
racial e o conflito étnico estão nítidos. Quando o time de
futebol Beitar Jerusalém anuncia a contratação de dois jogadores
muçulmanos, a torcida organizada ''La familia'' que auto intitula-se a
torcida mais racista do país, realiza uma série de ataques verbais e
físicos aos novos jogadores e ao próprio clube. Mesmo os jogadores
muçulmanos sendo de grande valia para o time, financeiramente e
taticamente. Não conseguiram "quebrar" a fúria racista, assim,
avivando mais a intolerância étnica.
4. Preconceito: Significa desvalorizar (tratar como inferior) um grupo devido a seus
comportamentos, valores, capacidade ou atributos presumidos. As pessoas são
preconceituosas quando têm estereótipos em relação aos grupos e os aplicam a
indivíduos. (Estereótipos são ideias fixas, muitas vezes desfavoráveis, sobre
como são os membros de um grupo,). Pessoas preconceituosas presumem que
os membros do grupo agirão “como devem agir” [...]
Kottak (p284)
Tendo em vista o clube israelense do Beitar Jerusalém F.C., no qual os torcedores acreditavam ser muito mais que um clube profissional de futebol, atingindo
inclusive as extremas esferas de suas crenças religiosas. Foi possível observar que durante a temporada 2012/13, depois de um acordo de transferência feito pelo
proprietário russo-israelense Arcadi Gaydamak, no qual contratou dois jogadores da Chechênia (país muçulmano). Esse, inspirou (como mostrado na imagem)
campanhas preconceituosas de caráter racista por parte dos torcedores, em especial da torcida organizada La Família que acompanhava diariamente os
treinamentos e jogos da equipe com apoio e incentivo aos seus jogadores (maioria judeus e uma minoria cristãos/estrangeiros não muçulmanos). Eis que depois
da contratação dos dois jogadores a torcida não se agradou, pois já era cultural a não presença de atletas “árabes/muçulmanos” naquela equipe, isso por um
preconceito étnico-racial dos torcedores (maioria judeus israelenses), que por anos ao longo da história não aceitavam esse outro grupo étnico-racial.
De modo que pressionavam por meio de protestos/ações e conseguiam convencer (por vezes através do medo por ser uma torcida de massa da capital
israelense) de maneira em que os dirigentes da equipe optavam por não realizar essas contratações.