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REALISMO
Professora Andréa Dressler
Contexto histórico
• A segunda fase da Revolução Industrial (entre o século 19 e a primeira metade
do século 20) trouxe a perspectiva das distinções entre capital e trabalho e da
exploração do homem pelo homem.
• Com o avanço
tecnológico a
sociedade muda
seu foco e passa a
pensar de forma
mais objetiva, com
propósitos mais
funcionais do que
estéticos. Em
oposição ao
Romantismo surge
o movimento
Realista.
Características
• Contrário ao
romantismo, o
realismo se voltou
para os conceitos
estéticos e literários
evocando a
racionalidade, mas
não por que queriam
uma pintura perfeita
como os neoclássicos,
mas porque queriam
focar nas injustiças
sofridas pelo homem,
operários e
camponeses.
Indústria têxtil antes e depois da Revolução Industrial
Pintura
Temática privilegia cenas cotidianas de grupos
sociais menos favorecidos.
Uso de cores neutras e tons cinzas.
Linhas, luz, perspectiva e volume são mais
naturais e sugerem introspecção.
JEAN-FRANÇOIS MILLET
Foi um dos primeiros a
deixar de lado a estética
romântica em busca de
representações mais fiéis e
realistas de situações sociais
com as quais se deparava
todos os dias em seu país
natal, a França.
As Respigadeiras (1857)
mostra 3 mulheres
colhendo restos da colheita
de um fazendeiro (montado
em seu cavalo ao fundo) e as
três fases da respiga:
escolher, catar e coletar.
Note as cores de suas roupas
(azul, vermelho e branco).O
que te lembram? O que
querem dizer?
Em Angelus (1857-9) o artista retratou dois camponeses agradecendo pela colheita na
Hora do Angelus, que, segunda a tradição cristã, era feita três vezes ao dia em referência
ao momento em que o anjo Gabriel anuncia a gravidez de Maria. Pela luz amarelada da
cena provavelmente o horário apresentado é 18h.
Curiosidade: Millet inspirou bastante o trabalho de um artista que ainda era uma criança
na época, Van Gogh. Assim como Millet, Van Gogh, que era holandês, também viveu no
interior da França e conviveu com essas situações cotidianas. Mas o que ele mais gostava
nas pinturas de Millet era essa tonalidade amarela-alaranjada típida do sul da França e
tão característica em seus trabalhos. Isso pode ser visto em A Sesta e...
Van Gogh, 1889Millet, 1866
Millet, 1850 Van Gogh, 1889
... E também em outras obras como O Semeador.
GUSTAVE COURBET
Assim como seu
conterrâneo Millet,
Courbet não queria
pintar acontecimentos
históricos como os
franceses românticos
fizeram.
Em O homem desesperado
(1844-5) Courbet faz
um retrato dele
mesmo bastante
expressivo e dramático
que em muito se
parece com as pinturas
românticas, mas no
romantismo esse tipo
de autorretrato ,
despojado,
desprevenido, não era
nada comum naquela
época.
Os Britadores de Pedra (1849) chama a atenção para a triste situação dessa classe
social nesse período. O artista valoriza o trabalho dessas pessoas e, ao mesmo tempo,
mostra que mereciam condições melhores de trabalho.
Em O Encontro (1844), também conhecida como Bom dia, Sr,Courbet, novamente o
artista se retrata como um simples pintor, com vestes simples mas cheio de si,
cumprimentando seu patrono num belo dia de sol. Parece sem importância, mas a
pintura gera muitos questionamentos por causa do servo submisso ao fundo com a
cabeça baixa enquanto os dois homens conversam.
ÉDOUARD MANET
Manet aprendeu a pintar seguindo os modelos
românticos deixados por Delacróix, mas foi
influenciado mesmo pelos trabalhos realistas de
Courbet. Depois de passar por esses dois estilos
acabou se identificando com um terceiro estilo que
viria a seguir: o impressionismo.
Em O Bebedor de Absinto (1859) o artista mostra a
influência da obra de Courbet ao retratar cenas
cotidianas de maneira inusitada, quase como uma
fotografia instantânea.
Dois anos depois, olha lá de novo o mesmo Bebedor de Absinto (a direita)
aparecendo nesse outra obra do artista, O velho músico (1862).
E no ano seguinte Manet fez sua obra mais ousada, Almoço na Relva (1863). Quando exposta no Salão
dos Recusados, a obra gerou polêmica ao mostrar uma mulher nua com dois homens sendo que nem se
tratava de uma pintura mitológica (ela não é uma deusa nem nada do tipo que justificasse a nudez).
Dessa forma o artista mostrou toda a sua expressão artística livre das regras acadêmicas.
Comparando o Realismo com o Romantismo, percebemos
que o ambos retratam a realidade, mas o Realismo é mais
objetivo, enquanto o Romantismo, como o próprio nome
indica, é mais subjetivo.
ROMANTISMO
(REALIDADE IMAGINADA)
REALISMO
(REALIDADE VIVIDA)
Arquitetura
Atende às necessidades geradas pelo crescimento
industrial e tecnológico: formas racionais e
funcionais.
No Romantismo a arquitetura não foi muito diferente do
estilo neoclássico anterior, com características neogóticas. Já
no Realismo percebemos construções mais práticas e
funcionais como estações de trem ao invés de palácios.
ROMANTISMO REALISMO
Gare du Nord, estação de trem de
Paris, França (1866)
Parlamento Inglês,
Londres, Inglaterra.(1847)
Escultura
Busca a representação realista (E NÃO IDEALISTA!!)
dos personagens.
Auguste Rodin
Auguste Rodin foi um dos
principais artistas desse período
que buscava uma expressividade
naturalista dentro dos parâmetros
da época.
O Pensador, sua obra mais famosa, traz
a representação de um homem nu
imerso em seus pensamentos, por
esse motivo também é muito
associada à filosofia.
OS PORTÕES DO INFERNO
Originalmente Rodin foi contratado
para fazer a escultura para um novo
museu de artes decorativas em Paris
que nunca foi aberto.
A escultura fazia parte de uma série de
outras 200 esculturas que
representavam os “Portões do Inferno”,
baseado no livro do poeta Dante
Alighieri “A Divina Comédia”. Por esse
motivo acredita-se que pode ser a
representação do próprio Dante, daí o
primeiro nome da obra se chamar “O
Poeta”.
O PENSADOR
Acredita-se que, por causa da pose do
“pensador”, Eugène Rudier , que
fundiu a obra original, sentiu que a
escultura tinha uma semelhança
notável com a escultura de Lorenzo de
Medici feita por Michelangelo com o
mesmo nome. Rodin queria uma
figura heróica na tradição de
Michelangelo, para representar o
intelecto, bem como poesia.
VÁRIAS VERSÕES
• Primeira versão: 1880 em gesso medindo apenas 70 cm. Foi exposta em 1888.
 Segunda versão: 1902 sendo 189 cm de altura, 68 cm de largura e 140 cm de
profundidade em bronze sobre um suporte de quase 5 metros de altura em mármore.
Atualmente está exposta no Museu Rodin em Paris.
 Outras 25 versões oficiais dessa estátua estão espalhadas pelo mundo autorizadas pelo
museu francês Rodin. De acordo com documentos da galeria, desde 1982, as esculturas de
Rodin se tornaram de domínio público e podem ser reproduzidas livremente. Para tanto
utilizam um molde em gesso de goma laqueado, proveniente da coleção Jean Mayodon,
ceramista e um dos executores testamentários de Eugène Rudier, fundidor de Rodin.
• No Brasil temos uma
versão disposta no
Institulo Ricardo
Brennand, em
Pernambuco. A peça foi
feita utilizando o molde
original e atualmente está
posicionada na galeria, com
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O REALISMO NA ARTE

  • 2. Contexto histórico • A segunda fase da Revolução Industrial (entre o século 19 e a primeira metade do século 20) trouxe a perspectiva das distinções entre capital e trabalho e da exploração do homem pelo homem. • Com o avanço tecnológico a sociedade muda seu foco e passa a pensar de forma mais objetiva, com propósitos mais funcionais do que estéticos. Em oposição ao Romantismo surge o movimento Realista.
  • 3. Características • Contrário ao romantismo, o realismo se voltou para os conceitos estéticos e literários evocando a racionalidade, mas não por que queriam uma pintura perfeita como os neoclássicos, mas porque queriam focar nas injustiças sofridas pelo homem, operários e camponeses.
  • 4. Indústria têxtil antes e depois da Revolução Industrial
  • 5. Pintura Temática privilegia cenas cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. Uso de cores neutras e tons cinzas. Linhas, luz, perspectiva e volume são mais naturais e sugerem introspecção.
  • 6. JEAN-FRANÇOIS MILLET Foi um dos primeiros a deixar de lado a estética romântica em busca de representações mais fiéis e realistas de situações sociais com as quais se deparava todos os dias em seu país natal, a França. As Respigadeiras (1857) mostra 3 mulheres colhendo restos da colheita de um fazendeiro (montado em seu cavalo ao fundo) e as três fases da respiga: escolher, catar e coletar. Note as cores de suas roupas (azul, vermelho e branco).O que te lembram? O que querem dizer?
  • 7.
  • 8. Em Angelus (1857-9) o artista retratou dois camponeses agradecendo pela colheita na Hora do Angelus, que, segunda a tradição cristã, era feita três vezes ao dia em referência ao momento em que o anjo Gabriel anuncia a gravidez de Maria. Pela luz amarelada da cena provavelmente o horário apresentado é 18h.
  • 9. Curiosidade: Millet inspirou bastante o trabalho de um artista que ainda era uma criança na época, Van Gogh. Assim como Millet, Van Gogh, que era holandês, também viveu no interior da França e conviveu com essas situações cotidianas. Mas o que ele mais gostava nas pinturas de Millet era essa tonalidade amarela-alaranjada típida do sul da França e tão característica em seus trabalhos. Isso pode ser visto em A Sesta e... Van Gogh, 1889Millet, 1866
  • 10. Millet, 1850 Van Gogh, 1889 ... E também em outras obras como O Semeador.
  • 11. GUSTAVE COURBET Assim como seu conterrâneo Millet, Courbet não queria pintar acontecimentos históricos como os franceses românticos fizeram. Em O homem desesperado (1844-5) Courbet faz um retrato dele mesmo bastante expressivo e dramático que em muito se parece com as pinturas românticas, mas no romantismo esse tipo de autorretrato , despojado, desprevenido, não era nada comum naquela época.
  • 12. Os Britadores de Pedra (1849) chama a atenção para a triste situação dessa classe social nesse período. O artista valoriza o trabalho dessas pessoas e, ao mesmo tempo, mostra que mereciam condições melhores de trabalho.
  • 13. Em O Encontro (1844), também conhecida como Bom dia, Sr,Courbet, novamente o artista se retrata como um simples pintor, com vestes simples mas cheio de si, cumprimentando seu patrono num belo dia de sol. Parece sem importância, mas a pintura gera muitos questionamentos por causa do servo submisso ao fundo com a cabeça baixa enquanto os dois homens conversam.
  • 14. ÉDOUARD MANET Manet aprendeu a pintar seguindo os modelos românticos deixados por Delacróix, mas foi influenciado mesmo pelos trabalhos realistas de Courbet. Depois de passar por esses dois estilos acabou se identificando com um terceiro estilo que viria a seguir: o impressionismo. Em O Bebedor de Absinto (1859) o artista mostra a influência da obra de Courbet ao retratar cenas cotidianas de maneira inusitada, quase como uma fotografia instantânea.
  • 15. Dois anos depois, olha lá de novo o mesmo Bebedor de Absinto (a direita) aparecendo nesse outra obra do artista, O velho músico (1862).
  • 16. E no ano seguinte Manet fez sua obra mais ousada, Almoço na Relva (1863). Quando exposta no Salão dos Recusados, a obra gerou polêmica ao mostrar uma mulher nua com dois homens sendo que nem se tratava de uma pintura mitológica (ela não é uma deusa nem nada do tipo que justificasse a nudez). Dessa forma o artista mostrou toda a sua expressão artística livre das regras acadêmicas.
  • 17. Comparando o Realismo com o Romantismo, percebemos que o ambos retratam a realidade, mas o Realismo é mais objetivo, enquanto o Romantismo, como o próprio nome indica, é mais subjetivo. ROMANTISMO (REALIDADE IMAGINADA) REALISMO (REALIDADE VIVIDA)
  • 18. Arquitetura Atende às necessidades geradas pelo crescimento industrial e tecnológico: formas racionais e funcionais.
  • 19. No Romantismo a arquitetura não foi muito diferente do estilo neoclássico anterior, com características neogóticas. Já no Realismo percebemos construções mais práticas e funcionais como estações de trem ao invés de palácios. ROMANTISMO REALISMO Gare du Nord, estação de trem de Paris, França (1866) Parlamento Inglês, Londres, Inglaterra.(1847)
  • 20. Escultura Busca a representação realista (E NÃO IDEALISTA!!) dos personagens.
  • 21. Auguste Rodin Auguste Rodin foi um dos principais artistas desse período que buscava uma expressividade naturalista dentro dos parâmetros da época. O Pensador, sua obra mais famosa, traz a representação de um homem nu imerso em seus pensamentos, por esse motivo também é muito associada à filosofia.
  • 22. OS PORTÕES DO INFERNO Originalmente Rodin foi contratado para fazer a escultura para um novo museu de artes decorativas em Paris que nunca foi aberto. A escultura fazia parte de uma série de outras 200 esculturas que representavam os “Portões do Inferno”, baseado no livro do poeta Dante Alighieri “A Divina Comédia”. Por esse motivo acredita-se que pode ser a representação do próprio Dante, daí o primeiro nome da obra se chamar “O Poeta”.
  • 23.
  • 24. O PENSADOR Acredita-se que, por causa da pose do “pensador”, Eugène Rudier , que fundiu a obra original, sentiu que a escultura tinha uma semelhança notável com a escultura de Lorenzo de Medici feita por Michelangelo com o mesmo nome. Rodin queria uma figura heróica na tradição de Michelangelo, para representar o intelecto, bem como poesia.
  • 25. VÁRIAS VERSÕES • Primeira versão: 1880 em gesso medindo apenas 70 cm. Foi exposta em 1888.  Segunda versão: 1902 sendo 189 cm de altura, 68 cm de largura e 140 cm de profundidade em bronze sobre um suporte de quase 5 metros de altura em mármore. Atualmente está exposta no Museu Rodin em Paris.  Outras 25 versões oficiais dessa estátua estão espalhadas pelo mundo autorizadas pelo museu francês Rodin. De acordo com documentos da galeria, desde 1982, as esculturas de Rodin se tornaram de domínio público e podem ser reproduzidas livremente. Para tanto utilizam um molde em gesso de goma laqueado, proveniente da coleção Jean Mayodon, ceramista e um dos executores testamentários de Eugène Rudier, fundidor de Rodin. • No Brasil temos uma versão disposta no Institulo Ricardo Brennand, em Pernambuco. A peça foi feita utilizando o molde original e atualmente está posicionada na galeria, com acesso restrito.